O Expresso descobriu ontem, com uns meses de atraso, que o custo da aleivosia da nacionalização do BPN decidida pelo governo de José Sócrates (é sempre conveniente lembrar, não vão agora os distraídos debitar a factura ao casal Passos-Gaspar), pode ultrapassar 6,5 mil milhões.
Republicando o posto de 9 de Outubro:
A nacionalização do BPN, segundo o saudoso Teixeira dos Santos, começou por não custar nada e mostrar «melhorias significativas». Mais tarde, no princípio de 2011, o nada já andava por volta de 2 mil milhões, segundo Teixeira dos Santos e o amigo (do animal feroz) Bandeira.
Em Outubro do ano passado, segundo a resposta do ministério das Finanças às perguntas do BE, o custo da nacionalização já ia em 4,5 mil milhões and counting.
A semana passada, a proposta de conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o BPN estimava em 3,4 mil milhões a factura dos sujeitos passivos. Como, segundo a Comissão, este valor «num plano meramente teórico até poderá atingir um limite de 6,5 mil milhões de euros», no vosso lugar contava já com este valor «teórico». A perda de valor do BPN, ou, vendo a coisa numa perspectiva optimista, a valorização dos seus passivos e a desvalorização dos seus activos, terá resultado do «desnorte estratégico». Eu diria que é mais uma aplicação do nosso efeito Lockheed TriStar.
Será este o verdadeiro efeito multiplicador do investimento público? O ruído do silêncio da gente honrada no PS é ensurdecedor.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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1 comentário:
É bom não esquecer quem nacionalizou o BPN...nem os que queriam nacionalizar os bancos todos! E convém também ter presente os responsáveis por isto: http://kruzeskanhoto.blogspot.pt/2012/12/saqueadores.html
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