Há dois anos, o então líder do PS, António José Seguro, pretendia levar ao Congresso do PS a sua moção «Portugal tem Futuro» onde defendia uma «política europeia de progressiva mutualização dos sistemas de apoio ao emprego e de combate ao desemprego, em particular do subsídio de desemprego».
A coisa morreu logo ali porque Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, arrumou o assunto dizendo que o PS não deveria fazer promessas inexequíveis, como a mutualização do seguro de desemprego ou os eurobonds.
Não ser exequível já não seria pouco, mas além disso teria o mesmo inconveniente de quase todas as mutualizações europeias: em potência um meio de fazer pagar as políticas erradas pelos que têm as políticas certas, ou menos erradas, vá lá. Se, além do financiamento, ainda se quiser harmonizar as regras, então a coisa passaria a ser um desastre enfermando da mesma doença da moeda única: aplicar uma receita única a 28 economias com problemas distintos e, pior do que tudo, mesmo quando tem problemas parecidos, com causas bastante diferentes.
Morto politicamente Seguro, o governo PSD-CDS dito «neoliberal» agarrou a bandeira da mutualização do subsídio de desemprego e incluiu-a à calada num conjunto de propostas que vai apresentar ao Conselho Europeu de Junho. Digo à calada porque a coisa segundo o Expresso foi divulgada pela Reuters e publicada pelo New York Times.
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Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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