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Não vivem pior, vivem melhor, pelo menos os jovens americanos. Como se pode ver nos diagramas acima, não só os mais jovens têm nas últimas décadas sistematicamente aumentos salariais mais elevados (diagrama da esquerda) como, para as mesmas idades, o rendimento mediano a preços constantes das gerações mais recentes é sistematicamente mais elevado do que das gerações anteriores.
1 comentário:
«Não vivem pior, vivem melhor, pelo menos os jovens americanos.»
Até pode ser verdade, mas estes dois gráficos, só por si, não mostram isso.
Em relação ao primeiro gráfico, basta dizer referir que, por exemplo, 12% de 1000 (120) é menos do que 6% de 10 000 (600). Ou seja, não é só a percentagem de aumento salarial que conta, é sobretudo o nível salarial de que se parte antes de fazer a actualização salarial. Não havendo um gráfico que esclareça esses níveis salariais de partida, as percentagens acabam por não ser esclarecedoras.
E em relação ao segundo gráfico, é evidente que o salário mediano dos norte-americanos, em termos nominais, só poderá ter aumentado nas últimas décadas, uma vez que a inflação e a desvalorização do dólar nunca pararam entre as diferentes gerações incluídas no gráfico (embora possam ter parado nalguns anos). Por conseguinte, a questão não é tanto o que cada geração ganhava num determinado momento, mas sim o que o seu salário permitia efectivamente comprar em cada período histórico. Mais uma vez, faltou incluir esse gráfico na comparação entre as diferentes gerações.
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