29/06/2023

LASCIATE OGNI SPERANZA, VOI CH'ENTRATE: Vamos todos fingir que o problema não existe? Sim, vamos (7) - A leveza insustentável do sistema público de pensões (IV)

Continuação de (1), (2), (3), (4), (5) e (6)

mais liberdade

Como o diagrama mostra, já em 2022 as contribuições e quotizações asseguraram apenas 74% das despesas correntes, sabendo-se que a reserva do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social anda pelos 24 mil milhões, insuficiente para pagar as despesas correntes de um ano, imagine-se o que será dentro de uma década ou duas num cenário demográfico com a população activa a diminuir e a esperança de vida a aumentar. 

Concluindo a citação dos excertos da entrevista ao Eco de Jorge Bravo:

«Hoje é praticamente insignificante [o segundo pilar na proteção social, isto é, os fundos de pensões]. Por causa da integração dos grandes fundos de pensões (Portugal Telecom, ANA, Caixa, etc.) no sistema Previdencial e na Caixa Geral de Aposentações (CGA), a cobertura por planos do segundo pilar reduziu-se significativamente e tornou-se praticamente insignificante. O que tem havido e aumentando com alguma expressão são as funções complementares individuais, através dos seguros de vida, dos planos de poupança reforma (PPR), dos planos de pensões individuais. (...)

O que temos tido é uma insuficiente aposta da parte das entidades públicas em promover a poupança. Aliás, até temos tido uma cultura de ostracização da poupança, como se vê no esforço fiscal que é aplicado sobre a poupança. Até nas mais elementares formas de poupança, como um depósito, há a aplicação de uma taxa unilateral de 28%. Isso é absurdo. (...)»

Vem a propósito da referência de Jorge Bravo aos grandes fundos de pensões que foram integrados na SS e na CGA remeter para o post com mais de 10 anos "Receba agora e pague depois ou a cosmética do défice em preparação" onde se denuncia a manobra para limpar défices orçamentais e se elencam os fundos que para tal foram usados.

Não vem a propósito, mas não resisto a lembrar que o número de imigrantes que desconta para a Segurança Social portuguesa se multiplicou por cinco desde 2015 e atinge 650 mil. Agradecei-lhes por fazerem o trabalho que os nativos com diplomas em ogias rejeitam e a contribuições que pagam.

28/06/2023

Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (72c)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa». Outras edições do Semanário de Bordo.

(Continuação de 72a e 72b)

Choque da realidade com a Boa Nova. Os comboios descarrilam

Uma vez ou outra, alguns jornalistas mostram menos boa-vontade – louvados sejam – e fazem um inventário do desempenho do governo do Dr. Costa. 

É o caso da peça do Público (o Avante da Sonae ainda tem lá alguns jornalistas) sobre a execução do Ferrovia 2020 que pode ser resumida assim:



Poucos dias depois do anúncio de mais 117 comboios e «pelo menos» uma nova fábrica dos ditos, pode dar-se mais um choque dos comboios com a realidade: as regras da Óropa podem pôr em causa os sonhos do Dr. Pedro Nuno agora corporizados pelo Dr. Galamba. Se ao menos a Óropa mandasse a grana e deixasse das fantasias de assegurar a concorrência.

No socialismo há dois mercados que funcionam bem. O mercado paralelo e o mercado negro. Agradeçam aos esforços do socialismo para mitigar o efeito Laffer

Segundo um estudo da FEP, o peso da economia não registada, isto é, da chamada economia paralela que inclui actividades legais e também o mercado negro, tem vindo a crescer desde 1996 e atingiu 34,37% em 2022. A uma taxa média de IVA de 20% a economia paralela geraria uma receita adicional superior a 16 mil milhões de euros.

Mais Habitação. Os deputados socialistas insultam os senhorios

A última invenção dos deputados socialistas para tornar atractiva aos senhorios a redução das rendas é proporem «uma redução de cinco pontos percentuais da respetiva taxa de IRS, sempre que a renda seja inferior em pelo menos cinco pontos percentuais à renda do contrato de arrendamento anterior». Traduzindo por miúdos, é passar de uma renda líquida de impostos de 72% da renda bruta para 73,15%. Estão a pensar que 0,15% não é incentivo nenhum? Pensam bem, mas não pensaram tudo, por exemplo que com a volatilidade do fisco socialista um ou dois anos depois o incentivo pode ser anulado e fica o quê? Fica uma base 5% inferior para actualizar a renda até ao fim dos tempos.

De volta ao velho normal

A taxa de poupança das famílias voltou a descer 0,6 pp no primeiro trimestre deste ano face ao último trimestre do ano passado.

«Pagar a dívida é ideia de criança»

Em Abril o endividamento da economia aumentou 1,9 mil milhões e atingiu 804 mil milhões de euros ou cerca de 3,3 vezes o PIB previsto para 2023.
Jornal Eco
Pro memoria: o endividamento da economia é a soma das dívidas do Estado, das famílias e das empresas não financeiras.

27/06/2023

Putin is increasingly losing touch with reality

«Trailed as a historic address to the nation following the weekend’s Wagner rebellion, Vladimir Putin’s short speech on Monday night was an unconvincing condemnation of everything generally and nothing much specifically. If the speech was historic, it was only because of the way the President brought up Russia’s historical betrayals and revolutions.

Putin’s allusions to civil war and ‘times of troubles’ (historical periods when the state is weak and chaos ensues) only remind people of the instability currently afflicting Russia. Likewise, the comparisons with ‘neo-Nazi Ukraine’, supposedly a failed state, raise the question why it was in Rostov, not Kyiv, that Russian fighters were welcomed with fanfare, pastries, and selfies.

Putin’s efforts to blame Wagner – and ‘the West’ – ignores a discomforting reality: that Prigozhin’s complaints about the war’s failures appeal to many ordinary people. First, because he tells the truth, namely that the invasion was based on lies and the war has been fought incompetently. Second, because his ‘truth’ is packaged in a way that consoles the many thousands of Russians who have lost loved ones in Ukraine, and the many millions who feel disoriented by the decision to launch a full-scale invasion in the first place.

The use of ‘everything is going according to plan’ as an ironic catchphrase on Russian social media shows the widespread awareness of the Kremlin’s failed prosecution of the war on Ukraine. But Prigozhin’s tirades and audio messages salvage Russia’s bruised national pride by pinning these failures on corrupt and incompetent elites, whose children swan around Europe while everyone else is sent to battle without proper equipment or training.

Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (72b)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa». Outras edições do Semanário de Bordo.

(Continuação de 72a) 

Insanidade é continuar a fazer a mesma coisa e esperar resultados diferentes

Depois de décadas a promover bolsas para doutoramentos em ogias, cujos destinatários vão encavalitar-se nas mesmas universidades onde sempre estiveram, por via da endogamia, ou vão ocupar um lugar de apparatchik num qualquer departamento do Estado sucial, chega-se à conclusão que «apenas 6% dos doutorados chegam às empresas. Na UE são 40%». Que outros resultados esperavam?

Os turistas continuam a manter o Titanic socialista a flutuar

Nos quatro primeiros meses do ano o saldo das viagens e turismo na balança de serviços aumentou 1.423 milhões de euros. Dá jeito para equilibrar a balança comercial e para dar emprego aos graduados em ogias da geração mais educada de sempre.

Em vez de se envergonharem, celebram. Não é uma questão de falta de dinheiro é uma questão de falta de dignidade

A Dr.ª Margarida Marques, eurodeputada socialista e vice-presidente da Comissão de Orçamentos do Parlamento Europeu, garantiu aos jornais que no próximo quadro financeiro plurianual que está em preparação Portugal terá a sua contribuição no orçamento aumentada, mas, não se preocupem, porque «o país deverá continuar a ser um beneficiário líquido». A caminho dos 40 anos a receber esmolas da Óropa, o Portugal dos Pequeninos felicita-se por continuar pobrezinho e de mão estendida para os seus benfeitores.

Boa Nova

Quando mais o Dr. Costa e o seu governo estão enrascados mais os seus ajudantes se desdobram em anúncios. A semana passada foi o Dr. Galamba a anunciar mais 117 comboios «pelo menos» e uma nova fábrica dos ditos e a Dr.ª Mariana a anunciar um novo hospital em Évora com 351 camas que custará 205 milhões de euros e estará pronto no próximo ano. Que esta estratégia comunicacional de agitprop continue a ser usada com sucesso mostra bem três coisas: a falta de memória e preguiça intelectual dos portugueses, a boa-vontade dos jornalistas e a falta de escrúpulos e vergonha da nomenclatura socialista.

Take Another Plan. O multiplicador socialista, uma vez mais

Uma das singularidades do pensamento milagroso inerente ao socialismo lusitano é o conceito do multiplicador socialista cujos exemplos temos vindo a referenciar no (Im)pertinências (ver a etiqueta “multiplicador”). O exemplo porventura mais acabado é o da esperada multiplicação de cada euro torrado em autoestradas em 18 euros de aumento do PIB – a coisa falhou e o que se multiplicou foi a dívida pública. A uma escala mais modesta temos agora a multiplicação da indemnização de 500 mil euros paga por Mme Ourmières-Widener para se ver livre da Dr.ª Alexandra, que pode agora multiplicar-se e atingir 3 milhões de euros que é quanto Mme vai exigir ao Dr. Medina por se ter visto livre dela.

Os prognósticos baseados no pensamento milagroso não costumam dar bom resultado

Outro exemplo do pensamento milagroso socialista são os anúncios do fim para breve da inflação, normalmente a cargo do Dr. Centeno, cujas funções que sobram do Banco Central Europeu não dão para lhe ocupar senão uma pequena parte do seu tempo e uma ínfima do seu enorme talento. Para temperar o provável exagero destes anúncios, recomendo leitura da peça «Investors must prepare for sustained higher inflation» que expõe com clareza os dilemas que os bancos centrais vão ter de enfrentar para mitigar a inflação e os custos para as economias.

(Continua)

26/06/2023

Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (72a)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa». Outras edições do Semanário de Bordo.

Os cabecilhas do Estado sucial têm uma relação difícil com a verdade

É publicada uma foto do Dr. Costa sentado ao lado do Dr. Órban, um notório representante de «uma coligação mais ou menos assumida entre forças da direita (…) que, na verdade, estão a concorrer para um objetivo que é o de, (…) dar verdadeira e efetivamente má fama ao PS». Em seguida, o comentador residente em Belém justifica a presença com a vontade do Dr. Costa “abraçar” Mourinho, para pouco depois corrigir com uma “escala técnica”. Por fim, o gabinete do primeiro-ministro acrescenta à escala técnica o convite do presidente da UEFA, que afinal já era velho de dois meses, e o protocolo para justificar sentar-se ao lado do Dr. Órban.

No Estado sucial não há conflito de interesses. Há interesses em conflito

O Arquitecto Manuel Salgado, primo do DDT Dr. Ricardo e ex-vereador do Urbanismo da Câmara de Lisboa durante os mandatos do Dr. Costa e do Dr. Medina, é proprietário do ateliê de arquitectura Risco a quem foram adjudicadas, durante o seu mandato, as obras do Convento do Beato e o alargamento do Hospital da Luz (que está a ser investigado). Ao seu ateliê acaba de ser adjudicada a concepção e construção do Hub do Mar em Pedrouços. (Sol)

Um patrão que não resolve os seus diferendos com os seus empregados pretende resolver os diferendos dos outros patrões

Já tratei com mais pormenor num outro post do anúncio pela imprensa do regime de que o governo prepara aumentos de 8% para quase 100 mil trabalhadores do privado, anúncio que resulta da coexistência da falta de decoro do governo com a falta de competência dessa imprensa.

«Em defesa do SNS, sempre» / «O SNS é um tesouro»

Decorridos 10 meses da sua ascensão ao ministério do SNS, é tão óbvio que o Dr. Pizarro não tem nada para apresentar que mesmo o respeitador semanário de reverência faz um título que diz tudo: «As promessas de Pizarro são o mistério da Saúde»

Lupus est homo homini lupus

A Iberdrola tem congelado o parque eólico do Tâmega de 450 milhões de euros devido a um parecer negativo do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas por causa do lobo-ibérico. Acontece que o lobo-ibérico, que esteve praticamente extinto durante vários séculos devido ao aumento da ocupação humana, agora que essa ocupação está a desaparecer, voltará a prosperar como quase todas as espécies selvagens por essa Europa. Em breve, pode haver um problema semelhante à superabundância do javali no Sul. Talvez a melhor razão para não autorizar aquele parque não seja o lobo-ibérico mas corrigir a irracionalidade das prioridades do governo na localização das energias renováveis, como defende Mira Amaral que aqui citámos.

(Continua)

25/06/2023

Wagner Revolt in a nutshell: "Russians killing other Russians because they disagree about how to kill Ukrainians"

«Tavberidze: Finally, a somewhat philosophical question, or a moral conundrum. In a nutshell, whatever Prigozhin's real motivations might have been, it boils down to Russians killing other Russians because they disagree about how to kill Ukrainians. What does that say about modern Russia?

Eggert: It just adds to the picture: that of a very significant moral crisis inside society. A moral crisis that, I'm afraid, may lead to Russian society never being able to rise again and do something good about its own country. What's happened definitely shows to us the depths of the moral crisis that Russian society is undergoing: It is not for Putin, it is not against Putin, it is OK to kill others as long as it basically doesn't touch upon me that much. It is OK for armed gangs to capture the cities and then for them to retreat.

It is a society where citizens are in the minority. This means that whoever is in the Kremlin will be able to basically present society with any choice he or she chooses, and there is a very high chance that society will just accept it.

This is the main issue here. It's not an issue so much of arms or demographics, as important as they are. It is an issue of a society that basically agrees to any order coming from above -- some gladly, some grudgingly, some actually want to isolate themselves from reality and did it pretty successfully until recently.

Any change that may come in such circumstances will definitely come from intra-elite struggles rather than some kind of popular democratic revolution. This, to me, is probably the perspective we will be facing in the coming weeks and months.»

Vazha Tavberidze of RFE/RL's Georgian Service in an interview with Konstantin Eggert, correspondent in the Baltic States and weekly columnist on Russian affairs for Deutsche Welle

Um Major-general discípulo do visconde de Chateaubriand

Já por diversas vezes escalpelizei os delírios do "Major-general e Investigador" Carlos Branco sobre a invasão da Ucrânia como aquiali e acoli. Volto agora a citá-lo a propósito do seu artigo Linhas vermelhas que repete as suas ladainhas habituais para justificar as agressões russas com acções anteriores da NATO.

É a invasão da Georgia em 2008, que ele rebaptiza guerra na Georgia e atribui ao convite à Ucrânia e à Georgia para aderirem à NATO. É a invasão da Crimeia, que ele concede seja "invasão", que se deve à promoção de um golpe de estado em Kiev. É a invasão da Ucrânia que, segundo ele foi uma antecipação ao ataque em preparação ao Donbass. É a colocação de armas nucleares táticas na Bielorrússia, que resulta da «possibilidade de a Polónia vir a pisar mais uma linha vermelha e invadir a Bielorrússia». Até aqui nada de novo.

Aguardo com mal disfarçada ansiedade a sua explicação autorizada sobre a génese da sublevação com marcha sobre Moscovo do Grupo Wagner de mercenários capitaneado por Yevgeny Prigozhin, ex-cozinheiro de Putin. Será que Prigozhin se converteu ao nazismo e está ao serviço da NATO? Será que foi comprado pela CIA que o vai levar ao colo até ao Kremlin?

Aqui no (Im)pertinências citámos algumas vezes François-René, visconde de Chateaubriand, como tendo dito «abençoada a divina providência que fez os rios atravessar as cidades», que ele provavelmente nunca disse, mas daria jeito se o tivesse feito.

24/06/2023

A arte de bem titular toda a notícia (6) - É comovente a comunhão de ideias do governo e da imprensa do regime


É uma espécie de mimetismo. Às 23.30 de quinta-feira o jornal Negócios dá a "notícia" de que a «portaria de condições do trabalho para trabalhadores administrativos, é assinada por oito ministros, e decide de forma administrativa os salários mínimos que se aplicam potencialmente a 94 mil trabalhadores que não estão cobertos por negociação» e quase todos os outros a repetem com títulos praticamente iguais que induzem nas meninges dos leitores que o governo irá pagar do bolso dos seus ministros a quase 100 mil trabalhadores do "privado", como eles dizem.

Ninguém explica e contextualiza a "notícia", esclarecendo que estamos perante um expediente chamado "portarias de extensão", pelo qual os contratos colectivos negociados pelos sindicatos (controlados pelo PCP) que representam 10% dos trabalhadores têm influenciado 90% dos contratos de trabalho, em empresas e sectores sem condições para pagarem a bitola das maiores empresas e continuarem competitivas. Por esta via, a concertação social tem tido principalmente o papel de defender os «direitos adquiridos» das corporações empresariais e sindicais, aumentar o desemprego e assim manter o statu quo.

Em Outubro de 2012, por pressão da troika, as portarias de extensões passaram a ter um alcance mais limitado que foi resposto em Abril de 2014. Ler aqui o que Ricardo Reis escreveu em Novembro de 2021 sobre este tema. 

23/06/2023

A paixão pelas energias renováveis, tem o mesmo resultado das outras paixões socialistas

Nas energias renováveis, como no resto, a estratégia dos governos socialistas não visa optimizar os recursos e os esforços para conseguir os melhores resultados. Em vez disso, é ditada por um ou vários dos propósitos habituais de sacar fundos europeus, embarcar no facilitismo, recompensar os lóbis domésticos e fazer agitprop.

Mira Amaral, que entre muitas outras coisas foi ministro da Energia e tem um background académico que lhe permite tratar com propriedade dos temas da energia, escreveu uma vez mais sobre as prioridades do governo na localização das energias renováveis.

As exigências de ocupação de superfície das energias renováveis por unidade de output são um múltiplo das centrais convencionais: no caso das centrais fotovoltaicas 65 vezes mais do que as centrais nucleares e 37,5 mais do que centrais a gás. Por isso, em vez das grandes centrais de energia fotovoltaica, que ocupam imenso espaço e obrigam ao abate em massa de árvores, deveria ser privilegiada a produção descentralizada próxima do consumo que permitiria eliminar a ocupação de mais superfície com as linhas e as perdas de energia no transporte. O que está planeado até 2030 é precisamente o contrário: apenas 2 GW de energia distribuída de um total de 9 GW de fotovoltaica. 

Outro aspecto que Mira Amaral salienta resulta da descontinuidade inerente às energias renováveis (sol durante o dia e dependência do vento) e da inexistência de soluções de armazenamento da energia, limitações que conduziram a um gigantesco desperdício de ter uma capacidade instalada dupla da ponta de consumo (20GW e 10MW, respectivamente).

É mais uma paixão socialista com más consequências.

22/06/2023

CASE STUDY: Não é bem competitividade, é mais "competividade", como diz o Dr. Costa

A IMD publica anualmente os rankings de Competitividade, de Competitividade Digital e de Talento. Foi publicado há dias o ranking da Competitividade, ao qual já várias vezes fizemos referência. 

Depois da descida de seis lugares o ano passado, voltámos ao 39.º lugar de 2019. Mais interessante do que olhar para os rankings agregados é ver como nos posicionamos nos diversos factores.


Uma vez mais (ver por exemplo 2021) persistiram como factores mais negativos:
  • Fiscalidade
  • Finanças públicas
  • Práticas de gestão

Os dois primeiros devemos agradecer sobretudo aos governos socialistas e o terceiro à dificuldade congénita dos portugueses lidarem com exercícios de racionalidade de que a gestão é um exemplo. A esses três adicionaram-se em 2023 o Quadro Institucional e o Mercado de Trabalho, cortesia das trapalhadas do governo do Dr. Costa e das recentes alterações do Código do Trabalho, respectivamente.

21/06/2023

Numa democracia defeituosa o chefe escolhe os deputados. Numa democracia funcional os deputados escolhem o chefe (4)

Continuação de (1), (2) e (3)

O parlamento inglês aprovou ontem por 354 votos (entre os quais 118 dos 364 deputados conservadores) contra 7, com 225 abstenções, um relatório que concluiu ter Boris Johnson, o anterior primeiro-ministro e ex-líder dos conservadores, enganado intencionalmente os deputados acerca das festas em Downing Street durante o confinamento da covid.

A ex-primeira-ministra Theresa May, a líder da Câmara dos Comuns, Penny Mordaunt, e a ministra de Educação, Gillian Keegan, aprovaram as conclusões do relatório.

O deputado conservador Tobias Ellwood referiu-se à aprovação como «foi a consciência colectiva do Parlamento sendo julgado pelo povo britânico».

Alguém imagina um terço dos deputados socialistas a votarem um relatório que considera ter o seu primeiro-ministro mentido ao parlamento?

20/06/2023

Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (71b)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa». Outras edições do Semanário de Bordo.

(Continuação de 71a)

Jobs for the boys, a endogamia socialista

Já aqui escrevemos várias vezes que o governo do Dr. Costa desvirtuou completamente a CReSAP, criada pelo governo PSD-CDS para fazer escolhas com base na competência. Mais um exemplo: o novo presidente do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana é o chefe de gabinete da ministra da Habitação Dr.ª Marina Gonçalves, que por sua vez foi chefe de gabinete do Dr. Pedro Nuno nas suas diversas encarnações de secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e de ministro das Infraestruturas e da Habitação.

O que faz correr o Dr. Centeno, com centenas de aparições nos mídia?

Quem esperava que o Dr. Centeno ficasse sossegado e em repouso no BdP terá ficado decepcionado porque a criatura desde então está sempre a falar sobre tudo e mais alguma coisa, rivalizando com o Dr. Marcelo, o que não é dizer pouco. Só nos últimos 5 dias úteis a pesquisa Google de notícias credita ao Dr. Centeno uma centena de declarações.

Choque da realidade com o Mais Habitação

No 1.º trimestre os números de edifícios com licença de utilização e dos concluídos diminuiu 10,9% e 2,9%, respectivamente, em relação ao 1.º trimestre do ano passado.

De volta ao velho normal

Apesar da subida das taxas de juro, o crédito ao consumo no 1.º trimestre atingiu o valor mais alto desde 2013.

Cada vez mais distantes da Óropa e dos outros. Na “protividade” e no resto

Expresso


As notícias de que economia está a ir muito bem, são manifestamente exageradas

Apesar das legiões de turistas, as perspectivas de crescimento do 2.º trimestre são pouco animadoras – até o semanário de reverência titula na 1.ª página «Economia trava fundo no 2.º trimestre». A propósito dos «excelentes» 2,5% de crescimento no 1.º trimestre, o governo antes de se felicitar deveria fazer contas para verificar qual foi o (de)crescimento do resto da economia se abatermos o crescimento pletórico de 41% do turismo que representa cerca de 8% do PIB o que, só por si, deveria gerar um crescimento superior a 3%. E deveria olhar também para o investimento em volume que caiu 6,1% no 1.º trimestre.

E, já agora, deveria olhar para as exportações em quantidade até Abril que estão a diminuir e só subiram em valor porque o preço unitário ainda aumenta devida à inflação.

A geração mais bem-educada de sempre arrisca-se a ser a geração mais mal paga de sempre

Expresso

A diferença de salários dos jovens portugueses com ensino superior face aos jovens com ensino secundário desceu de cerca de 50% em 2011 para 27% em 2022. Comprometido pelos factos, o mito que da banalização dos diplomas universitários nasce o desenvolvimento do Portugal dos Pequeninos, os factos estão em vias de questionar a prática de que do diploma nasce um melhor salário.

«A educação é a nossa paixão» . Talvez devêssemos implorar ao Dr. Costa que odiasse a educação

No ranking das notas dos exames do 9.º ano encontramos a escola pública mais bem classificada em 31.º lugar e encontramos apenas duas escolas públicas nos primeiros 50 lugares. Nos exames finais do ensino secundário a escola pública melhor classificada não passou do 40.º lugar e encontramos apenas 3 escolas públicas nos primeiros 50 lugares (fonte). Cada vez mais as famílias com posses inscrevem os seus filhos nas escolas privadas, reduzindo ainda mais a já reduzida mobilidade social. É uma demonstração prática do teorema socialista que nos diz que quanto mais facilitamos o ensino para “ajudar” os pobres mais difícil fica para os pobres apanharem o elevador social que tem poucos lugares e quase todos ocupados pelo esperma sortudo.

19/06/2023

Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (71a)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa». Outras edições do Semanário de Bordo.

Ineficiente, sempre. Ineficaz quando possível

Com a liberalidade de quem gasta o dinheiro que não lhe custa ganhar, o governo do Dr. Costa torrou 1,6 milhões num zingarelho chamado Tagline, uma aplicação para assegurar a confidencialidade das comunicações entre os apparatchiks que pretendia ser o WhatsApp socialista, aplicação que teve um sucesso tal que até o Dr. Pedro Nuno preferiu o WhatsApp para aprovar o meio milhão para a Drª Alexandre.

Está tudo explicado. Há ameaça de uma coligação internacional das direitas

Para Dr. João Torres, sozialistischer Jugendführer, a “má fama” do PS resulta não das múltiplas golpadas e trafulhices que a clique tem levado a cabo, mas de «uma coligação mais ou menos assumida entre forças da direita (…) que, na verdade, estão a concorrer para um objetivo que é o de, (…) dar verdadeira e efetivamente má fama ao PS».

Uma ameaça para o sozialistischer Jugendführer é para o sozialistischer Spitzenführer uma oportunidade

O Dr. Costa é um homem pragmático e percebendo que para ascender ao Olimpo bruxelense terá de cortejar o Sr. Orbán, um notório nacional-direitista, lá foi ele seduzi-lo em Budapeste no caminho para a Moldávia. O Dr. Costa, apesar de tudo, teve o bom-senso de omitir da sua agenda esta deslocação, enquanto o Dr. Marcelo, no seu papel de comentador desprovido de senso, insultou (a pouca) inteligência da audiência explicando que o primeiro-ministro, que assistiu em Budapeste à final da Liga Europa, foi «dar um abraço a Mourinho».

«Empresa Financeiramente Apoiada Continuamente (pelo) Estado Central»

O governo do Dr. Costa tem estado a torrar 10 milhões de euros por mês para manter a flutuar a EFACEC para, diz o ministro da Ecoanomia, manter os 1.600 empregos. Se Dr. Costa Silva soubesse fazer contas teria concluído ser mais barato ter 1.600 trabalhadores na praia e continuar a pagar-lhes os salários que certamente são apenas uma fracção dos 5.357 euros por cabeça que custa mantê-los entretidos na EFACEC.

Para arredondar a conta, o governo aprovou dois projectos da EFACEC no âmbito da bazuca totalizando 1.000 milhões de euros, o equivalente a dois anos de produção.

Take Another Plan. SATA, uma TAP das Ilhas

Recordemos que a SATA, a companhia regional de aviação dos Açores, assinou em 2016 um contrato de leasing de um avião Airbus A330 que custou até há um ano mais de 40 milhões de euros, com o avião estacionado desde 2019 no aeroporto Sá Carneiro, por custar mais caro mantê-lo a operar. Entretanto a SATA recebeu ajudas de 453 milhões de euros, mas só agora a comissão de inquérito do parlamento açoriano se deu conta.

Take Another Plan. A ficção costista-pedronunista não resiste aos factos

David Neeleman escreveu uma carta a desmontar factualmente a construção agitprop do governo socialista para justificar o desastre da renacionalização, da qual destaco o quadro seguinte que fala por si.


Falta só acrescentar os 3.200 milhões de euros que o Dr. Costa, o Dr. Pedro Nuno e tutti quanti derramaram depois da renacionalização com o dinheiro extorquido aos contribuintes portugueses e europeus.

Take Another Plan. Está provado. A Dr.ª Alexandra não teve um tratamento privilegiado

Na verdade, o meio milhão que foi pago à Dr.ª Reis está abaixo da média de 654 mil que foram pagos aos 13 administradores que a precederam.

Take Another Plan. Aparte os copos de papel, o governo não se “ingere” na gerência na TAP

O Dr. Pedro Nuno Santos, a respeito de quem o Dr. Paulo Portas disse na TVI que «diz coisas que não são verdade com a mesma convicção que José Sócrates dizia mentiras, ou acreditava nas mentiras que dizia», garantiu na audição à CPI «que não há ingerência na gestão corrente da TAP». Como o ex-administrador financeiro da TAP ouvido na CPI revelou que a comissão executiva deliberava sobre a compra de copos de papel, mas o pagamento da indemnização de 500 mil euros à Dr.ª Alexandra Reis passou-lhe ao lado, ficamos na dúvida sobre o que entende o Dr. Pedro Nuno que seja gestão corrente.

(Continua)

18/06/2023

LASCIATE OGNI SPERANZA, VOI CH'ENTRATE: Vamos todos fingir que o problema não existe? Sim, vamos (6) - A leveza insustentável do sistema público de pensões (III)

Continuação de (1), (2), (3), (4) e (5)

Continuando a citar excertos da entrevista ao Eco de Jorge Bravo:

«Os fatores estruturais que afetam a nossa sustentabilidade e a adequação permanecem e alguns até foram agravados. Um desses elementos é a demografia. Por termos um sistema de repartição em que as gerações ativas financiam as pensões das gerações dependentes, o sistema depende muito do equilíbrio demográfico entre os financiadores e os beneficiários das prestações. Isso significa que, no fundo, o país deveria ter uma estrutura etária mais equilibrada.

O rácio [em 1980 contavam-se 6 trabalhadores para um reformado, em 2007 esse rácio já estava abaixo dos 4 e até 2050 continuará a cair até cerca de 2 trabalhadores por um reformado] está a agravar-se e até estamos numa situação do mercado de trabalho anormalmente favorável, se bem que não é com base nesta circunstância que se avalia a sustentabilidade do sistema no longo prazo. Mas a demografia é, com certeza, um dos fatores mais penalizadores do nosso sistema, tanto do ponto de vista da sustentabilidade como da adequação.

Este sistema [a conta de aforro virtual numa pensão por velhice] tem enormes vantagens do ponto de vista da transparência porque permite automaticamente saber em cada momento quais são as responsabilidades já acumuladas: basta somar as contas individuais de todos. Permite também calcular automaticamente a pensão no momento da velhice, tendo em conta a esperança média de vida à idade de reforma. Ou seja: garante transparência, equilíbrio e neutralidade atuarial, e garante que o sistema não acumula dívida para as gerações futuras. (...)

Não vamos ter ilusões: não eliminaremos esse défice de um dia para o outro. E aqui temos de ser muitos claros: temos uma dívida histórica, geracional, que temos de financiar e que temos financiado ao longo do tempo com impostos, porque o sistema não se autofinancia há décadas. Mas não podemos continuar neste paradigma de empurrar o problema com a barriga, desde logo quando o pagamento das prestações sociais está ancorado no Orçamento do Estado, ou seja, na saúde das finanças públicas.»

(Continua)

17/06/2023

TIROU-ME AS PALAVRAS DA BOCA: A elite política portuguesa é extrativa e só não extrai muito porque se produz pouco

Óscar Afonso é o novo diretor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto e deu uma entrevista ao jornal Eco onde falou sobre o Portugal dos Pequeninos com lucidez e frontalidade pouco frequentes entre os universitários domésticos. Eis algumas passagens. 

«A elite política portuguesa é extrativa, o que significa que o dinheiro que o Estado recolhe da riqueza produzida não está a ser usado da melhor maneira. Notamos isso, por exemplo, quando ‘a economia está melhor, mas as pessoas não estão melhores’. Ficariam melhor se a economia, em vez de 2%, crescesse a 4% ou 5%. Mas para isso é preciso melhorar a competitividade. Temos uma carga fiscal enorme e a dívida pública em termos absolutos não tem parado de aumentar. Ainda por cima agora, com o aumento das taxas de juro, tão cedo as pessoas não vão ficar melhor. Não se iludam.  (...)

Ok, fizemos um grande esforço na formação das pessoas, o capital humano melhorou imenso, mas depois verificamos que muito dele, em que gastámos dinheiro a formar, acaba por emigrar. (...)

Momentaneamente podemos ter bons resultados, como o crescimento do PIB acima das previsões. Mas é uma desgraça crescer tão pouco com a quantidade tão significativa de fundos que temos recebido e com o endividamento que temos. O peso da dívida pública condena o país a uma austeridade permanente, por via da carga fiscal. Por isso é que as pessoas não estão melhores.»

16/06/2023

LASCIATE OGNI SPERANZA, VOI CH'ENTRATE: Vamos todos fingir que o problema não existe? Sim, vamos (5) - A leveza insustentável do sistema público de pensões (II)

Continuação de (1), (2), (3) e (4)


Apropriando as palavras do outro contribuinte para recordar a leveza com que o Dr. Costa e o seu governo trataram recentemente a sustentabilidade da Segurança Social:

Como o país (isto é, as pessoas com pelo menos meia dúzia de neurónios a funcionar) se deu conta, a Segurança Social passou em poucos dias da sustentabilidade ad eternum para o descalabro anunciado - ver aqui o vídeo da CNN com as sucessivas estórias contadas pelo Dr. Costa sobre este tema desde 2018.

Para justificar que a actualização automática das pensões não terá lugar em 2023, apesar de prevista na lei, porque, segundo o governo, anteciparia em cinco anos o défice da Segurança Social, a trafulhice chegou ao ponto de as projecções da ministra das Pensões apresentadas ao parlamento a semana passada omitirem mais de 1.300 milhões de aumento das receitas resultante da inflação e a redução das despesas com o subsídio de desemprego. Sem esquecer que tais projecções contrariam completamente o relatório de 21 páginas inserto no OE 2022, apresentado pelo ministro das Finanças e aprovado há 3 meses, onde se concluiu que o Fundo de Estabilização da Segurança Social sobreviria até 2060.

Seis meses depois o Dr. Costa, apertado pelas sondagens que mostram o descontentamento geral da populaça, decidiu derramar um maná de quase 600 milhões este ano e mais mil milhões de euros no próximo ano sobre a sua freguesia de reformados, montante equivalente a uns 8% do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social que se destina a prolongar por mais uns tempos a sustentabilidade da SS que a longo prazo está comprometida.

E da freguesia de reformados o Dr. Costa privilegiou com o seu maná precisamente os pensionistas mais abonados ao aumentar-lhes as pensões acima do que resultaria das regras de actualização.

Leiamos o que Jorge Bravo, professor de Economia da Nova e membro da Comissão Interministerial da Reforma do Sistema da Segurança Social, entre 2014 e 2015, nos diz sobre o assunto nesta entrevista ao Eco:

«Não podemos olhar para o sistema da Segurança Social analisando o sistema Previdencial de forma individualizada como faz o Governo, quando desde 1 de janeiro de 2006 que a Caixa Geral de Aposentação (CGA) foi encerrada. Esta mudança fez com que todos os subscritores, todos os funcionários públicos que entraram a partir dessa altura, ou seja, cerca de metade da atual função pública, estejam hoje no sistema geral. No entanto, o Governo só divulga as contas do sistema Previdencial, num anexo ao Orçamento de Estado.

(A não divulgação das contas do sistema todo mas apenas do Sistema Previdencial) é uma estratégia que o Governo tem usado há muito tempo de ocultação da realidade do quadro geral da Segurança Social. É muito fácil apresentar números bons da Segurança Social mostrando apenas os números do sistema Previdencial, porque é como se tivesse criado um sistema novo dentro do sistema velho. Ora, num sistema novo de proteção social só tenho praticamente receita, não há despesa. É uma mentira completa do sistema.

Os dois sistemas (CGA e Previdencial) funcionam exatamente com os mesmos princípios de adequação seletiva das fontes de financiamento, em que ambos deviam-se autofinanciar com contribuições e quotizações. Mas isso não acontece. Diria que não acontece há 15 ou 20 anos. Se juntarmos todas as prestações contributivas, atualmente deveremos ter um défice corrente que rondará entre os 20% e 25%.

Claramente o sistema da Segurança Social não é sustentável. Juntando a CGA e o regime geral, o sistema tem uma dívida implícita (valor dos ativos que teríamos de ter de reserva para cobrir todos os défices futuros) que facilmente ultrapassaria os 250% do PIB até por volta de 2080. E o Governo não diz isso e fá-lo de forma deliberada

(Continua)

15/06/2023

ACREDITE SE QUISER: Agora é oficial. A Rússia é controlada por neo-nazis

Jornal Eco

É certo que o Sr. Eng. Guterres, um dos portugueses no topo do mundo, nunca referiu expressamente a Rússia, certamente por razões diplomáticas uma vez que é membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, mas que outra principal ameaça à segurança de vários países poderia ele estar a referir-se?

14/06/2023

ACREDITE SE QUISER: Trump é vítima do seu alegado sucesso

Não, Donald Trump não vai deixar de ser candidato e ganhar a eleição presidencial pelas razões que os seus detractores lhe apontam. Como, por exemplo, ser um homem de negócios falhado que tem delapidado a herança do seu pai, se acreditarmos nas suas declarações fiscais. Ou por ter incitado os seus seguidores a invadir o Congresso. Ou por ter acusações federais sobre a posse de documento confidenciais da Casa Branca, por obstrução da justiça, declarações falsas, por pressionar testemunhas, etc. Facilmente ele convencerá os seus devotos que é um homem de negócios com imenso sucesso, que que não incitou a invasão ou, se incitou, foi um expediente legítimo para tentar alterar a fraude das eleições e que todas as acusações do Departamento de Justiça não passam de uma cabala dos seus inimigos que são eles próprios inimigos do povo americano.     

Não, nada disso o impedirá de se candidatar e vencer a eleição. O que o impedirá de se candidatar é que, apesar de ter mais de 35 anos e de ter vivido nos Estados Unidos por mais de 14 anos, segundo ele próprio e os seus devotos não preenche a terceira condição constitucional para poder candidatar-se: não ter ganho duas vezes a eleição presidencial.

13/06/2023

Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (70b)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa». Outras edições do Semanário de Bordo.

(Continuação de 70a)

Mais habitação. A Boa Nova e o choque da realidade com a Boa Nova

O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) anunciou que já foram entregues 26 alojamentos este ano e que vai sortear mais 21.

Em retrospectiva, «na década de 1930 o Estado Novo construiu em Lisboa uma média de 206 casas por ano, essa média foi aumentando até às 806 na década de 1960, ainda em ditadura, com a democracia subiu para atingir um máximo de 1.151 na última década do século passado, sendo que na década de 2010-2020, a década de Costa-Medina à frente da câmara de Lisboa, caiu para apenas 17 novas habitações por ano». (apud newsletter Macroscópio José Manuel Fernandes)

Job for the boys

O governo do Dr. Costa desvirtuou completamente a CReSAP, criada pelo governo PSD-CDS para fazer escolhas com base na competência. Três quartos dos quadros da Administração Pública estão em regime de substituição por atrasos ou para iludir os concursos. E os boys vão saltando do governo para a ADSE e da IACEP Global Parques para a AICEP.

L’État c’est nous e por isso o PS se serve das “secretas”

O líder do PSD ainda não percebeu para o PS o Estado sucial são eles e o SIRP existe para defender o PS que é a mesma coisa do que defender o Estado sucial. Por isso, o Dr. Montenegro escreveu uma carta aberta ao Dr. Costa a ameaçar que a direcção do SIRP poderá deixar de ter a confiança do seu partido, o que, como se calcula, é para o lado em que o Dr. Costa dorme melhor.

Take Another Plan. Santos é o apelido e milagres é com ele

Milagres como os dois elefantes brancos da sua tutela, TAP e CP, que geraram lucros de umas dezenas de milhões depois de lá terem sido torrados quase sete mil milhões. Que o homem tenha dito isso sem se rir é uma evidência de que se for lúcido é desonesto e se for honesto não é lúcido, como já escrevi e agora só falta acrescentar que o mesmo se pode dizer da audiência que ouviu a sua verborreia na comissão de Economia do parlamento sem se rir.

«Empresa Financeiramente Apoiada Continuamente (pelo) Estado Central»

O jornalista António Costa, comentando o anúncio da venda da Efacec pelo ministro da Economia, concluiu que ainda não há venda, não se sabe por quanto, não se sabe a perda do Estado, não se sabe qual o perdão da banca e dos obrigacionistas, não se sabe se BdF vai intervir, não se sabe o plano de reestruturação, não se sabe o impacto nos trabalhadores. Et voilà.

O segredo do sucesso industrial reside na falta de subsídios

 
Será por acaso que a indústria do calçado, uma das menos subsidiadas e com menores apoios, é a de maior sucesso?

Então a balança comercial não ia de vento em popa?

Primeiro as boas notícias do ano passado: as exportações cresceram 22,9%. Depois as más: o défice da balança comercial quase triplicou em 2022 em relação a 2021, atingindo um recorde 31 mil milhões. Finalmente as notícias de Abril deste ano em que o défice comercial diminui 269 milhões e sem combustíveis aumentou 209 milhões.

12/06/2023

Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (70a)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa». Outras edições do Semanário de Bordo.

A “história do SIS” e de “quem telefonou e quem não telefonou” interessa muito mais do que os “bons resultados da economia

«Já ninguém quer saber» das enormes trapalhadas à volta da TAP postulou o Dr. Carlos César, exprimindo o ponto de vista oficial do PS, porque, disse, o que interessa é a economia estar a correr bem. Está completamente equivocado porque os «bons resultados da economia», enquanto durarem, se devem aos turistas e aos operadores de turismo e, em menor grau, aos exportadores. Ao governo devem-se apenas as trapalhadas.

Deviam ter perguntado como é que se distribui riqueza sem a produzir

Os resultados de uma sondagem promovida pelo Expresso mostram à cabeça da insatisfação dos inquiridos o “nível dos impostos sobre o rendimento” (91% de insatisfeitos) e a “distribuição do rendimento e da riqueza” (90% de insatisfeitos). Deviam ter questionado os 91% insatisfeitos se fizeram parte dos 41% votantes que deram a maioria absoluta ao PS e os 90% insatisfeitos deveriam ter sido perguntados como se distribui sem produzir. Aposto este últimos que se dividiriam em dois grandes grupos, os que preconizam “acabar com os ricos” e os que preconizam sacar mais “fundos da Óropa”.

«Em defesa do SNS, sempre» / «O SNS é um tesouro»

Mais 80 mil “utentes” foram acrescentados em Abril aos 1.678 mil sem médico de família. As consultas de especialidade que deveriam realizar-se no prazo de 120 dias, chegam a mais de 600 dias em Oftalmologia e mais de 500 em Reumatologia, e o prazo das primeiras consultas ultrapassa os 120 dias em 16 especialidades (fonte).

Se o melhor “CEO” do SNS que o governo descobriu foi este, estamos conversados

Questionado sobre o caos nas urgências, o Dr. Araújo admitiu que «temos o dobro das idas às urgências» da Óropa e explicou ao Expresso que era por «falta de informação» e «falta de confiança». Esqueceu de mencionar o caos no agendamento das consultas não urgentes, nomeadamente das consultas de especialidades. Também anunciou importantes reformas, tais como: baixas prolongadas para cancros, baixas nas urgências, baixas nos "privados", renovação das baixas, etc. 

Boa Nova. Tomem nota para memória futura

Citando um estudo, a Infra-Estruturas de Portugal concluiu que um operador tradicional, digamos a CP, poderá tornar rentável a linha de alta velocidade Lisboa-Porto por apenas 25 euros.

A justiça vê mal, mas não é cega

O Dr. Bava foi multado em Portugal em 300 mil euros por sonegar informação sobre situação do GES que levou para à sua falência e a um enorme prejuízo da PT e foi multado no Brasil em mais de dez vezes esse montante por ter recebido indevidamente um bónus.

Não acertam uma

Recordando, o IVAucher do Dr. Siza teve a adesão de 1% (um por cento) dos restaurantes e hotéis. Foi ridículo, porém, o suficiente para pagar indevidamente 427 mil euros a 19 mil contribuintes.

A proximidade longínqua

Uma das contra-reformas que o PS fez foi torrar meio milhão de euros para reabrir 20 tribunais de proximidade que o governo PSD-CDS tinha fechado por falta de movimento. Seis anos depois há 6 tribunais que não fazem julgamentos há mais de um ano e a média mensal de julgamentos nos 41 tribunais de proximidade é de menos de três.

Sempre a trabalhar para a plateia. A economia circular

Por trás dos slogans e do agitprop socialista a realidade é que a economia portuguesa é a maior consumidora de recursos naturais nos países mediterrânicos, mais do que a média europeia e muito mais do que Espanha.

(Continua)

11/06/2023

Ser de esquerda é... (22) - ... sonhar com um admirável mundo novo controlado com mão de ferro para não haver lucro


A Dr. ª Clara Ferreira Alves, a Pluma Caprichosa, de vez em quando sai da sua bolha e escreve sobre o mundo real tal como ela o vê: um mundo governado por gerontes, controlado por oligarcas e plutocratas, dominado pelo dinheiro, ameaçado por dispositivos tecnológicos que, no futuro, poderão ter a capacidade de decretar a extinção da espécie humana, e por carros elétricos (...) um problema maior, provavelmente maior do que a energia nuclear e os resíduos perigosos

Para este mundo ela só vê uma solução:

«Algum futuro determinaria que todos os transportes fossem coletivos, abolindo o transporte individual e criando infraestruturas inovadoras que fossem tudo para todos e para todos os lados. Provavelmente públicas e geridas com mão de ferro para não darem lucro ou propiciarem a especulação e a segregação social. Não seria difícil, e quem pensa nisso?»

Como uma criatura tão sofisticada só vê soluções públicas e geridas com mão de ferro seria um mistério se não fosse ser essa a receita hobbesiana da esquerdalhada desde pelo menos 1848.

10/06/2023

Too much of a good thing

America’s Middle-class Meltdown

Placing equality above freedom leads to unfreedom and in the end to ... inequality. Putting freedom above anything else leads to inequality and in the end to lack of ... freedom. A lot more competition at the top and certainly some push at the bottom is needed to lessen the inequality of ... opportunities.

09/06/2023

Novo Império do Meio, um gigante com pés de barro (6) - Seria mais fácil a economia chinesa ultrapassar se a americana ficasse parada

Continuação de (1), (2), (3), (4) e (5)

When will China’s GDP overtake America’s?

Há doze anos as previsões apontavam para uma economia chinesa com 1.400 milhões de consumidores estar por esta altura a ultrapassar uma economia americana com 330 milhões. À medida que o tempo foi passando, as previsões de ultrapassagem foram sendo adiadas e actualmente andam pelos finais da próxima década, em consequência principalmente da desaceleração do crescimento e do início do declínio demográfico com a população activa já a diminuir. 

Parecem as previsões da entrada em operação do novo aeroporto de Lisboa que ainda ninguém sabe onde será e pode não ser em Lisboa.

08/06/2023

Dúvidas (360) - Não seria preferível o Dr. Pedro Nuno ficar calado e deixar-nos na dúvida sobre a sua lucidez e honestidade?

Da verborreica presença do Dr. Pedro Nuno Santos na comissão de Economia do parlamento destaco duas passagens

«A TAP não conseguirá sobreviver se não se integrar num grupo de aviação e só há duas maneiras: ou era a TAP comprar, por exemplo, a Lufthansa, a Air France KLM, […] ou, obviamente, abrir o capital da TAP».

Reconhecendo essa alternativa de sobrevivência, acreditará ele que a TAP pública (isto é o Estado sucial português, agora governado pelo seu partido) poderia comprar, por exemplo, a Lufthansa, a Air France KLM? E acreditará que algum grupo de aviação participaria no capital de uma TAP controlada por um governo socialista com um currículo assim?

«Tenho muito orgulho do trabalho que nós fizemos para salvar a TAP e garantir que a TAP continuava a voar, mas sobretudo porque conseguimos provar que a TAP, uma empresa pública, pode dar lucro. Que era possível ser viável e dar lucro. E também não foi um acaso. Também conseguimos que a CP desse lucro. E não há mais nenhum governo, e nenhum ministro, nos últimos 50 anos, que se possa gabar de cessar funções com a TAP e a CP a dar lucro». 

Terá o Dr. Pedro Nuno um módico de lucidez e ou honestidade intelectual para se autofelicitar porque essas EP que menciona terem tido uns milhões de euros de lucros depois dos contribuintes lá terem enterrado nos últimos anos 3.200.000.000 e 3.600.000.000 euros, respectivamente?

Por coincidência, depois de ter lido estas bazófias de Dr. Pedro Nuno, li o que escreveu João Távora que se aplica por inteiro a esta criatura:

Trilema de Žižek
«Os encontros e relações pessoais mais desagradáveis com que deparei ao longo da minha vida social e profissional deram-se sempre com aqueles indivíduos com uma autoconfiança desmesurada face às suas reais capacidades intelectuais. Numa relação de continuidade, obrigam-nos a um grande esforço de tolerância e autodomínio. Mais trágico é quando essa segurança não se faz acompanhar pelo necessário calibre ético e moral. Estamos a falar do vulgar aldrabão que, se for dotado de uma esperteza acima da média, pode provocar muitos estragos aos seus semelhantes, e mais ainda se tiver enveredado na política. São pessoas que falam alto com frequência, com as certezas na mesma proporção em que lhes faltam escrúpulos.»

07/06/2023

O que fazer? perguntei ao web bot de AI e ele respondeu talvez...

As sondagens do Correio da Manhã/Jornal de Negócios dizem-nos que 51,7% dos inquiridos querem que o PSD se apresente sozinho a eleições ou, dito de outro modo, 48,3% defendem uma coligação PSD-Chega, porque é o Chega que está em causa, ou não sabem se devem dar corda ao relógio. As sondagens também nos dizem que 24,1% dos inquiridos têm intenção de votar no PSD e 11,8% no Chega.

Perguntei o que deveria o PSD fazer ao web bot de AI com machine learning baseada numa Neural Network com acesso a servidores de Big Data, especialmente treinado para interpretar declarações da esquerdalhada e sondagens. Eis a resposta, 7,4 s depois:
Estimo que a maioria dos 41,3% do PS, BE, CDU, Livre e PAN têm esperança de que o PSD não se alie ao Chega porque acham que isso facilitaria uma vitória da direita. Subtraindo estes 41,3% aos 51,7% que preferem que o PSD se apresente sozinho, sobram apenas 10,4% que serão os eleitores da direita que não querem o PSD coligado. Estimo que os 11,8% do Chega defendam que o PSP deve coligar-se com o Chega, uma vez que a maioria do eleitorado do Chega votava no PSD. Como a direita sem o Chega tem 34,4% das intenções de voto, só três em cada dez eleitores da direita sem o Chega não querem uma aliança com o Chega. É só fazer a contas, como disse aquele engenheiro que não sabia fazer contas e por isso está agora na ONU.

06/06/2023

DIÁRIO DE BORDO: Dia D - O princípio do fim do III Reich e talvez a última vez que os ianques salvaram a Óropa de si própria (republicação)

Há 79 anos as forças aliadas (tradução: americanos e ingleses e alguns canadianos, australianos et al.) desembarcaram em
Omaha Beach para salvar a Europa de si própria (créditos: WSJ)

Há também a versão alternativa da inutilidade e perversidade do Dia D que entre outras coisas prejudicou os portugueses ao parar as tropas soviéticas na Europa Oriental, impedindo a substituição do regime salazarista por uma democracia popular e privando-nos das alegrias do socialismo real.

Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (69b)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa». Outras edições do Semanário de Bordo.

(Continuação de 69a)

O socialismo do PS transformou Portugal no paraíso dos reformados abonados (continuação)

Enquanto na União Europeia a produção industrial cresceu 13,9% desde 2005, Portugal foi o país em que mais diminuiu (-18,9%) no mesmo período. Quanto à indústria de alta-tecnologia que na UE cresceu 16%, Portugal foi o quarto com menor crescimento.

Em contrapartida, o investimento directo estrangeiro (IDE) que poderia ir para a indústria (se o dinheiro fosse estúpido) está a ir para o imobiliário que assegurou uma boa parte do IDE no primeiro trimestre colocando dinheiro no bolso dos portugueses a quem depois de venderem as pratas nas últimas quatro décadas só lhes restam as casinhas. 

Key figures on European business, 2023 edition

«A educação é a nossa paixão»

A prova de aferição do 8º ano de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), em formato digital pela primeira vez, foi um desastre operacional segundo o parecer da Associação Nacional dos Professores de Informática.

A bazuca está entupida. Louvai o Senhor

mais liberdade

Ainda bem por duas razões: (1) é menos dinheiro dos contribuintes deitado em cima de problemas que não serão resolvidos e (2) é menos pressão sobre a inflação.

Já se sentem os efeitos do Mais Habitação

O número de fogos licenciados para habitação aumentou nos 12 meses terminados em Março 0,7% (zero vírgula sete por cento). O investimento em construção caiu 6,5% no primeiro trimestre deste ano face ao do ano passado. Em Lisboa o número de edifícios construídos em 2016-2021 foi um terço do número de 2001-2005.

«Em defesa do SNS, sempre» / «O SNS é um tesouro»

Em Outubro do ano passado foi criada a direcção executiva que salvaria o SNS da trajectória de colapso em que se encontra. Oito meses depois ainda não tem um estatuto. Talvez não precise.

Lá se vai a inovação

Com o novo sistema de patentes europeias com um registo central e um sistema único de protecção de patentes, o nossa tão louvada inovação tecnológica com patentes aceites pelos luso-critérios pode não sobreviver aos critérios da Óropa.

Cuidando da freguesia eleitoral

Com a sua base eleitoral a emagrecer, em cima das mordomias já existentes (os salários da função pública são uma vez e meia os das actividades produtivas – a que chamam “os privados”), o Dr. Costa acelera na melhoria dessas mordomias para os funcionários públicos: progressão acelerada na carreira; projecto-piloto da semana de quatro dias no sector público; salários mais altos do que os ministros para os presidentes das CCDR, um zingarelho da reforma socialista mais importante – a criação de duplicados regionais do Estado sucial.

Mais uma pescadinha de rabo na boca

É uma especialidade do governo do Dr. Costa. Ora usa o dinheiro da bazuca para uns departamentos do Estado sucial comprarem a outros departamentos, ora encarrega o Dr. Centeno, agora a descansar no BdP, de ir 1.447 vezes ao mercado para comprar 3,1 mil milhões de OT.