Se me perguntassem quais os mistérios mais densos, de entre a multidão de mistérios que pululam na intersecção, cada vez mais volumosa, entre os mundos dos negócios e da política portuguesa, apontaria sem hesitação dois relacionados entre si. Quem é o criador da criatura Ongoing-Vasconcelos e quais os seus propósitos? É o primeiro mistério. Porquê este mistério parece não interessar a ninguém nos media?
Este segundo mistério perdeu relevância deste ontem, com o editorial do arquitecto Saraiva no Sol precisamente sobre este tema o qual coloca algumas das perguntas que toda a gente deveria andar a fazer. Passemos em revista algumas delas.
Donde vem o dinheiro da Ongoing para comprar 7% da PT, uma pechincha de 500 milhões, para pagar 30 milhões pelo Diário Económico, e se propor pagar 100 milhões pela TVI? Sem esquecer que ainda pretende comprar uma participação de controlo na Imprensa de Balsemão, holding da SIC. Não vem de Nuno Vasconcelos, que não tem activos para isso. Vem do Millenium bcp, o banco do governo, e do BES, cada vez mais os banqueiros do socialismo pós-moderno. Ao todo serão 600 milhões de euros parqueados por estes dois bancos na Ongoing.
Porque estão disponíveis o Millenium bcp e o BES para emprestarem 600 milhões a uma empresa que pretende vir a ter o seu core business nos media, um sector de alto risco?
Como conseguirá pagar a Ongoing 600 milhões de empréstimo com uma carteira de investimentos cujos rendimentos nem para pagar os juros chegam?
E, last but not least, quem é o deus ex machina da Ongoing?
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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