De acordo com Associação de Construtores Europeus de Automóveis (ACEA), nos cinco primeiros meses deste ano foram registados 60 mil veículos de passageiros, um aumento de 42% relativamente ao período homólogo de 2013, que contrasta com os 6,6% da UE.
É certo que, com cerca de 4,5 milhões de veículos de passageiros em circulação com uma idade média superior a 11 anos, 144 mil novos veículos por ano (correspondentes ao 60 mil até Maio) são insuficientes para a renovação do parque automóvel que careceria de 400 – 500 mil por ano. Contudo, se por um lado cada novo automóvel significa pelo menos dezena de milhar de euros no saldo da balança comercial, por outro o parque automóvel português é desproporcionado em relação à população e ao poder de compra quando se compara com as médias europeias. É o resultado de incentivos errados desde a adopção do Euro: crédito artificialmente barato e fácil.
Com um parque com a dimensão actual, para se ter uma idade média compatível com a segurança – por exemplo 8 anos – seria necessário importar mais de meio milhão de carros novos todos os anos, ou seja uma quantia astronómica superior ao défice de 2013 ou a 3 anos de exportações da AutoEuropa. Mais um sinal de vivermos acima das nossas posses.
Disso resulta que, não se podendo reproduzir a primeira década prodigiosa deste século, por nos faltar o crédito externo, ou importamos menos automóveis e reduzimos gradualmente o parque automóvel à dimensão da nossa capacidade de o pagar ou aumentamos a exportação de outros bens. Sol na eira e chuva no nabal não será possível.
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Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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18/06/2014
CAMINHO PARA A INSOLVÊNCIA: Here we go again (4)
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