A descapitalização crescente da economia portuguesa, a impreparação de uma parte significativa dos empresários e gestores e a falta de qualificações adequadas da mão-de-obra portuguesa explicam o enorme handicap da economia portuguesa em matéria de produtividade e, em consequência, também de competitividade.
Uma das consequências dessa descapitalização é a alienação pelos empresários portugueses das suas empresas. No sector financeiro, onde os bancos e as seguradoras foram quase todos vendidos, o processo foi mais longe, mas também a uma parte da pouca indústria que por cá havia foi alienada. O sector da construção civil e obras públicas foi dos mais atingidos a começar pela Somague e a acabar em muitas outras empresas.
Sobrou na construção civil e obras públicas a Mota-Engil, a única portuguesa entre as 250 maiores construtoras internacionais, entre as quais no top 10 se encontram sete chinesas.
Sobrou mas pode estar a caminho de deixar de sobrar. A China Communications Construction Company (CCCC), a quarta maior construtora do mundo, vai ter uma participação de 30% e a holding da família Mota ficará, por agora, com 40%. Para a China e a sua estratégia de hegemonia, Portugal é o ventre mole da Europa.
Já nem me ocorre dizer nada sobre isso,a não ser que isto já "só lá vai" com alguma espécie de apocalipse(não incluindo covids e afins).
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