Quantas manifestações, quantos manifestantes e quanto tempo são necessários para retirar a legitimidade a um governo maioritário? Bom, isso depende. Se for um governo de esquerda, no total muitas dezenas ou centenas, vários milhões e um tempo indeterminado, respectivamente, podem não ser suficientes. Se não for um governo de esquerda, qualquer meia dúzia, umas dezenas de milhar e uma ou duas semanas são suficientes. Se cantarem a Grândola, os números e o tempo podem ser encurtados.
De resto, as próprias manifestações podem ser legítimas ou ilegítimas, independentemente do número de manifestantes. E não se pense que a legitimidade depende da orquestração das manifestações, da arregimentação em transportes dos organizadores. Dependendo de quem orquestra, pode haver orquestrações legítimas e ilegítimas.
E quem tem legitimidade para determinar a ilegitimidade? A esquerda em geral, incluindo a que perdeu as últimas eleições e até aquela que nunca ganhou eleições. Alguma dúvida?
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
26/06/2013
DIÁRIO DE BORDO: O limiar da legitimidade
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