Porque será o consumo per capita de água em Portugal dos mais elevados da UE? perguntava-me ontem.
Dos mais elevados? O mais elevado e o quarto mais alto do mundo. 1.090 m3 por pessoa/ano, com uma eficiência de 58 por cento nas cidades e de 71 por cento na agricultura, segundo a OCDE [relatório citado aqui].
Apesar de 800 mil portugueses não terem água em casa [CM]. Se tivessem, o consumo per capita subiria para 1.185 m3 por pessoa/ano ou 2,25 litros por pessoa/minuto
Trocando medicamentos por água posso repetir o que escrevi ontem:
Surpreendente? Nem por isso. Os «utentes», isto é os «clientes» que não pagam o preço de mercado dos bens ou serviços que consomem, limitam-se a reagir aos sinais que os não-mercados lhes dão através dum preço subsidiado. Que incentivos têm os «utentes» para utilizar racionalmente a água que pagam por uma pequena fracção do seu custo?
Que fazer? Campanhas de sensibilização? Será torrar dinheiro inutilmente. Não adiantam discursos se a linguagem dos preços continuar a falar outras coisas mais alto.
Então e os pobrezinhos?
(Tema dos pobrezinhos a tratar mais tarde. Talvez.)
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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