Cantas mas não me encantas |
Ross Crates e Robert Heinsohn, da Australian National University, que têm estudado esta passarada (Loss of vocal culture and fitness costs in a critically endangered songbird), concluíram que os machos jovens não sabem cantar ou adoptam cantos de outras espécies e assim não se tornam atractivos para as fêmeas que perdem o interesse de acasalar, agravando ainda mais os riscos de extinção.
Ora o piropo desempenha, ou desempenhava, no homo sapiens uma função semelhante à do canto do Anthochaera phrygia no acasalamento entre humanos (*). Não se admirem por isso que com a adopção pelos berloquistas dos códigos de linguagem inclusiva do politicamente correcto e em particular do cancelamento do piropo, esses indivíduos percam a capacidade de se reproduzir, o que pelo mecanismo da selecção natural pode levar à extinção dessa subespécie, o que num certo sentido até é positivo na condição do resto da humanidade não aderir a esses códigos.
(*) Entre os muitos exemplos, um dos meus piropos preferidos foi-me contado há muitos anos por uma amiga, por sinal muito bonita, que vestida de verde-alface ouviu de um magala com quem se cruzou «gostava muito de ser um coelhinho para petiscar essa alface». Naturalmente que isto hoje não seria possível ou, se fosse, determinaria a condenação por um tribunal militar do magala por violação da directiva de linguagem inclusiva.
2 comentários:
O mais chocante é que a Direita nunca fez nada para impedir a imposição destas "modernices" por parte da extrema-esquerda... e, como diz o povo, "quem cala, consente".
Es como um helicóptero…gira e “boa”!
🤣
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