[Continuação do balão anterior]
O estudo apresentado pelo secretário de Estado da Energia para justificar o seu projecto do hidrogénio estima os seguintes impactos principais (Expresso):
- Valor acrescentado anual de 38 milhões a 262 milhões
- Efeitos indirectos entre 92 e 740 milhões de euros
- Empregos directos entre 630 e 5.340
- Empregos indirectos entre 1.870 e 13.100 mil indirectos
- Redução de emissões entre 0,3 e 1,8 milhões de toneladas de CO2
- Os investimentos até 2030 são estimados entre 1,1 e 7,3 mil milhões de euros.
Repare-se que os limites inferiores e superiores dos intervalos de variação dos outputs e dos investimentos do projecto nos vários cenários variam na proporção de 1 para de 6 a 8. Será uma paródia?
Voltarei com mais tempo ao hidrogénio do Dr. Galamba, por agora vem a propósito evocar dois posts que escrevi sobre o efeito multiplicador socialista um de 2006 e de outro de 2015, ambos sobre o investimento em infra-estruturas rodoviárias SCUT. Também este investimento, realizado na sua maior parte pelo Eng. Sócrates, o mentor do Dr. Galamba, foi sustentado em vários "estudos".
Um desses estudos "O impacto económico e orçamental do investimento em Scut", baseado num modelo econométrico dos doutores Pereira e Jorge Andraz, estimava que por cada milhão de euros que o governo investisse em infra-estruturas rodoviárias o efeito acumulado no PIB seria de 18 milhões de euros.
14 anos depois, qual foi o efeito multiplicador do investimento nas SCUTS? Ninguém sabe. É possível que tenha sido um efeito "desmultiplicador", ou, na melhor hipótese, 1,8 ou 0,18, em vez do 18 dos doutores Pereira e Jorge Andraz. Será mais fácil saber o efeito na dívida pública que, por força desse e doutros projectos dos dois governos socialistas do Eng. Sócrates, se multiplicou por 1,8 entre 2005 e 2011.
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