(Outras maldições da Rua da Horta Seca: I e II)
13-10-2006 - «O ministro da Economia, Manuel Pinho, anunciou hoje o fim da crise em Portugal».
30-09-2008 - «O ministro da Economia considerou …que o mundo da prosperidade, que marcou os últimos 10 a 15 anos, terminou».
14-11-2011 - «2012 certamente irá marcar o fim da crise. Será o ano da retoma para o crescimento gradual de 2013 e 2014», Álvaro Santos Pereira no parlamento.
Ao ler «Os mitos da economia portuguesa» publicado em 2007, percebe-se que ASP fez uma análise lúcida e tem ideias claras para sair da crise, umas melhores outras piores. Como explicar a evaporação de boa parte da lucidez e das ideias claras depois de ter tomado posse como ministro da Economia?
Como explicar em particular que ASP faça previsões cor-de-rosa de alto risco quando quase toda a gente já percebeu serem necessárias décadas para reduzir a dívida para um montante suportável e enquanto não o fizermos gastaremos com o serviço da dívida o dinheiro que seria para investir? E, especialmente, como explicar a frase «fim da crise» que ASP deveria saber ser uma frase marcada, desacreditando quem a usa?
Talvez seja preferível responder a outra pergunta? Porquê se deve esperar que um académico com mérito seja um político com mérito, se as exigências das duas profissões são bastante diferentes? A resposta óbvia é: não se deveria esperar. Nesse caso, porque se espera? Está explicado há muito - é o resultado do efeito halo, que nos leva a projectar uma avaliação positiva numa área a outras.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
14/11/2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário