O contexto é o que é. Um país envelhecido abandonado por jovens inconformados, crescentemente populado por pensionistas e conformistas, que gostam de socialismo, apreciam ou pelo convivem bem com o Estado sucial, gostariam de ter sol na eira e chuva no nabal, não apreciam a liberdade, o mercado e a concorrência.
No contexto que é o que é, as campanhas eleitorais são que são: exercícios em que se fala de tudo menos do que é importante, em que se anunciam benesses que consistem na melhor hipótese em extrair dinheiro de Bruxelas, isto é, dos contribuintes europeus, ou tirar dos bolsos de uns contribuintes domésticos para dar a outros, ou em que se excitam as mentes frágeis e se insultam as outras com exercícios de demagogia, como reduzir impostos sem saber onde se corta a despesa pública ou se anunciam crescimentos miraculosos como se o governo só por si fizesse crescer alguma coisa para além da despesa e da dívida pública, e se ignoram as reformas que poderiam introduzir dinamismo na economia, aumentar a produtividade e os salários, por esta ordem.
Não se ficam a conhecer as políticas públicas propostas pelos partidos para reformar o sistema de ensino (o elevador social que está parado no rés-do-chão), recuperar o sistema de saúde do estado comatoso em que se encontra, aliviar o Estado sucial da manada de elefantes brancos das EP, assegurar a sustentabilidade do sistema de segurança social, dotar o país de Forças Armadas capazes de garantir a soberania, que são algumas das políticas públicas cuidadosamente silenciadas, a que se acrescenta uma política para uma imigração necessária, com efeitos positivos e inevitáveis efeitos negativos, despachada com os dois tipos chavões do costume, nos casos em que não foi silenciada.
Dito isto, é claro que não votarei no novo situacionismo, nem nas novas e nas velhas demagogias, nem nos inimigos de sempre da liberdade.
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