Até agora só se tratou do que pensaram de nós alguns estrangeiros que por cá passaram: Nadim Habib, gestor líbano-dinamarquês, Alfred Doeblin, romancista alemão e Albert Einstein, físico alemão.
É a vez de tratar do que pensam os estrangeiros que não precisaram de passar por cá, porque fomos nós lá. Os polacos, por exemplo, parecem pensar bem, pelo menos da Jerónimo Martins que oferece às vítimas do colapso do socialismo real (o único existente, porque todos os outros são imaginários) os benefícios da sociedade de consumo em 730 lojas em 400 cidades.
Os polacos, mas nem todos. Bozena Lopacka, uma ex-gerente duma loja da cadeia da Jerónimo Martins Bierdronka (joaninha em polaco, diz quem sabe), reclama com grande estridência 2.600 horas de trabalho extraordinário não pago. Reclamação que parece excitar os sindicalistas, que já a comparam a Lech Walesa, vendo nela uma santa padroeira capaz de conduzir a «Associação das Vítimas da Jerónimo Martins» (sic), por si criada, ao assalto dos grandes retalhistas - quem sabe tendo em mente a ressureição dos armazéns do povo com as suas prateleiras vazias.
Ainda vamos assistir à formação duma brigada internacional do Bloco, comandada por um anacleto, para apoiar a luta da «Associação das Vítimas da Jerónimo Martins».
Anacleto apontando o caminho às vítimas no combate à joaninha
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