31/08/2020
Crónica da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa (48) - Em tempo de vírus (XXV)
30/08/2020
ARTIGO DEFUNTO: Quando a emenda do semanário de reverência é pior do que o soneto do Dr. Costa. Expiação da culpa
«Este é, na verdade, também um teste político ao ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, numa área querida à esquerda que tem demorado a apresentar resultados.»
De volta ao Covid-19. Colocando a ameaça em perspectiva (37) - O risco da pandemia nos jovens é muito pequeno e não há razões para manter as escolas fechadas
Desde que foram conhecidos os primeiros dados por escalões etários, ficou evidente que a letalidade da pandemia era muito baixa nos jovens e principalmente nas crianças.
Essa constatação foi uma vez mais confirmada pelo estudo Clinical characteristics of children and young people admitted to hospital with covid-19 in United Kingdom: prospective multicentre observational cohort study da Universidade de Liverpool, abrangendo dois terços de todos os pacientes internados em 260 hospitais da Inglaterra, Escócia e País de Gales, publicado há poucos dias no British Medical Journal.
29/08/2020
Pro memoria (404) – O choque com a realidade do carro eléctrico de Sócrates (VII) - O PS vive da falta de memória dos cidadãos
Numa entrevista que o Jornal Económico destaca na primeira página, o presidente da MOBI.E – a Entidade Gestora da Rede de Mobilidade Elétrica (EGME) «revela o projeto de instalação de postos de carregamento que aumentará a cobertura geográfica de 165 para 278 municípios, admitindo que a atual rede nacional duplicará no espaço de um ano».
Vejamos o que se passou até agora com as Boas Novas Socialistas nesta matéria.
Segundo os planos do governo socialista de José Sócrates, até 2020 existiriam 25 mil postos de carregamento e 180 mil veículos eléctricos.
No princípio de 2020, a CEO da EDP Comercial, Vera Pinto Pereira, disse que ambicionaria ter no final deste ano 300 postos de carregamento público e 750 pontos de carregamento privado.Alternative Fuels Observatory |
28/08/2020
De volta ao Covid-19. Colocando a ameaça em perspectiva (36) - Habituem-se. Ele e os outros vieram para ficar
Intervalo para lembrar que depois da pandemia teremos a anemia, de novo. O Covid-19 segue dentro de momentos (2)
A descapitalização crescente da economia portuguesa, a impreparação de uma parte significativa dos empresários e gestores e a falta de qualificações adequadas da mão-de-obra portuguesa explicam o enorme handicap da economia portuguesa em matéria de produtividade e, em consequência, também de competitividade.
Uma das consequências dessa descapitalização é a alienação pelos empresários portugueses das suas empresas. No sector financeiro, onde os bancos e as seguradoras foram quase todos vendidos, o processo foi mais longe, mas também a uma parte da pouca indústria que por cá havia foi alienada. O sector da construção civil e obras públicas foi dos mais atingidos a começar pela Somague e a acabar em muitas outras empresas.
27/08/2020
AVALIAÇÃO CONTÍNUA: Boris Johnson,
Ser de esquerda é... (7)
Outros "Ser de esquerda é..."
26/08/2020
CASE STUDY: «A única função das previsões económicas é tornar respeitável a astrologia» (5)
25/08/2020
SERVIÇO PÚBLICO: "A coisa mais perigosa sobre o coronavírus é a histeria" (5)
«Every time a parent sends their child off to school pre-covid they may have been involved in a road traffic accident... that risk, or the risk from seasonal flu, we think is probably higher than the current risk of covid.»
Deputy chief medical officer Jenny Harries on school’s reopening
De volta ao Covid-19. Colocando a ameaça em perspectiva (35) - Efeitos secundários do confinamento
Nesta altura já não é possível, a não ser por má-fé, ignorar as consequências das estratégias de resposta à pandemia adoptadas na maioria dos países em consequência de histerismo ou oportunismo dos mídia e dos decisores políticos e em particular dos prosélitos do estatismo. No fim do dia, essas consequências estão a traduzir-se por excessos de mortalidade em relação à média dos últimos anos, excessos de que só numa pequena parte são explicados pela pandemia, sendo a maior parte consequência da falta de resposta da saúde pública inexplicavelmente focada a 100% na pandemia e ainda dos efeitos secundários do confinamento.
- Um em cada cinco adultos experimentaram alguma forma de depressão, o dobro da média antes da pandemia;
- Um em cada oito adultos desenvolveram sintomas moderado ou severos
- As mulheres adultas entre os 16 e os 39 anos sem possibilidade de suportar despesas inesperadas foram as mais propensas à depressão
- Oito em cada dez adultos sentiram stress ou ansiedade associada à depressão
- Dois em cada cinco adultos que experimentaram alguma forma de depressão disseram que as suas relações foram afectadas o dobro dos adultos sem ou com depressão moderada
- Os jovens adultos (16-39 anos) mostraram-se os mais propensos à depressão (ver diagrama)
24/08/2020
ARTIGO DEFUNTO: Quando a emenda do semanário de reverência é pior do que o soneto do Dr. Costa
«É que o presidente da ARS mandou para lá os médicos fazerem o que lhes competia. E os gajos, cobardes, não fizeram.»Ficámos a conhecer por um vídeo gravado pelo Expresso após a entrevista, que o Dr. Costa a propósito do escândalo do lar de Reguengos de Monsaraz, em que estão envolvidos os Três Zés socialistas, disse o que disse.
Crónica da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa (47) - Em tempo de vírus (XXIV)
Ineficiente, sempre. Ineficaz quando possível
No passado usaram-se guardas-florestais para prevenir incêndios. Há dois anos o exército torrou quase 6 milhões na compra de drones para a vigilância de fogos que não foram usados. E o que faz um governo socialista nestas circunstâncias? Compra mais 12 drones para a Força Aérea e começa a contratar guardas-florestais. Isto foi o que escrevi há quase três meses. Depois disso, a Força Aérea assina o contrato em 3 de Julho quando os drones já deveriam andar a vigiar os incêndios; a 17 o ministro do Ambiente diz que estariam operacionais dentro de dias; a 4 de Agosto os ministros fazem uma acção de promoção e nada de drones; talvez alguns sejam entregues a partir de 31 de Agosto.
23/08/2020
O balão de hidrogénio do Dr. Galamba ou mais um elefante branco a caminho (3) - Da discussão nasce a luz, salvo quando se discute com lâmpadas fundidas
«Estamos, sim, perante o retomar do circo mediático iniciado em 2005 pelo Governo Sócrates para promover as potências elétricas intermitentes, solares e eólicas, à custa dos consumidores.
Para atrair investidores para essas tecnologias, na altura imaturas, foram-lhes oferecidas FIT (Feed in Tariffs), que dão a quem delas beneficia generosas tarifas garantidas, em simultâneo com uma reserva absoluta de mercado durante 15 anos.
É assim que ainda hoje as famílias e as PME estão a pagar 380 euros/MWh pela eletricidade solar dos parques concedidos pelo Governo Sócrates em 2010, quando o preço atual de mercado está abaixo de 40 euros/MWh!
O que conduz a um sobrecusto de 600 milhões de euros por ano. E se juntarmos as FIT concedidas maciçamente às eólicas, os sobrecustos atingem os 2000 milhões de euros por ano. Uma bagatela para uma economia muito enfraquecida como a portuguesa.
E foram também as FIT concedidas às potências intermitentes que expulsam a atual central de Sines do mercado e forçaram a proprietária EDP a solicitar o respetivo encerramento, deitando assim ao lixo a mais eficiente central a carvão da Península Ibérica.
E para a substituir aparece agora um projeto megalómano de fazer uma monumental unidade de eletrólise para consumir eletricidade e água do mar, que para o efeito terá de ser dessalinizada para produzir hidrogénio, que, por sua vez, se vai queimar para depois se voltar a produzir eletricidade ...
Ou seja, desperdiçar milhares de milhões de euros de um país terrivelmente endividado num projeto completamente desnecessário e ineficiente do ponto de vista energético. E, de caminho, dar mais FIT aos novos promotores de mais 2000 MW de potências intermitentes, destruindo qualquer veleidade de se voltar a ter um mercado elétrico nos próximos 15 anos.
O país não pode derreter mais dinheiro em mais tecnologias imaturas, que apenas têm contribuído para enriquecer os respetivos promotores e arruinar a economia portuguesa desde 2005.
Por expor estas ideias no âmbito da discussão pública promovida pelo próprio Governo, fui já publicamente insultado pelo secretário de Estado João Galamba. Será uma nova ferramenta de pressão mediática que, todavia, não me intimida ... »
CAMINHO PARA A SERVIDÃO: Devotos da submissão
«Não ocorre por um instante a estes devotos da submissão que as regras que postulam a utilização da máscara foram evoluindo, para a frente e para trás, de acordo com alucinações diversas – e com a capacidade de socialistas criarem empresas para importar o pechisbeque. E os devotos da submissão não se lembram de questionar decretos produzidos pelos exactos génios que, em sete meses de “pandemia”, deixaram os velhos nos “lares” entregues ao abandono e, desculpem a redundância, ao PS. E os devotos da submissão não duvidam da propaganda espalhada por “media” ligados à vida por subsídios governamentais. E os devotos da submissão não ligam às opiniões de especialistas que desaconselham a máscara e, em caso de hereges terminais, desvalorizam a covid. Os devotos da submissão não questionam coisa nenhuma, nem sequer as excepções abertas para que comunistas festejem o estalinismo, pasmados aplaudam comediantes, o dr. Costa assista à bola e o prof. Marcelo finja resgatar banhistas em apuros. Os devotos da submissão limitam-se a obedecer às mais absurdas directivas a propósito dos mais absurdos pretextos. O curioso é que os devotos da submissão julgam que os indivíduos sem açaime os ameaçam com um vírus gripal, e não reparam que eles é que nos condenam a todos ao vírus da tirania, que parecendo que não é ligeiramente pior.»
Baile de máscaras, Alberto Gonçalves no Observador
Caminho para a Servidão, nome com que baptizei esta série de posts há mais de uma década foi inspirado na obra de Friedrich Hayek de 1944. Decorridos estes anos, talvez deva alterar o nome para simplesmente Servidão.22/08/2020
CASE STUDY: Elefantes brancos em Espanha (24)
Este post é uma continuação da série Elefantes brancos em Espanha onde publiquei quase toda a colectânea apócrifa «ESPAÑA PAIS DE MILLONARIOS» dos resultados do socialismo ibérico em Espanha. Oito anos depois repesco o tema a propósito de um artigo recente da Economist, sobre o AVES (TGV em Espanha), um gigantesco elefante branco. Respigo desse artigo alguns passagens baseadas num estudo da AIReF (Autoridad Independiente de Responsabilidad Fiscal, entidade que tem como missão «velar pela sustentabilidade das finanças públicas»).
«Nas últimas três décadas, a Espanha injectou dinheiro nas infraestruturas de transporte, incluindo rodovias e aeroportos, bem como no AVES. Agora tem 3.086 km de linhas ferroviárias de alta velocidade (mais de 250 km por hora), rede superada apenas pela China. O número de passageiros quase dobrou na última década, à medida que o AVES conquistou passageiros aos voos domésticos. Mesmo assim, há menos de um terço do número de passageiros por quilómetro de França.
A rede custou € 61 mil milhões até agora. A AIReF já fez o primeiro estudo completo de custo-benefício dos comboios. Constatou que os benefícios, inclusive para o meio ambiente, são inferiores ao custo total, embora isso possa eventualmente mudar para as linhas de Madrid a Sevilha e Barcelona. Mas há planos para mais 5.654 km de linhas de alta velocidade, a um custo de pelo menos € 73 mil milhões. Muito melhor, diz a AIReF, seria investir nas redes de passageiros esquecidas, que transportam 89% dos passageiros ferroviários. A AIReF pressiona a criação de uma agência independente para definir as prioridades do transporte e avaliar os projectos.»
É o socialismo, na sua modalidade ibérica.
21/08/2020
Dúvidas (315) - E porque não uma petição para ilegalizar os grupos de cariz neocomunista?
A petição Contra conferências Neonazis em Portugal e pela ilegalização efetiva de grupos de cariz fascista/racista/neonazis, criada em 2 de Novembro do ano passado a pretexto da realização no dia 10 de Agosto, em Lisboa, de uma reunião de organizações de extrema-direita, assinada por dezenas de associações como Antifascistas Autonômos de Goiâna, Bloco de Esquerda, MTST - Movimento dos Trabalhadores sem Teto, Queer Tropical, UMAR, etc., foi avaliada por uma Comissão Parlamentar em 7 de Julho, e vai ser discutida em plenário depois de Setembro (DN).
É discutível que numa democracia avançada (estou a falar em abstracto, porque Portugal é uma democracia asmática com um Estado ocupado por neosituacionistas) se devam ilegalizar entidades porque, segundo os peticionários, perfilham a ideologia fascista. Dando de barato a legitimidade de ilegalizar tais entidades fundada no facto de se identificarem com regimes políticos totalitários e considerado a resolução do Parlamento Europeu que equiparou nazismo e comunismo, pergunto se não devemos peticionar a ilegalização do Partido Comunista Português e do Bloco de Esquerda, por exemplo.
LA DONNA (E L'UOMO) È UN ANIMALE STRAVAGANTE: Para tirar os trapinhos qualquer causa é boa (25)
"alemães jogam futebol nus contra a corrupção" |
- Para tirar os trapinhos qualquer causa é boa;
- Se Françoise Giroud, que no seu tempo disse o que se sabe, ainda por cá andasse, poderia dizer agora que já foi alcançada a igualdade em matéria de imbecilidade.
20/08/2020
Putin é um modelo para todos os déspotas. Ele aproveita o melhor de vários mundos
QUEM SÓ TEM UM MARTELO VÊ TODOS OS PROBLEMAS COMO PREGOS: O alívio quantitativo aliviará? (66) Unintended consequences (XXI)
Em retrospectiva:
Têm-se multiplicado as advertências sobre os efeitos das políticas não convencionais dos bancos centrais poderem desencadear a próxima crise financeira, algo para o qual temos vindo à chamar a atenção há uns cinco anos, pelo menos desde este post de 2012 (duas semanas antes do «whatever it takes» de Draghi): «ainda não saímos de uma e já estamos a trabalhar para criar a próxima. Vai acabar mal.»
«This monetary excess has made financial investors more reckless, with markets losing their ability to ‘correct’ — witness sky-high valuations amid crashing growth..» |
«The FTSE-100 index of leading stocks is over 20 per cent up since Britain went into lockdown — ‘bull market’ territory. The government borrowed £55 billion in May, nine times more than the same month last year — yet borrowing costs are down, with some investors now paying to lend to an increasingly indebted nation.
Who cares if the UK economy will shrink some 10 per cent this year, as our national debt rockets above 100 per cent of GDP? Stocks are up, bond prices are up and the laws of economics have been suspended. It’s different this time — and all because of quantitative easing.
Back in 2009, with the global banking system on the brink of collapse, QE was a justifiable emergency measure. But this one-off post-crisis necessity has now morphed into a lifestyle choice. For a decade since the financial crisis, QE has pumped up share prices and suppressed bond yields, allowing governments to borrow cheaply. But as state spending has surged post-Covid, we’ve become dependent. QE is now the economic equivalent of crack cocaine.
Originally a £50 billion temporary rescue plan, the Bank of England — egged on by City financiers and high-spending politicians — expanded QE over ten years to around £450 billion. Since March, it has ballooned again, into a £745 billion binge, with our central bank now buying government debt twice as fast as in 2009/10.
The combined balance sheet of the Federal Reserve, the European Central Bank and the Bank of Japan has similarly swollen since Covid, by a third over the past three months. So QE is no problem — everyone’s doing it!
Much of our political and media class has indeed concluded that interest rates are low, and will stay low, so governments can keep borrowing. ‘Debt service costs are manageable,’ is now part of the Westminster lingo. But what if the bond markets rebel and market interest rates spike, whatever the Bank of England says?
19/08/2020
DIÁRIO DE BORDO: Senhor, concedei-nos a graça de não termos outros cinco anos de TV Marcelo (104) - Até o talvez acidental parece encenado
S. Ex.ª vigia as sondagens presidenciais como os especuladores vigiam o Dow Jones, o S&P 500, etc., e deve andar preocupadíssimo com as intenções de voto a afastarem-se dos fatídicos 70,35% do segundo mandato de Mário Soares, que são para ele como as houri no Jannah para os mártires muçulmanos.
Se já andava preocupado, terá ficado atarantado com os 10,1% de André Ventura que o deixaram com 67,7% à distância de 3,65% dos almejados 70,35%. Distância que pode bem aumentar se Ventura continuar a fazer o papel de gato para quem gostaria de caçar com um cão que não tem.
Nos tempos mais próximos vamos assistir ao sucumbir dos últimos vestígios de dignitas et gravitas que restam a S. Ex.ª. O episódio do salvamento das banhistas em Alvor foi premonitório, episódio que parece encenado mas pode ter sido apenas resultante de uma exposição mediática de 18 horas por cada um dos 365 dias do ano - mais de 30 mil horas no final do mandato - que poderá cobrir com probabilidade significativa a ocorrência de qualquer acontecimento, incluindo salvar banhistas.
Para recuperar votos da direita, além dos eventos mediáticos é previsível que S. Ex.ª ensaie algum distanciamento do governo. Como também é previsível que o Dr. Costa, com a chave na mão do Jannah eleitoral e armado de um maquiavelismo frio e implacável que mete no bolso o maquiavelismo de opereta de S. Ex.ª, reaja assustando-o e levando-o a confirmar a justeza do petit nom «catavento de opiniões erráticas».
O balão de hidrogénio do Dr. Galamba ou mais um elefante branco a caminho (2) - O multiplicador socialista, sempre
- Valor acrescentado anual de 38 milhões a 262 milhões
- Efeitos indirectos entre 92 e 740 milhões de euros
- Empregos directos entre 630 e 5.340
- Empregos indirectos entre 1.870 e 13.100 mil indirectos
- Redução de emissões entre 0,3 e 1,8 milhões de toneladas de CO2
- Os investimentos até 2030 são estimados entre 1,1 e 7,3 mil milhões de euros.
18/08/2020
As minorias são todas iguais, mas há umas mais iguais do que outras. Os filhos da classe operária branca estão a ficar para trás
«Qualquer exame sério das estatísticas mostra que estamos muito longe de ser iguais, mas o que os números também mostram é que é errado e prejudicial agrupar grupos muito diferentes. Nessas discussões, os políticos frequentemente presumem preguiçosamente que todas as pessoas BAME (Negras, Asiáticas e de Minorias Étnicas) são iguais e que todos os grupos brancos são igualmente privilegiados. Mas uma análise adequada dos dados mostra não apenas que há diferenças marcantes dentro dos grupos BAME, mas que o grupo de pior desempenho de todos são os rapazes brancos da classe trabalhadora - o grupo demográfico esquecido.
Pode parecer divisivo comparar grupos diferentes, mas o sucesso na educação e na vida é relativo e se quisermos ajudar os que estão em pior situação, temos que saber quem eles são. Devemos ajudar todos que precisam - mas é vital poder comparar os grupos para saber quem está ficando para trás em relação aos seus pares. Os britânicos de Bangladesh ganham em média 20% menos do que os brancos, por exemplo, mas aqueles com ascendência indiana provavelmente ganham 12% mais. Os britânicos negros ganham em média 9% menos, mas os chineses ganham 30% mais. O que essas diferenças nos dizem é que os empregadores não estão sistematicamente discriminando entre as pessoas com base na cor da pele e que temos que procurar em outro lugar para ver as raízes da desigualdade. (...)
NÓS VISTOS POR ELES: Descobrir o nível de estupidez que se abateu sobre Portugal
«I got the strangest message today. A friend of mine from Portugal emailed me a piece of news saying that the President of the Portuguese Republic had rescued two women at the beach. There are so many things wrong with this that I cannot even begin to rationalize how a newspaper would print such a thing without asking the obvious questions. Instead, they hail the President as a hero as if he were Clark Kent.
Why is the President rescuing random women at the beach? Does he not have a security detail to protect him and keep him away from dangerous situations? Is he not concerned that if something happens to him, we'd have a political crisis in the middle of a pandemic, meaning people have bigger fish to fry? Why was it caught on camera by the media? Has the Portuguese Presidency turned into reality TV? And why would an ageing man who, on the onset of a pandemic locks himself at home, be so willing to jump in the water to touch random people?
Oy, is there anyone at home over there or have the Portuguese lost their marbles completely?
I suppose that this is so utterly pathetic that it merely indicates that the status quo is degrading fairly quickly. At least, everything is pretty well documented these days, so historians will have plenty of evidence to comb through when trying to figure out the level of stupidity that has befallen Portugal.»
17/08/2020
Os "colectivos" do antifascismo no Portugal dos Pequeninos são pequeninos mas são mais do que os antifascistas
Manif antifa da FUA no Portugal dos Pequeninos. Há 20 "colectivos" (um por cada manifestante?) que acusam a FUA de sectarismo (ou será fascismo?) |
Manif anti-Lukashenko em Minsk |
- Há poucos lunáticos no Portugal dos Pequeninos, o que não deixa de ser uma boa notícia
- O fascismo em Portugal é como o modelo neoliberal, só existe para fins de retórica e agitprop
- Lukashenko é apoiado pelo Partido Comunista da Bielorrússia e o comunismo tem resultados parecidos com os do fascismo.
Crónica da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa (46) - Em tempo de vírus (XXIII)
Plano de Recuperação? Consider it done
16/08/2020
A propósito do hidrogénio e das previsões ou no melhor pano também caem as nódoas que ensopam os panos de má qualidade
Com 176 anos, a Economist é uma das melhores revistas de economia e finanças, senão mesmo a melhor. Esses pergaminhos não a impediram de há 17 anos ter previsto o fim próximo das energias de origem mineral (petróleo e carvão) e o advento de novas formas de energia, nomeadamente o hidrogénio, como salientou um leitor em carta publicada no penúltimo número. Fim próximo que, como o anúncio da morte de Mark Twain, foi uma notícia manifestamente exagerada.
«Finally, advances in technology are beginning to offer a way for economies, especially those of the developed world, to diversify their supplies of energy and reduce their demand for petroleum, thus loosening the grip of oil and the countries that produce it.
Hydrogen fuel cells and other ways of storing and distributing energy are no longer a distant dream but a foreseeable reality. Switching to these new methods will not be easy, or all that cheap, especially in transport, but with the right policies it can be made both possible and economically advantageous.»
Felizmente, o secretário de Estado da Energia, nessa altura (2003) ainda à espera do chamamento do seu mentor Sócrates, não deve ter lido o prognóstico. Se tivesse, seria tentado a vender a ideia do hidrogénio ao seu mentor e este e o seu ministro dos corninhos Pinho poderiam ter adicionado desde logo mais uns milhares de milhão aos 22 mil milhões de euros em rendas excessivas e tecnologias imaturas com que nos brindaram a pretexto das energias eólica e solar (estimativa de Abel Mateus e outros subscritores do Manifesto para a Recuperação do Crescimento e Estabilização Económica Pós-Covid-19).
CASE STUDY: Os efeitos do ensino online nos estudantes mais pobres
Fonte |
15/08/2020
CASE STUDY: Para quem reside no Portugal dos Pequeninos não é novidade nenhuma
SERVIÇO PÚBLICO: "A coisa mais perigosa sobre o coronavírus é a histeria" (4)
«Se você acabou de cancelar sua viagem a Veneza e encomendou sua máscara de US $ 19,99 da Amazon, que tal uma visão aterradora: em Abril, 50.000 britânicos terão sucumbido a uma combinação de doenças infecciosas e condições climáticas adversas. Assustado? Se está, não se preocupe: você sobreviveu. Foi há dois anos. Em 2017-18, o Office for National Statistics registou 50.100 'excess winter deaths'. A explicação, de acordo com o ONS, foi provavelmente 'a estirpe predominante da gripe, a eficácia da vacina contra influenza e temperaturas abaixo da média no inverno'.»
14/08/2020
Political correctness has grown to become the unhappiest religion in the world
«As far as I can see, cancel culture is mercy’s antithesis. Political correctness has grown to become the unhappiest religion in the world. Its once honourable attempt to reimagine our society in a more equitable way now embodies all the worst aspects that religion has to offer (and none of the beauty) — moral certainty and self-righteousness shorn even of the capacity for redemption. It has become quite literally, bad religion run amuck.
Cancel culture’s refusal to engage with uncomfortable ideas has an asphyxiating effect on the creative soul of a society. Compassion is the primary experience — the heart event — out of which emerges the genius and generosity of the imagination. Creativity is an act of love that can knock up against our most foundational beliefs, and in doing so brings forth fresh ways of seeing the world. This is both the function and glory of art and ideas. A force that finds its meaning in the cancellation of these difficult ideas hampers the creative spirit of a society and strikes at the complex and diverse nature of its culture.»
What is mercy for you? / What do you think of cancel culture?, Nick Cave, The Red Hand Files13/08/2020
Dúvidas (314) - Estão a atacar o homem porque actuou na festa do Avante ou porque actuou no jantar do Chega?
O cantor Olavo Bilac que actuou várias vezes na festa do Avante, promovida por um partido que se reclama democrata, patriótico e também da herança comunista, que inclui os crimes de guerra, os milhões de mortos, o Gulag, o Holodomor, etc., está agora a ser atacado por ter cantado num jantar do Chega, um partido que se reclama democrata e patriótico, reclamação que não oferece mais dúvidas do que a mesma reclamação pelo Partido Comunista.
12/08/2020
No Portugal dos Pequeninos infectado pelo áctivismo, os animais são de estimação e os velhos são abandonados
«Os cães de Santo Tirso tiveram objetivamente mais atenção política, mediática e social do que os velhos de Reguengos, que morreram à sede; morreram porque foram abandonados por toda a gente: pela família, pelos responsáveis locais, pelo Governo, pelo Estado, pela sociedade urbanita e mediática que liga mais a animais do que a pessoas.»
Henrique Raposo, no Expresso
DEIXAR DE DAR GRAXA PARA MUDAR DE VIDA: Portugueses no topo do mundo (31) - O ... (clube estrangeiro) de ... (jogador português)
De volta ao Covid-19. Colocando a ameaça em perspectiva (34) - Experiências fora da caixa (2)
worldometers |
Mas onde a abordagem sueca se mostra claramente preferível à portuguesa, para além do muito menor impacto económico (a quebra do PIB é metade da portuguesa) é no excesso de óbitos em relação à média dos últimos anos, excesso que inclui, além das mortes por e com Covid, as mortes por outras causas que em grande parte se podem razoavelmente atribuir às consultas não realizadas (3 milhões), às cirurgias adiadas (100 mil) e aos resultados físicos e psicológicos do confinamento sobretudo nos idosos. Citando o blogue Nos cornos da covid que tem feito um excelente trabalho:
«Resultado disto, somando tudo: a Suécia registou, entre Março e Julho, um excesso de mortalidade de 13,5% em relação à média; Portugal um excesso de mortalidade de 12,9%. Em termos absolutos,o excesso de mortalidade em Portugal é já superior (também por força de um maior envelhecimento populacional). No nosso país, entre Março e Julho morreram mais 5.667 pessoas do que a média; na Suécia mais 4.912.»
11/08/2020
Ser de esquerda é... (6)
... partilhar, sem uma dúvida, sem um sobressalto de consciência, durante vários anos quartos de hotéis de luxo, refeições em restaurantes da moda e férias em resorts pagos por uma criatura com o salário de um primeiro-ministro português, despesas financiadas por um amigo, segundo ele próprio, ou por luvas segundo as investigações do MP, e esperar vários anos para escrever que essa criatura tinha «uma tal ausência de noção do bem e do mal, que instrumentalizou os melhores sentimentos dos seus próximos e dos seus camaradas e fez da mentira forma de vida».
E, não obstante tudo isso, a Dona Fernanda Câncio, que nunca se interessou por saber de onde vinha o dinheiro do Sr. Eng. Sócrates, sentiu-se à vontade para apontar o dedo à família real espanhola porque «nunca se interessou por saber de onde vinha o dinheiro» de Juan Carlos.
Outros "Ser de esquerda é..."
10/08/2020
CAMINHO PARA A SERVIDÃO: O país do "eles"
«A nossa tendência já era olhar para o Estado como o ente que tem todo o dinheiro para resolver todos os nossos problemas. Eram os “eles” (*) é que sabem do povo em geral, ou dos que vivem pendurados no Orçamento do Estado e que viram a sua vida melhorar nestes últimos cinco anos, em que se foi distribuindo dinheiro sem nenhuma preocupação de criação de valor. Ao mesmo tempo que se ia criando a ilusão de defesa do Estado e dos seus serviços públicos.
Esta tendência de nos pendurarmos no Estado vai reforçar-se com a pandemia, para além do que seria natural num problema de saúde pública. O dinheiro que vem de Bruxelas vai acentuar ainda mais essa tendência, vai alimentar de novo as almas que acreditam que haverá sempre um dinheiro que cairá do céu para nos salvar. Temos uma nova versão de ouro do Brasil, na expectativa de que desta vez seja diferente e não se construa um “convento de Mafra”. Podem valer-nos, mais do que o nosso bom senso, as condições que Bruxelas vai colocar para a aplicação das verbas do Programa de Resiliência e Recuperação. Porque nada nos garante que desta vez será diferente.»
Um país ainda mais subsídio-dependente, Helena Garrido no Observador
- Os culpados da nossa miséria (dos fascistas aos liberais, passando pelos comunistas e, sempre, os espanhóis, e, desde que transferimos a soberania para Berlim, os alemães, e, em alternância, o governo e a oposição).
- Os que nos deveriam pastorear no caminho da miséria para a felicidade (quase todos os referidos).
Crónica da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa (45) - Em tempo de vírus (XXII)
«Queda monumental»
09/08/2020
Itália, uma espécie de Portugal dos Pequeninos, mas em grande
Segundo um levantamento pelo Corriere della Sera, um dos três diários italianos com maior tiragem, para abrir uma oficina de reparação de automóveis são necessárias 86 autorizações, uma loja para vender fatias de pizza está sujeita a controlos por 21 departamentos estatais diferentes e um processo judicial comercial consome em média três anos.
O Corriere della Sera foi citado pela Economist num artigo (How to spend it) sobre as dificuldades que a Itália irá defrontar para aplicar bem o dinheiro que será despejado pela bazuca de Bruxelas. Note-se que escrevi aplicar bem o dinheiro e não gastá-lo, o que até o governo do Dr. Costa fará sem dificuldades.
Evidentemente que o Portugal dos Pequeninos não é Itália. É mais Calabria ou Sicília, com os Espírito Santo, o Senhor Engenheiro e os novos situacionistas do PS em vez da 'Ndrangheta e da Cosa Nostra.
08/08/2020
De volta ao Covid-19. Colocando a ameaça em perspectiva (33) - O que teria acontecido sem confinamento? (6)
«Daniel Kahneman called it anchoring; I call it tunnel vision. It’s when we depend too heavily on our pre-existing ideas and first pieces of information – the anchor – to inform our judgments. How a problem is perceived, how it is described, how it makes us feel alongside our individual experience and expertise shapes the decisions we make. Anchoring ensures emerging evidence is ignored. Even in the face of this new contradictory evidence, we refuse to change our early decisions.
In the week ending the 24th of July, 8,891 deaths were registered in England and Wales (161 fewer than the five-year average). This is the sixth week in a row that we have observed fewer deaths, a total of 1,413 fewer deaths than expected. While the number of deaths in care homes and hospitals remains below the average, the number in private homes remains higher than the five-year average. There were 727 more deaths in private homes in the week ending the 30th of July.
Deaths at home have been almost 40 per cent higher than the number registered with Covid-19 in any other setting in the last six weeks, (4,526 versus 2,799). It is not clear why there is such an excess of deaths in the home but one thing is clear: it is not Covid. Fewer than five per cent of deaths in private homes are due to the virus.