Os bloquistas voltam à carga com uma proposta de lei para encerrar os hipermercados aos domingos, com o propósito salvífico de «evitar maior número de encerramentos [de unidades comerciais] e travar uma maior desertificação" dos centros das grandes cidades».
É da natureza dos bloquistas, herdada do ADN dos seus componentes trotskistas, simplesmente marxistas, marxistas-leninistas, albaneses e simplesmente maoístas, terem soluções ainda antes de perceberem se os problemas que eles vêem como tais são mesmo problemas e, sendo-o, quais são as suas causas.
O problema do encerramento do pequeno comércio não é um problema, é uma oportunidade para melhorar a qualidade e o preço dos produtos e a produtividade. Problema será o inevitável desemprego que exigirá algumas soluções específicas, sobretudo no que respeita à maioria de idosos que dependem do pequeno comércio.
O problema da desertificação dos centros das grandes cidades é, de facto, um problema, só que não tem nada a ver com os hipermercados. Resulta em grande parte do congelamento republicano das rendas (1919) e da inflexibilidade contratual dos arrendamentos para habitação, que atravessou a 1.ª, a 2.ª e a 3.ª Repúblicas até à década de 80 e perdura nalguns dos seus condicionamentos, os quais desvirtuaram durante décadas e ainda desvirtuam o mercado de arrendamento e são responsáveis pela destruição dos centros das grandes cidades muito antes de surgir o primeiro hipermercado.
Se os bloquistas quisessem, mesmo, resolver os problemas que dizem querer resolver, proporiam a liberalização do mercado de habitação e medidas de apoio aos pequenos comerciantes, sem esquecer a liberalização do horário dos hipermercados, dos supermercados, dos minimercados, das mercearias, dos talhos e tutti quanti.
(*) Aos problemas, obviamente.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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24/06/2009
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