Este post é uma sequência e, mais do que uma sequência, uma correcção, do post «Pro memoria (194) – Pode não se confiar na integridade de Passos Coelho mas deve-se confiar na competência de José Sócrates e dos seus acólitos».
Inferi nesse post que, estando demonstrada ao longo de vários anos a competência do socratismo para esgravatar a vida dos adversários, para a seita quase sempre inimigos, o facto de José Sócrates no célebre frente a frente com Passos Coelho não ter conseguido tirar da manga nenhuma irregularidade pessoal de Passos Coelho poderia ser considerado um atestado de bom comportamento.
Estava enganado. Não quando escrevi que «pode não se confiar na integridade de Passos Coelho», porque de facto pode-se e até, sujeito à confirmação da barragem de artilharia em curso pelos jornalistas, maioritariamente de causas, não se deve confiar na integridade da criatura.
Estava enganado quando escrevi «deve-se confiar na competência de José Sócrates e dos seus acólitos». Pode confiar-se na perversidade sem limites da equipa, porém, como é sabido, a falta de escrúpulos é uma condição necessária mas não suficiente para um maquiavelismo competente e bem-sucedido.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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