Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos
de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.
» (António Alçada Baptista)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

07/02/2021

ARTIGO DEFUNTO: O que seria do Dr. Costa sem uma imprensa amiga

Quando durante uma conjuntura resultante das medidas contra a pandemia seria justificada uma política orçamental contracíclica aumentando a despesa pública com mais medidas de apoio à economia, como foi feito em todos os outros países, o ministro das Finanças do partido responsável pela bancarrota de 2011 termina o ano com um défice inferior em 3 mil milhões ao previsto no orçamento rectificativo.

Num dos diários amigos do governo escreveu-se uma peça sobre esse facto com o seguinte título:

«Nem a pandemia afastou hábito de superar metas do OE»

O gráfico seguinte mostra a taxa de variação homóloga trimestral do PIB segundo os dados do INE:

A taxa de variação em cadeia, isto é, face ao trimestre anterior, foi 13,3% no terceiro trimestre, recuperando parte da quebra do primeiro (-4,0%) e do segundo (-13,9%) trimestres, no quarto trimestre desceu para 0,4% e no total do ano registou uma quebra de 7,6% face a 2019.

No mesmo jornal, o mesmo jornalista deu conta desta evolução assim:

«Todas as previsões apontavam para uma recaída da economia no final de 2020, mas o PIB manteve, embora de forma lenta, tendência positiva.»

06/02/2021

De como um tele-evangelista arvorado em professor de ciência de causas económicas pode ser ridicularizado por um professor de economia propriamente dita

Caderno de Economia do Expresso: à esquerda o charlatão, à direita o economista

Ambos escrevem sobre o caso da GameStop, uma pequena empresa sem futuro e praticamente falida, sobre a qual vários fundos especularam usando o short selling e uma multidão de pequenos investidores activistas respondeu especulando contra os fundos. 

Do lado esquerdo é derramada uma prosa vazia de ideias em linguagem panfletária pelo charlatão berloquista a quem o PS deu púlpito no Conselho de Estado e no Conselho Consultivo do BdP , fazendo parte do preço da geringonça pago pelo PS e um verdadeiro escândalo que consistiu em nomear para estes órgãos uma criatura trotskista que repudia a democracia liberal, por um lado, e que se opõe ao euro e à UE, por outro.

Do lado direito, é explicada em linguagem clara e rigorosa o que se passou e expresso em destaque o sentimento causado pela prosa derramada pelo charlatão: «mete dó».

ESTÓRIA E MORAL: McKinsey, la crème de la crème também azeda

Estória

A McKinsey foi durante décadas a primus inter pares das grandes empresas internacionais de consultoria, com um enorme prestígio que quase lhe permitia escolher os clientes. Depois de vários escândalos, o maior dos quais na África do Sul onde se envolveu em esquemas de corrupção com empresas públicas, vê-se agora a braços com um ainda maior nos EUA onde é acusada de ajudar a promover as vendas do analgésico OxyContin da Purdue Pharma, um dos opiáceos mais populares que contribuiu para a morte de mais de 450.000 pessoas nos últimos 20 anos.

Em resultado a McKinsey teve de aceitar acordos com os procuradores em quase todos os Estados e aceitou pagar USD 573 milhões para encerrar as investigações sobre seu papel nas vendas de opiáceos "turbinados". Não é certo que consiga recuperar.

Moral

No que parecia ser o melhor pano cai a pior nódoa.

05/02/2021

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Entradas de leão, saídas de cordeiro

A fanfarronice foi em Dezembro de 2011; a humilhação foi ontem  

QUEM SÓ TEM UM MARTELO VÊ TODOS OS PROBLEMAS COMO PREGOS: O alívio quantitativo aliviará? (69) Unintended consequences (XXIII)

Outras marteladas.

Em retrospectiva:

Têm-se multiplicado as advertências sobre os efeitos das políticas não convencionais dos bancos centrais poderem desencadear a próxima crise financeira, algo para o qual temos vindo à chamar a atenção há vários anos, pelo menos desde este post de 2012 (duas semanas antes do «whatever it takes» de Draghi).

Se há conjunturas em que faz sentido injectar dinheiro na economia durante um período limitado é durante uma crise de pandemia que afecta simultaneamente a oferta e a procura. O problema é que a bazuca incrementada, que parece estar prestes a chegar inundando vários países com dinheiro fabricado do nada, cai em cima de 12 anos de quantitative easing e, no caso de Portugal, em cima de uma dívida pantagruélica (a 4.ª maior da OCDE) e em crescimento acelerado que pode nos próximos anos chegar a 150% do PIB.

Aparentemente não há muita gente que aponte os efeitos colaterais destas políticas dos bancos centrais, políticas que não têm em conta o comportamento totalmente diferente dos preços dos bens e dos activos. No post anterior citei Rana Foroohar, colunista e editora associada do Financial Times, sobre esses efeitos nos mercados imobiliários. Cito agora Ricardo Arroja sobre os efeitos nas bolsas de valores que escreve a propósito do episódio da especulação sobre a Gamestop (A música do mercado, jornal Eco).

«Teoria e divagações à parte, o que interessa verdadeiramente no legado de Greenspan e dos seus sucessores (Bernanke, Yellen e agora também de Powell) é que os bancos centrais são cada vez mais os principais especuladores nos mercados de capitais. Não é só na América e na Europa que isto acontece. No Japão, que destacadamente segue várias décadas à frente dos demais em matéria de políticas monetárias não convencionais, o banco central vai ao ponto de comprar acções directamente no mercado, sendo hoje o principal detentor de acções japonesas. Trata-se de uma forte distorção do factor risco, que conduz à irrelevância da noção de valor accionista, e de uma subversão do princípio segundo o qual o mercado constitui um livre e espontâneo processo de descoberta de preços.

Há alguns anos alguém disse que tínhamos chegado a um momento civilizacional em que deixaríamos de ter recessões. O ciclo económico seria permanentemente alisado através da intervenção governamental. A tese, como é sabido, não vingou e desde então já tivemos várias recessões porque a intervenção governamental, para além de andar sempre atrasada face ao ciclo económico, é ela própria geradora de ineficiências que frequentemente prejudicam o ciclo económico. Ora, neste momento passa-se algo do género com os bancos centrais, e com a utilização da política monetária para fins intervencionistas. Alguém parece ter estipulado que deixaram de existir “bear markets” e que a impressão monetária é solução para todos os males.

Os indicadores apontam todos no mesmo sentido. Avaliações de mercado estratosféricas, uma capitalização bolsista que excede em muito o PIB, níveis de endividamento inéditos, e agora estratégias especulativas a partir de redes sociais. A bolsa norte-americana, que comanda as restantes, está eufórica. Porém, ao contrário de outrora, quando Greenspan vislumbrou “exuberância irracional”, agora é de uma “bolha racional” que se trata.

A mão invisível do mercado deu lugar a uma outra mão, que é cada vez mais visível, todavia, também cada vez mais deslocada da realidade. É o que acontece quando a taxa de desconto se aproxima do zero: os fluxos de caixa descontados disparam para o infinito. A actualização dos fluxos de caixa até pode estar certa, a taxa de desconto é que não porque, se estivesse, significaria que tinha deixado de existir risco. Mas, enfim, isto só acaba quando a música deixar de se ouvir.»

04/02/2021

Aconteceu o milagre no SNS. O Dr. Costa, a Dr.ª Temido e a Dr.ª Graça não brincam em serviço

Dúvidas (300) - Ainda haverá americanos vivos?

Newsletter do Observador

Lembrei-me do saudoso Dr. Soares que confundia milhões com milhares de milhões e com biliões e do Eng. Guterres que mandava o jornalista fazer contas para saber quanto era o PIB.

Agora que o apparatchik se demitiu ponham as farmácias a vacinar

Demitiu-se ontem Francisco Ramos, o coordenador da task force de vacinação, provavelmente empurrado pelo escândalo do favoritismo na escolha do pessoal a vacinar no Hospital da Cruz Vermelha de que é presidente. Talvez o pretexto alegado seja apenas camuflagem para justificar a sua demissão pelo falhanço como coordenador da task force

Seja como for, a saída de um apparatchik cinco vezes secretário de Estado, que esteve a entupir a vacinação é um ganho para a nação. 

Se o governo não fosse o que é, seria uma oportunidade para imitar a administração americana, que não só já vai muito à frente da Óropa com 8,2% da população vacinada com a 1.ª dose e 1,9% com as duas (e sim e o avanço começou durante a administração Trump), como decidiu agora distribuir um milhão do doses para serem administrados em 6.500 locais pelas farmácias a partir de 11 de Fevereiro e mais tarde pretende aumentar o fornecimento para até 40.000 farmácias.

03/02/2021

CASE STUDY: Democracias defeituosas (3) - A democracia social-costista foi despromovida

Segundo o índice de democracia da Economist Intelligence Unit, o Dr. Costa colocou a democracia portuguesa um poucochinho mais defeituosa do que o ano passado desprovendo-a da categoria de democracia plena para a de democracia "defeituosa" (*), por ter baixado o índice global de 8,03 para 7,90, em resultado principalmente de um fraco score do funcionamento do governo (7,50, o sétimo mais baixo na Europa Ocidental) e participação política (6,11, o segundo mais baixo na Europa Ocidental).


(*) «Democracias com falhas (Flawed democracies): estes países também têm eleições livres e justas e, mesmo que existam problemas (como a violação da liberdade de imprensa), as liberdades civis básicas são respeitadas. Contudo, existem fraquezas significativas noutros aspectos da democracia, incluindo problemas de governação, cultura política subdesenvolvida e baixos níveis de participação política.»

Proposta modesta para tornar iguais as oportunidades na vacinação e na eutanásia

Outras propostas modestas

Em 1729 Jonathan Swift publicou um panfleto satírico com o título longo e insólito A Modest Proposal: For Preventing the Children of Poor People in Ireland from Being a Burden to Their Parents or Country, and for Making Them Beneficial to the Public.

Desde então inúmeras Propostas foram baptizadas de «Proposta Modesta». O (Im)pertinências, com quase quatro séculos de atraso, apresentou já várias Propostas Modestas, três delas Para Evitar que os Áctivistas Desperdicem Acções e Indignações.

Desta vez é uma proposta para que seja concedida às centenas ou milhares de criaturas, desde párocos e dirigentes de IPSS, juízes do Tribunal de Contas e a todas as outras criaturas a quem foram administradas vacinas contra a Covid 19 fora dos critérios, a mesma prioridade na administração da injecção letal que irá ser usada na eutanásia.

Lost in translation (349) - O pedinte que se preza não pede esmola, aceita a colaboração

O pedido de ajuda ao governo alemão foi anunciado pelo lado alemão: 

«Vamos ajudar os nossos amigos em Portugal, que estão numa situação particularmente dramática, com uma equipa e equipamentos médicos.»

Pelo lado português:

O governo «aceitou a proposta de colaboração do Governo Alemão para reforço da resposta à covid -19»

Como é habitual nos casos de dificuldades com expressões enigmáticas em politiquês, submeti as duas  declarações ao nosso tradutor automático (um web bot de AI com machine learning baseada numa Neural Network com acesso a servidores de Big Data). Eis o resultado.

Os alemães queriam significar:

Os portugueses estão enrascados e pediram-nos outra vez ajuda. Desta vez ainda não foi dinheiro, como é costume. Foi por causa do colapso do SNS devido a várias asneiras que fizeram e à sua histórica incompetência como gestores. Vamos ajudá-los porque mais tarde nos podem comprar mais carros que pagarão com o dinheiro que nós e os países a quem eles chamam frugais lhes emprestamos.

Os portugueses queriam dizer:

Implorámos aos alemães para eles nos ajudarem porque para conseguir governar sem ganhar as eleições tivemos de prometer à nossa freguesia a redução do horário de trabalho e promoções, ao mesmo tempo que cantávamos o hino do orçamento equilibrado para adormecer os frugais e por isso tivemos de cortar no investimento. Tem sido uma espécie de sol na eira e a chuva no nabal, mas lá vamos vivendo graças a proverbial habilidade do Dr. Costa.

02/02/2021

BELIEVE IT OR NOT: Loony lies and conspiracy theories are cancer for the Republican Party and the USA, says a supporter of Mr. Trump

«Senator Mitch McConnell said on Monday that the “loony lies and conspiracy theories” embraced by Representative Marjorie Taylor Greene amounted to a “cancer” on the Republican Party, issuing what in effect was a scathing rebuke to the freshman House Republican from Georgia.

In a statement reported by The Hill, Mr. McConnell of Kentucky, the minority leader, never named Ms. Greene, but he referred to several of the outlandish and false conspiracy theories she has espoused and warned that such statements were damaging the party.

“Loony lies and conspiracy theories are cancer for the Republican Party and our country,” Mr. McConnell said. “Somebody who’s suggested that perhaps no airplane hit the Pentagon on 9/11, that horrifying school shootings were pre-staged, and that the Clintons crashed JFK Jr.’s airplane is not living in reality. This has nothing to do with the challenges facing American families or the robust debates on substance that can strengthen our party.”»

(NYT)

Does Ms. Taylor Greene believe that the earth is flat and that the universe was created 1832 years before Christ?

Vacinação, a continuação da política por outros meios

Reino Unido: 9 milhões pessoas vacinadas com 1.ª dose = 13,4% da população

Lichfield Cathedral onde funciona uma escola primária e independente em Staffordshire, Inglaterra, e agora usada para a administração de vacinas pelo NHS

Estados Unidos: 32 milhões = 7,8%

New England Patriots’ Gillette Stadium

Portugal dos Pequeninos:  270 mil = 2,6%


01/02/2021

DEIXAR DE DAR GRAXA PARA MUDAR DE VIDA: Portugueses no topo do mundo (34) - Até a CNN concorda que somos os melhores dos melhores

Outros portugueses no topo do mundo.

CNN

Crónica da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa (70) - Em tempo de vírus (XLVII)

Avarias da geringonça e do país seguidas de asfixias

A mentira como política oficial

«Se tivéssemos conhecimento da variante inglesa, teríamos endurecido regras no Natal» disse o Dr. Costa no programa do Dr. Pacheco Pereira, que há uns 8 anos lhe havia cedido tempo de antena para minar a liderança de António José Seguro até à véspera das eleições directas, que o Dr. Costa venceu. Recordo que o Dr. Pereira foi devidamente gratificado mais tarde com um lugar na administração da Casa da Música, que ele se apressou a aceitar sem remuneração porque o seu móbil é a vaidade e não o dinheiro, de que aliás não parece precisar.

Ao tentar limpar a sua folha com a estória da variante inglesa, que teria sido de imediato desmontada se houvesse alguém com integridade e independência no programa do Dr. Pereira, o Dr. Costa esqueceu que cinco semanas antes da sua afirmação a variante inglesa já tinha sido admitida por Boris Johnson e era tão conhecida que os Países Baixos e Bélgica já tinha suspendidos os voos com origem no Reino Unido.

A família socialista tem imenso jeito para o negócio

O presidente do Supremo Tribunal de Justiça mandou destruir as primeiras escutas ao Dr. Costa «sobre a promoção do hidrogénio verde». À quarta escuta deve ter achado que era demasiado apagador e não a mandou destruir. Vamos ver o que dá.

Soube-se agora que depois da queda dos Espírito Santo, o Dr. Siza Vieira assessorou em 2014 como sócio da sociedade de advogados Linklaters a administração do BES a respeito da dívida emitida pela BES Finance, sociedade nas Ilhas Caimão. A quem diga que isto é grave, eu diria que não. É mais como naquelas aldeias em são todos parentes. A quem diga que há conflito de interesses a mesma criatura ser nomeada no ano seguinte para um governo que criou o Novo Banco com as partes aproveitáveis do BES, eu diria que nos governos socialistas não há conflitos de interesse, há apenas interesses em conflito.

A família socialista é muito unida, mas como em todas as famílias por vezes há briga

Pode ser lida aqui a estória dos quadros de uma artista socialista financiada por uma câmara socialista que, depois de se ter incompatibilizado com a artista, um autarca socialista "subtraiu" e ofereceu a uma apparatchik socialista que veio a ser ministra de um governo socialista.

É possível enganar toda a gente durante algum tempo, ...

A ministra da Justiça escolheu um juiz seu conhecido em detrimento da primeira classificada do concurso para procurador europeu por um júri internacional. A coisa deu bronca em Bruxelas e chegou ao parlamento europeu que pressiona o governo para garantir a “independência” e “transparência” da nomeação e adoptar a escolha do comité europeu.

O guru que antecipou a crise de 2008 prevê agora o ano sabático do Dr. Costa a médio prazo

«O economista Nouriel Roubini, que antecipou a crise financeira de 2008 (...) alerta que Portugal, a par dos outros países do Sul da Europa, irá precisar de consolidação orçamental no médio prazo.» (Jornal Económico)

«Em defesa do SNS, sempre»

Nem mesmo com o «exemplo único de antecipação e eficácia» das Forças Armadas no combate à pandemia, nas palavras de S. Ex.ª, evitou a derrota dos exércitos do SNS como reconheceu a sua comandante-em-chefe Dr.ª Temido que anunciou ir pedir «ajuda europeia». «Estratégia ridícula e estapafúrdia», classifica-a António Araújo da presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médico que considera existir subaproveitamento dos recursos.

31/01/2021

ACREDITE SE QUISER: S. Exª. e o Dr. Costa "em total união" elogiam as Forças Armadas

Numa peça com o título «Marcelo, “em total união” com Costa, elogia Forças Armadas: "Um exemplo único de antecipação e eficácia”» da lavra da jornalista Ângela Silva, uma espécie de porta-voz autorizado de S. Ex.ª, escreve-se
O primeiro acto público do Presidente reeleito foi ao lado do primeiro-ministro, "em total união" pelo combate à pandemia. Marcelo e Costa visitaram o Hospital das Forças Armadas e desdobraram-se em elogios ao papel das tropas. "Um exemplo único de antecipação e eficácia", sublinhou o PR<
Num país derrotado em toda a linha no combate à pandemia, pergunto-me o que fizeram as FA «cujo papel (S. Ex.ª) classificou de "extraordinário"»? Viverá esta gente numa quinta-dimensão na companhia de jornalistas avençados por diversas causas e opinion dealers? Haverá salvação para um povo acagaçado pelo vírus e pastoreado por gente deste calibre?

30/01/2021

A mentira como política oficial (47) - Incompetente mentiroso ou mentiroso incompetente

Jornal Económico / Diário de Notícias 

A eutanásia como alternativa à morte por falha do SNS

Diário de Notícias

«Quando nos perguntarem no mundo “o que é que faziam os deputados em Portugal enquanto morriam mais de 200/dia, galgando Portugal para os primeiros lugares mundiais da Covid”, responderemos, agoniados e embaraçados, com o facto que envergonha e indigna: “O que faziam? Votavam a eutanásia.»
José Ribeiro e Castro

29/01/2021

O Estado sucial governado por socialistas é um pântano onde prospera a corrupção

Corruption Perceptions Index

No ranking do Corruption Perceptions Index (CPI) da Transparency International, Portugal foi o 32.º país (score 6,1) em 2008, o 35.º em 2009 (score 5,8), o 32.º (score 6,0) em 2010, o 32.º em 2011 (score 6,1), o 33.º em 2012 (score 6,3) e 2013 (score 62), o 31.º em 2014 (score 63), o 28.º em 2015 (score 64), o 29.º em 2016 (score 62), o 29.º em 2017 (score 63), o 30.º em 2018 (score 64) e 2019 (score 62) e o 33.º em 2020 (score 61). [em 2013 a escala do score passou de 0-10 para 0-100]

Repare-se como o Dr. Costa chegou a S. Bento em 28.º e só precisou de 5 anos para descer 5 lugares. Só uma criatura distraída poderia ficar surpreendida pelo aumento da percepção da corrupção mesmo só vendo a ponta do icebergue que o controlo dos mídia pelo PS e os seus aliados não consegue controlar. Nepotismo, compadrio, nomeações para entidades judiciais, técnicas ou de fiscalização baseadas em critérios familiares e/ou partidários, contaminação dos negócios pela política e vice versa, adjudicações directas com critérios opacos, etc., um grande etc. 

Dirão que existe corrupção qualquer que seja o partido do governo. É verdade, porque faz parte da cultura colectivista do Portugal dos Pequeninos, mas é igualmente verdade que quando o PS volta ao governo potencia a captura do Estado desde sempre ocupado por apparatchiks que nunca de lá saíram.

Já escrevi por várias vezes que a corrupção é grave não apenas por razões morais e éticas, o que só por si a tornaria suficientemente condenável, mas ainda porque distorce a racionalidade das escolhas económicas, que passam a ser feitas, não com base dos benefícios líquidos, empresariais ou públicos, esperados, mas pelo interesse de pessoas ou grupos sem legitimidade para intervir nessas escolhas. 

28/01/2021

ARTIGO DEFUNTO: Manaus na Amadora

Recordam-se da falta de oxigénio num hospital de Manaus, uma prefeitura do Estado da Amazonas no Brasil, um escândalo mediático à pala da qual jornalistas de causas e opinion dealers se babaram de indignação em telejornais e em páginas de jornais?

A notícia deu dezenas de peças nos mídia portugueses e teve títulos como:

Da amostra destaco a última peça que alude à ajuda do chávismo que governa um país onde falta tudo desde a comida até ao petróleo (maiores reservas mundiais), passando pela água (rio Orinoco, o quarto maior caudal do mundo). 

Uma semana depois, no hospital Amadora-Sintra deu-se «um colapso na rede de oxigénio», imediatamente reduzido pela administração do hospital a um soporífero «conjunto de constrangimentos na rede de fornecimento de oxigénio medicinal», que obrigou à transferência de dezenas de doentes para outros hospitais.

Se esse colapso ou conjunto de constrangimentos tivesse ocorrido durante a vigência da parceria-público privada com o grupo Mello, cuja gestão fez do hospital um case study com indicadores de qualidade e de custos muito melhores do que os dos hospitais de gestão pública, teríamos certamente ondas de indignação contra os "privados", como tivemos ondas de celebração quando foi cancelado o contrato de PPP. Em vez de ondas de indignação com alusões ao Dr. Costa e à Dr.ª Temido, tivemos notícias inócuas e tranquilizadoras, tais como: