31/03/2024
How the Radical Left Conquered Almost Everything for a Time (X)
30/03/2024
Flórida versus Nova Iorque - os resultados da governação da direita pragmática versus a governação woke
«Os habitantes da Flórida vivem mais do que no estado de Nova York, onde o orçamento é quase duas vezes maior. Do jardim de infância ao ensino médio, Nova York gasta mais do que o dobro da Flórida para educar cada aluno, mas os alunos do oitavo ano em ambos os estados mostram o mesmo desempenho em testes padronizados, e a Flórida alcança taxas mais altas de conclusão do ensino médio, particularmente para estudantes negros e hispânicos. A Flórida está a construir casas mais rapidamente e, juntamente com habitação económica, tem uma taxa mais alta de propriedade de casa e uma menor incidência de sem abrigo do que Nova York. Com 3,1% em dezembro, a taxa de desemprego é um terço menor na Flórida.
A Flórida tem seus deméritos relativos, incluindo mais pessoas sem seguro de saúde e uma taxa maior de homicídios. Mas pelos seus serviços o Estado não cobra imposto de renda aos cidadãos, enquanto Nova York impõe algumas das taxas mais altas do país. Os impostos sobre as empresas também são mais baixos na Flórida. No geral, os americanos estão concluindo que o saldo favorece a Flórida: a sua população cresceu mais 365.000 no ano passado, enquanto a de Nova York encolheu em 102.000, continuando uma tendência de quatro anos.»
29/03/2024
O bem-estar do Portugal dos Pequeninos segundo o Dr. Centeno é um pouco diferente do bem-estar segundo outras fontes
Fonte |
Apesar de uma situação medíocre em termos do HDI, vejamos se os portugueses estão satisfeitos com a sua infelicidade, como nos garante a ópera bufa «Le jour et la nuit» de Charles Lecocq: «Les portugais sont toujours gais / Qu'il fasse beau, qu'il fasse lais, / Au mois de décembre ou de mai, Les portugais sont toujours gais!»
Fonte |
28/03/2024
TIROU-ME AS PALAVRAS DE BOCA: A propósito da eleição do presidente da AR
«(...) poderes revolucionários – que querem derrubar a ordem estabelecida – e ao facto de não aceitarem compromissos a não ser como pausa numa estratégia inexorável.
Esse tipo de poderes pode negociar, mas não com a mesma lógica dos outros, pois não aceitam nunca as regras do jogo.
Como escreveu Cooper, “os que não compreendem este risco caem numa armadilha, como Neville Chamberlain”, o primeiro-ministro britânico que assinou o Acordo de Munique, e a quem logo a seguir e com presciência Churchill disse que “entre a desonra e a guerra, escolheste a desonra e terás a guerra”.
Esta minha reflexão não estava a ser feita a pensar na cena internacional, mas na mais prosaica relação entre o PSD e o CHEGA. (...)
O CHEGA é o que no sistema político internacional se chamaria uma potência desafiante ou ascendente. Está na fase inicial de um processo em que chegou agora a uma encruzilhada.
Ninguém pode - sem especulação excessiva e por isso sem rigor – antecipar a estrada que Ventura vai seguir. Talvez nem ele saiba ainda.
Por isso a solução para o PSD é aguardar até saber qual a estrada em que entrou e se já chegou a um ponto de não retorno. Até lá uma verdadeira negociação é um risco de se repetir Chamberlain.
Mas é preciso que Ventura saiba que quando e se passar a ser claro que o CHEGA aceita a ordem estabelecida, será possível um processo de negociação. Chama-se a isto gerar um sistema de incentivos.
E, por isso também, deve ficar claro que o PSD não escolherá a desonra para evitar uma guerra e que só pode alcançar uma boa paz quem estiver disposto a fazer uma boa guerra. E isso também é um sistema, aqui de incentivos negativos.»
José Miguel Júdice (no Expresso) de quem me afastam as escolhas políticas e me merecem consideração a lucidez, a honestidade intelectual e a independência
27/03/2024
Lost in translation (370) - Tal pai, tal filha ou, mais exactamente, a filha que vai além do pai
«Um Governo, quando chega, herda dossiers. Este Governo vai herdar uma reforma quase pronta da administração pública para a fortalecer enquanto nós herdamos bancos por resolver.»
postulou na SIC Notícias a ministra da Presidência Dr.ª Mariana Vieira da Silva.
Submeti ao ChatGPT a declaração da Dr.ª Mariana, pedi para produzir um comentário em português corrente e na volta recebi o seguinte resposta:
É verdade que um governo quando chega, herda dossiers.
O governo do PSD-CDS herdou a bancarrota que o Eng. Sócrates lhe deixou, os bancos falidos, economia em recessão, as contas públicas arruinadas e 727.701 utentes da vaca marsupial pública.
O primeiro governo a que Dr.ª Mariana pertenceu herdou uma saída limpa do resgate, a economia a crescer, as contas públicas num estado que o chefe da Drª. Mariana veio mais tarde a baptizar de "contas certas" e apenas 659.138 utentes da vaca marsupial pública, ou seja menos quase setenta mil, aos quais os governos a que Dr.ª Mariana pertenceu acrescentaram quase 90 mil (745.582 em Junho de 2023 a que se juntaram mais uns milhares desde então).
26/03/2024
Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (110b)
Antes que o apagador do PS oblitere o passado, recordemos que decorridos mais de quatro anos da nacionalização, a facturação da EFACEC caiu de 430 milhões para menos de 100 milhões, foram torrados mais de 300 milhões e o total de perdas do Estado e dos outros accionistas atingirá 513 milhões. O fundo Mutares ficou com o mono com um capital de 300 milhões onde entrou com apenas 15 milhões de capital e 60 milhões de garantias bancária. Cinco meses depois, a Mutares continua a purgar o elefante branco na esperança de um dia o tornar rentável.
O Dr. Costa e os seus três ministros do SNS têm sido os melhores amigos dos “privados” (conclusão)
Sem a insubstituível ajuda da Dr.ª Temido (a que cantava A Internacional para relaxar) e do Dr. Pizarro (cuja esposa era bastonária da Ordem dos Nutricionistas e foi de seguida nomeada para o Instituto Ricardo Jorge, ambos tutelados pelo esposo, e ele era sócio-gerente de uma empresa de consultoria na área de saúde), jamais os “privados” teriam conseguido em tão pouco tempo o que não conseguiram nas décadas anteriores.
«Em defesa do SNS, sempre» / «O SNS é um tesouro»
Uma das acções da Dr.ª Temido, que muito ajudou os “privados”, foi terminar a PPP do Hospital Beatriz Ângelo em Loures que ainda um destes dias estava com tempos de espera para os doentes urgentes de mais de 17 horas, com 55 pessoas em espera. (fonte)
Mais duas grandes realizações do Dr. Costa: o saldo da balança de serviços e a chuva em Janeiro
Não se imagine que o Dr. Costa não fez nada. Ainda a semana passada os jornais amigos enalteceram o saldo positivo da balança de serviços que atingiu em Janeiro 1,4 mil milhões de euros, graças ao turismo. Esses mesmos jornais, não enalteceram injustamente a precipitação de Janeiro (19mm) que aliviou a seca. No entanto, quer o comportamento do turismo, quer a meteorologia, tiveram importantes contributos do governo do Dr. Costa.
Melhorando o “índice de bem-estar” do Dr. Centeno
No semanário anterior salientámos a criação pelo BdP do Dr. Centeno do “índice de bem-estar”, para o qual a consideração do consumo, do tempo de lazer e a desigualdade fez Portugal subir quatro lugares no ranking do PIB per capita de 20.º para 16.º. O aumento homólogo de 9,5% em Janeiro do crédito ao consumo é mais um contributo para a subida no ranking. Se calculado antes do resgate, este índice do Dr. Centeno teria feito a felicidade do Eng. Sócrates.
Choque da realidade com a Boa Nova
Há um ano fiz um ponto de situação do resultado dos programas de Renda Acessível do Dr. Pedro Nuno 771-contratos-771 contratos, ou seja, 0,084% dos 921 mil arrendamentos em Portugal. A Dr. Marina Gonçalves que sucedeu ao Dr. Pedro Nuno, agora entronizado líder do PS, também inventou mais o programa Arrendar para Subarrendar que em Julho tinha como objectivo 320 casas. O resultado foi mais um falhanço em toda a linha descrito em pormenor pelo Jornal Eco,
«Pagar a dívida é ideia de criança»
O endividamento da economia (dívida total do Estado, das empresas e das famílias) registou em Janeiro um aumento homólogo de quase 10 mil milhões de euros, dos quais cerca de 70% do sector público.
25/03/2024
Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (110a)
São muitos os tiros e escolho apenas dois relacionados com os resultados das eleições legislativas no círculo Fora da Europa. As dezenas de milhares de votos que emigraram do PS directamente para o Chega e, em especial, a “expulsão” do Dr. Santos Silva, o que gostava de malhar na direita, precisamente por um deputado do Chega, partido a que ele dedicou nos últimos anos o melhor do seu talento para denegrir.
Pro memoria. Quem disse que os governos do Dr. Costa não fizeram reformas?
Na Torre do Tombo do (Im)pertinências pode desenterrar-se a Lista parcial das iniciativas legislativas das primeiras 5 semanas da legislatura. É impressionante!
E ainda que não tivesse feito reformas criou muito reformados potenciais
Obra socialista, um pequeno apanhado em duas áreas
mais liberdade |
Na extorsão fiscal aos trabalhadores (por definição beneficiários privilegiados do desvelo socialista) o gráfica fala por si.
Na área social socorro-me deste inventário:
1. existem 2 milhões de portugueses no limiar da pobreza;
2. um em cada 10 trabalhadores em Portugal é pobre;
3. as pessoas em situação de sem-abrigo aumentaram 78% em quatro anos;
4. dois em cada 10 jovens vivem em situação de pobreza;
5. os baixos salários afastaram ¼ dos jovens do país;
6. 30% dos jovens entre os 15 e os 39 anos já deixaram o país;
7. a taxa de desemprego aumentou para 6,5%;
8. a taxa de desemprego jovem situou-se em 20,3% em 2023;
9. a intervenção precoce na infância chega tarde e não responde às necessidades de cada criança;
10. a prestação social para a inclusão, em alguns casos, não chega sequer para pagar uma semana de terapias de uma criança;
11. com tanto investimento, com pleno emprego, o número de desempregados com deficiência manteve-se.
A gestão socialista transforma qualquer actividade lucrativa num elefante branco (conclusão)
Tudo isto já se sabia. E agora sabe-se que o maior desastre foi com a internacionalização do jogo no Brasil que é mais um caso da atracção socialista por afundar dinheiro nas terras de Vera Cruz, desastre que se segue a vários outros, como a compra pela TAP da Varig Manutenção e a troca da Vivo pela Oi feita por uma joint venture do PS do Eng. Sócrates com o GES do Dr. Salgado.
«A educação é a nossa paixão»
No final do 2.º período ainda há alunos sem aulas e quase quatro mil professores sem a habilitação necessária (fonte).
24/03/2024
DIÁRIO DE BORDO: Pensamento do dia para a transição dos bons tempos que estão a terminar para os tempos difíceis que se avizinham
«Tempos difíceis criam homens fortes. Homens fortes criam bons tempos. Bons tempos criam homens fracos. E os homens fracos criam tempos difíceis.»
«Those Who Remain», G. Michael Hopf, autor, veterano do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA
23/03/2024
Pobrezinhos e bem agradecidos
Estudo da Ipsos para Euronews mostra que os portugueses são os que mais aprovam a adesão à UE. E para as europeias de junho mantém-se a tendência destas legislativas.
Uma esmagadora maioria de portugueses (82%) considera que a adesão à União Europeia foi uma decisão boa e apenas 4% dizem que foi má. (Fonte)
Um desafio para as bazófias anti-europeístas: um difícil equilibrismo entre rosnar para gaúdio dos fiéis sem morder a mão que os portugueses esperam que continue a entregar fundos para torrar no Portugal dos Pequeninos.
22/03/2024
Até para o Czar Putin é demasiado
21/03/2024
In the contest of mental decay Mr. Trump tenaciously pursues Sleepy Joe
As is well known, Mr. Trump's devotees are tenaciously trying to inventory supposed evidence of Mr. Biden's mental decline. It seems to me a public service for which American voters should thank these devotees, and I regret that their talent is not equally applied to the supposed evidence of their devotee's mental decay.
Fortunately, Forbes magazine has been filling this gap by publishing the «Biden-Trump Gaffe Tracker», from which I quote the most recent entries below.
«Trump (March 16): At a rally in Dayton, Ohio, Trump again mistakenly referred to former President Barack Obama, this time possibly confusing himself with Obama, though it remains unclear what he might have meant: “Joe Biden won against Barack Hussein Obama, has anyone ever heard of him?” Trump asked the crowd, before adding, “every swing state, Biden beat Obama but in every other state, he got killed.”
Trump (March 9): At a speech in Rome, Georgia, Trump claimed “the polls are rigged” while discussing his appeal to suburban housewives, before abruptly backtracking and saying “disregard that last statement, I love the polls so much.”
Biden (State of the Union speech, March 7): the president misidentified Laken Riley, the student murdered on the University of Georgia campus, calling her “Lanken,” while holding up a pin with her name on it.
Biden (State of the Union speech, March 7): the president briefly said the 2021 Capitol riot took place on July 6, before correcting himself and saying “January 6.”
Biden (State of the Union speech, March 7): after speaking about capping prescription drug prices, Biden made an off-the-cuff remark and invited Congress to fly with him and see lower prices for their medications in “Toronto, Berlin, Moscow—I mean, excuse me—well, even Moscow, probably.”
Trump (March 2): Trump seemed to confuse former President Barack Obama with President Joe Biden—alleging during a rally in Virginia Putin has “so little respect for Obama that he’s starting to throw around the nuclear word,” marking at least the eighth time in recent months it’s happened.»
20/03/2024
Não sei se o Chega vai ou não desaparecer como o PRD... ou como a APU
Também escrevi que o Chega, como qualquer outro partido, poderá desaparecer quando as suas causas se esvaziarem. Quando? Não sabemos, mas se o que se está a passar com o poder local for um indicativo não precisaremos de esperar décadas. Nas eleições autárquicas de 2021 o Chega elegeu 19 vereadores dos quais já perdeu metade e 173 deputados municipais dos quais perdeu dezenas, segundo as contas do JN.
Também não devemos esquecer que a APU, coligação do PCP com o MDP/CDE, obteve 18% dos votos dos descontentes nas eleições de 1983 elegendo 40 deputados. Nas eleições seguintes a CDU caiu para 12,4% e 31, nas eleições de 1995 obteve 8,6% e 15, em 2002 6,9% e 12, resultados que com algumas oscilações foi mantendo até que nas duas últimas obteve 4,3% e 6 (em 2022), 3,3% e 4 (em 2024).
A história não se repete, dizem uns, ou repete-se passando de tragédia a farsa, dizem outros, e o Chega nada tem a ver com as coligações do PCP, dirão os simpatizantes do Chega e os comunistas concordarão. Ainda assim, uma observação clínica leva a concluir que têm em comum serem partidos que vivem do descontentamento e propõem soluções salvíficas inconciliáveis entre si e geralmente inaceitáveis pelas maiorias de eleitores, excepto em situações de rupturas sociais extremas. Soluções salvíficas inspiradas no pensamento milagroso (mais uma característica comum com a extrema-esquerda) que as torna quase sempre inviáveis, como por exemplo que seria possível financiar o aumento das pensões com 80 mil milhões de euros obtidos da economia "paralela" (o autor do estudo da FEP que estimou esse número considera que em termos práticos não seria possível aumentar a receita fiscal em mais de 2 mil milhões por ano).
Escrito isto, deveria ser evidente que não se podem desprezar ou mesmo minimizar o milhão de votos do Chega, a maioria deles provenientes de outros partidos, incluindo um número significativo do PCP, do mesmo modo que não se deviam ignorar o milhão de 1983 da APU ou os actuais 675 mil de 2024 da extrema esquerda. É menos evidente se as diferenças ideológicas, programáticas e de estilo permitirão um governo viável com a participação do aparelho do Chega, sendo certo que sempre serão possíveis entendimentos sobre acções ou medidas concretas. Escrevi "aparelho do Chega" porque uma coisa são os eleitores e outra o partido que não é proprietário dos seus eleitores, coisa que os dirigentes do Chega já perceberam que se aplica aos outros partidos mas ainda não entenderam que também se aplica a eles próprios.
19/03/2024
Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (109b)
«Em defesa do SNS, sempre» / «O SNS é um tesouro»
O Estado sucial administrado pelos apparatchiks socialistas deve ser uma das poucas organizações em todo o mundo que quanto mais recursos tem mais carências apresenta e pior funciona. Os técnicos do PlanAPP (don’t ask) do ministério da Saúde concluiu que o SNS que em 13 anos passou de 122 mil para 152 mil profissionais ainda precisará de mais 29 mil.
Deve ser um pouco humilhante para a máquina de agitprop socialista ver interrompidos os anúncios os amanhãs que cantam e ser confrontada todos os anos com gráficos, como o abaixo, que mostram os portugueses cada ano a caírem mais nos ranking do PIB per capita, do crescimento e dos salários.
mais liberdade |
E daí justificar-se plenamente, aproveitando o Dr. Centeno, agora liberto das cativações e em esforço promocional, encontrar um indicador alternativo que mostre como os portugueses afinal são felizes e vivem bem. E daí resultou o trabalho «Bem-estar e PIB per capita em Portugal face à UE», publicado no Boletim do BdP, concluindo que usando o “índice de bem-estar”, onde se considera além do PIB per capita, o consumo, o tempo de lazer e a desigualdade, Portugal sobe quatro lugares no ranking de 20.º para 16.º. Com uma semana de três dias e mais facilidades no crédito ao consumo o Portugal do Dr. Centeno poderá aspirar a subir mais uns lugares. |
18/03/2024
Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (109a)
A esquerda tinha 130 deputados agora reduzidos a 91, a que se poderão somar talvez 1 ou 2 do estrangeiro que ainda faltam apurar. São menos 39 deputados ou menos 43%. Quando o número de eleitores aumentou 14%, o PS perdeu 480 mil votos ou 22% e 40 deputados, caindo de uma maioria absoluta de 117 para 77 apenas dois anos depois. O PCP perdeu 34 mil votos e dois deputados e o BE manteve o número de deputados aumentando 34 mil votos. O Livre que se converteu em centro-esquerda lá escapou ao temporal com quatro deputados e 200 mil votos. A isto os optimistas costumam chamar desastre e os pessimistas catástrofe.
A esquerdalhada já conhece o programa e a composição do governo AD
Ainda não se tem a certeza de quem será o novo governo, muito menos se conhece o seu programa e composição e já o PAN informa o Dr. Marcelo que não aprovará «um programa que põe em causa» os direitos das mulheres, o PCP anuncia, com o peso da sua representatividade agónica, que apresentará uma moção de rejeição, no que foi secundado pela Dr.ª Mortágua (a neta da sua avó) que garantiu que o Berloque de Esquerda não viabilizará o executivo.
O PS é como aquela prostituta velha…
Segundo as conclusões de uma sondagem à boca das urnas, o PS, que continua o partido mais votado entre os reformados, foi apenas o terceiro no escalão etário 18-34 anos com pouco mais votos do que a IL. Muito passado, pouco presente e não se sabe se tem futuro.
A máquina de propaganda do PS continua a girar até ao último suspiro
Três dias antes das eleições o governo publicou um “projecto de portaria” anunciado em vários jornais com títulos fabricados no mesmo local. Exemplo do Público (ou Avante! do grupo Sonae): «Governo decide aumentos de 7,89% para 104 mil trabalhadores do privado» (outro exemplo do Eco).
Não é extraordinário um governo tão amigo dos trabalhadores que anuncia com antecedência que obrigará os seus patrões a aumentá-los vários pontos percentuais acima da inflação, se o governo seguinte aprovar a portaria cujo projecto o governo actual divulgou? É tão mais extraordinário que por trás desta linguagem cabalística está o expediente das chamadas «portarias de extensão» pelo qual, como expliquei a propósito do expediente de 2023, os contratos colectivos negociados pelos sindicatos (controlados pelo PCP) que representam 10% dos trabalhadores têm influenciado 90% dos contratos de trabalho, em empresas e sectores sem condições para pagarem a bitola das maiores empresas e continuarem competitivas. A salva de notícias, que o ano passado foi bem mais vasta. este ano perdeu-se no meio da campanha e dos resultados.
O desaforo do Dr. Costa não conhece limites
As «legislaturas devem-se cumprir» prescreveu o Dr. Costa que tem no seu activo três governos em oito anos e uma demissão a pretexto do seu chefe de gabinete guardar uns dinheiros no armário.
17/03/2024
Não sei se o Chega vai ou não desaparecer como o PRD. Sei, contudo, a razão por que resistirá mais do que o PRD
A propósito deste comentário de João Miguel Tavares no Público, que atribui a suposta resiliência futura do Chega à distribuição relativamente homogénea do seu eleitorado, ao contrário do PRD e na verdade diferentemente de todos os outros partidos, com a possível excepção do PS, eu diria que falta explicar a que se deve essa homogeneidade, que a meu ver se deve ao que há dias escrevi para um grupo de amigos.
Os votos do Chega são os votos do ressabiamento de ressentidos com o Estado sucial, por muitas e variadas razões, a maior parte compreensíveis.
Algumas delas são generalizadas (uma descrença na democracia, como o pior dos regimes, com excepção de todos os outros, como disse Churchill, ou a rejeição das ideologias de identidade do género, etc.) e outras domésticas (como o novo situacionismo do PS e as suas consequências).
Assim se compreende que o Chega tenha tido 21% em Beja (concelho historicamente comunista), 17,5% em Valpaços (um dos 3 ou 4 concelhos mais pobres de Portugal) e 11,6% em Oeiras (concelho com maior percentagem de licenciados e a segunda média de rendimentos), ou seja, resultados não muito diferentes porque o Chega é um partido catch-all e onde não há ressentidos pela pobreza e por abandono capturam os ressentidos ideológicos.
E por falar em não desaparecer acrescento que o Chega irá desaparecer um dia, não como o PRD, nem a um prazo tão curto, mas porque todos os partidos um dia desaparecem quando desaparecem as causas que os justificam.
16/03/2024
Imigração. A maneira mais barata de aprender é com os erros dos outros
A Suécia foi durante décadas um país de baixa violência. considerado dos mais seguros em todo o mundo, com uma política de imigração aberta e quase irrestrita, sobretudo para refugiados políticos ou para quem se apresentasse como tal, que levou a imigração da primeira ou segunda geração a representar cerca de 20% da população residente.
Nos últimos anos a violência tem vindo a aumentar e o número de mortos por arma de fogo é actualmente 0,6 por 100 mil habitantes, o terceiro índice mais elevado da Europa, o triplo dos Países Baixos, da Itália e da Croácia e quatro a cinco vezes o índice da Suíça, Áustria, Irlanda do Norte, Espanha e Eslovénia. A maior parte dessas mortes violentas na Suécia está associada a rivalidade entre gangues, na sua maioria compostos por imigrantes, a maior parte muito jovem.
Esses são os factos pelos quais, como seria de esperar, a direita que está no governo atribui a responsabilidade aos sociais-democratas que governaram entre 2014 e 2022, e a esquerda atribui a responsabilidade aos apoios insuficientes e às falhas na integração dos imigrantes das políticas da direita.
Lá, como cá, a ideologia escamoteia a natureza e dimensão dos problemas que a imigração coloca e as soluções variam entre as políticas de portas abertas e as políticas de portas fechadas. As primeiras inspiradas numa mistura de pensamento milagroso com o secreto desígnio de subverter a "ordem estabelecida" e as segundas inspiradas no preconceito e no menos secreto desígnio de manter a "pureza da raça", desígnio que no caso sueco faz pouco sentido e no caso do Portugal dos Pequeninos, provavelmente o maior caldo étnico da Europa, é apenas ridículo. E estamos nisto.
[Reflexões avulsas a propósito desta peça jornalística]
Se os factos contradizem a opinião ou a doutrina, resta mudar a opinião ou a doutrina
Henrique Raposo (HR) e Pedro Tadeu (PT) têm em comum dizerem-se jornalistas, apesar de escreverem ambos comentário político, e abominarem o Chega. Quanto ao resto, parecem diferentes em quase tudo, o primeiro escreve no Expresso e assume-se de direita e o segundo escreve no Diário de Notícias e assume-se de esquerda (aparentemente PCP).
Entre as muitas coisas em que ambos não concordam uma delas é que HR atribui uma parte significativa do crescimento do partido do Dr. Ventura ao «povo (que) deu a sua força ao PCP e agora está a alimentar o Chega». Respondendo à pergunta retórica «O Chega veio substituir o PCP?» que faz no título da sua peça no DN, PT discorda liminarmente e mostra, baseado nos números de eleitores de ambos os partidos nos distritos de Lisboa, Setúbal, Évora e Beja, que representam no conjunto mais de metade dos votos do PCP, serem os ganhos do Chega muitíssimo superiores às perdas do PCP e, portanto, a tese de HR não tem pernas para andar.
Moral da estória:
(1) O facto de se estar geralmente errado não significa que não se possa estar certo;
(2) O facto de se estar geralmente certo não significa que não se possa estar errado;
(2) Não fazendo sentido mudar os factos (a não ser para os adeptos da doutrina da pós-verdade e dos factos alternativos), resta mudar a opinião ou a doutrina.
15/03/2024
A ciência de causas ambientalistas e os montados
Acendeu-se-me o desconfiómetro no hipocampo por que algures no córtex ou no subcórtex algo me dizia que os montados de sobreiros e azinheiras não estavam ameaçados e, a ser assim, esta coisa de exigir garantias bancárias e o triplo da área de compensação seria um completo absurdo. Como a minha ciência neste domínio é praticamente inexistente e me lembrava vagamente de ter lido algo sobre este tema, fui procurar.
Fui procurar e encontrei o post Factos e mitos sobre florestas em Portugal de Henrique Pereira dos Santos, que sabe certamente mais do tema a dormir do que este vosso escriba acordado, post para o qual remeto e do qual extraí o gráfico acima que, só por si, ilustra o estado em que se encontra a ciência de causas ambientalistas aninhada no colo do governo socialista e, suspeito, no colo dos governos do PS-D.
14/03/2024
Mitos (334) - Diferenças salariais entre homens e mulheres (14) - Os efeitos delirantes do mito na mente dos crentes
«O indicador mede a diferença entre os rendimentos horários brutos médios dos trabalhadores remunerados do sexo masculino e dos trabalhadores remunerados do sexo feminino como percentagem dos rendimentos horários brutos médios dos trabalhadores remunerados do sexo masculino. O indicador foi definido como não ajustado, porque dá uma imagem global das desigualdades de género em termos de remuneração e mede um conceito que é mais amplo do que o conceito de salário igual para trabalho igual.»
13/03/2024
SERVIÇO PÚBLICO: Uma obra de demolição de alguns dos mitos mais populares no Portugal dos Pequeninos (6)
Continuação de (1), (2), (3), (4) e (5)
12/03/2024
Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (108b)
Num país que representa menos de 1% da emissões de dióxido de carbono da Óropa e menos de 0,1% das emissões mundiais, o PS, com a ajuda do PS-D, plantou torres eólicas e painéis solares por todo o lado para produzir uma das electricidades mais caras da Óropa que exporta electricidade a custo zero nos dias de sol e/ou de vento.
Para os inimigos nada, para amigos altera-se a lei…
Estar reformado e receber como se estivesse no activo deve criar grande júbilo no beneficiário. É o caso dos juízes e por isso esse estado se chama jubilação. O caso da Drª Van Dunem, ministra da Justiça do Dr. Costa que foi empossada no Supremo Tribunal ainda no governo e quando saiu deste em 2022 pediu a jubilação, é de júbilo extremo porque o governo alterou a lei para que a Dr.ª Van Dunem, que não preenchia as condições para ser jubilada, pudesse usufruir plenamente do estado jubiloso. (ver os detalhes aqui)
O Dr. Costa com obra feita… pelo Dr. Basílio
O sucessor Dr. Pedro Nuno foi exibir-se no que supostamente era uma obra que o Dr. Costa não teria tido tempo de inaugurar – o novo Hospital de Sintra. Afinal, a obra não era do governo, que até se recusou financiá-la, era da câmara de Sintra que aprovou um voto de repúdio à mentira do Dr. Costa.
O Dr. Medina com obra feita… graças à inflação
O Dr. Costa e o Dr. Medina, seu putativo e frustrado sucessor, enfeitaram-se com a redução do rácio de endividamento para menos de 100% do PIB. Como se tem vindo a referir este vosso Semanário de Bordo da Nau Catrineta, essa redução ficou a dever-se em parte significativa à inflação que aumenta o denominador do rácio (o PIB nominal) e não tem efeitos a curto prazo sobre o numerador (a dívida pública). Segundo as contas do Jornal Eco «a inflação foi responsável por até 81% da redução da queda do nível de endividamento do Estado no ano passado». Se isto não é significativo, o que será significativo?
«Em defesa do SNS, sempre» / «O SNS é um tesouro» / O SNS é «a joia da coroa de qualquer socialista»
Com grande gáudio o ministério da Saúde, isto é o ministério do SNS, anunciou que 2.860 médicos especialistas (cerca de 24% ) aderiram ao regime de dedicação plena. Essa percentagem é consideravelmente inferior na região de Lisboa. (fonte)
Suspeito que a maioria desses médicos não tinham ocupação nos “privados”, ou seja, já estavam em dedicação plena e agora ficam na mesma e com o novo estatuto têm um aumento de 25%.
Investimento público, a autoestrada mexicana do PS. Mais do mesmo
mais liberdade |
Se executar menos de três quartos do investimento orçamentado é um escândalo, o maior escândalo são os cortes terem sido selectivos, não em função das prioridades, mas em função do seu volume financeiro. É por isso que as taxas de execução de 43% na saúde e 28% na educação explicam grande parte da execução de 74%. Porque eram áreas críticas, o governo anunciou aumentos significativos no orçamento de 2023 sabendo que não iria executá-los. Uma vez mais, o expediente do costume. |
11/03/2024
Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (108a)
Neste momento em que escrevo o resultado das eleições está ainda em aberto. A única coisa certa é o princípio do fim do Semanário de Bordo da Nau Catrineta que continuará apenas até à posse de um novo governo. E a seguir? A seguir talvez uma nova série de posts com o mesmo propósito de esgaravatar a governação, série que provisoriamente é baptizada de Semanário de Irreverência, numa espécie de homenagem ao Expresso, que de vez em quando se auto-intitula semanário de referência e é um jornal bom no género mau (o género do jornalismo de causas e do jornalismo amigo que faz recados) ou, se preferirem, um jornal mau no género bom (o género do jornalismo profissional, rigoroso e independente).
O Portugal socialista dos Pequeninos no topo do mundo dos que menos crescem. Agora é oficial. Vem no semanário de reverência
Dos 24 anos de 1999 a 2023 o PS governou 17 anos e, por via da bancarrota de 2011 e do programa de resgate que negociou, condicionou decisivamente a governação dos anos de 2011 a 2014. Podemos assim dizer que colocar Portugal na linha da frente dos países que menos cresceram neste século na companhia de estados falhados e de estados ricos que já cresceram o que tinham a crescer no passado, é uma obra que o PS pode, sem exagero, chamar sua.
Expresso |
As consequências inesperadas do socialismo. (I) Em vez de reduzir a desigualdade e “acabar” com os pobres, o socialismo aumenta a desigualdade e a pobreza
Expresso |
As consequências inesperadas do socialismo. (II) A facilitação escolar inutiliza o elevador social
Os resultados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento do INE vêm confirmar o que já se sabia, a escolaridade dos pais é um factor decisivo no risco de pobreza dos filhos, de onde facilitar a vida escolar dos país dificulta a vida dos filhos.
Em má companhia
Se no caso do crescimento o PS colocou Portugal em boas e más companhias, no caso do imposto sobre os lucros (entre nós o IRC) o PS colocou-nos quase só com as más companhias dos países que no passado se chamavam de Terceiro Mundo e agora se chamam de países em vias de desenvolvimento.
10/03/2024
A poucas horas de votar só sei em quem não votarei
O contexto é o que é. Um país envelhecido abandonado por jovens inconformados, crescentemente populado por pensionistas e conformistas, que gostam de socialismo, apreciam ou pelo convivem bem com o Estado sucial, gostariam de ter sol na eira e chuva no nabal, não apreciam a liberdade, o mercado e a concorrência.
No contexto que é o que é, as campanhas eleitorais são que são: exercícios em que se fala de tudo menos do que é importante, em que se anunciam benesses que consistem na melhor hipótese em extrair dinheiro de Bruxelas, isto é, dos contribuintes europeus, ou tirar dos bolsos de uns contribuintes domésticos para dar a outros, ou em que se excitam as mentes frágeis e se insultam as outras com exercícios de demagogia, como reduzir impostos sem saber onde se corta a despesa pública ou se anunciam crescimentos miraculosos como se o governo só por si fizesse crescer alguma coisa para além da despesa e da dívida pública, e se ignoram as reformas que poderiam introduzir dinamismo na economia, aumentar a produtividade e os salários, por esta ordem.
Não se ficam a conhecer as políticas públicas propostas pelos partidos para reformar o sistema de ensino (o elevador social que está parado no rés-do-chão), recuperar o sistema de saúde do estado comatoso em que se encontra, aliviar o Estado sucial da manada de elefantes brancos das EP, assegurar a sustentabilidade do sistema de segurança social, dotar o país de Forças Armadas capazes de garantir a soberania, que são algumas das políticas públicas cuidadosamente silenciadas, a que se acrescenta uma política para uma imigração necessária, com efeitos positivos e inevitáveis efeitos negativos, despachada com os dois tipos chavões do costume, nos casos em que não foi silenciada.
Dito isto, é claro que não votarei no novo situacionismo, nem nas novas e nas velhas demagogias, nem nos inimigos de sempre da liberdade.
09/03/2024
A engenharia social de braço dado com o agitprop no Novo Império do Meio, uma espécie de "1984" em 2024
08/03/2024
How the Radical Left Conquered Almost Everything for a Time (IX)
07/03/2024
Dúvidas (369) - Para o pessoal político a presunção não deve ser de inocência, deve ser de culpa?
Alguns dirão que este é um argumento populista. Eu diria que temos de mudar o paradigma dos políticos. A política deve ser uma missão e não um emprego. E para serem políticos têm de ter currículo, provas dadas na vida privada, emprego, serem empresários, professores e, em geral, uma profissão conhecida e reconhecida fora da política.
(...) isto dito, teriam todos que apresentar a demissão dos seus lugares políticos, independentemente da detenção ou não. Responsabilização política…»
Diogo Horta Osório no Jornal Económico
A dúvida no título não é retórica, porque a inversão do ónus da prova, ainda que inicialmente circunscrita aos políticos, poderia ter consequências perversas e perigosas. Também não parece ser essa a ideia do autor que põe a tónica na responsabilidade política. Ainda assim, há o risco da multiplicação das acusações infundadas como instrumento da luta política só para introduzir entropia no sistema.
Put yourself in someone's shoes
06/03/2024
No Portugal dos Pequeninos o "socialismo" trabalhista britânico seria de direita conservadora
«Eis o nosso compromisso para os jovens. Nós valorizamos-vos. Vocês são importantes. Vamos investir e ajudar-vos a construir um futuro melhor com todas as oportunidades e escolhas que isso acarreta.
Mas, em troca dessas novas oportunidades, vocês terão a responsabilidade de assumir o trabalho ou formação que estão a ser oferecidos. Com um governo do Partido Trabalhista, se vocês puderem trabalhar, não é opção viverem de subsídios.»
Alguém imagina a Dr.ª Mendes Godinho a falar assim para os jovens? Não, de todo. O segundo parágrafo seria assim: «... vocês terão a possibilidade de ter a formação e com um governo do Partido Socialista poderão contar com ajudas até à idade da reforma».