E porquê? Ora, porque haveria de ser? Ele sabe o suficiente para enterrar metade do pessoal político que está ou esteve na direcção do PS, incluindo o preso.
30/11/2019
DIÁRIO DE BORDO: Ó políticos de merda, ó jornalistas de trampa, ó palhaços em geral, tende vergonha... (II)
... e botai processos disciplinares uns aos outros, retirai comendas ao rancho de comendadores ineptos, indignai-vos olhando para as vossas fuças ao espelho e largai o Berardo que fez aquilo que vós esperastes dele e agora ele ri-se, com razão, nas vossas trombas, escrevi aqui.
E o que fizeram os políticos de merda? O que seria de esperar. Diz-nos o Expresso que Berardo leva repreensão mas mantém condecorações.
E porquê? Ora, porque haveria de ser? Ele sabe o suficiente para enterrar metade do pessoal político que está ou esteve na direcção do PS, incluindo o preso.
E porquê? Ora, porque haveria de ser? Ele sabe o suficiente para enterrar metade do pessoal político que está ou esteve na direcção do PS, incluindo o preso.
29/11/2019
Se tivesse sido há quatro anos teríamos tido os futuros geringonços a rasgar as vestes, a gritar «assassinos» nas manifs, etc.
Morreram 17 mulheres na sequência de complicações na gravidez, parto ou puerpério. Só três destas mulheres tinham 40 anos ou mais. Directora-geral da Saúde está “preocupada”.»
DEIXAR DE DAR GRAXA PARA MUDAR DE VIDA: Portugueses no topo do mundo (24) - Deucalion, o supercomputador português, é poucochinho super
Outros portugueses no topo do mundo.
Desta vez não é um português de carne e osso. É um português feito de chips, cabos, e o resto da parafernália de um computador. Ou mais rigorosamente de um supercomputador.
«Chama-se Deucalion, é português e consegue fazer 10 mil biliões de operações por segundo» titula reverentemente o semanário de reverência, explicando que «é o segundo supercomputador português, cujo financiamento a União Europeia acaba de aprovar. Custará 25 milhões de euros e vai multiplicar por 10 a capacidade nacional de computação».
Pois é, os 10 mil biliões de operações por segundo são, para usar a jargão do meio, 10 teraflops, o que poderá ser muito para o Portugal dos Pequeninos (e se arrisca a ser glorificado pela ignorância de S. Ex.ª em Belém), mas não chegaria para qualificar o nosso Deucalion nos campeonatos destas coisas.
Na verdade, o supercomputador mais fracote do TOP500 tem uma potência de 1,14 petaflops ou o equivalente a 1.140 teraflops, ou seja a mais de 100 vezes a potência do nossa Deucalion. Sem falar do Summit do Oak Ridge National Laboratory que com os seus 148,6 petaflops tem quase 15 mil vezes a potência do nosso supercomputadorzito, o que faz do Deucalion um flop.
28/11/2019
Após quatro anos de mancebia, cortam-lhe a mesada, põem-lhe as malas à porta e queixa-se de violência doméstica
As críticas ontem no parlamento da líder berloquista Catarina Martins ao governo e o tiro ao sitting duck Centeno - «o principal adversário ao SNS chama-se Ministério das Finanças», disse -, fizeram lembrar aquela dondoca de um passado remoto, antes da "igualdade dos géneros", que esperou quatro anos de mancebia que o amante lhe cortasse a mesada e lhe pusesse as malas à porta para se queixar de violência doméstica.
ACREDITE SE QUISER: Pois se nem um aparelho de raio X a cair de podre substituem, vão mandar para o espaço um quarto do orçamento anual do SNS?
«Portugal quer investir €2500 milhões na indústria espacial até 2030»
«Criar mil empregos qualificados nos próximos dez anos, em especial nas áreas da observação da Terra, telecomunicações e desenvolvimento de pequenos satélites, e aumentar a faturação anual do sector dos atuais 40 a 50 milhões de euros anuais para 500 milhões em 2030, metade financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e a outra metade pela Agência Espacial Europeia (ESA), são as metas do “Portugal Space 2030”.
(...) E Portugal quer investir 2500 milhões de euros no sector ao longo da próxima década, com 50% deste montante assegurado pelas empresas privadas.»
Escreve o semanário de reverência, reverencialmente pela pena de um jornalista muito reverente.
No final, quando forem feitas as contas, se a ESA torrasse os 50% (um grande "se"), se os «privados» aplicassem 50% de 50% (um gigantesco "se"), o Estado Sucial gerido pelo Dr. Costa só falharia em mandar para o espaço os 25% sobrantes. Entretanto, o Dr. Costa e os seus ministros podem fazer anúncios todos os meses, enquanto por aí andarem.
27/11/2019
TIROU-ME AS PALAVRAS DA BOCA: O Estado Sucial extorsionário
«Por outras palavras, Portugal transformou-se num Estado de autoritarismo fiscal sem limites. Só quem tenha andado a dormir nos últimos anos se surpreendeu com o que esta reportagem relatou. Nas últimas décadas, os vários partidos que se foram revezando no poder viram-se permanentemente encurralados entre duas necessidades.
Em primeiro lugar, a de usarem o Estado para redistribuírem a maior quantidade de riqueza possível pelas clientelas que deles dependem, e das quais eles próprios dependem ainda mais. Em segundo lugar, a de, para terem com que fazer essa redistribuição, manterem junto dos mercados financeiros o crédito suficiente para endividarem o Estado a preços minimamente comportáveis, e com esse propósito, cumprirem as exigências orçamentais que possibilitem a permanência no euro que dá a Portugal as taxas de juro baixas de que vai beneficiando.
Por terem de alimentar os “boys” e as “girls” que gravitam em torno do poder político, os partidos de governo não podem cortar de forma “excessiva” as despesas do Estado. Por terem de, no mínimo, acalmar os receios europeus quanto à “indisciplina orçamental” portuguesa, têm de garantir que a diferença entre o que uma parte significativa do país espera do Estado e aquilo que o Estado lhes pode oferecer – ou seja, o défice – seja a menor possível. E para o conseguirem, precisam que o Estado opere à margem da razoabilidade e da lei.»
«Sem limites», Bruno Alves no Jornal Económico
Em primeiro lugar, a de usarem o Estado para redistribuírem a maior quantidade de riqueza possível pelas clientelas que deles dependem, e das quais eles próprios dependem ainda mais. Em segundo lugar, a de, para terem com que fazer essa redistribuição, manterem junto dos mercados financeiros o crédito suficiente para endividarem o Estado a preços minimamente comportáveis, e com esse propósito, cumprirem as exigências orçamentais que possibilitem a permanência no euro que dá a Portugal as taxas de juro baixas de que vai beneficiando.
Por terem de alimentar os “boys” e as “girls” que gravitam em torno do poder político, os partidos de governo não podem cortar de forma “excessiva” as despesas do Estado. Por terem de, no mínimo, acalmar os receios europeus quanto à “indisciplina orçamental” portuguesa, têm de garantir que a diferença entre o que uma parte significativa do país espera do Estado e aquilo que o Estado lhes pode oferecer – ou seja, o défice – seja a menor possível. E para o conseguirem, precisam que o Estado opere à margem da razoabilidade e da lei.»
«Sem limites», Bruno Alves no Jornal Económico
26/11/2019
Está na hora de iniciar a luta pela emancipação do homem
Segundo o relatório “Estado da Educação 2018” do Conselho Nacional da Educação, 42,5% das mulheres portuguesas entre os 30 e os 34 anos tem um diploma do ensino superior, quase 20 pontos percentuais acima dos homens com apenas 24,1%. Em 2017 os valores foram 40,4% e 26,2%, respectivamente. O abandono escolar entre os 18 e os 24 anos nas raparigas é de 8,7% e nos rapazes de 14,7%.
Estas diferenças estão a aprofundar-se ano após ano e provavelmente irão acentuar-se. Porquê? Basicamente porque os rapazes são muito diferentes das raparigas e os homens das mulheres, reagem a incentivos diferentes, têm diferentes processos de aprendizagem e as escolas, onde a maioria dos professores são mulheres, está formatada para as raparigas.
Não tarda, temos o politicamente correcto a pretender adoptar programas de discriminação positiva dos rapazes nas escolas, com notas mais baixas para passarem e terem acesso à universidade.
Estas diferenças estão a aprofundar-se ano após ano e provavelmente irão acentuar-se. Porquê? Basicamente porque os rapazes são muito diferentes das raparigas e os homens das mulheres, reagem a incentivos diferentes, têm diferentes processos de aprendizagem e as escolas, onde a maioria dos professores são mulheres, está formatada para as raparigas.
Não tarda, temos o politicamente correcto a pretender adoptar programas de discriminação positiva dos rapazes nas escolas, com notas mais baixas para passarem e terem acesso à universidade.
Sem nunca ter estado vivo, o capitalismo português está morto e estar morto é o contrário de estar vivo
Qual é a instituição que melhor simboliza o capitalismo como sistema político e económico assente no mercado e na democracia liberal? A bolsa, claro, ou melhor as bolsas, mas fiquemos pela bolsa de valores.
Por isso, a evolução e o estado da bolsa de valores portuguesa medido pelo respectivo índice e comparado com o de outras bolsas é um bom indicador da evolução e do estado do capitalismo português.
João Cortez de O Insurgente deu-se ao trabalho de fazer a comparação de 4 bolsas nos últimos 10 anos. Eis o resultado das valorizações dos índices nesse período:
Consideremos outros quatro índices:
Por isso, a evolução e o estado da bolsa de valores portuguesa medido pelo respectivo índice e comparado com o de outras bolsas é um bom indicador da evolução e do estado do capitalismo português.
João Cortez de O Insurgente deu-se ao trabalho de fazer a comparação de 4 bolsas nos últimos 10 anos. Eis o resultado das valorizações dos índices nesse período:
- Nova Iorque (S&P500) ..........................................+ 244%
- Talin - Estónia (OMX Tallinn) ...................................+ 341%
- Euronext Dublin (ISEQ20) .......................................+ 234%
- Euronext Lisboa (PSI-20) ............................................- 9%
Consideremos outros quatro índices:
- Paris (CAC) .........................................................+ 60%
- Frankfurt (DAX) ...................................................+ 132%
- S. Paulo (BOVESPA) .................................................+ 56%
- Londres (FTSE100) ................................................. + 41%
25/11/2019
Crónica da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa (7)
Avarias da geringonça e do país seguidas de asfixias
“Em defesa do SNS, sempre”
Lembram-se do tempo em que tudo ia bem no SNS, do tempo em que a falta de resposta era uma invenção da oposição? Pois bem, subitamente, dois bonzos-em-chefe do PS reconhecem o caos do SNS. A líder parlamentar Ana Catarina Mendes - a mesma que é citada no título “Em defesa do SNS, sempre” - reconhece em entrevista à Visão que a coisa está preta no SNS. No mesmo dia (o SNS pode falhar mas a central de manipulação não falha), o presidente do partido Carlos César em entrevista à TSF diz que o governo «ou inverte esta tendência de degradação do SNS nesta legislatura, ou vai ter uma dificuldade muito grande para explicar aos portugueses».
O que mudou? Há a explicação ingénua - o PS teve finalmente uma epifania e reconheceu a realidade. E há a teoria conspiratória - a queda do Dr. Centeno no ranking do aparelho vai desarrolhar o orçamento do SNS para evitar a «dificuldade muito grande» nas próximas eleições.
Uma nova estrela no firmamento socialista
O governo do Dr. Costa pode deixar o SNS à míngua de investimento ou descurar a governação da coisa pública mas não descura a sua propaganda, como é visível na promoção da nova ministra do Trabalho que, aproveitando o know-how da pasta do Turismo por onde passou, vê a sua imagem e as suas palavras polvilharem a imprensa do regime (a pesquisa Google "ana mendes godinho" "ministra do trabalho" site:pt na secção Notícias apresenta quase 2,8 mil resultados em menos de um mês). Em contrapartida, o Ronaldo das Finanças está a ficar na penumbra mediática, acompanhando a sua cotação em perda e antecipando a sua reforma no BdP.
“Em defesa do SNS, sempre”
Lembram-se do tempo em que tudo ia bem no SNS, do tempo em que a falta de resposta era uma invenção da oposição? Pois bem, subitamente, dois bonzos-em-chefe do PS reconhecem o caos do SNS. A líder parlamentar Ana Catarina Mendes - a mesma que é citada no título “Em defesa do SNS, sempre” - reconhece em entrevista à Visão que a coisa está preta no SNS. No mesmo dia (o SNS pode falhar mas a central de manipulação não falha), o presidente do partido Carlos César em entrevista à TSF diz que o governo «ou inverte esta tendência de degradação do SNS nesta legislatura, ou vai ter uma dificuldade muito grande para explicar aos portugueses».
O que mudou? Há a explicação ingénua - o PS teve finalmente uma epifania e reconheceu a realidade. E há a teoria conspiratória - a queda do Dr. Centeno no ranking do aparelho vai desarrolhar o orçamento do SNS para evitar a «dificuldade muito grande» nas próximas eleições.
Uma nova estrela no firmamento socialista
O governo do Dr. Costa pode deixar o SNS à míngua de investimento ou descurar a governação da coisa pública mas não descura a sua propaganda, como é visível na promoção da nova ministra do Trabalho que, aproveitando o know-how da pasta do Turismo por onde passou, vê a sua imagem e as suas palavras polvilharem a imprensa do regime (a pesquisa Google "ana mendes godinho" "ministra do trabalho" site:pt na secção Notícias apresenta quase 2,8 mil resultados em menos de um mês). Em contrapartida, o Ronaldo das Finanças está a ficar na penumbra mediática, acompanhando a sua cotação em perda e antecipando a sua reforma no BdP.
A propósito do 25 de Novembro - Um país onde as ideias costumam chegar tarde e a más horas
Quando os regimes ditatoriais nazi-fascistas caíram com estrondo como corolário da II Guerra Mundial, o nosso salazarismo e o seu Estado Corporativo fingiu adoptar a democracia, fez simulacros de eleições e sobreviveu mais 30 anos.
Quando a URSS e o bloco comunista já ameaçavam ruína e as revoluções estavam desacreditadas, aqui na jangada de pedra o salazarismo colapsava e ensaiava-se o PREC que, segundo a lenda, haveria de parir o socialismo revolucionário dirigido pela vanguarda do proletariado constituída por comunistas de todas as confissões.
Com a implosão do bloco soviético o mundo assistiu a uma onda de liberalização social e económica. Por cá continuámos a cantar loas ao insubstituível papel do Estado como regulador ou, nas versões mais encalhadas, mesmo como «empreendedor», por muito que o termo não casasse bem com o papel do Estado, a não ser na colheita de impostos.
Passámos incólumes pela falência do comunismo na Europa (o único partido que sobrevive é o do camarada Jerónimo), pelo esvaziar do esquerdismo radical (reduzido hoje, na Europa, aos Verdes) e pela erosão da esquerda socialista (praticamente todos os partidos socialistas estão ausentes dos governos europeus), e cometemos a proeza de ter um governo de socialistas que perderam as eleições, apoiado por comunistas e esquerdistas, a que sucedeu um outro que é mais de quase o mesmo.
E assim andámos, até que a globalização gerada pela onda liberalizante começou a morrer na praia, não sem antes ter retirado da miséria e da pobreza extremas uma fracção importante da humanidade, e as tendências anti-liberais voltaram a emergir sob diversas formas. É então, pela primeira vez em 45 anos de democracia, que surge uma força política reclamando-se abertamente de liberal e consegue um lugar no parlamento.
Decididamente, andamos de candeias às avessas.
Quando a URSS e o bloco comunista já ameaçavam ruína e as revoluções estavam desacreditadas, aqui na jangada de pedra o salazarismo colapsava e ensaiava-se o PREC que, segundo a lenda, haveria de parir o socialismo revolucionário dirigido pela vanguarda do proletariado constituída por comunistas de todas as confissões.
Com a implosão do bloco soviético o mundo assistiu a uma onda de liberalização social e económica. Por cá continuámos a cantar loas ao insubstituível papel do Estado como regulador ou, nas versões mais encalhadas, mesmo como «empreendedor», por muito que o termo não casasse bem com o papel do Estado, a não ser na colheita de impostos.
Passámos incólumes pela falência do comunismo na Europa (o único partido que sobrevive é o do camarada Jerónimo), pelo esvaziar do esquerdismo radical (reduzido hoje, na Europa, aos Verdes) e pela erosão da esquerda socialista (praticamente todos os partidos socialistas estão ausentes dos governos europeus), e cometemos a proeza de ter um governo de socialistas que perderam as eleições, apoiado por comunistas e esquerdistas, a que sucedeu um outro que é mais de quase o mesmo.
E assim andámos, até que a globalização gerada pela onda liberalizante começou a morrer na praia, não sem antes ter retirado da miséria e da pobreza extremas uma fracção importante da humanidade, e as tendências anti-liberais voltaram a emergir sob diversas formas. É então, pela primeira vez em 45 anos de democracia, que surge uma força política reclamando-se abertamente de liberal e consegue um lugar no parlamento.
Decididamente, andamos de candeias às avessas.
24/11/2019
AVALIAÇÃO CONTÍNUA: Carlos Tavares, a great car boss e um gajo teso
Secção Res ipsa loquitur
Sendo muitos portugueses, desde o mais anónimo até ao mais mediático (o papagaio mor do reino, quem haveria de ser?), verdadeiros álvares cabrais obcecados com a descoberta de portugueses no topo do mundo, é para mim um mistério ainda não ter sido concedida verdadeira atenção ao português mais emérito no mundo empresarial internacional, para além de artigos de circunstância com menos relevo do que os dedicados aos êxitos de Jesus, o treinador do Fla. E muito menos uma comenda, num país onde um dramaturgo e poeta de nomeada ironizou «Foge, cão, que te fazem barão! (...) Para onde, se me fazem Visconde».
Carlos Tavares, antigo número dois da Renault, onde começou a trabalhar como piloto de testes, actual presidente do grupo francês PSA (Peugeot e Citröen), liderou o ano passado o takeover à Opel do grupo General Motors e está a liderar a fusão da PSA+Opel com a Fiat Chrysler para criar o quarto maior construtor automóvel.
Não é qualquer um que merece um artigo como «Peugeot’s boss, Carlos Tavares, plans a merger with Fiat Chrysler» com um lead que é um verdadeiro tributo «What a great European car boss can teach a troubled industry». Tudo numa página inteira ilustrada por Brett Ryder, numa secção significativamente chamada Schumpeter da Economist, provavelmente a melhor revista de economia e finanças desde dona Maria II, ou, mais rigorosamente, desde 1843.
Por isso, e porque Carlos Tavares faz parte duma subespécie ameaçada de extinção de portugueses tesos, tenho de atribuir-lhe a pontuação máxima da tesura - cinco afonsos. A S. Exª que pendura medalhas em todos os patetas do Reino de Pacheco, atribuo-lhe também a pontuação máxima em chateaubriands, por confundir o seu papel do PR com o de enternainer do Portugal dos Pequeninos.
23/11/2019
Chega duplica intenções de voto com uma pequena ajuda dos seus inimigos
As sondagens da Aximage publicadas pelo Jornal Económico mostram que o Chega de André Ventura duplicou as intenções de voto em relação às últimas eleições.
Qual é surpresa? Tem tido a imensa ajuda da esquerdalhada cuja obsessão com o Chega é uma espécie de indicação de voto ao eleitorado que está pelos cabelos com os partidos que têm ocupado o Estado Sucial e se julgam donos do país.
Na verdade, o Chega e os outros partidos fora do círculo do Partido do Estado, que actualmente vai do PS-D - a parte do PSD de Rio encostada ao PS - até ao BE, passando pelo PS e pelo PCP, têm uma ampla margem de crescimento nos 4,25 milhões eleitores que não votaram e não se identificam com a ortodoxia, os ritos e os interditos do politicamente correcto que em dose maior ou menor contaminam os partidos da geringonça.
Qual é surpresa? Tem tido a imensa ajuda da esquerdalhada cuja obsessão com o Chega é uma espécie de indicação de voto ao eleitorado que está pelos cabelos com os partidos que têm ocupado o Estado Sucial e se julgam donos do país.
Na verdade, o Chega e os outros partidos fora do círculo do Partido do Estado, que actualmente vai do PS-D - a parte do PSD de Rio encostada ao PS - até ao BE, passando pelo PS e pelo PCP, têm uma ampla margem de crescimento nos 4,25 milhões eleitores que não votaram e não se identificam com a ortodoxia, os ritos e os interditos do politicamente correcto que em dose maior ou menor contaminam os partidos da geringonça.
22/11/2019
COMO VÃO DESCALÇAR A BOTA (30) - Agora, que o santo está de saída, anunciam-se milagres
Outras botas para descalçar
Feitas as contas, depois de todos os anúncios, o investimento em 2020 é o terceiro mais baixo da Zona Euro.
O santo está de saída? perguntareis. Pois parece que sim, é o que diz a comentadoria doméstica, o que, só por si, mereceria pouco crédito não fosse ser cada vez mais notório que, seguindo naturalmente as instruções da central de manipulação, o jornalismo de causas está a desinvestir na imagem de Centeno deixando passar as más notícias e esforçando-se menos por inflacionar as boas novas.
«As projeções do governo para o investimento público indicam que no próximo ano é que é. De acordo com a avaliação da Comissão Europeia ao esboço de Orçamento do Estado para 2020 (OE 2020), que o Ministério das Finanças enviou para Bruxelas em meados de outubro, Portugal vai ter o maior aumento da zona euro no valor do investimento público no ano que vem (16,2%) e o segundo maior da Europa, ficando apenas atrás do desempenho da Roménia.»
O truque é sempre o mesmo: (1) todos os anos anuncia-se um aumento do investimento orçamentado em comparação com o ano anterior; (2) depois, como o investimento executado é inferior, compara-se com o investimento executado no ano precedente que também tinha sido fraquito.
Diário de Notícias |
O santo está de saída? perguntareis. Pois parece que sim, é o que diz a comentadoria doméstica, o que, só por si, mereceria pouco crédito não fosse ser cada vez mais notório que, seguindo naturalmente as instruções da central de manipulação, o jornalismo de causas está a desinvestir na imagem de Centeno deixando passar as más notícias e esforçando-se menos por inflacionar as boas novas.
21/11/2019
Parlamento português sucumbe à tentação da pedofilia ambiental
«Há uma semana, os deputados da comissão parlamentar de Ambiente aprovaram, por unanimidade, a proposta para a vinda da ativista sueca Greta Thunberg a Portugal. A proposta, apresentada pelo presidente da Comissão de Ambiente, teve aprovação unânime dos deputados e foi aceite pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues»
A Comissão do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local (é este o nome completo da comissão) é composta por 23 deputados efectivos e 22 suplentes. No conjunto estes deputados representam quase 1/5 (um quinto) do parlamento.
O que levará umas dúzias de adultos a convidarem uma adolescente diagnosticada com síndrome de Asperger, transtorno do déficit de atenção, transtorno obsessivo-compulsivo e mutismo selectivo, distúrbios que ela considera um super-poder, que falta às aulas para falar de um tema controverso até nos meios da ciência, tema sobre o qual ela não tem qualquer conhecimento especializado?
Uma explicação possível - hipótese mais benigna - é que todos esses adultos (a proposta foi aprovada por unanimidade) sofrem de oligofrenia, sob a forma de debilidade mental, imbecilidade ou idiotia. Outra hipótese menos benigna é que são apenas oportunistas ou gente sem coragem de enfrentar os ditames do preconceito politicamente correcto.
A Comissão do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local (é este o nome completo da comissão) é composta por 23 deputados efectivos e 22 suplentes. No conjunto estes deputados representam quase 1/5 (um quinto) do parlamento.
O que levará umas dúzias de adultos a convidarem uma adolescente diagnosticada com síndrome de Asperger, transtorno do déficit de atenção, transtorno obsessivo-compulsivo e mutismo selectivo, distúrbios que ela considera um super-poder, que falta às aulas para falar de um tema controverso até nos meios da ciência, tema sobre o qual ela não tem qualquer conhecimento especializado?
Uma explicação possível - hipótese mais benigna - é que todos esses adultos (a proposta foi aprovada por unanimidade) sofrem de oligofrenia, sob a forma de debilidade mental, imbecilidade ou idiotia. Outra hipótese menos benigna é que são apenas oportunistas ou gente sem coragem de enfrentar os ditames do preconceito politicamente correcto.
20/11/2019
DIÁRIO DE BORDO: R.I.P.
Morreu ontem José Mário Branco, um músico com um talento imenso apropriado pela esquerdalhada que instrumentalizou a sua obra e usou música popular de grande qualidade como um panfleto.
Mitos (298) - A ajuda externa limita a emigração
«Em Março, o governo do presidente Donald Trump anunciou que interromperia toda a ajuda externa - incluindo centenas de milhões de dólares já prometidos - a El Salvador, Honduras e Guatemala até que esses países reduzissem o número de migrantes que fogem para os Estados Unidos. Ele enfrentou críticas por causa da decisão: os legisladores alertaram que ele estava apenas encorajando mais migrações, tornando a situação das pessoas nesses países ainda mais desesperada.
A acção de Trump foi contra a visão convencional de que a ajuda externa ajuda a reduzir a migração dos países mais pobres para os mais ricos. Em Junho de 2015, o secretário de Defesa do Reino Unido, Michael Fallon, explicou que o Reino Unido precisava gastar mais dinheiro em ajuda estrangeira "para desencorajar a migração em massa, para que não tenhamos que pescar pessoas fora do Mediterrâneo mais tarde".
Mas os estudos de migração não confirmam essa conclusão. De facto, uma análise sistémica do trabalho existente sobre o assunto no ano passado concluiu que não há evidências claras de que a ajuda externa impede a migração.
O artigo, publicado no ano passado pelo Center for Global Development, constatou que, embora seja difícil comparar os vários estudos existentes ao examinar diferentes países e corrigir diferentes variáveis, alguns concluíram que a ajuda externa realmente aumenta a emigração. E a razão não é que as pessoas nesses países não precisem de ajuda. É que, abaixo de um certo limite do PIB per capita, as pessoas simplesmente não têm recursos para migrar. Segundo um estudo recente do Instituto Alemão de População e Desenvolvimento de Berlim, os números de migração para a Europa são mais baixos nos países onde o PIB per capita é inferior a US $ 2.000. Os níveis mais altos de migração para a Europa são vistos em países com um PIB de US $ 8.000 a US $ 13.000, como Tunísia e Jordânia.
"Começando com o PIB per capita em torno de US $ 2.000 ou US $ 3.000, as taxas de migração aumentam em alta velocidade", diz Adrián Carrasco Heiermann, investigador do Instituto de Berlim que esteve intimamente envolvido com o estudo. Alguns dos fatores que moldam o potencial migratório são económicos, políticos - como opressão ou conflito no país de origem - ou ambientais, como mudanças climáticas.»
(Fonte: OZY)
A acção de Trump foi contra a visão convencional de que a ajuda externa ajuda a reduzir a migração dos países mais pobres para os mais ricos. Em Junho de 2015, o secretário de Defesa do Reino Unido, Michael Fallon, explicou que o Reino Unido precisava gastar mais dinheiro em ajuda estrangeira "para desencorajar a migração em massa, para que não tenhamos que pescar pessoas fora do Mediterrâneo mais tarde".
Mas os estudos de migração não confirmam essa conclusão. De facto, uma análise sistémica do trabalho existente sobre o assunto no ano passado concluiu que não há evidências claras de que a ajuda externa impede a migração.
O artigo, publicado no ano passado pelo Center for Global Development, constatou que, embora seja difícil comparar os vários estudos existentes ao examinar diferentes países e corrigir diferentes variáveis, alguns concluíram que a ajuda externa realmente aumenta a emigração. E a razão não é que as pessoas nesses países não precisem de ajuda. É que, abaixo de um certo limite do PIB per capita, as pessoas simplesmente não têm recursos para migrar. Segundo um estudo recente do Instituto Alemão de População e Desenvolvimento de Berlim, os números de migração para a Europa são mais baixos nos países onde o PIB per capita é inferior a US $ 2.000. Os níveis mais altos de migração para a Europa são vistos em países com um PIB de US $ 8.000 a US $ 13.000, como Tunísia e Jordânia.
"Começando com o PIB per capita em torno de US $ 2.000 ou US $ 3.000, as taxas de migração aumentam em alta velocidade", diz Adrián Carrasco Heiermann, investigador do Instituto de Berlim que esteve intimamente envolvido com o estudo. Alguns dos fatores que moldam o potencial migratório são económicos, políticos - como opressão ou conflito no país de origem - ou ambientais, como mudanças climáticas.»
(Fonte: OZY)
19/11/2019
Democracia? Não a tomem como garantida
«Usando dados sobre a qualidade democrática, bem como a opinião pública em 135 países, Christopher Claassen, da Universidade de Glasgow, constata que, depois dos países fortalecerem certas instituições democráticas - em particular aquelas destinadas a proteger os direitos individuais e verificar o poder dos governos - o apoio público à democracia diminui. Por outro lado, quando a democracia está enfraquecida, o apoio tende a aumentar. Claassen mediu os níveis de democracia usando índices que rastreavam elementos como a limpeza das eleições, o envolvimento de adultos e a protecção dos direitos individuais e das minorias. (...)
Esse fenómeno pode ser visto mais claramente nas autocracias e nas democracias incipientes. Depois que o Egipto começou a experimentar a democracia representativa em 2012, após décadas de regime autoritário e uma revolução popular iniciada pela Primavera Árabe, o apoio público à democracia caiu. Uma história semelhante aconteceu em outro lugar. Croácia, Quénia e Peru, por exemplo, todos testemunharam declínios no apoio à democracia após a introdução de maiores liberdades e liberdades políticas (ver gráfico).
O inverso também se aplica. Depois que Hugo Chávez começou a desmantelar as instituições democráticas da Venezuela após sua eleição em 1998, o entusiasmo pela democracia aumentou. Finalmente, alcançaria os níveis encontrados na Escandinávia, onde o apoio à democracia é mais alto do que na maioria das regiões. "É um efeito muito claro das pessoas reagirem a Chávez enfraquecendo a democracia", diz Claassen.
Essa relação também surge em países com democracias estabelecidas há muito tempo. À medida que a democracia americana se fortalecia no início dos anos 2000, o apoio público diminuiu. Nos últimos anos, à medida que as medidas de democracia liberal na América diminuíram um pouco, o apoio voltou a subir. Os aumentos na representação eleitoral e na participação de mulheres e minorias tendem a aumentar o ranking dos Estados Unidos nas tabelas de democracia internacional ao longo dos anos. Recentes ataques à independência judicial e crescente polarização diminuíram a sua posição.
Por que são as pessoas tão inconstantes com algo tão fundamental? Claassen considera que a introdução de certos aspectos liberais da democracia - como a protecção dos direitos individuais e o controle do poder executivo - pode prejudicar seu apoio. Essas características podem ser mais difíceis de serem aceitas pelo público do que princípios como regra da maioria (que até alguns regimes autoritários adoptam). O estudo é um lembrete de que o apoio à democracia não pode ser tomado como garantido. Embora possa ser melhor do que qualquer forma alternativa de governo que já tenha sido tentada, ainda está longe de ser perfeita.»
Why do countries with more democracy want less of it?, Economist
18/11/2019
Uma já está. E as outras?
E as outras? Para só dar alguns exemplos: Nudismo, Lev Tahor, Budismo, Mormonismo, Hare Krishna, Haredi.
Crónica da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa (6)
Avarias da geringonça e do país seguidas de asfixias
O Dr. Costa pode não ser o maior mentiroso (a concorrência é muito grande) mas tem um notável sentido de humor
Confrontado no parlamento pelo criador do Chega sobre ter dito que «os professores de Português que não tivessem colocação poderiam emigrar“, o Dr. Costa negou e o fact-checking confirmou que disse. Sorte a dele porque uma expressão equivalente custou a Passos Coelho a indignação patriótica de toda a esquerdalhada.
No mesmo debate quinzenal, Costa, compensando a fraca memória como primeiro-ministro de um governo que aumentou a carga fiscal e em particular aumentou os impostos indirectos 18,4% em três anos, mostrou um notável sentido de humor ao dizer que «Impostos são aquilo que permite que o país se modernize». E nós, maldosos e ingratos, a pensarmos que os impostos são aquilo que permite ao PS manter sossegada a sua freguesia eleitoral.
L’État c’est nous
Ressuscitando a geringonça, PS, BE e PCP tomaram a posição comum de retirar a palavra aos partidos recém chegados ao parlamento Chega, Iniciativa Liberal e Livre nos debates quinzenais, nas interpelações ao Governo e no debate sobre o estado da Nação, invocando o regimento que na legislatura passada havia sido excepcionado para o PAN.
"Privados"? Não se pode exterminá-los?
Os estatutos da Cruz Vermelha dizem que é uma é uma «instituição humanitária não governamental, de carácter voluntário e de interesse público, que desenvolve a sua actividade devidamente apoiada pelo Estado». «Não governamental» seguido de «apoiada pelo Estado» significa em socialês oficial um departamento do Estado Sucial.
Por isso, não admira que a hipótese do Hospital da Cruz Vermelha ser gerido por «privados» tenha sido afastada com repulsa. Sem necessidade, digo eu, porque com prejuízos de mais de 200 mil euros não sei se haveria «privados» interessados. Com involuntário a-propósito Sócrates escreveu na revista brasileira Carta Capital «o PS está grávido do Estado».
O Dr. Costa pode não ser o maior mentiroso (a concorrência é muito grande) mas tem um notável sentido de humor
Confrontado no parlamento pelo criador do Chega sobre ter dito que «os professores de Português que não tivessem colocação poderiam emigrar“, o Dr. Costa negou e o fact-checking confirmou que disse. Sorte a dele porque uma expressão equivalente custou a Passos Coelho a indignação patriótica de toda a esquerdalhada.
No mesmo debate quinzenal, Costa, compensando a fraca memória como primeiro-ministro de um governo que aumentou a carga fiscal e em particular aumentou os impostos indirectos 18,4% em três anos, mostrou um notável sentido de humor ao dizer que «Impostos são aquilo que permite que o país se modernize». E nós, maldosos e ingratos, a pensarmos que os impostos são aquilo que permite ao PS manter sossegada a sua freguesia eleitoral.
L’État c’est nous
Ressuscitando a geringonça, PS, BE e PCP tomaram a posição comum de retirar a palavra aos partidos recém chegados ao parlamento Chega, Iniciativa Liberal e Livre nos debates quinzenais, nas interpelações ao Governo e no debate sobre o estado da Nação, invocando o regimento que na legislatura passada havia sido excepcionado para o PAN.
"Privados"? Não se pode exterminá-los?
Os estatutos da Cruz Vermelha dizem que é uma é uma «instituição humanitária não governamental, de carácter voluntário e de interesse público, que desenvolve a sua actividade devidamente apoiada pelo Estado». «Não governamental» seguido de «apoiada pelo Estado» significa em socialês oficial um departamento do Estado Sucial.
Por isso, não admira que a hipótese do Hospital da Cruz Vermelha ser gerido por «privados» tenha sido afastada com repulsa. Sem necessidade, digo eu, porque com prejuízos de mais de 200 mil euros não sei se haveria «privados» interessados. Com involuntário a-propósito Sócrates escreveu na revista brasileira Carta Capital «o PS está grávido do Estado».
17/11/2019
O Partido Comunista Chinês aplica às minorias muçulmanas a sua receita: "Absolutely No Mercy"
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16/11/2019
ARTIGO DEFUNTO: Fact-check ao fact-checker mostra que fact-checking no Portugal dos Pequeninos pode não se distinguir da produção de alternative facts
«Jornalista do Polígrafo (*) recebeu do Santa Maria uma verba para fazer livros e pouco depois publicou naquele site uma notícia favorável ao hospital. Além disso, é acusado pelo MP de ter relações profissionais promíscuas com Lalanda e Castro, arguido no processo da Mafia do Sangue, omitindo também a responsabilidade do empresário no livro que escreveu sobre a Operação Marquês.»
Jornal SOL de 16-11 sem link disponível
(*) Fernando Esteves, fundador e responsável pelo sítio Polígrafo que «segundo os autos da Operação Marquês, avisou em 2014 um jornalista amigo de Sócrates, Afonso Camões, da iminência da detenção do antigo primeiro-ministro».
Jornal SOL de 16-11 sem link disponível
(*) Fernando Esteves, fundador e responsável pelo sítio Polígrafo que «segundo os autos da Operação Marquês, avisou em 2014 um jornalista amigo de Sócrates, Afonso Camões, da iminência da detenção do antigo primeiro-ministro».
Se a responsabilidade pelo que fazemos é da sociedade civil que conta cada vez menos soterrada pelo Estado Sucial, então a responsabilidade pelo que fazemos é cada vez mais da cúpula do Estado Sucial. Preparemo-nos então para transferir responsabilidades para Costa e Marcelo
«Muitos julgaram perceber um contraste simbólico entre o país que finge ser moderno e o país em que uma mãe deita fora o próprio filho. Julgaram mal. A senhora em causa é estrangeira, crimes terríveis acontecem em toda a parte, e a loucura individual é uma permanência em todos os tempos. Por sorte, a loucura colectiva é menos frequente. Por azar, é uma constante do buraco a que descemos: num ápice, meio mundo decidiu que a responsabilidade pelo bebé atirado ao lixo não é da mãe que tentou o infanticídio, e sim da sociedade, da crise de valores, da crise da bolsa, do capitalismo, nossa, minha e sua. No dia em que eu resolver abalroar com um autocarro o comentador Y por proferir palermices, espero que seja a sociedade a responder em tribunal. A miséria mental da pátria, afastada da inovação tecnológica e próxima da insuficiência cognitiva severa, não se revela no acto isolado de uma senhora desesperada, maldosa ou demente. A chatice é a demência geral que “justifica” e tolera o acto.»
São os loucos de Lisboa (e do resto do país), Alberto Gonçalves no Observador
São os loucos de Lisboa (e do resto do país), Alberto Gonçalves no Observador
15/11/2019
ARTIGO DEFUNTO: Desigualdade da riqueza - se os factos não confirmam as teses, tanto pior para os factos
A divulgação de dados sobre a distribuição da riqueza e dos rendimentos é sempre uma oportunidade para confusões por ignorância e por má-fé.
Desta vez, com a divulgação recente dos resultados do Inquérito à Situação Financeira das Famílias do INE, não foi excepção e podemos encontrar em diversos jornais a confusão entre riqueza, isto é o património das famílias, e rendimento, ou seja uma confusão entre um stock e um fluxo, equivalente a confundir o caudal de uma torneira que corre para um tanque o volume de água existente no tanque.
A divulgação desses dados é também uma ocasião para as lamentações ditadas por uma inveja secular que é dominante na cultura do Portugal dos Pequeninos e convenientemente sublimada pela ideologia igualitária da esquerdalhada.
De facto, como já por várias vezes referi, as análises de Geert Hofstede mostram os portugueses como um dos povos mais femininos do mundo e também um dos mais colectivistas, de onde a extrema sensibilidade à desigualdade (corolários: direitos adquiridos e progressão automática nas carreiras independente do desempenho) e a forte expectativa que o governo trate disso (corolários: tendência esquerdizante e preferência pelo nanny state). Isso mesmo ficou patente no Eurobarómetro «Fairness, inequality and inter-generational mobility» em que a «Percepção sobre as desigualdades de rendimento» mostram que os portugueses na UE28 são os mais sensíveis às desigualdades (apesar de Portugal não ser o país mais desigual) e os que mais esperam que o governo intervenha para as reduzir.
Mas a verdade é que não há assim tantas razões para a lamentação. Segundo os dados do INE, entre 2013 e 2017 a riqueza líquida média por família (é disso que se trata e não do rendimento) medida pelo valor de todos os seus activos (imóveis e financeiros) líquido das dívidas, aumentou 13,2% e a mediana (isto é o valor da riqueza que divide as famílias em dois grupos com o mesmo número) aumentou 10,0%. Por isso, não surpreende que a desigualdade medida pelo coeficiente de Gini tenha diminuido ligeiramente de 68,4% para 67,9% (0 corresponderia à igualdade absoluta e 100 à concentração numa única família de toda a riqueza).
Note-se que a redução da desigualdade dá-se na fase final da crise de 2011 o que contraria a tese muito popular entre a esquerdalhada e o jornalismo de causas que a crise e o governo de Passos Coelho agravaram as desigualdades. A este respeito, leia-se o post «A mitologia esquerdista do agravamento das desigualdades em Portugal durante o governo PSD-CDS» que deita por terra essa tese.
Desta vez, com a divulgação recente dos resultados do Inquérito à Situação Financeira das Famílias do INE, não foi excepção e podemos encontrar em diversos jornais a confusão entre riqueza, isto é o património das famílias, e rendimento, ou seja uma confusão entre um stock e um fluxo, equivalente a confundir o caudal de uma torneira que corre para um tanque o volume de água existente no tanque.
A divulgação desses dados é também uma ocasião para as lamentações ditadas por uma inveja secular que é dominante na cultura do Portugal dos Pequeninos e convenientemente sublimada pela ideologia igualitária da esquerdalhada.
De facto, como já por várias vezes referi, as análises de Geert Hofstede mostram os portugueses como um dos povos mais femininos do mundo e também um dos mais colectivistas, de onde a extrema sensibilidade à desigualdade (corolários: direitos adquiridos e progressão automática nas carreiras independente do desempenho) e a forte expectativa que o governo trate disso (corolários: tendência esquerdizante e preferência pelo nanny state). Isso mesmo ficou patente no Eurobarómetro «Fairness, inequality and inter-generational mobility» em que a «Percepção sobre as desigualdades de rendimento» mostram que os portugueses na UE28 são os mais sensíveis às desigualdades (apesar de Portugal não ser o país mais desigual) e os que mais esperam que o governo intervenha para as reduzir.
Mas a verdade é que não há assim tantas razões para a lamentação. Segundo os dados do INE, entre 2013 e 2017 a riqueza líquida média por família (é disso que se trata e não do rendimento) medida pelo valor de todos os seus activos (imóveis e financeiros) líquido das dívidas, aumentou 13,2% e a mediana (isto é o valor da riqueza que divide as famílias em dois grupos com o mesmo número) aumentou 10,0%. Por isso, não surpreende que a desigualdade medida pelo coeficiente de Gini tenha diminuido ligeiramente de 68,4% para 67,9% (0 corresponderia à igualdade absoluta e 100 à concentração numa única família de toda a riqueza).
Note-se que a redução da desigualdade dá-se na fase final da crise de 2011 o que contraria a tese muito popular entre a esquerdalhada e o jornalismo de causas que a crise e o governo de Passos Coelho agravaram as desigualdades. A este respeito, leia-se o post «A mitologia esquerdista do agravamento das desigualdades em Portugal durante o governo PSD-CDS» que deita por terra essa tese.
14/11/2019
A Rússia do czar Vladimiro: economia do tamanho da Espanha, corrupção igual à Papua Nova Guiné, esperança de vida abaixo da Líbia e astúcia política, muita
«A atitude da Europa em relação à Rússia está mudando, graças ao crescente domínio de Putin sobre o Oriente Médio e seus laços mais estreitos com a China. Emmanuel Macron, presidente francês, argumenta que a Rússia é importante demais para ser congelada e precisa ser incluída na arquitetura de segurança européia. E a Ucrânia, que perdeu 13.000 pessoas na guerra de Donbas, está agora sob pressão dos Estados Unidos e da Europa para resolver seu conflito com a Rússia, permitindo o levantamento de sanções.
Como um país com uma economia do tamanho da Espanha, corrupção igual à Papua Nova Guiné e esperança de vida abaixo da Líbia conseguiu tudo isso? A modernização militar teve um papel crucial. Em 20 anos, Putin transformou as forças armadas da Rússia de um grupo mal administrado de recrutas mal equipados em uma força de combate bem armada e amplamente profissional. Mas ele também tem sido politicamente mais astuto que o Ocidente, tanto em aproveitar rapidamente as oportunidades quanto em manter seus aliados.
(...)
O sucesso de Putin mascara vulnerabilidades. No exterior, ele enfrenta cada vez mais a dificuldade de ser o parceiro júnior da China. Em casa, o rendimento disponível caiu pelo sexto ano consecutivo, a idade da reforma está aumentando e as pessoas estão cansadas da corrupção. As caras aventuras militares de Putin costumavam gerar entusiasmo, mas elas se tornaram uma fonte de irritação.»
Excerto de «The West should learn some lessons from Vladimir Putin’s success»
Como um país com uma economia do tamanho da Espanha, corrupção igual à Papua Nova Guiné e esperança de vida abaixo da Líbia conseguiu tudo isso? A modernização militar teve um papel crucial. Em 20 anos, Putin transformou as forças armadas da Rússia de um grupo mal administrado de recrutas mal equipados em uma força de combate bem armada e amplamente profissional. Mas ele também tem sido politicamente mais astuto que o Ocidente, tanto em aproveitar rapidamente as oportunidades quanto em manter seus aliados.
(...)
O sucesso de Putin mascara vulnerabilidades. No exterior, ele enfrenta cada vez mais a dificuldade de ser o parceiro júnior da China. Em casa, o rendimento disponível caiu pelo sexto ano consecutivo, a idade da reforma está aumentando e as pessoas estão cansadas da corrupção. As caras aventuras militares de Putin costumavam gerar entusiasmo, mas elas se tornaram uma fonte de irritação.»
Excerto de «The West should learn some lessons from Vladimir Putin’s success»
Uma visão independente e objectiva do jornalismo profissional sobre a génese do caos boliviano
Em contraponto ao clamor de comunistas e berloquistas, por cá, e em Inglaterra de Corbyn sobre um pretenso golpe que teria derrubado Evo Morales, aqui vai uma visão independente e objectiva da Economist (Bolivia in chaos as Evo Morales departs):
«EVO MORALES construiu sua carreira política em Chapare, uma região rural de cultivo de coca no centro da Bolívia. Tornou-se o primeiro presidente de origem indígena da Bolívia em 2006 e ganhou a reeleição três vezes, graças em grande parte a seus esforços para reduzir a pobreza. Mas, na tarde de 10 de novembro, ele voltou a Chapare para anunciar sua demissão. Morales deixou claro que não o fez de bom grado. Ele sugeriu que as forças das trevas tentassem destruir a democracia boliviana e alegou que ele foi vítima de um golpe. No dia seguinte, ele estava em um avião para o México, que lhe havia concedido asilo político.
A sua renúncia cria uma situação política caótica, sem nenhuma saída óbvia. Segue-se a três semanas de protestos cada vez mais violentos provocados por uma eleição disputada em 20 de outubro e evidências crescentes de fraude eleitoral. Nessa votação, Morales evitou um segundo turno contra Carlos Mesa, seu rival mais próximo, por apenas 35.000 dos 5,9 milhões de votos válidos. Em vez de pôr um fim aos protestos, a retórica inflamatória que Morales usou quando se demitiu levou a mais violência.
A sua decisão de deixar o cargo seguiu-se à publicação de um relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA), que havia enviado uma equipe para auditar as eleições. Os especialistas da OEA disseram que encontraram evidências generalizadas de fichas falsas, que listam o total de votos para cada delegacia, e violações no software usado para transmitir os resultados. "As manipulações do sistema de computadores são de tal magnitude que devem ser minuciosamente investigadas pelo estado boliviano para chegar ao fundo e atribuir responsabilidades a esse grave caso", afirmou o relatório. Após a libertação, a polícia prendeu membros do tribunal eleitoral.
«EVO MORALES construiu sua carreira política em Chapare, uma região rural de cultivo de coca no centro da Bolívia. Tornou-se o primeiro presidente de origem indígena da Bolívia em 2006 e ganhou a reeleição três vezes, graças em grande parte a seus esforços para reduzir a pobreza. Mas, na tarde de 10 de novembro, ele voltou a Chapare para anunciar sua demissão. Morales deixou claro que não o fez de bom grado. Ele sugeriu que as forças das trevas tentassem destruir a democracia boliviana e alegou que ele foi vítima de um golpe. No dia seguinte, ele estava em um avião para o México, que lhe havia concedido asilo político.
A sua renúncia cria uma situação política caótica, sem nenhuma saída óbvia. Segue-se a três semanas de protestos cada vez mais violentos provocados por uma eleição disputada em 20 de outubro e evidências crescentes de fraude eleitoral. Nessa votação, Morales evitou um segundo turno contra Carlos Mesa, seu rival mais próximo, por apenas 35.000 dos 5,9 milhões de votos válidos. Em vez de pôr um fim aos protestos, a retórica inflamatória que Morales usou quando se demitiu levou a mais violência.
A sua decisão de deixar o cargo seguiu-se à publicação de um relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA), que havia enviado uma equipe para auditar as eleições. Os especialistas da OEA disseram que encontraram evidências generalizadas de fichas falsas, que listam o total de votos para cada delegacia, e violações no software usado para transmitir os resultados. "As manipulações do sistema de computadores são de tal magnitude que devem ser minuciosamente investigadas pelo estado boliviano para chegar ao fundo e atribuir responsabilidades a esse grave caso", afirmou o relatório. Após a libertação, a polícia prendeu membros do tribunal eleitoral.
12/11/2019
ACREDITE SE QUISER: A vocação do Estado Sucial é regulamentar a caganeira
Público |
Quatro projectos de resolução do PSD, Bloco de Esquerda, PCP e CDS-PP. É uma frente patriótica alargada para resolver o grande problema da merda. Eu sempre disse que o problema do regime é demasiada gente a querer fazer merda ao mesmo tempo e é claro que é preciso definir prioridades. Por exemplo, se tivermos um cidadão com DII deve passar à frente de um cidadão que tem uma caganeira simples mas imperiosa? Não deveríamos estabelecer regras definindo detalhadamente prioridades?
Enfim são questões complexas que podem ocupar uma legislatura inteira e é claro que esses partidos marginais como o Chega e o Iniciativa Liberal não têm estatuto para tratar da caganeira. E o Livre, perguntareis? O Livre está perfeitamente habilitado para meter as mãos na merda mas ficava mal abrir uma excepção para a Dr.ª Joceline.
E o PS não mete as mãos na merda? perguntareis. É bem perguntado. O PS já tem merda que chegue e não tem ninguém livre para tratar desta.
Um “saco com caranguejos” e um “ninho com lacraus”
Questionava-se recentemente o deputado socialista Sérgio Sousa Pinto «onde está o celebrado território programático da convergência histórica das esquerdas?» e respondendo «a 'geringonça' apareceu para suprimir uma ilegitimidade. Suprimida a ilegitimidade, supriu-se a 'geringonça'».
Está Sousa Pinto duplamente equivocado. «O celebrado território programático da convergência histórica das esquerdas» foi encontrado na posição comum de retirar a palavra a dois partidos recém chegados ao parlamento Chega e Iniciativa Liberal nos debates quinzenais, nas interpelações ao Governo e no debate sobre o estado da Nação, invocando o regimento que na legislatura passada havia sido excepcionado para o PAN.
Não foi, portanto, suprimida a geringonça. Foi apenas suspensa.
Então e o Livre vai poder intervir? Não, não vai, mas trata-se um dano colateral. Por receio do escândalo, a geringonça renascida não teve tomates e deixou o Livre no mesmo saco do Chega e do Iniciativa Liberal.
E, por falar em saco, lembrei-me de Américo Duarte, o deputado único da UDP, uma organização estalinista actualmente integrada no Bloco de Esquerda que hoje pelo mesmo critério também seria silenciada. Costumava Américo Duarte, por alturas do PREC, referir-se ao parlamento como «saco de caranguejos» e «ninho de lacraus», expressões um tanto exageradas mas uma boa descrição para o parlamento actual substituindo a preposição «de» por «com».
Está Sousa Pinto duplamente equivocado. «O celebrado território programático da convergência histórica das esquerdas» foi encontrado na posição comum de retirar a palavra a dois partidos recém chegados ao parlamento Chega e Iniciativa Liberal nos debates quinzenais, nas interpelações ao Governo e no debate sobre o estado da Nação, invocando o regimento que na legislatura passada havia sido excepcionado para o PAN.
Não foi, portanto, suprimida a geringonça. Foi apenas suspensa.
Então e o Livre vai poder intervir? Não, não vai, mas trata-se um dano colateral. Por receio do escândalo, a geringonça renascida não teve tomates e deixou o Livre no mesmo saco do Chega e do Iniciativa Liberal.
E, por falar em saco, lembrei-me de Américo Duarte, o deputado único da UDP, uma organização estalinista actualmente integrada no Bloco de Esquerda que hoje pelo mesmo critério também seria silenciada. Costumava Américo Duarte, por alturas do PREC, referir-se ao parlamento como «saco de caranguejos» e «ninho de lacraus», expressões um tanto exageradas mas uma boa descrição para o parlamento actual substituindo a preposição «de» por «com».
11/11/2019
DIÁRIO DE BORDO: Senhor, concedei-nos a graça de não termos outros cinco anos de TV Marcelo (93) - Populismo manipulador dos afectos
Outras preces
«Vamos mesmo falar de populismo», post de Helena Matos no Blasfémias
«Marcelo Rebelo de Sousa apoia a defesa da mãe sem-abrigo que abandonou recém-nascido A embaixada de Cabo Verde em Portugal vai recolher mais informações sobre a cidadã que abandonou recém-nascido. Marcelo entende que a ação da mãe foi motivada pelo “desespero total”.»
Populismo é o PR interferir nos outros poderes e condicioná-los a partir de umas declarações aparentemente bondosas. Muitas, provavelmente a maioria das pessoas que são julgadas e condenadas praticam crimes em “desespero total” e não é por isso que deixam de ser julgadas. Qualquer um de nós sobretudo se for mulher e tiver tido um filho consegue perceber o dramatismo inerente à situação vivida por aquela mulher e espera-se que isso seja ponderado na decisão das autoridades. Mas ver o PR a tratar o assunto como se ainda estivesse sentado nos estúdios de televisão não dá sossego a ninguém. Se isto não é populismo digam-me o que é populismo?»
Crónica da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa (5)
Avarias da geringonça e do país seguidas de asfixias
Geringonça suprimida. Viva a passarola
«Onde está o celebrado território programático da convergência histórica das esquerdas?» perguntou-se Sérgio Sousa Pinto, respondendo: «A 'geringonça' apareceu para suprimir uma ilegitimidade. Suprimida a ilegitimidade, supriu-se a 'geringonça'».
Web Summit - as dormidas já ninguém nos tira
Por muito que as trombetas da imprensa amiga soprem (quase todos os jornais com excepção do SOL se auto-excitaram com a coisa), o certo é que é essencialmente um evento turístico que dá muito jeito para fazer entrar uns cobres e, vá lá, um palco para as nossas elites merdosas exibirem o seu provincianismo cosmopolita convencidas da sua notoriedade global. Vem a propósito dizer que os mídia internacionais, com poucas e secundárias excepções se borrifaram para o evento: sem querer fazer passar um indicador como facto estabelecido, o certo é que a pesquisa no Google «web summit lisbon site:.com» na secção notícias no último mês mostra 152 referências.
E, claro, também dá jeito para o Paddy facturar uns euros na venda das camisolas fabricadas pela empresa da sua mulher. Sendo inquestionável que faz entrar uns cobres a estimativa entre os 111 e os 176 milhões é pura fantasia porque, em vez de medir o impacto marginal das estadias dos participantes que representam cerca de 70% das receitas, medem o valor bruto, como se sem Web Summit, os hotéis, os restaurantes e os transportes ficassem vazios.
O PS como barriga de aluguer de causas fracturantes
Para além dos múltiplos efeitos habituais nocivos da governação socialista, em consequência da dependência de Costa do suporte do BE a identidade do género e as outras obsessões do berloquismo entraram pela porta da frente na agenda do governo anterior. Suprimida a geringonça, essas causas começaram a entrar pela porta dos fundos, como a eutanásia que não fazia parte do programa do governo e agora vai ser objecto de uma iniciativa legislativa do grupo parlamentar do PS, segundo o Expresso.
Geringonça suprimida. Viva a passarola
«Onde está o celebrado território programático da convergência histórica das esquerdas?» perguntou-se Sérgio Sousa Pinto, respondendo: «A 'geringonça' apareceu para suprimir uma ilegitimidade. Suprimida a ilegitimidade, supriu-se a 'geringonça'».
Web Summit - as dormidas já ninguém nos tira
Por muito que as trombetas da imprensa amiga soprem (quase todos os jornais com excepção do SOL se auto-excitaram com a coisa), o certo é que é essencialmente um evento turístico que dá muito jeito para fazer entrar uns cobres e, vá lá, um palco para as nossas elites merdosas exibirem o seu provincianismo cosmopolita convencidas da sua notoriedade global. Vem a propósito dizer que os mídia internacionais, com poucas e secundárias excepções se borrifaram para o evento: sem querer fazer passar um indicador como facto estabelecido, o certo é que a pesquisa no Google «web summit lisbon site:.com» na secção notícias no último mês mostra 152 referências.
E, claro, também dá jeito para o Paddy facturar uns euros na venda das camisolas fabricadas pela empresa da sua mulher. Sendo inquestionável que faz entrar uns cobres a estimativa entre os 111 e os 176 milhões é pura fantasia porque, em vez de medir o impacto marginal das estadias dos participantes que representam cerca de 70% das receitas, medem o valor bruto, como se sem Web Summit, os hotéis, os restaurantes e os transportes ficassem vazios.
O PS como barriga de aluguer de causas fracturantes
Para além dos múltiplos efeitos habituais nocivos da governação socialista, em consequência da dependência de Costa do suporte do BE a identidade do género e as outras obsessões do berloquismo entraram pela porta da frente na agenda do governo anterior. Suprimida a geringonça, essas causas começaram a entrar pela porta dos fundos, como a eutanásia que não fazia parte do programa do governo e agora vai ser objecto de uma iniciativa legislativa do grupo parlamentar do PS, segundo o Expresso.
10/11/2019
Das duas, três
Ou bem Alberto Gonçalves, de quem até ontem não se conhecia uma apreciação positiva de um político, se deixou seduzir pelo charme de Pedro Passos Coelho ou por uma tença por este prometida, ou bem o PSC (*) tem um líder in waiting.
É esta a dúvida que resulta da leitura dos encómios inspirados por «Um almoço com Pedro Passos Coelho» do cronista Alberto Gonçalves. Encómios que eu subscreveria em boa parte, mesmo sem nunca ter estado a menos do que alguns quilómetros da criatura.
Como também subscreveria algumas das recomendações de Helena Matos para que «Deixem Passos Coelho em sossego» enquanto o paraíso socialista não desabar em cima da clique que nos governa com estrondo suficiente para despertar um eleitorado distraído.
(*) Partido da Sociedade Civil, o partido que faz oposição ao Partido do Estado.
É esta a dúvida que resulta da leitura dos encómios inspirados por «Um almoço com Pedro Passos Coelho» do cronista Alberto Gonçalves. Encómios que eu subscreveria em boa parte, mesmo sem nunca ter estado a menos do que alguns quilómetros da criatura.
Como também subscreveria algumas das recomendações de Helena Matos para que «Deixem Passos Coelho em sossego» enquanto o paraíso socialista não desabar em cima da clique que nos governa com estrondo suficiente para despertar um eleitorado distraído.
(*) Partido da Sociedade Civil, o partido que faz oposição ao Partido do Estado.
Os incêndios são todos iguais mas há uns mais iguais do que outros
«Nos últimos 10 dias 122 mil hectares de vegetação foram destruídos pelos incêndios que atingem a região do Pantanal brasileiro e que se espalham numa faixa de terra de difícil acesso.» (fonte)
Antes que o jornalismo de causas convoque Bolsonaro para explicar a "catástrofe", convém colocar as coisas no seu contexto dimensional:
Antes que o jornalismo de causas convoque Bolsonaro para explicar a "catástrofe", convém colocar as coisas no seu contexto dimensional:
- Este ano até 15 de Outubro no Portugal dos Pequeninos com os seus 92 mil km2 arderam 42 mil hectares; o incêndio de Pedrogão Grande em Junho de 2017 durou 7 dias, fez 66 mortos e centenas de feridos e consumiu 53 mil hectares, o equivalente a 4 vezes a área do concelho.
- O Brasil tem 8.514 mil km2 ou 92 vezes a área do Portugal dos Pequeninos; só o Pantanal com os seus 210 mil km2 ou 21 milhões de hectares é 2,3 vezes maior e a área ardida representa 0,6% da área total.
09/11/2019
Alguém pode explicar à camarada Dr.ª Isabel Moreira...
... que, ao contrário do que ela escreveu na sua coluna do Expresso, condenando a resolução do parlamento europeu sobre a equiparação de nazismo e comunismo, desde logo a equiparação não é com o «comunismo» é, por falta de coragem do PE e para não afugentarem o voto dos socialistas, sempre a fazerem equilibrismos a este respeito, com o «estalinismo», o que faz tanto sentido como chamar hitlerismo-mussolinismo ao nazi-fascismo.
Se «o comunismo é uma ideologia, com carácter utópico ... que visa um objectivo de transformação social e económico», alguém deveria explicar-lhe que esse objectivo que ela classifica como “bondoso” justificou uma distopia que privou milhares de milhões de seres humanos das liberdades mais elementares, exterminou maciçamente dezenas de milhões, a uma escala que faria inveja à utopia nazi-fascista, e deixou os países onde foi adoptado na pobreza e sob a opressão da nomenclatura comunista.
Em terceiro lugar, conviria lembrar que ela própria, com as suas ideias desalinhadas e práticas alternativas, teria sido considerada uma "pessoa infame" e inimiga da "Pátria Mãe", enviada para um campo do Gulag e sujeita a ser violada pel@s carcereir@s do NKVD/KGB.
Se «o comunismo é uma ideologia, com carácter utópico ... que visa um objectivo de transformação social e económico», alguém deveria explicar-lhe que esse objectivo que ela classifica como “bondoso” justificou uma distopia que privou milhares de milhões de seres humanos das liberdades mais elementares, exterminou maciçamente dezenas de milhões, a uma escala que faria inveja à utopia nazi-fascista, e deixou os países onde foi adoptado na pobreza e sob a opressão da nomenclatura comunista.
Em terceiro lugar, conviria lembrar que ela própria, com as suas ideias desalinhadas e práticas alternativas, teria sido considerada uma "pessoa infame" e inimiga da "Pátria Mãe", enviada para um campo do Gulag e sujeita a ser violada pel@s carcereir@s do NKVD/KGB.
CASE STUDY: Um imenso Portugal (55) - Afinal Lula não é menos inocente do que Sócrates
[Outros imensos Portugais]
«O Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro anulou esta quinta-feira a possibilidade de prisão de condenados em segunda instância, alterando um entendimento adotado desde 2016, numa decisão que poderá levar à libertação do ex-Presidente Lula da Silva.
Com a decisão, réus condenados só poderão ser presos após o trânsito em julgado, ou seja, depois de esgotados todos os recursos. A única exceção será em caso de prisões preventivas decretadas.» (Observador)
Por razões puramente processuais, é possível que Lula da Silva seja libertado, ficando a aguardar que sejam julgados todos os recursos que os seus advogados apresentaram. É claro que esta decisão do Supremo não inocenta Lula dos casos de corrupção em que os tribunais de primeira instância já julgaram, considerando-o culpado. Não inocenta mas é pretexto suficiente para a imprensa amiga dos dois lados do Atlântico tocar as trombetas da inocência.
É claro que nem um dos trombeteiros, todos sempre tão preocupados com os pobres e os humilhados, se perturba com o contraste de um paladino da justiça social tentar escapar às malhas dos tribunais acolitado por um batalhão de advogados de causas que protesta presunção de inocência ao mesmo tempo que milhares de pés rapados malham, com base na presunção de culpa, com os ossos nos antros de miséria e escolas de crime que são as prisões brasileiras.
«O Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro anulou esta quinta-feira a possibilidade de prisão de condenados em segunda instância, alterando um entendimento adotado desde 2016, numa decisão que poderá levar à libertação do ex-Presidente Lula da Silva.
Com a decisão, réus condenados só poderão ser presos após o trânsito em julgado, ou seja, depois de esgotados todos os recursos. A única exceção será em caso de prisões preventivas decretadas.» (Observador)
Por razões puramente processuais, é possível que Lula da Silva seja libertado, ficando a aguardar que sejam julgados todos os recursos que os seus advogados apresentaram. É claro que esta decisão do Supremo não inocenta Lula dos casos de corrupção em que os tribunais de primeira instância já julgaram, considerando-o culpado. Não inocenta mas é pretexto suficiente para a imprensa amiga dos dois lados do Atlântico tocar as trombetas da inocência.
É claro que nem um dos trombeteiros, todos sempre tão preocupados com os pobres e os humilhados, se perturba com o contraste de um paladino da justiça social tentar escapar às malhas dos tribunais acolitado por um batalhão de advogados de causas que protesta presunção de inocência ao mesmo tempo que milhares de pés rapados malham, com base na presunção de culpa, com os ossos nos antros de miséria e escolas de crime que são as prisões brasileiras.
08/11/2019
Somos os melhores dos melhores e queremos ficar atrás dos brasileiros? Não há por aí nenhuma folha que lance o Costamómetro?
«Bolsonaro faz pelo menos uma declaração falsa ou imprecisa a cada quatro dias. Está lançado o “Bolsonómetro”
Trata-se de uma ferramenta, lançada pela “Folha de S. Paulo”, que reúne afirmações do Presidente brasileiro.» (Expresso)A cada quatro dias? Que miséria. Isso no Costamómetro seria obra para um dia pouco produtivo.
Encalhado numa ruga do contínuo espaço-tempo
Sim, é verdade. Concedo que o co-proprietário deste blogue abaixo assinado está encalhado e tem ultrapassadíssimos preconceitos. Mas não, não são do tempo da Guerra Fria. São muito anteriores, datam do século XVIII e das origens da democracia liberal. E não, não é por amor a alguma utopia. É por rejeição absoluta da distopia, sob a forma do deep state, versão democrata, republicana ou outra. Ou mesmo sob a forma de shallow state.
07/11/2019
Alguém pode explicar ao camarada Jerónimo...
... que ao alertar para os riscos da aproximação do salário mínimo ao salário médio tem razão. Porém, tem razão por más razões porque, não percebendo que os salários têm de ser uma consequência da produtividade, conclui que a solução está em aumentar todos os salários. A não ser que já tivéssemos chegado à sociedade comunista na qual, segundo o modelo soviético com que o camarada se identifica, os salários mais altos serão iguais aos mais baixos, com excepção dos dignitários do partido. O que, aliás, não é um problema porque nas prateleiras vazias não haverá como gastar os salários em electrodomésticos e dispositivos electrónicos que só podem encontrar-se nas datchas dos dignitários do partido.
E, de caminho, também pode explicar ao camarada Jerónimo que não há almoços grátis e, por isso, da garantia mínima de dez anos para electrodomésticos e dispositivos electrónicos resultaria inevitavelmente um aumento do seu custo. A não ser que já tivéssemos chegado à sociedade comunista na qual, segundo o modelo soviético com que o camarada se identifica, tais bens só estariam acessíveis nas datchas dos dignitários do partido e, nesse caso com garantia vitalícia.
E, de caminho, também pode explicar ao camarada Jerónimo que não há almoços grátis e, por isso, da garantia mínima de dez anos para electrodomésticos e dispositivos electrónicos resultaria inevitavelmente um aumento do seu custo. A não ser que já tivéssemos chegado à sociedade comunista na qual, segundo o modelo soviético com que o camarada se identifica, tais bens só estariam acessíveis nas datchas dos dignitários do partido e, nesse caso com garantia vitalícia.
Alguém pode explicar ao Ronaldo das Finanças que o verdadeiro Ronaldo não tem nada de comum com o Donaldo?
Em entrevista a que a revista alemã Spiegel deu o título «Wie gegen Ronaldo» (Contra Ronaldo), o Doutor Centeno depois de se queixar, com razão, da imprevisibilidade da actual administração americana presidida pelo Donaldo Trump, comparou-o implicitamente a «um jogador nervoso» numa situação em que a defesa (na circunstância a UE) tinha de «aprender a defender contra alguém imprevisível como Cristiano Ronaldo». Só faltou propor a cativação de bolas como táctica à equipa da UE.
É uma comparação completamente estapafúrdia porque se a imprevisibilidade de Cristiano Ronaldo faz dele um jogador perigoso para a equipa adversária, a imprevisibilidade do Donaldo faz dele um político perigoso para a sua própria equipa e para os seus presumíveis aliados.
É uma comparação completamente estapafúrdia porque se a imprevisibilidade de Cristiano Ronaldo faz dele um jogador perigoso para a equipa adversária, a imprevisibilidade do Donaldo faz dele um político perigoso para a sua própria equipa e para os seus presumíveis aliados.
06/11/2019
CASE STUDY: O eleitorado da deputada Joacine Katar Moreira
«As minorias da Estrela, Campo de Ourique e de Cascais.
Entusiasmado com o excelente trabalho da Deputada Joacine na defesa das minorias, fui analisar os resultado eleitorais para tentar perceber quem eram os seus eleitores. Imaginei que a Deputada teria uma votação avassaladora na Amadora ou em Loures mas descobri que em Loures, o Livre com apenas 1,35% dos votos ficou atrás até da Iniciativa Liberal (1,66%). Claramente o Concelho de Loures não é um concelho progressista e sim um concelho fascista e direitolas que vota Iniciativa Liberal. Por isso passei ao Concelho de Setúbal, um concelho que sempre votou à esquerda e descobri que aqui, o Partido Livre só teve 1,23% dos votos. A mensagem de que “não há justiça social sem justiça climática” não foi compreendida pelos setubalenses e desconfio que por ninguém.
Mas, dado que o Livre elegeu uma deputada de onde vieram os votos ? Do Concelho de Cascais, esse antro de progressistas revolucionários, onde a Joacine teve 1,84% dos votos. E no Concelho de Oeiras, outro farol marxista da luta de classes, onde o Livre teve 2,52% dos votos. Se formos mais específicos, ainda vemos que nas proletárias freguesias de Paço De Arcos e Oeiras a votação sobe para 2,73%.
Mas, é em Lisboa onde o Livre ainda obtém maior votação. Mas, essa grande votação não foi nas freguesias burguesas e capitalistas de Marvila (1,58) ou Vialonga (1,65%).
A maior votação do Partido Livre foi na sempre revolucionária marxista freguesia da Estrela e Lapa onde tiveram 3,50% dos votos. E melhor votação ainda foi na freguesia bolchevique de Campo de Ourique com 3,87%.
Fica então esclarecido que quando a Deputada Joacine afirma defender as minorias, ela está a defender os seus eleitores betos, queques e agrobetos. Sem dúvida que estas minorias careciam de representatividade e que agora têm na Deputada Joacine uma paladina na defesa dos seus direitos ao caviar.
Viva Cascais, Oeiras, Lapa e Campo de Ourique. Viva a Lacoste e o blazer de botões dourados.»
Entusiasmado com o excelente trabalho da Deputada Joacine na defesa das minorias, fui analisar os resultado eleitorais para tentar perceber quem eram os seus eleitores. Imaginei que a Deputada teria uma votação avassaladora na Amadora ou em Loures mas descobri que em Loures, o Livre com apenas 1,35% dos votos ficou atrás até da Iniciativa Liberal (1,66%). Claramente o Concelho de Loures não é um concelho progressista e sim um concelho fascista e direitolas que vota Iniciativa Liberal. Por isso passei ao Concelho de Setúbal, um concelho que sempre votou à esquerda e descobri que aqui, o Partido Livre só teve 1,23% dos votos. A mensagem de que “não há justiça social sem justiça climática” não foi compreendida pelos setubalenses e desconfio que por ninguém.
Mas, dado que o Livre elegeu uma deputada de onde vieram os votos ? Do Concelho de Cascais, esse antro de progressistas revolucionários, onde a Joacine teve 1,84% dos votos. E no Concelho de Oeiras, outro farol marxista da luta de classes, onde o Livre teve 2,52% dos votos. Se formos mais específicos, ainda vemos que nas proletárias freguesias de Paço De Arcos e Oeiras a votação sobe para 2,73%.
Mas, é em Lisboa onde o Livre ainda obtém maior votação. Mas, essa grande votação não foi nas freguesias burguesas e capitalistas de Marvila (1,58) ou Vialonga (1,65%).
A maior votação do Partido Livre foi na sempre revolucionária marxista freguesia da Estrela e Lapa onde tiveram 3,50% dos votos. E melhor votação ainda foi na freguesia bolchevique de Campo de Ourique com 3,87%.
Fica então esclarecido que quando a Deputada Joacine afirma defender as minorias, ela está a defender os seus eleitores betos, queques e agrobetos. Sem dúvida que estas minorias careciam de representatividade e que agora têm na Deputada Joacine uma paladina na defesa dos seus direitos ao caviar.
Viva Cascais, Oeiras, Lapa e Campo de Ourique. Viva a Lacoste e o blazer de botões dourados.»
Mensagem recebida no WhatsApp
Ainda se fosse um bombista das FP25 com os seus 13 assassinatos...
«Presença de skinhead em programa da RTP causa polémica
Nuno Cláudio Cerejeira, condenado pelos incidentes que levaram à morte de Alcino Monteiro, surge num programa da RTP com os seus trigémeos. SOS Racismo já veio lamentar o sucedido.» (Expresso)
Nuno Cláudio Cerejeira, condenado pelos incidentes que levaram à morte de Alcino Monteiro, surge num programa da RTP com os seus trigémeos. SOS Racismo já veio lamentar o sucedido.» (Expresso)
05/11/2019
Dúvidas (281) - Ó Edward, ó Snowden, mas por que carga de água é que te aninhaste no colo do czar Vladimiro?
«Edward Snowden: “Não são dados que estão a ser explorados, são as pessoas”
Web Summit começa com o lado mais negro da tecnologia. “O que se faz quando as mais poderosas instituições da sociedade são as menos responsabilizáveis?”, questionou Edward Snowden, o informático que expôs a cibervigilância massiva dos EUA.» (Público)Só mais uma pergunta, ó Edward, ó Snowden: já imaginaste o que te teria acontecido se o que fizeste ao governo americano tivesses feito à clique putinesca?
Aditamento:
Neste comentário o leitor H. Ramos respondeu à minha pergunta com outra pergunta: «Porque todos os outros o extraditariam para os USA 3 semanas antes de receberem um pedido para tal?»
Na verdade há dezenas de países que não têm acordos de extradição com o USA e entre eles os seguintes: Andorra, Arábia Saudita, Brunei, Chade, China, Comoros, Congo (Kinshasa), Congo (Brazzaville), Cuba, Djibouti, Índia, Mauritânia, Micronésia, Moldava, Mongólia, Montenegro, Marrocos, Moçambique, Namíbia, Nepal, Níger, Oman, Qatar, Rússia, Ruanda, Samoa, São Tomé e Príncipe, Senegal, Sérvia.
Em vários destes países Snowden seria certamente acolhido, mas compreendo que só a Rússia e talvez a China lhe poderiam proporcionar o acolhimento reservado aos agentes ao serviço das cliques que controlam o Estado.
À esquerdalhada na Venezuela os protestos fazem-lhe sono, no Chile excitam-na
Deve ser porque a Venezuela já foi o país mais rico da América Latina e hoje o país mais desenvolvido é o Chile, com um PIB per capita 1,4 vezes o da Venezuela e está à frente em quase todos os indicadores dos países sul-americanos.
Só que há um pequeno problema: o Chile tem um governo de direita liberal o que faz salivar a esquerdalhada que não resiste a exercitar a sua prática da doutrina Somoza. Apesar de um regime liberal, o Chile é um país menos desigual do que uma Venezuela sob um regime socialista bolivariano, seja lá o que isso for. Para mais detalhes rever os posts da série obras do chávismo.
Leitura recomendada: «As consequências do liberalismo chileno», o excelente artigo no jornal Eco de Carlos Guimarães Pinto.
Só que há um pequeno problema: o Chile tem um governo de direita liberal o que faz salivar a esquerdalhada que não resiste a exercitar a sua prática da doutrina Somoza. Apesar de um regime liberal, o Chile é um país menos desigual do que uma Venezuela sob um regime socialista bolivariano, seja lá o que isso for. Para mais detalhes rever os posts da série obras do chávismo.
Leitura recomendada: «As consequências do liberalismo chileno», o excelente artigo no jornal Eco de Carlos Guimarães Pinto.
04/11/2019
ACREDITE SE QUISER: A segunda vez foi excesso de agitprop. A terceira vez é um insulto à inteligência do cidadão
«A “maior obra ferroviária dos últimos 100 anos” tem hoje a sua terceira cerimónia de lançamento
Pedro Nuno Santos preside esta segunda-feira em Elvas à cerimónia de consignação de mais um troço da linha Évora-Badajoz, depois de eventos idênticos em Março de 2018 e Fevereiro de 2019. Três cerimónias para uma obra que mal começou.» (Público)
Pedro Nuno Santos preside esta segunda-feira em Elvas à cerimónia de consignação de mais um troço da linha Évora-Badajoz, depois de eventos idênticos em Março de 2018 e Fevereiro de 2019. Três cerimónias para uma obra que mal começou.» (Público)
Crónica da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa (4)
Avarias da geringonça e do país seguidas de asfixias
Um programa igual ao litro de um governo igual ao litro
Os programas de governo são todos iguais, mas o deste é mais igual ao litro do que os outros. É um sortido de votos piedosos que irão pelo cano tão cedo a economia começar a patinar. Medidas para cumprir "mesmo" são as destinadas a apaziguar comunistas e berloquistas, como fim dos chumbos no ensino básico e o aumento do salário mínimo, que não custam nada (custar, custam imenso ao país mas para o orçamento são iguais ao litro). E as medidas que pesam no orçamento mas são indispensáveis para apaziguar a clientela eleitoral do PS, como a revisão das carreiras da função pública. Pelo caminho ficou a reforma do sistema eleitoral, uma das poucas medidas do programa igual ao litro que não era igual ao litro, e por isso caiu para apaziguar comunistas e berloquistas.
Por trás do manto da ilusão socialista, a luz crua da realidade
Como aqui no (Im)pertinências previmos (ver por exemplo posts de 07-10, 03-02, 26-03, 03-08 e 06-09), a redução dos passes sociais está a ter um efeito marginal na redução de tráfego nas cidades, que era o grande propósito («menos 37 mil carros a circular» anunciava, ufano, o semanário de reverência) . Sabe-se agora que os novos passes não são dos utilizadores de veículos particulares, que na sua grande maioria continuam a usá-los, mas dos 40 mil reformados dos grandes centros urbanos que desde Março adquiriram novos passes mais baratos e estão a aproveitar para passear.
O choque da realidade com a Boa Nova
Primeiro anuncia-se no semanário de reverência um «mega-investimento aeronáutico» de 400 milhões que criará 400 empregos directos. Três dias depois o mesmo semanário reduz o mega-investimento em 90%, que fica em 40 milhões, e os empregos em 40% e que ficam em 240. Quase ninguém repara (o olho atento do Insurgentenão deixou passar) e, no fim do dia, nas meninges da população fica como se fossem dois investimentos.
Um programa igual ao litro de um governo igual ao litro
Os programas de governo são todos iguais, mas o deste é mais igual ao litro do que os outros. É um sortido de votos piedosos que irão pelo cano tão cedo a economia começar a patinar. Medidas para cumprir "mesmo" são as destinadas a apaziguar comunistas e berloquistas, como fim dos chumbos no ensino básico e o aumento do salário mínimo, que não custam nada (custar, custam imenso ao país mas para o orçamento são iguais ao litro). E as medidas que pesam no orçamento mas são indispensáveis para apaziguar a clientela eleitoral do PS, como a revisão das carreiras da função pública. Pelo caminho ficou a reforma do sistema eleitoral, uma das poucas medidas do programa igual ao litro que não era igual ao litro, e por isso caiu para apaziguar comunistas e berloquistas.
Por trás do manto da ilusão socialista, a luz crua da realidade
Como aqui no (Im)pertinências previmos (ver por exemplo posts de 07-10, 03-02, 26-03, 03-08 e 06-09), a redução dos passes sociais está a ter um efeito marginal na redução de tráfego nas cidades, que era o grande propósito («menos 37 mil carros a circular» anunciava, ufano, o semanário de reverência) . Sabe-se agora que os novos passes não são dos utilizadores de veículos particulares, que na sua grande maioria continuam a usá-los, mas dos 40 mil reformados dos grandes centros urbanos que desde Março adquiriram novos passes mais baratos e estão a aproveitar para passear.
O choque da realidade com a Boa Nova
Primeiro anuncia-se no semanário de reverência um «mega-investimento aeronáutico» de 400 milhões que criará 400 empregos directos. Três dias depois o mesmo semanário reduz o mega-investimento em 90%, que fica em 40 milhões, e os empregos em 40% e que ficam em 240. Quase ninguém repara (o olho atento do Insurgentenão deixou passar) e, no fim do dia, nas meninges da população fica como se fossem dois investimentos.
03/11/2019
É possível uma criatura simular que abandonou o trotskismo mas não é possível tirar o trotskismo dentro dela
«O liberalismo é maravilhoso. Jura baixar os impostos aos ricos, financiar a saúde privada, pagar os colégios, multiplicar os rendimentos, distribuir rios de leite e mel e satisfazer toda a gente. Isto só tem um problema: é que já vimos todas estas promessas, são quase todas feitas com o dinheiro público, e o resultado foi sempre feio.»Escreveu no caderno de Economia do semanário de reverência, na sua coluna da 5.ª página (a coluna chama-se «Estado da Noção», mas seria mais adequado chamar-lhe simplesmente 5.ª coluna), o professor Louçã, tele-evangelista, trotskista na clandestinidade travestido de democrata, fundador e dirigente da Liga Comunista Internacionalista - IV Internacional, fundador, dirigente e ideólogo do Bloco de Esquerda (um sortido variado de leninistas, trotskistas, estalinistas e maoistas, muitos deles transmutados no radicalismo chic), especialista no entrismo e actual dignitário do regime com cargos no Conselho de Estado e no Conselho Consultivo do Banco de Portugal.
Em 1983, na conferência do partido Conservador, Margaret Thatcher, respondeu por antecipação:
«The state has no source of money, other than the money people earn themselves. If the state wishes to spend more it can only do so by borrowing your savings, or by taxing you more. And it’s no good thinking that someone else will pay. That someone else is you.
There is no such thing as public money. There is only taxpayers’ money.»
De boas intenções está o inferno cheio (53) – A religião é a política por outros meios? (XXIII)
O Sínodo da Amazónia e a conservação do planeta
«O Sínodo da Amazónia que, segundo o Papa Francisco, na semana passada escutou o «clamor dos pobres», teve objetivamente quatro resultados:
1. Legitimou a 'Teologia Indigenista', novo nome da 'Teologia da Libertação', uma criação soviética, para instrumentalizar a Igreja Católica na divulgação do marxismo-leninismo na América Latina, no âmbito da Guerra-Fria, criticada pelo Papa João Paulo II;
2. Legitimou a 'ideologia de género' e a agenda dos teólogos alemães · (como o cardeal Kasper da 'gloriosa faculdade teológica de Tübingen') a favor da ordenação de mulheres como diáconos, sustentando- se que «é urgente que a Igreja promova e confira na Amazónia ministérios para homens e mulheres de maneira equitativa» e o reconhecimento de padres casados.
3. Legitimou a apostasia do reconhecimento do animismo índio (a «irmã Natureza» como lhe . chamou o Papa) como compatível com o Evangelho, esquecendo a doutrina dos missionários e apostando na criação de um novo 'rito amazónico', que «reflita a espiritualidade, as culturas e as necessidades únicas dos fiéis daquela região», numa nova cisão com o 'rito latino'; e
4. Legitimou um discurso de autodeterminação e independência das tribos indígenas (um total de apenas 230 mil almas, num universo de 25 milhões de habitantes nos nove Estados da Amazónia) reavivando a nossa memória da traição dos Jesuítas, expulsos de Portugal pelo Marquês de Pombal, por defenderam a Independência de Mato-Grosso, na Amazónia, apropriando-se das suas riquezas naturais e por ameaçarem a unidade política do Brasil.
02/11/2019
Mitos (297) - Diferenças salariais entre homens e mulheres (8) - Os socialistas, além das conhecidas dificuldades com a tabuada, também têm dificuldades com a causalidade
Outros mitos: (1), (2), (3), (4), (5), (6) e (7)
Jornal Económico |
Devem serem condições para pertencer a um governo socialista não saber fazer contas e não saber pensar. A Sr.ª secretária de Estado ainda não percebeu que as mulheres têm pensões inferiores não porque tenha sido discriminadas - não nenhuma distinção de sexo no cálculo das pensões -, mas porque contribuíram para Segurança Social menos anos e/ou descontaram sobre salários mais baixos. E não, também existe há muitos anos nenhuma distinção salarial entre homens e mulheres para o mesmo trabalho.
De resto, o Código do Trabalho (por exemplos os artigo 24.º Direito à igualdade no acesso a emprego e no trabalho 25.º Proibição de discriminação) tem princípios que há décadas fazem parte da legislação laboral e das convenções internacionais.
Como está abundantemente demonstrados nos posts anteriores a desigualdade existente nos salários é residual e irrelevante. A desigualdade não é no salários mas acesso a certas profissões ou funções, consequência de mais de uma centena de milhar de anos de divisão do trabalho por sexos que a evolução tecnológica está a tornar cada vez mais obsoleta e desaparecerá sem a engenharia social baseada em ejaculações legislativas.
01/11/2019
DIÁRIO DE BORDO: Pensamento do dia - o propósito de estudar economia é evitar ser enganado pelos economistas
«The purpose of studying economics is not to acquire a set of ready-made answers to economic questions, but to learn how to avoid being deceived by economists.»
Joan Robinson
Joan Robinson (1903-1983), foi uma reputada economista keynesiana, especialista em concorrência - inventou o conceito de monopsónio, o "monopólio" do comprador. De inspiração marxista e acentuadas simpatias maoistas, escreveu «The Cultural Revolution in China» onde justificou com grande complacência as atrocidades do Partido Comunista Chinês. Apesar disso, numa inesperada epifania produziu o pensamento citado que considero um conselho muito útil para proteger os neurónios dos cidadãos dos eflúvios doutrinários da Mouse School of Economics.
Declaração de interesse: acidentalmente e contrariado, concluí há décadas uma licenciatura em Economia; contudo, como Bill Clinton em relação aos charros, que disse ter fumado e não inalado, estranhei e não entranhei. Dito de outro modo, só comecei a entender o básico de uma economia quando desaprendi quase todo o pouco que havia aprendido de Economia.
Joan Robinson
Joan Robinson (1903-1983), foi uma reputada economista keynesiana, especialista em concorrência - inventou o conceito de monopsónio, o "monopólio" do comprador. De inspiração marxista e acentuadas simpatias maoistas, escreveu «The Cultural Revolution in China» onde justificou com grande complacência as atrocidades do Partido Comunista Chinês. Apesar disso, numa inesperada epifania produziu o pensamento citado que considero um conselho muito útil para proteger os neurónios dos cidadãos dos eflúvios doutrinários da Mouse School of Economics.
Declaração de interesse: acidentalmente e contrariado, concluí há décadas uma licenciatura em Economia; contudo, como Bill Clinton em relação aos charros, que disse ter fumado e não inalado, estranhei e não entranhei. Dito de outro modo, só comecei a entender o básico de uma economia quando desaprendi quase todo o pouco que havia aprendido de Economia.