Liz Kendall do Partido Trabalhista (partido com o qual os socialistas domésticos costumam identificar-se), a ministra-sombra do Trabalho (grosso modo a equivalente à Dr.ª Mendes Godinho na oposição) falando sobre os 851.000 jovens sem emprego, educação ou formação (os nem-nem) que representam 12% todos os jovens de 16 a 24 anos, disse:
«Eis o nosso compromisso para os jovens. Nós valorizamos-vos. Vocês são importantes. Vamos investir e ajudar-vos a construir um futuro melhor com todas as oportunidades e escolhas que isso acarreta.
Mas, em troca dessas novas oportunidades, vocês terão a responsabilidade de assumir o trabalho ou formação que estão a ser oferecidos. Com um governo do Partido Trabalhista, se vocês puderem trabalhar, não é opção viverem de subsídios.»
Alguém imagina a Dr.ª Mendes Godinho a falar assim para os jovens? Não, de todo. O segundo parágrafo seria assim: «... vocês terão a possibilidade de ter a formação e com um governo do Partido Socialista poderão contar com ajudas até à idade da reforma».
O que conta não é discurso político, mas sim a prática. E, na prática, o Partido "Trabalhista" tem aumentado a parasitagem no RU tanto como ou ainda mais do que o PS em Portugal. Há pelo menos duas razões para a vermelha Kendall ter afirmado o que afirmou:
ResponderEliminar1. A despesa do Reino Unido com a concessão de benefícios sociais tem aumentado desde pelo menos 1948, o que tornou a subsidiodependência no RU um tema mais impopular do que a subsidiodependência em Portugal:
https://www.statista.com/statistics/283954/benefit-expenditure-in-the-uk/
https://www.statista.com/statistics/1107124/uk-number-of-people-on-universal-credit/
Com efeito, no RU há agora 9,9 milhões de pessoas a receber pelo menos um tipo de apoio social do Estado, excluindo os pensionistas, sendo que 9,3 milhões dessas pessoas estão em idade activa:
https://www.gov.uk/government/statistics/dwp-benefits-statistics-february-2024/dwp-benefits-statistics-february-2024
2. Face a este aumento da despesa com o Estado Social, o governo "conservador" britânico tem adoptado um discurso cada vez mais antagónico em relação àqueles que não contribuem. Já aqui em Portugal, nem mesmo a "extrema-direita" do Ventura se atreve a pôr em causa os "direitos" dos dependentes. Pelo contrário, o Chega até quer que os reformados que nunca descontaram tenham direito a uma pensão equivalente ao salário mínimo. Por conseguinte, os socialistas "tugas" não têm qualquer necessidade de condenar os mamões.
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Já agora, quero aproveitar a ocasião para dar os meus sinceros parabéns ao (Im)Pertinente pela desistência da corrupta Nikky Haley. Esta vitória também é sua! Viva Donald Trump! :)