Foi recentemente divulgado o estudo promovido pela Associação Nacional de Farmácias e pelo Núcleo de Farmacovigilância do Centro que estima em 50% o desperdício de medicamentos na região Centro. [ver, por exemplo, o Semanário Económico de 18-03].
Não havendo razões para supor que será diferente no resto do país, o desperdício nacional poderá atingir 1,5 milhões de euros por ano ou 1,1% do PIB.
Surpreendente? Nem por isso. Os «utentes», isto é os «clientes» que não pagam o preço de mercado dos bens ou serviços que consomem, limitam-se a reagir aos sinais que os não-mercados lhes dão através dum preço subsidiado. Que incentivos têm os «utentes» para utilizar racionalmente medicamentos que pagam por uma pequena fracção do seu custo?
Que fazer? Campanhas de sensibilização? Será torrar dinheiro inutilmente. Não adiantam discursos se a linguagem dos preços continuar a falar outras coisas mais alto.
Então e os pobrezinhos? O problema dos medicamentos não é diferente em substância de muitos outros bens e serviços. Da água, por exemplo.
Por falar em água, porque será que o consumo per capita em Portugal é dos mais elevados da UE?
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Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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