Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

31/08/2007

DIÁLOGOS DE PLUTÃO: não há bem que sempre dure, mas há mal que nunca acaba (pelo menos desde o século XVI)

- Lembras-te que há anos me falas que a Espanha não sei quê, que os espanhóis não sei que mais?
- Não estou a perceber.
- Pois, que o PIB espanhol cresce 3 ou 4 por cento, que o orçamento tem um superavit, que os espanhós fizeram as reformas, etc.
- Ah, sim! Lembro-me. No es verdad?
- Talvez tenha sido verdade. Ou tem sido verdade. Prepara-te para a má notícia.
- E qual é a má notícia?
-Que «a Moody's e a Standard and Poor's, as maiores agências mundias de rating, coincidem quanto à advertência de que o milagre económico espanhol impulsionado pelo consumo interno poderá conhecer "um final abrupto"» diz aqui o Diário Económico. Como vês não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe, diz o povo e com razão.
-Hombre, mas nós já tivemos o final abrupto com 7 anos de avanço e nunca chegámos a ter os 3 ou 4 por cento de crescimento, o superavit, e as reformas.
-Desisto. Não há nada a fazer contigo.
[Inspirado numas conversas que eu cá sei, com um amigo que eu sei que ele sabe que eu sei, como disse uma vez aquela marmota do CDS ao Paulinho das Feiras]

Sem comentários: