O comissário europeu da Indústria e Empreendedorismo (?) propõe um novo direito: o direito a ser turista, subsidiando com 30% das despesas, os maiores de 65, os pensionistas, os entre 18 e 25, os com dificuldades e os deficientes que viajem dentro da Europa, ou seja, no estado em que a demografia e a economia europeia se encontrarão nos próximos anos, metade da população irá subsidiar a outra metade.
O governo Sócrates correu a apoiar a ideia que o comissário Antonio Tajani explicou com grande inspiração: «Viajar hoje em dia é um direito. O modo com passámos as nossas férias é um formidável indicador da nossa qualidade de vida». O amigo do doutor Soares, Vítor Ramalho, estacionado no INATEL, apressou-se a explicar, pelo seu lado, que cada euro gasto neste programa gera três de receita. É o multiplicador de viagens.
Ora aqui está uma excelente ideia para pagar a dívida pública: o governo pede 160 mil milhões de euros, mais ou menos o equivalente ao PIB, põe os portugueses a viajar e na volta gera 480 milhões de euros com os quais paga toda a dívida pública directa, a dívida das empresas públicas, empresta dinheiro a taxa bonificada às empresas privadas para pagarem a sua dívida e o que sobrar distribui pelos cidadãos para amortizarem a sua dívida pessoal. Porque é que ninguém se lembrou disto antes?
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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