Nesta altura já não é possível, a não ser por má-fé, ignorar as consequências das estratégias de resposta à pandemia adoptadas na maioria dos países em consequência de histerismo ou oportunismo dos mídia e dos decisores políticos e em particular dos prosélitos do estatismo. No fim do dia, essas consequências estão a traduzir-se por excessos de mortalidade em relação à média dos últimos anos, excessos de que só numa pequena parte são explicados pela pandemia, sendo a maior parte consequência da falta de resposta da saúde pública inexplicavelmente focada a 100% na pandemia e ainda dos efeitos secundários do confinamento.
Entre efeitos secundários do confinamento de natureza psicológica, que só nos casos extremos têm como consequência a morte, as depressões são talvez os mais comuns. A este respeito, o Office for National Statistics publicou a semana passada (Coronavirus and depression in adults, Great Britain: June 2020) alguns dados que permitem avaliar a extensão deste problema no caso britânico. Em síntese, relativamente ao mês de Junho:
- Um em cada cinco adultos experimentaram alguma forma de depressão, o dobro da média antes da pandemia;
- Um em cada oito adultos desenvolveram sintomas moderado ou severos
- As mulheres adultas entre os 16 e os 39 anos sem possibilidade de suportar despesas inesperadas foram as mais propensas à depressão
- Oito em cada dez adultos sentiram stress ou ansiedade associada à depressão
- Dois em cada cinco adultos que experimentaram alguma forma de depressão disseram que as suas relações foram afectadas o dobro dos adultos sem ou com depressão moderada
- Os jovens adultos (16-39 anos) mostraram-se os mais propensos à depressão (ver diagrama)
Sem comentários:
Enviar um comentário