«Onde está o celebrado território programático da convergência histórica das esquerdas?» perguntou-se Sérgio Sousa Pinto, respondendo: «A 'geringonça' apareceu para suprimir uma ilegitimidade. Suprimida a ilegitimidade, supriu-se a 'geringonça'».
Web Summit - as dormidas já ninguém nos tira
Por muito que as trombetas da imprensa amiga soprem (quase todos os jornais com excepção do SOL se auto-excitaram com a coisa), o certo é que é essencialmente um evento turístico que dá muito jeito para fazer entrar uns cobres e, vá lá, um palco para as nossas elites merdosas exibirem o seu provincianismo cosmopolita convencidas da sua notoriedade global. Vem a propósito dizer que os mídia internacionais, com poucas e secundárias excepções se borrifaram para o evento: sem querer fazer passar um indicador como facto estabelecido, o certo é que a pesquisa no Google «web summit lisbon site:.com» na secção notícias no último mês mostra 152 referências.
E, claro, também dá jeito para o Paddy facturar uns euros na venda das camisolas fabricadas pela empresa da sua mulher. Sendo inquestionável que faz entrar uns cobres a estimativa entre os 111 e os 176 milhões é pura fantasia porque, em vez de medir o impacto marginal das estadias dos participantes que representam cerca de 70% das receitas, medem o valor bruto, como se sem Web Summit, os hotéis, os restaurantes e os transportes ficassem vazios.
O PS como barriga de aluguer de causas fracturantes
Para além dos múltiplos efeitos habituais nocivos da governação socialista, em consequência da dependência de Costa do suporte do BE a identidade do género e as outras obsessões do berloquismo entraram pela porta da frente na agenda do governo anterior. Suprimida a geringonça, essas causas começaram a entrar pela porta dos fundos, como a eutanásia que não fazia parte do programa do governo e agora vai ser objecto de uma iniciativa legislativa do grupo parlamentar do PS, segundo o Expresso.
O estado do Estado Sucial administrado pelos socialistas
O caso da adjudicação do negócio de 70 milhões da recolha do lixo sem concurso público e em exclusivo à Mota-Engil (um antigo pouso para Jorge Coelho, o estradista emérito do PS e o do «quem se mete com o PS leva»), negócio cuja legalidade a PGR questionou a semana passada, é apenas mais um exemplo do princípio do L'État c'est nous que inspira o PS.
Não obstante os 40 mil novos funcionários públicos que o governo anterior de Costa injectou no Estado Sucial e o número de alunos no ensino básico e secundários estar a diminuir todos os anos, ainda faltam trabalhadores nas escolas, segundo a versão de comunistas e berloquistas que o governo não deixará de atender reforçando a clientela do Partido do Estado.
Depois de 45 anos de governação socialista nas suas diferentes encarnações (soviética no PREC, seguida da socialista, alternando a versão PS-D com a versão PS), não espanta que as forças armadas estejam cada vez mais parecidas com a tropa de uma república das bananas: o número de oficiais e sargentos já ultrapassa o dos soldados.
Mestres do ilusionismo
Se dúvidas houvesse sobre a genuinidade do socialismo pedronunista ficariam esclarecidas observando a gestão do ministério das Infraestruturas, por exemplo a sua intervenção numa CP com uma dívida gigantesca e capitais próprios negativos e, portanto, tecnicamente falida, intervenção que consistirá na assinatura de um «contrato de serviço público que corta dívida em mais de metade» na versão do Público. Como num passe da mágica pedronunista, a dívida da CP emagrece para metade. Não perguntem quanto vai custar aos contribuintes o passe de mágica do putativo sucessor de Costa.
Noutro passe de mágica pedronunista, o ministro foi a Elvas na segunda-feira celebrar a terceira cerimónia do lançamento da «maior obra ferroviária dos últimos 100 anos», obra tão grande que ainda nem começou. No lugar do Dr. Costa, nomeava já Pedro Nunes Santos ministro da Propaganda em acumulação com as infraestruturas.
Pedro Nunes Santos está bem acompanhado, por outro mestre na arte do ilusionismo. O Conselho Orçamental Europeu veio agora apontar o dedo à Comissão Europeia por não ter marcado falta ao Ronaldo das Finanças pelas suas fintas às regras orçamentais.
“Em defesa do SNS, sempre”
No Hospital Garcia de Orta «utentes denunciam encerramento da urgência pediátrica», no hospital Santa Maria médicos pedem escusas de responsabilidades na urgência. São sinais do desvelo do governo de Costa pelo SNS. Não é surpreendente, o que seria surpreendente, se não fosse conhecido o oportunismo e o duplo critério endémico na esquerdalhada, é o silêncio desta perante situações que noutras circunstâncias os levaram a rasgar as vestes e a arrancar os cabelos.
O Estado sucial é um caloteiro
Não obstante as promessas do governo de Costa de acabar com os pagamentos em atraso, no final de Setembro estavam em dívida aos fornecedores do ministério da Saúde 1,2 mil milhões de euros dos quais 900 milhões às farmacêuticas.
Cuidando da freguesia eleitoral
A ministra da Modernização do Estado, uma espécie de cuidadadora do funcionário público, disse ao Público que os seus pupilos faltam muito mas não sabe quanto é o muito porque o governo não divulga os números. Seja como for, ainda que não sabendo o tamanho do problema já tem uma solução que é pagar um bónus para os funcionários públicos trabalharem.
As dívidas não são para se pagar, foi isto que ele aprendeu
Uma vez mais, a dívida pública aumentou em Setembro para 252,3 mil milhões de euros.
Ainda não é o mafarrico, mas já se sente o cheiro das brasas
No terceiro trimestre as importações de bens aumentaram 6,3% e as exportações 1,2% .
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| Jornal Eco |
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