Para todos os efeitos práticos, Nuno Garoupa, um estrangeirado, olha para nós com aquela estranheza de um estrangeiro.
O verdadeiro problema não é do PS, mas dos portugueses. As reformas do governo foram o melhor possível por quem melhor as podia fazer. Mas são insuficientes, sem resultados, adiada que está a retoma da convergência real para 2014 (naquilo que para mim é o cenário optimista da OCDE, já que me inclino mais para a previsão de Henrique Medina Carreira de que seremos o país mais pobre da UE27 em 2020, previsão que foi gozada de forma arrogante e deselegante pelos mesmos que nos diziam no final dos anos 90 que hoje estaríamos entre os mais ricos e desenvolvidos da união). E soluções milagrosas vindas de Belém são uma mera ilusão que seguramente o actual Presidente da República não vai poder satisfazer. A melhor previsão para a próxima legislatura é que vai ser mais do mesmo, em bloco central, versão maxi (PS-PSD), ou em versão mini (PS-CDS).
Para quem acompanha o que se passa em Portugal desde fora, resta constatar a paciência dos portugueses. Dez anos a falar de crise, vinte anos de promessas jamais cumpridas, sempre os mesmos a dizer que agora é que vai ser, dezenas de ministros e secretários de Estado que descobrem as receitas milagrosas depois de sair do governo. E, surpreendentemente, nada muda. Entre PS e PSD, a vida continuará, com mais das mesmas receitas. E com outros quatro anos a falar do empobrecimento relativo de Portugal.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Sem comentários:
Enviar um comentário