«O primeiro-ministro José Sócrates reafirmou esta manhã o objectivo de fechar esta legislatura com a criação de 150 mil postos de trabalho.»
O nosso objectivo? Qual objectivo?
«A agenda económica do Governo tem como objectivo aumentar, de forma sustentada, o crescimento potencial da nossa economia para 3%, durante esta legislatura. Só com o crescimento da economia poderemos resolver o problema do desemprego e combater as desigualdades sociais. Portugal deve ter como objectivo recuperar, nos próximos quatro anos, os cerca de 150.000 postos de trabalho perdidos na última legislatura.» (Programa de XVII Governo (CAPÍTULO I UMA ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO PARA A PRÓXIMA DÉCADA, I. VOLTAR A ACREDITAR, 1. Uma estratégia mobilizadora para mudar Portugal, página 8)
No seu programa o governo escreveu recuperar 150 mil postos de trabalho. Não escreveu criar 150 mil novos postos de trabalho. Gerar novos postos de trabalho é o mesmo que recuperar postos de trabalho perdidos? Se fosse a mesma coisa, a geração de novos postos de trabalho poderia reconverter o tecido económico mas seguramente não resolveria o problema do desemprego que é o propósito declarado do governo.
[Republicação parcial do post de 15/02/2008]
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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19/08/2008
SERVIÇO PÚBLICO: O efeito do tempo sobre os objectivos do governo. (Parte II)
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