31/01/2021

ACREDITE SE QUISER: S. Exª. e o Dr. Costa "em total união" elogiam as Forças Armadas

Numa peça com o título «Marcelo, “em total união” com Costa, elogia Forças Armadas: "Um exemplo único de antecipação e eficácia”» da lavra da jornalista Ângela Silva, uma espécie de porta-voz autorizado de S. Ex.ª, escreve-se
O primeiro acto público do Presidente reeleito foi ao lado do primeiro-ministro, "em total união" pelo combate à pandemia. Marcelo e Costa visitaram o Hospital das Forças Armadas e desdobraram-se em elogios ao papel das tropas. "Um exemplo único de antecipação e eficácia", sublinhou o PR<
Num país derrotado em toda a linha no combate à pandemia, pergunto-me o que fizeram as FA «cujo papel (S. Ex.ª) classificou de "extraordinário"»? Viverá esta gente numa quinta-dimensão na companhia de jornalistas avençados por diversas causas e opinion dealers? Haverá salvação para um povo acagaçado pelo vírus e pastoreado por gente deste calibre?

A eutanásia como alternativa à morte por falha do SNS

Diário de Notícias

«Quando nos perguntarem no mundo “o que é que faziam os deputados em Portugal enquanto morriam mais de 200/dia, galgando Portugal para os primeiros lugares mundiais da Covid”, responderemos, agoniados e embaraçados, com o facto que envergonha e indigna: “O que faziam? Votavam a eutanásia.»
José Ribeiro e Castro

29/01/2021

O Estado sucial governado por socialistas é um pântano onde prospera a corrupção

Corruption Perceptions Index

No ranking do Corruption Perceptions Index (CPI) da Transparency International, Portugal foi o 32.º país (score 6,1) em 2008, o 35.º em 2009 (score 5,8), o 32.º (score 6,0) em 2010, o 32.º em 2011 (score 6,1), o 33.º em 2012 (score 6,3) e 2013 (score 62), o 31.º em 2014 (score 63), o 28.º em 2015 (score 64), o 29.º em 2016 (score 62), o 29.º em 2017 (score 63), o 30.º em 2018 (score 64) e 2019 (score 62) e o 33.º em 2020 (score 61). [em 2013 a escala do score passou de 0-10 para 0-100]

Repare-se como o Dr. Costa chegou a S. Bento em 28.º e só precisou de 5 anos para descer 5 lugares. Só uma criatura distraída poderia ficar surpreendida pelo aumento da percepção da corrupção mesmo só vendo a ponta do icebergue que o controlo dos mídia pelo PS e os seus aliados não consegue controlar. Nepotismo, compadrio, nomeações para entidades judiciais, técnicas ou de fiscalização baseadas em critérios familiares e/ou partidários, contaminação dos negócios pela política e vice versa, adjudicações directas com critérios opacos, etc., um grande etc. 

Dirão que existe corrupção qualquer que seja o partido do governo. É verdade, porque faz parte da cultura colectivista do Portugal dos Pequeninos, mas é igualmente verdade que quando o PS volta ao governo potencia a captura do Estado desde sempre ocupado por apparatchiks que nunca de lá saíram.

Já escrevi por várias vezes que a corrupção é grave não apenas por razões morais e éticas, o que só por si a tornaria suficientemente condenável, mas ainda porque distorce a racionalidade das escolhas económicas, que passam a ser feitas, não com base dos benefícios líquidos, empresariais ou públicos, esperados, mas pelo interesse de pessoas ou grupos sem legitimidade para intervir nessas escolhas. 

28/01/2021

ARTIGO DEFUNTO: Manaus na Amadora

Recordam-se da falta de oxigénio num hospital de Manaus, uma prefeitura do Estado da Amazonas no Brasil, um escândalo mediático à pala da qual jornalistas de causas e opinion dealers se babaram de indignação em telejornais e em páginas de jornais?

A notícia deu dezenas de peças nos mídia portugueses e teve títulos como:

Da amostra destaco a última peça que alude à ajuda do chávismo que governa um país onde falta tudo desde a comida até ao petróleo (maiores reservas mundiais), passando pela água (rio Orinoco, o quarto maior caudal do mundo). 

Uma semana depois, no hospital Amadora-Sintra deu-se «um colapso na rede de oxigénio», imediatamente reduzido pela administração do hospital a um soporífero «conjunto de constrangimentos na rede de fornecimento de oxigénio medicinal», que obrigou à transferência de dezenas de doentes para outros hospitais.

Se esse colapso ou conjunto de constrangimentos tivesse ocorrido durante a vigência da parceria-público privada com o grupo Mello, cuja gestão fez do hospital um case study com indicadores de qualidade e de custos muito melhores do que os dos hospitais de gestão pública, teríamos certamente ondas de indignação contra os "privados", como tivemos ondas de celebração quando foi cancelado o contrato de PPP. Em vez de ondas de indignação com alusões ao Dr. Costa e à Dr.ª Temido, tivemos notícias inócuas e tranquilizadoras, tais como:

27/01/2021

Lost in translation (348) - Fiscalização? Neste país isso não se usa

«Perante o resultado das eleições, António Costa pede a Marcelo "profícua cooperação institucional", o que é um pedido incompreensível. Na CRP, a figura de PR serve para fiscalizar o governo, não serve para cooperar com o governo. Mas, pronto, a minha ideia de António Costa é que teve sorte, não me parece ser particularmente inteligente, mas também não é burro o suficiente para não aproveitar a sorte que tem. Para além disso, em terra de cegos, quem tem um olho é rei, e os outros políticos são bastante medíocres

Concordo com Rita Carreira quando escreve que o Dr. Costa teve sorte, não é burro o suficiente e tem um olho em terra de cegos. Não concordo com o PR servir para fiscalizar o governo.

Rita Carreira está há demasiado tempo nos EUA e por isso já esqueceu que no Portugal dos Pequeninos não se usam os checks and balances. Não é que não existam esses mecanismos constitucionais. Existir, existem, mas no caso dos PR o que se pratica é a cooperação institucional que pode assumir duas formas consoante PR e PM estejam ou não momentaneamente alinhados por uma convergência de interesses (e não necessariamente por serem do mesmo partido).

Se alinhados, a cooperação institucional consiste em o PR levar ao colo o PM. Caso contrário, a cooperação institucional consiste em o PR conspirar por todos os meios ao seu alcance - incluindo presidências abertas, instituição que deve ser única no mundo - até estarem reunidas as condições para a queda do PM (por exemplo, um líder do seu partido apto a vencer as eleições seguintes) ou até ao final do mandato, whichever is the earlier.

26/01/2021

DEIXAR DE DAR GRAXA PARA MUDAR DE VIDA: Portugueses no topo do mundo (33) - Graças ao governo em geral, ao seu chefe Dr. Costa, à Dr.ª Temido e à Dr.ª Graça, somos os melhores dos melhores

Outros portugueses no topo do mundo.

Observador

Garantir que somos os melhores dos melhores, como S. Ex.ª garantiu, ou mesmo citar estrangeiros inominados que lhe teriam dito ao ouvido estarmos perante um «milagre português», são opiniões, próprias ou alheias. Liderar o ranking mundial é um facto indesmentível e coloca-nos, outra vez, no topo do mundo.

DIÁRIO DE BORDO: Senhor, concedei-nos a graça de não termos outros cinco anos de TV Marcelo (111) - O Senhor não me escutou

Outras preces

Como dizem os polígrafos, contra factos não há argumentos: vamos ter de aguentar a criatura mais cinco anos. Suspeito, porém, que os próximos vão ser diferentes dos últimos. S. Ex.ª já conseguiu ser reeleito com os votos comprados ao PS ao preço de servir de muleta ao Dr. Costa durante todo o mandato e a partir de agora não tem desculpas nem para ele próprio.

Contudo, não se esperem milagres porque há sempre um limite e neste caso o tecto é baixo: a pusilanimidade de S. Ex.ª e a sua dependência absoluta de ser popular. Resta-lhe a sua comprovada malícia e talento para a intriga, domínios onde talvez leve a melhor ao Dr. Costa, e que podem ser muito úteis para a política de salão mas só servem de embaraço num país cada vez mais envelhecido, habitado por um povo com uma cultura colectivista e de submissão, irrecuperavelmente descapitalizado e endividado, com uma produtividade de terceiro mundo, elites merdosas e um Estado capturado por novos situacionistas que sugam cada cêntimo à classe média a quem chamam os "ricos" e aos países da Óropa a quem chamam "frugais".

25/01/2021

DIÁRIO DE BORDO: Afinal sempre há mais liberais do que linces da Serra da Malcata


Já tinha sido surpreendido por ter sido criado um partido liberal que num passado não muito longínquo era considerado pelos autoproclamados liberais um artefacto pouco compatível com o liberalismo.

Agora foi outra surpresa para mim, que pensava serem os simpatizantes do liberalismo mais raros do que linces da serra da Malcata, neste pais colectivista, onde 60% dos cidadãos não se dão ao cuidado de votar, existirem pelo menos 132.873 almas parecendo não ser devotos do Estado sucial.

Crónica da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa (69) - Em tempo de vírus (XLVI)

Avarias da geringonça e do país seguidas de asfixias

O país onde a oposição mais activa é feita por um palhaço profissional

Ocorreu-me esta conclusão ao ver o último «Isto é Gozar com Quem Trabalha». Não escrevo palhaço com um insulto, que de resto não é. É o próprio RAP que se classifica como palhaço e é certo que consegue ser nos seus melhores momentos um palhaço competente. 

O vírus que talvez tenha tido a sorte de encontrar pela frente um governo incapaz

Diz-se que o SARS-Cov 2 se riu quando soube que uma deputada do partido governante do país com a média semanal actual mais alta da Europa de novos casos e de mortes por Covid disse há uns meses atrás «o vírus teve talvez o azar de encontrar pela frente um povo experimentado e um governo capaz».

O problema do Portugal sucialista é ainda existirem “privados”

E enquanto existirem "privados" é preciso fazer-lhe a vida miserável e aos seus clientes. Por exemplo, proibindo os supermercados de venderem vários produtos como livros, roupa e brinquedos, a pretexto de estar encerrado o respectivo comércio a retalho. Ou, por exemplo, proibir as escolas privadas de usarem o ensino online a pretexto das escolas públicas não o fazerem (porque os portáteis que o Dr. Costa se comprometeu a disponibilizar não deram à costa).

Felizmente para o mundo, a Morgan Stanley - um "privado" satânico por excelência segundo a vulgata esquerdista - não tem sede em Portugal. Se tivesse, não poderia ter financiado com vários mil milhões de dólares o desenvolvimento, testes e produção da vacina da Moderna.

«Estamos preparados»

O grau de preparação do governo para enfrentar a pandemia pode ser aferido pela verborreia contraditória que foi sendo produzida nos últimos 10 meses por vários irresponsáveis. Para quem quiser uma retrospectiva necessariamente parcial pode ler este post de O Insurgente com uma recolha de algumas das frases produzidas.

Nos últimos dias as páginas e os écrans do mídia foram assaltados por imagens e mensagens do caos na urgências dos hospitais, caos supostamente causado pela pandemia. José Miguel Júdice, uma das pouca luminárias com púlpito na televisão que tem tido a coragem de denunciar os erros estratégicos e a incompetência do governo a lidar com a pandemia, deu-se ao trabalho de reconstituir e recordar o caos nas urgências que no mês de Janeiro se verificou em todos os últimos seis anos de 2015 a 2019 causado pela gripe vulgar de Lineu, para concluir que o caos actual era mais do que previsível e o facto de não ter sido prevenido mostram bem a impreparação do governo.

Desde o dia 27 de Dezembro até ontem foram vacinadas em Portugal cerca de 233 mil pessoas, ao ritmo de cerca de 8 mil por dia ou seja pouco mais de um décimo dos «até 75 mil pessoas por dia» anunciados pelo coordenador da task force», o mesmo que chutou para as farmácias o falhanço da vacinação contra a gripe, farmácias que nos anos anteriores a tinham assegurado em exclusivo e sem problemas.

24/01/2021

As aparências iludem ou de como as craques da bola são mais importantes do que os misters

Os cemitérios do futebol estão cheios de treinadores geniais, como Mourinho ou Jesus, que frequentemente passam de bestiais a bestas numa época. Apesar disso, o mito do mister milagroso resiste tal como o mito dos pilotos geniais de F1 que seriam mais importantes do que tudo o resto.

Para escrutinar o mito, os estaticistas da Economist analisaram em tempos 15 anos de dados da liga inglesa e concluíram que «as chances de um treinador superdotado manter esse sucesso num novo clube são pouco melhores do que um cara ou coroa. A causa provável do “declínio” de treinadores que já foram festejados como Mourinho não é que eles perderam o controle, mas que suas vitórias iniciais foram devidas mais aos jogadores e à sorte do que à sua própria magia».

Para medir os desempenhos dos treinadores tiverem de separar os desempenhos dos jogadores, explorando o filão da série FIFA da Electronic Arts que avalia todos os anos 18.000 jogadores, com base em suas estatísticas e relatórios subjetivos de 9.000 fãs. O resultado é visível no diagrama seguinte evidenciando a maior impacto craques no sucesso das equipas.  


Separados os desempenhos dos jogadores, ressalta o declínio do sucesso dos treinadores à medida que mudam de equipa.

Em relação ao "nosso" Mourinho a conclusão não é diferente.

23/01/2021

Bons exemplos (137) - Colocar o espírito ao serviço da carne

Lichfield Cathedral onde funciona uma escola primária e independente em Staffordshire, Inglaterra, e agora usada para a administração de vacinas pelo NHS

Até ontem o Reino Unido vacinou quase 5,4 milhões de pessoas numa população residente de cerca de 68 milhões o que equivaleria a vacinar em Portugal cerca de 800 mil pessoas. 

O que seria se os britânicos tivessem o Dr. Marcelo no lugar de Elisabeth II, o Dr. Costa no lugar de BoJo, o SNS em vez do NHS e fossem os melhores entre os melhores como os portugueses? 

Desde que a vacinação começou no dia 27 de Dezembro e até ontem foram vacinadas em Portugal com a primeira dose menos de 190 mil pessoas ao ritmo vertiginoso de menos de 8 mil por dia o que compara com «os até 75 mil pessoas por dia anunciados pelo coordenador da task force».

ARTIGO DEFUNTO: Contando estórias sobre o fecho da central de carvão de Sines

Um dia destes o Jornal Eco noticiou o fecho da central a carvão de Sines numa peça com o título «O adeus a uma das centrais a carvão mais poluentes da Europa». Lá pelo meio da peça, que era uma espécie de entrevista a um funcionário pré-reformado da EDP, escrevia-se «a central a carvão da EDP também há de ser lembrada como a instalação com maior peso nas emissões de carbono em Portugal: em 2018, foi a 17ª central térmica a carvão e a 22ª instalação com maiores emissões de dióxido de carbono da União Europeia

Não sei se foi apenas ignorância do jornalista ou se foi uma encomenda para justificar o fecho por razões mais ou menos inconfessáveis de uma central que segundo Clemente Pedro Nunes, professor do IST e especialista em energia era «a maior e a mais eficiente da Península Ibérica».

Segundo Clemente Pedro Nunes as verdadeiras razões para fechar a central são:

«A EDP quer fechar a central de Sines porque esta tem de enfrentar as FIT concedidas pelo Governo Sócrates a 7000 MW de potências elétricas intermitentes, eólicas e fotovoltaicas, e que têm a capacidade legal de a expulsar do mercado.

Sim, a eletricidade produzida a menos de 40 euros/MWh pode ser expulsa do mercado para o consumidor ser obrigado a pagar 380 euros/MWh de eletricidade produzida através duma FIT duma central fotovoltaica!

E, sem clientes, o que pode fazer a central de Sines?

Ou para, funcionando num regime de para-arranca ruinoso, ou reduz a operação, deixando de fornecer eletricidade à rede até chegarem de novo as “horas de ponta”.

Em qualquer dos casos, o resultado é também um desastre em termos do aumento das emissões de CO2.

Até 2019, a central de Sines beneficiava dum CMEC, que é um mecanismo contratual que garante que quem dele beneficie tem sempre uma rentabilidade muito atrativa, através duma compensação no final do ano.

Assim, a EDP não estava preocupada porque tinha a certeza de que, no final do ano, iria sempre ter um lucro garantido, mesmo que a respetiva exploração tivesse pesadas perdas devido à concorrência desleal das FIT.

A partir de 2019, e já sem os CMEC, a EDP passou a perder dinheiro com a central de Sines, “massacrada” pelas FIT concedidas às potências elétricas intermitentes.

O que se devia fazer era corrigir o disparate das FIT atribuídas às potências intermitentes.

Ou seja, negociar a alteração das FIT para que estas não tenham o “poder de destruir quem produz eletricidade em regime de mercado”.

Em circunstâncias normais, seria isso que a EDP deveria ter solicitado ao Governo.

Mas como a EDP foi, desde 2005, a grande defensora das FIT atribuídas a potências elétricas intermitentes, não podia vir agora destruir a base da sua campanha mediática.»

22/01/2021

De volta à Covid-19. Colocando a ameaça em perspectiva (48) - Qual a eficácia e o fundamento científico das medidas de confinamento?

Este post faz parte da série De volta à Covid-19. Colocando a ameaça em perspectiva.

Foi publicado há duas semanas no European Journal of Clinical Investigation pela equipa do prof. Ioannidis um novo paper Assessing Mandatory Stay‐at‐Home and Business Closure Effects on the Spread of COVID‐19, sobre os efeitos da adopção do confinamento doméstico e do fecho de empresas incidindo sobre Inglaterra, França, Alemanha, Irão, Itália, Países Baixos, Espanha, Coreia do Sul, Suécia e EUA. 
 
As conclusões são sentido do efeito líquido dessas medidas mais restritivas adicionalmente às medidas menos restritivas (como no caso da Suécia e Coreia do Sul que não adoptaram o confinamento doméstico obrigatório e do fecho compulsivo de empresas) não ter sido significativo no número de casos e que, em consequência, reduções da mesma amplitude poderiam ter sido alcançadas com medidas menos restritivas.

Em Dezembro foi realizado em Barcelona um teste envolvendo cerca de mil pessoas que foram divididas em dois grupos um de 463 pessoas que assistiram a um concerto numa sala com capacidade para 1.600 pessoas, e um grupo de controlo com 496 pessoas que não entraram na sala. Ambos os grupos foram submetidos a um teste rápido. O primeiro grupo assistiu a um espectáculo de cinco horas sem distanciamento mas usando máscaras FFP2 e gel desinfetante nas mãos. Uma semana depois foi feito um segundo teste que identificou dois casos positivos no grupo de controlo e nenhum nos participantes do espectáculo.

Segundo apurou Pedro Almeida Vieira do blogue Nos cornos da covid, nos registos da Ordem dos Médicos não existe em Portugal «não há sequer UM ÚNICO médico na especialidade de electrofisiologia clínica e... de EPIDEMIOLOGIA.» De onde surgirão então luminárias que têm vindo a perorar do alto da sua sapiência?

21/01/2021

O ruído do silêncio da gente honrada no PS é ensurdecedor (193) - Da bancarrota financeira à bancarrota moral

«Olhe-se apenas para a vergonha que estamos a passar na Europa por causa do inconcebível caso José Guerra. As notícias falam por si. "Metade do Parlamento Europeu contesta nomeação de José Guerra". "No Parlamento Europeu, PPE, Liberais e Verdes acusam o governo de António Costa de tentar corromper o Estado de Direito". E há mais. Assim de repente e sem esforço de memória, aqui ficam mais alguns casos só dos últimos meses: magistrados e PJ a vigiar jornalistas, o caso SEF e a inconcebível proteção de Cabrita, o desnorte da CNE. Há mais, mas não quero deixar o leitor atordoado. E, se recuássemos até 2015, com Tancos pelo meio, os casos ocupariam uma edição inteira deste jornal. O histórico é brutal e diz-nos que a inação por compadrio e a ação por nepotismo do PS está a destruir a própria dignidade do Estado. O PS levou o Estado à bancarrota financeira. O PS, através destes sucessivos casos, está a levar o Estado à bancarrota moral.»

O PS está a destruir o Estado, Henrique Raposo no Expresso

O que seria do Dr. Ventura sem a ajuda do jornalismo de causas?

Por exemplo com a ajuda de títulos dramáticos como 


Como se o Dr. Ventura fosse uma espécie de Mao Tsé-Tung fascista a arregimentar camponeses para a Longa Marcha, quando em boa verdade a criatura pretende ampliar a sua freguesia eleitoral recrutando entre os esquecidos do Estado sucial e os desprezados pelos urbanitas e áctivistas obcecados com estúpidas causas fracturantes como a identidade do género ou a eutanásia, enquanto tentam travestir o preconceito ancestral em rácismo. Aliás ele explica isso com alguma clareza:
«À medida que aumenta o brutal ataque contra nós por um sistema que já não consegue nem sabe lidar connosco, não compreendem que o nosso exército vai aumentado dia após dia, engrossando, de comunistas a católicos, de todas as raças, etnias e religiões, que vão aumentando esta enorme massa de gente que quer mudar Portugal. Nós somos o exército popular português.»

Nem só o Estado é amigo do empreendedor (15) - A maldição do jornalismo promocional, o epílogo e a moral da estória (parte II)

Outras maldições do jornalismo promocional.

Em retrospectiva:

A Maló Clinic é um dos casos de sucesso mediático de empreendedores com amigos nos jornais, nomeadamente e não por acaso, no semanário de reverência que algum tempo antes da queda se referia, em tom encomiástico, a «Maló, o dentista global»:
«Não quis ser dentista, mas hoje orgulha-se do império criado. Aos 48 anos, Paulo Maló é dono do maior grupo dentário mundial, com clínicas nos quatros continentes»
Sete anos e quase 100 milhões de dívidas depois (mais de 3 vezes a facturação que não ultrapassa 30 milhões), o Grupo Maló Clinic foi adquirido pelo fundo Atena Equity Partners e está em Processo Especial de Revitalização a ver se lhe perdoam uma parte das dívidas.

Epílogo: «Contribuintes perdem trinta milhões com perdões à Malo Clinic»

Actualização: 

A Maló Esthetics foi mais um dos empreendimentos acarinhados pelo jornalismo promocional, neste caso abandonado à sua má sorte por Paulo Maló, o dentista global como o baptizou o Expresso no tempo em que tudo parecia correr bem. Depois de vários anos a perder dinheiro entrou agora em falência.

Moral da estória: 

O complexo político-empresarial socialista facilita com atalhos e subsidia com o dinheiro dos contribuintes, o jornalismo promocional promove e no final os sujeitos passivos voltam a financiar a «revitalização».

O caminho da servidão e da pobreza

Expresso

O gráfico acima mostra PIB per capita dividido pelo número médio de horas trabalhadas em cada país, ou seja o Produto Interno Bruto por residente no país gerado em média por hora de trabalho. É um indicador (há outros) da produtividade do trabalho e mostra bem como somos um dos seis países com menor produtividade entre os 36 membros da OCDE. Pior de tudo, temos vindo a ser ultrapassados pelos países da Europa de Leste, salvo a Hungria a Letónia, sobreviventes do colapso do comunismo, o que parece preferível a ser vítima do socialismo do Dr. Costa e dos seus antecessores. E, como se fosse pouco, as nossas liberdades estão cada vez mais ameaçadas por um Estado tentacular.

Como quase toda a gente perceberá (com excepção das luminárias lunáticas), não produzimos pouco porque os salários são baixos, os salários são baixos porque produzimos pouco.  Em consequência, a coisa não se resolve com o mantra vamos aumentar os salários.

Como chegámos aqui? Um ano de socialismo de cada vez. Como sairemos aqui? Isso é uma estória muito comprida. A engordar o Estado, a ocupá-lo com apparatchiks e a combater os "privados", a receita da esquerda, é que não vamos lá com certeza.

18/01/2021

BLOGARIDADES: A diferença entre as urgências normais e as urgências na emergência pandémica é que agora não se podem empilhar doentes nos corredores

«A fila de ambulâncias no hospital de Torre Vedras indigna muita gente, indicando que o protocolo covid impede que doentes sejam devidamente empilhados em macas nos corredores, longe da vista, no tempo em que isso não nos incomodava. Agora incomoda. Essencialmente, tal acontece porque “o dever de confinamento”, uma figura constitucional tão válida como “o princípio da equidade” não se aplica a repórteres, só a vendedores de sapatos.»

(Lido no Blasfémias, um blogue de extrema-direita, segundo o Dr. Pacheco Pereira, o intelectual oficial do socialismo)

Crónica da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa (68) - Em tempo de vírus (XLV)

Avarias da geringonça e do país seguidas de asfixias

O Portugal sucialista é um paraíso onde só há milagres

Primeiro foi o grande milagre português na guerra contra a pandemia de que falou S Ex.ª in illo tempore. O primeiro milagre acabou em catástrofe e tem sido preciso inventar uns milagres mais pequeninos tais como, para falar só da semana passada, uma inauguração de mais uma TAR pelo Dr. Fernandes, «Governo dá até 2,4 euros em janeiro para pagar conta da luz», «Abrunhosa paga mudanças a 77 famílias para o interior», e a Fonseca dá 42 milhões à Cóltura incluindo € 438,81 a cada "artista".

O problema do Portugal sucialista é que ainda existem “privados”

Como é sabido, o colapso do SNS tem origem nos "privados". Não perdem pela demora. A ministra do SNS, depois de 10 meses a recusar qualquer cooperação com os "privados", avisou «não hesitaremos em lançar mão da requisição civil». Para o caso dos "privados" não ouvirem, a candidata berloquista Dr.ª Marisa Matias, que tal como a ministra do SNS também trauteia o hino Internacional, exorta à «requisição de todos os meios disponíveis (...) Tem de ser agora e já vai tarde». Por alguma razão inexplicável, o furor contra os "privados" não abrange o seu uso através da ADSE pela freguesia eleitoral.

No Estado Sucial não há conflito de interesse. Há interesses em conflito

Para quem tivesse dúvidas sobre o mérito do nomeado pelo Dr. Costa para presidente do Tribunal de Contas, veio agora a saber-se que o Dr. José Tavares «foi uma espécie de conselheiro permanente do Governo de José Sócrates entre 2008 e 2010 para superar a recusa do visto prévio daquele tribunal a cinco contratos de subconcessões rodoviárias»

«Estamos preparados»

Já se sabia que o código para usar a app StayAway Covid foi dado a menos de 3% dos infectados e destes apenas um quarto o introduziu na app. Sabe-se agora que 60% dos que instalaram a app já a desinstalaram e que em 87% dos casos não é conhecida a origem da infecção.

Dos inúmeros hospitais de campanha anunciados (centenas de notícias só nos meses de Março e Abril) fala-se agora apenas do hospital de campanha do Estádio Universitário que está fechado por falta de médicos e enfermeiros. Falta de médicos e enfermeiros? Então o governo não ia contratar mais 4.200 profissionais de saúde e médicos reformados, apesar de haver 515 médicos por 100 mil habitantes, o terceiro maior índice na UE que tem uma média de apenas 378, 716 enfermeiros por 100 mil habitantes em que estamos em 16.º lugar e estaríamos muito melhor se os enfermeiros não emigrassem aos magotes.

17/01/2021

Dúvidas (298) - Alguém pode explicar porquê o SARS-Cov-2 só infecta os "géneros" azul e cor-de-rosa?

Fonte: DGS

Confesso que não tinha pensado nisso até receber hoje uma mensagem a perguntar porquê só dois "géneros" estão a ser infectados. Sim, porquê dos 112 "géneros" identificados (até hoje) só figuram nas estatísticas de infectados da DGS os géneros azul e cor-de-rosa?

Trocando o radicalismo pela diversidade, diversidade que talvez esteja a tornar-se uma ideia conservadora

«Putting diversity ahead of ideology has interesting consequences for a centrist like Mr Biden. Take the nomination of Lloyd Austin, a retired general and board member of Raytheon. Ordinarily you might have expected a backlash from the party’s left wing, which does not much like the revolving door between the federal government and large defence contractors, and worries about keeping civil-military relations tilted towards the civil end of the hyphen. Yet because Mr Austin is African-American, and will be the first black person to hold this job in American history, the criticism from the Democratic left was muted.

Because the Democratic Party places so much value on diversity, being non-white and/or female can work as a kind of ideological body armour that saves the wearer from friendly fire. This in turn means that the incoming president has been able to pick a team that is more centrist than would otherwise be the case. It helps that African-Americans, to whom Mr Biden owed his victory in the primary, tend to be a moderating force in the party, anchoring Democrats in the ideological centre now in the way that organised labour once did.

Conservatives looking at the process might lament the outbreak of woke, diverse nonsense as an organising principle of the incoming administration, but might also be pleasantly surprised that there are no Democratic socialists anywhere near the levers of executive power. Yet those two things are closely related.

This might be pushing the argument too far, but I sometimes wonder whether diversity, a notion conservatives are meant to loathe, is on its way to becoming a conservative idea. Pretty much all of America’s large companies have embraced it as a core principle in their hiring and promoting, suggesting it is hardly a radical notion. In politics, conservatives have often been concerned with the problem of how to establish order. When a country is as diverse as America, it is hard to see how government retains the consent of the governed, a necessary ingredient in that order, if it looks completely different from the country it is governing. In a place as diverse as America, a diverse government ought to be a stabilising, moderating force.»

John Prideaux, US editor da Economist na newsletter Checks and Balance: A cabinet that looks like America

16/01/2021

TIROU-ME AS PALAVRAS DA BOTAS: O radicalismo dos putos mimados ou o esquerdismo infantil ao colo do esquerdismo senil

 «Há um outro aspecto que contribuí decisivamente para este radicalismo: a tentativa de uma revolução social promovida por miúdos mimados pela abundância com uma ambição desmedida de impor novos valores e de mudar a sociedade cortando com o passado.

Ao contrário do habitual, este não é uma revolução organizada, nem passa pelas armas ou por assassinatos. Já não é a violência das FP25 nem os atentados sangrentos que ocorriam em toda a Europa. Os adeptos das revoluções sangrentas nos países desenvolvidos parecem ter percebido que não era esse o caminho para impor as suas ideias. Basta pensar que as FP-25 se integraram num partido com representação parlamentar, o Bloco de Esquerda.

As armas agora são a subversão dos costumes e o ataque a valores morais e a hábitos culturais. São o desvirtuamento da herança portuguesa e o revisionismo da história por uma “polícia” da linguagem. Mas esta tentativa de revolução continua a ter os mesmos objectivos: a luta sem tréguas contra a democracia liberal e a liberdade económica.

Esta revolução social é um perigo porque visa eliminar a economia descentralizada de mercado e colocar o Estado a controlar a sociedade, manipulando-o para enfraquecer a democracia liberal e instalar uma sociedade socialista. Os livros que a defendem não deixam dúvidas sobre as ambições de poder e sobre a intolerância, a imposição de comportamentos e as tendências totalitárias da abordagem neomarxista a que recorre.»

Os miúdos mimados pela abundância, Ricardo Pinheiro Alves no Jornal Eco

15/01/2021

Lost in translation (347) - Quando o sujeito é o governo, os verbos dar e pagar são conjugados no pretérito perfeito simples como extorquiu e esmifrou

«Governo dá até 2,4 euros em janeiro para pagar conta da luz», titula o Jornal Eco.

«Abrunhosa paga mudanças a 77 famílias para o interior», titula o Expresso, referindo-se a uma ministra semiclandestina de quem só o semanário de reverência dá conta da existência (especulo que o spin doctor da ministra tenha bons contactos com o semanário). 

Lost in translation (346) - Eles queriam significar que mais de metade dos portugueses considera que o PSD ficaria mais bem servido sob a liderança de Pedro Passos Coelho

Segundo uma sondagem do Jornal de Negócios «quase metade dos portugueses considera que o PSD ficaria mais mal servido sob a liderança de Pedro Passos Coelho».

Se a sondagem tivesse incidido sobre os jornalistas de causas que pululam na redacções, seguramente uma maioria esmagadora deles rezaria para o Dr. Rio continuar a liderar o PSD, por muitas razões entre as quais PPP ter sido o último líder de direita, chamemos-lhe assim para simplificar, a ganhar as eleições e ser um dos poucos líderes da direita, da esquerda ou do centro a quem não foram encontrados episódios obscuros.

SERVIÇO PÚBLICO: A censura pelas redes sociais a Donald Trump não é um problema de Donald Trump. É um problema do controlo da liberdade de expressão pelos tecno-magnates

A censura do bullshit de Donald Trump no Twitter, Facebook e YouTube foi acolhida com geral satisfação por banda da esquerda e o silêncio envergonhado da direita e do centro. Houve a excepção óbvia dos devotos de Trump, cultores impenitentes da doutrina Somoza, tal como quase toda a esquerda e parte da direita, que certamente aplaudiriam a censura se tivesse como alvo um dos seus ódios de estimação. Houve ainda a reacção de Angela Merkel que considerou ilegítimo entidades privadas decidirem o que deve ou não ser publicado nas redes sociais e pouco mais. 

A reacção que li até agora mais estruturada, desfulanizando a questão e colocando-a no plano legal e da regulação da publicação de informação na Web, foi a de Niall Ferguson, um historiador escocês que ensina em Harvard, Oxford e Stanford. O seu artigo The tech supremacy: Silicon Valley can no longer conceal its power na Spectator é de leitura absolutamente recomendável. Aqui vai numa tradução semiautomática.

«"Para ver o que está à frente do nariz é precisa de uma luta constante", observou George Orwell. Falava não da vida quotidiana, mas da política, onde é "muito fácil a parte ser maior do que o todo ou para dois objetos estarem no mesmo lugar simultaneamente". Os exemplos que deu no seu ensaio de 1946 incluíam o paradoxo de que "durante anos antes da guerra, quase todas as pessoas esclarecidas eram a favor de fazer frente à Alemanha: a maioria deles também era contra ter armamento suficiente para tornar tal posição eficaz".

A semana passada proporcionou uma analogia quase perfeita. Durante anos antes das eleições de 2020, quase todos os conservadores americanos eram a favor de enfrentar as grandes tecnológicas: a maioria deles também era contra a alteração das leis e regulamentos suficientes para tornar tal posição eficaz. A diferença é que, ao contrário da ameaça alemã, que era geograficamente remota, a ameaça de Silicon Valley estava literalmente à frente dos nossos narizes, dia e noite: nos nossos telemóveis, nos nossos tablets e nos nossos portáteis.

Escrevendo nesta revista há mais de três anos, alertei para um confronto entre Donald Trump e Silicon Valley. "As redes sociais ajudaram Donald Trump a tomar a Casa Branca", escrevi. Silicon Valley não vai deixar que aconteça de novo. A conclusão do meu livro The Square and the Tower foi que as novas plataformas de rede online representavam um novo tipo de poder que representava um desafio fundamental ao poder hierárquico tradicional do Estado.

Pelas plataformas de rede, refiro-me ao Facebook, Amazon, Twitter, Google e Apple, ou FATGA para abreviar — empresas que estabeleceram um domínio sobre a esfera pública não visto desde o auge da Igreja Católica pré-Reforma. As FATGA tiveram origens suficientemente humildes em garagens e dormitórios. Já em 2008, nenhuma delas poderia ser encontrada entre as maiores empresas do mundo em capitalização bolsista. Hoje, ocupam o primeiro, terceiro, quarto e quinto lugares no topo da liga , um pouco acima das suas congéneres chinesas, Tencent e Alibaba.

O que aconteceu foi que as plataformas de rede transformaram a web mundial originalmente descentralizada numa esfera pública oligárquica e hierárquica da qual ganhavam dinheiro e cujo acesso controlavam. Que as inclinações originais e superficialmente libertárias dos fundadores destas empresas se desmoronariam rapidamente sob pressão política da esquerda também era perfeitamente óbvia, se alguém se desse ao trabalho de olhar um pouco para além do seu nariz.

14/01/2021

O vento da pandemia continua a enfunar as velas do PS, mas passou de brisa forte para aragem

É claro que podemos sempre acreditar religiosamente nas sondagens ou desvalorizá-las com base numa qualquer teoria da conspiração. No entanto, porque é o único instrumento de que dispomos para avaliar as intenções de voto, a visão mais racional é o uso das sondagens à luz da dúvida cartesiana, avaliando a credibilidade de quem as encomendas e de quem as faz, a sua metodologia, a dimensão da amostra e comparando resultados com outras sondagens. 

Tudo isto para dizer que as últimas sondagens conhecidas da Intercampus para o JN e o Correio da Manhã mostram em relação a Fevereiro do ano passado alterações com algum significado, por exemplo o PS a crescer 5 pp para 38%, e foram comentadas (por exemplo aqui e aqui), fora do contexto da pandemia que em Março mudou as regras do jogo. 

Porém, quando colocamos as últimas sondagens no contexto da evolução dos últimos 12 meses, como no gráfico seguinte, as conclusões são outras.

Fonte: Marktest

As conclusões são outras e, no que respeita ao PS, são em substância as que referimos no post anterior: depois de quase ter chegado à maioria em Maio (na sondagem da Pitagórica atingiu os 44,8%) desce para os 38-39% e aí continua, diferentemente da maioria de outros partidos de governo, que melhoraram nas sondagens e os respectivos governo subiram nas taxas de aprovação. 

De onde se poderia concluir que passada a pandemia o PS poderá cair significativamente. Contudo, a incapacidade do PSD do Rui Rio de mobilizar os descontentes que à direita tem vindo a reforçar as hostes do Chega e do IL, poderá significar um prolongamento da vida do governo PS pendurado nos comunistas.

13/01/2021

Como o PSD de Rui Rio foi cúmplice das manobras do PS de Costa para dificultar as candidaturas de grupos de cidadão empobrecendo a democracia

Em complemento deste post sobre a criação de mais 600 freguesias para instalar apparatchiks, recomendo a quem, como eu, não se tenha apercebido da manobra para dificultar as candidaturas de grupos de cidadãos, a leitura deste artigo de Sofia Afonso Ferreira, do qual respigo os parágrafos seguintes: 

«Em agosto passado, PS e PSD alteraram a lei das Eleições Autárquicas dificultando a vida aos pequenos partidos, movimentos e independentes. Nas últimas eleições autárquicas, em 2017, concorreram perto de 950 grupos de cidadãos, dos quais resultaram a eleição de 17 presidentes de câmara e cerca de 400 presidentes de junta de freguesia.

As alterações prejudicam sobretudo as candidaturas independentes a Assembleias de Freguesia, ao ser exigido agora que tenham um grupo diferente daquele que o mesmo movimento propõe para a candidatura à Câmara Municipal e Assembleia Municipal. Assim como um grupo de cidadãos que apenas se candidate a uma junta de freguesia não terá direito a subvenção do Estado, uma vez que as subvenções são pagas em função do número de eleitores na Assembleia Municipal, à qual não se podem candidatar.

Outra questão é a recolha de assinaturas exigidas que é sempre proporcional ao número de eleitores inscritos. Tomando por exemplo a Câmara Municipal de Matosinhos, e tendo por referência o número de habitantes nas últimas eleições autárquicas, para concorrer são precisas quatro mil assinaturas que, se multiplicadas para as dos restantes órgãos autárquicos, poderão chegar às 15 mil. Ora, se para concorrer ao cargo de Presidente da República, a lei exige 7.500 assinaturas, por aqui se pode ver o absurdo da imposição.»

DEIXAR DE DAR GRAXA PARA MUDAR DE VIDA: Portugueses no topo do mundo (32) - O Dr. Costa e a Dr.ª Van Dunem atingem o estrelado

Outros portugueses no topo do mundo.

MEPs put pressure on Portugal over EU prosecutor pick


Leading MEPs on Monday called on the Portuguese government to provide clarity about a controversial appointment to the European Union prosecutor’s office.

The centrist Renew Europe group joined their conservative colleagues from the European People’s Party to denounce what they say was a politically motivated attempt by the Portuguese government to make José Guerra the country’s representative at the European Public Prosecutor’s Office (EPPO), set up last year to prosecute misuse of EU funds.

“We are not calling into question the qualifications of Mr. José Guerra as such,” Dacian Cioloș, the Renew Europe leader, and Dutch MEP Sophie in ‘t Veld wrote in a letter to António Costa, Portugal’s prime minister, and Charles Michel, the European Council president. “We are asking you to clarify publicly whether or not there was political interference in this appointment and furthermore that all additional information provided about this candidate was verified to be correct.”

Não é muito frequente a imprensa internacional, como agora o jornal online americano Politico na sua edição europeia, interessar-se pelas miudezas do Portugal dos Pequeninos. Devemos isso ao Dr. Costa e à Dr.ª Van Dunem e às suas trapalhadas higienizadas pelo imprensa amiga, sendo justo agradecer igualmente a Paulo Rangel e Poiares Maduro que, nas justas palavras indignadas do Dr. Costa, «lideram uma campanha internacional contra Portugal em que participa também, numa outra frente sanitária, o deputado Ricardo Baptista Leite» e por isso não perdem pela demora que o justo castigo chegará sem «a menor complacência». 

12/01/2021

O Dr. Fernandes é o ministro mais importante do governo do Dr. Costa

Matos Fernandes vai inaugurar mais uma ETAR, em Soure 

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, vai participar esta segunda-feira, dia 11 de janeiro, a partir das 11 horas, na cerimónia de inauguração da ETAR – Estação de Tratamento de Águas Residuais de Vinha da Rainha, em Soure.

Frau Merkel é uma defensora da livre expressão, mesmo quando é a expressão do Sr. Trump

DN News

Recordando: Frau Merkel, agora Mutti, a nossa Benfeitora, já foi para a esquerdalhada a Bruxa da Austeridade e o Hitler de Saias.

11/01/2021

Crónica da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa (67) - Em tempo de vírus (XLIV)

Avarias da geringonça e do país seguidas de asfixias

A família socialista é muito unida, tem boa imprensa, não tem complacência e o Dr. Costa é a encarnação de Portugal

«O Governo podia ter escolhido quem bem entendesse, resumiu o Dr. Costa referindo-se à nomeação de alguém que trabalhou com gente de confiança e tem irmãos da maior confiança, tendo todos e cada um à sua maneira dado o seu melhor no caso Freeport e noutros casos. 

Será necessário explicar que para fiscalizar o uso dos fundos é preciso alguém de confiança? (ler aqui uma tradução autorizada da proclamação do Dr. Costa). Será preciso explicar que, pretendendo ter alguém de confiança, temos de escolher antes e definir depois os critérios de escolha? Será preciso dizer que a verdade cede perante a necessidade de ter esse alguém de confiança no lugar certo e por isso estão justificadas as instruções da ministra da Justiça ao "funcionário" para aldrabar a carta para Bruxelas? Afinal qual é o problema? quando se tem um semanário de reverência que atribui ao "funcionário" a responsabilidade pelos "lapsos".

E acautelai-vos, o Dr. Costa já avisou que não terá «a menor complacência» para quem, como Paulo Rangel e Miguel Poiares Maduro, andar por aí a «fazer campanha internacional contra Portugal», isto é contra o seu governo.

O Dr. Costa vai presidir a quê?

Depois de Frau Merkel lhe passar a pasta com o Brexit resolvido, a bazuca carregada, o orçamento aprovado e as vacinas a caminho, perguntei-me na última crónica o que teria a fazer o Dr. Costa na Óropa. A resposta veio por uma fonte autorizada: o Dr. Santos Silva (que gosta de malhar na direita) explicou que irá tratar da emissão conjunta da dívida da UE. Quem mais habilitado do que o primeiro-ministro do quarto país mais endividado do mundo e líder do partido cujos governos mais contribuíram para o endividamento? 

Cuidando da freguesia eleitoral

O rendimento dos portugueses teve a maior queda na UE (13,5%). A esmagadora maioria dos portugueses são "privados", por agora pelo menos, e, não tendo de cuidar dos "privados", o governo vai tratando do utentes da vaca marsupial pública, "acelerando" os concursos para ampliar a freguesia e aumentando os seus salários.

Agora é oficial. O SNS socialista mata tanto como o SARS-Cov 2

«Na pandemia, morreram mais 13 mil pessoas do que nos últimos cinco anos. Metade foi por covid-19», escreveu o Público, um dos diários oficiais (pago pela família Azevedo, sabe-se lá porquê), esclarecendo que mais de metade do excesso de mortalidade em relação à média deu-se fora dos hospitais, et pour cause.

10/01/2021

BLOGARIDADES: A pasionaria do Rato usa “a esquerda” como um russo usa tatuagens da prisão

«Ana Gomes esteve no seu melhor desempenho de sempre, portanto de cabeça completamente perdida em deambulações nos chavões gastos de uma burguesia que usa “a esquerda” como um russo usa tatuagens da prisão.»  

(Lido no Blasfémias, um blogue de extrema-direita, segundo o Dr. Pacheco Pereira, o intelectual oficial do socialismo)

E se o vento que enfuna as velas do PS for o vento da pandemia?

Baseada na evolução das sondagens, quase toda a comentadoria doméstica vem vaticinando uma repetição da vitória socialista nas próximas eleições, o que parece plausível quando se olha para o tracking das sondagens agregadas no gráfico seguinte. 

Fonte: Marktest

A comentadoria extasia-se com a "resiliência" que o PS parece mostrar face ao desgaste que se esperaria dos impactos da pandemia e do desastre que tem sido o resultado da estratégia e das medidas adoptadas por um governo em estado avançado de decomposição. É precisamente a suposta singularidade desta "resiliência" que vou comentar, sem fazer vaticínios sobre as próximas eleições que dependerão também do que fizerem os outros actores. 

Vejamos o que se passa noutros países, começando pela Alemanha que também apresenta uma aparente singularidade: um aumento de cerca de 10 pp das intenções de voto do CDU, o partido de Merkel que lidera a coligação governante. 

Fonte: FT

Será mesmo uma singularidade a melhoria da intenção de voto no CDU e da taxa de aprovação do seu governo num contexto de pandemia? Não, não é, como se pode ver no gráfico seguinte da variação das taxas de aprovação dos governos nos 6 primeiros meses de pandemia.

Fonte:The political consequences of the Covid pandemic

Sob reserva do período mais curto, observa-se que o padrão geral são melhorias, nalguns casos significativas, de aprovação dos governos (e das intenções de voto dos respectivos partidos). Porquê? Provavelmente, arrisco concluir, porque nestas alturas de crise o eleitorado, qual rebanho, entra em pânico, induzido pelos governos e ampliado pelos mídia que exploram o filão, e vê o pastor (e os cães) com um misto de benevolência e esperança.    
 
A esta luz, o que podemos concluir em relação ao governo socialista, que na altura ainda tinha um aumento da aprovação mas nos meses seguintes se reduziu em paralelo com as intenções de voto?  No contexto da amostra de países é uma singularidade mais pela negativa do que pela positiva. Por isso, talvez possamos antecipar que quando a pandemia estiver controlada, o pânico desvanecido e os custos sociais e económicos de estratégias e medidas erradas for mais visível, o rebanho eleitoral irá cobrar a factura atrasada. No caso português suspeito que essa factura, pelo menos a parte residual que restar da curta memória do povo, vai ser dividida com o senhorio de Belém, mesmo que este no segundo mandato tente sair do comboio em andamento.

09/01/2021

O ruído do silêncio da gente honrada no PS é ensurdecedor (192) / Lost in translation (345) - Governo podia ter escolhido quem bem entendesse, disse o do Dr. Costa


«A quem compete designar o procurador na procuradoria europeia? Ao Governo. E o Governo podia ter escolhido quem bem entendesse.» perguntou e respondeu a si próprio o Dr. Costa no parlamento a propósito da nomeação do Dr. José Guerra.

Em vista das regras próprias para esta nomeação que foram ignoradas pelo governo, tive dificuldade em perceber o Dr. Costa e submeti a sua declaração ao nosso tradutor automático (um web bot de AI com machine learning baseada numa Neural Network com acesso a servidores de Big Data). Eis o resultado.

Só lembraria ao diabo nomear para uma procuradoria que tem por missão fiscalizar a aplicação dos fundos, que o governo pretender torrar como muito bem entender, uma criatura que não fosse da minha máxima confiança. Ora o Dr. Guerra começa por ser irmão de dois outros Drs. Guerra, a saber:

  • «o procurador do caso Casa Pia a quem (eu disse) que era preciso ligar com urgência a ver se se conseguia evitar a prisão iminente de Paulo Pedroso»
  • «o presidente do Instituto de Conservação da Natureza no tempo em que este torceu pareceres para viabilizar o Freeport».

Acresce que o nomeado Dr. Guerra «trabalhou no Eurojust sob a liderança de José Lopes da Mota, que por acaso integra hoje o gabinete de Francisca Van Dunem apesar de ter sido condenado a uma pena de suspensão de 30 dias por ter pressionado os procuradores do Ministério Público que estavam a investigar, olha a coincidência, o Freeport e José Sócrates»

Ora, quem mais além do Dr. José Guerra poderia ser nomeado pelo meu governo? Só se fosse algum dos seus irmãos, mas estavam já colocados em lugares da minha confiança.

Nota: suspeito que o web bot leu o artigo de José Manuel Fernandes sobre este assunto. Percebo. Afinal é um web bot de AI e pode escolher ler quem muito bem entenda.

08/01/2021

Trump põe à prova a Fé dos Seus Devotos exigindo dos Seus Teólogos uma difícil hermenêutica da Sua Palavra e dos Seus Spin Doctors uma sofisticada teoria da conspiração

Primeiro, num discurso fora da Casa Branca o Sr. Trump incitou os Seus Devotos a marcharem até o Capitólio («If you don’t fight like hell, you’re not going to have a country anymore»), dizendo que iria com eles, mas voltando para a Casa Branca quando a invasão começou.

Depois da invasão ter sido geralmente condenada, o Sr. Trump meteu o Seu Rabito entre as Suas Pernas e atraiçoou sem remissão os Seus Devotos num vídeo que publicou no Twitter onde condenou o «ataque hediondo» (heinous attack) ao Capitólio, se declarou «indignado com a violência» (outraged by the violence) e explicou que chamou as autoridades policiais para «expulsarem os intrusos» (expel the intruders).

CASE STUDY: O efeito presumível das estações na evolução da pandemia e de como esse efeito pode explicar a estória mal contada das vagas

aqui e aqui especulei sobre a possível influência das estações na transmissão desta e de outras pandemias e nos seus efeitos sobre a saúde dos infectados. 

Ocasionalmente, encontrei este vídeo de Ivor Cummins que reúne um conjunto de dados da pandemia em curso e de pandemias anteriores que vai no mesmo sentido de confirmar a influência das estações por via da temperatura, das radiações ultravioletas e da humidade características em cada uma delas.

Entre esses dados encontra-se uma referência a The transmission of Epidemic Influenza de R. Edgar Hope-Simpson e a reprodução do gráfico seguinte.

O gráfico mostra a distribuição por zonas climáticas da gripe comum no período 1964-1975 que evidencia uma elevada correlação com os referidos factores em função da época do ano, confirmando assim o que se suspeitava. Na verdade, não é nada de surpreendente e é até uma constatação trivial do quotidiano dos invernos. 

Sendo certo que os vírus da gripe comum pertencem a outra família, os coronavírus Sars-Cov e o Sars-Cov-2 causam, como a gripe comum, síndromes respiratórios e é perfeitamente plausível que a sua transmissão e os seus efeitos sobre os organismos sejam influenciada pelas condições ambientais. Se for assim, isso seria uma boa explicação para a estória das vagas, que parece uma estória muito mal contada, sobretudo com a recém-inventada 3.ª vaga que a existir equivaleria a um espécie de segundo inverno na hemisfério norte.

07/01/2021

CASE STUDY: Trumpologia (73) - Foi uma coisa comparável aos tumultos dos áctivistas do Black Lives Matter

Mais trumpologia.

ABC News

«Dictators and despots will be delighted at the scenes in the Capitol: they undermine any American effort to comment on world elections, something strongmen everywhere will be thankful for. It turns out you don’t need to launch disinformation campaigns from Russia to tamper with the results of the US election — the President can achieve this just fine on his own, as it turns out with far more menacing effect.»

Trump’s final outrage, The Spectator

Dez meses de pandemia mostram a superioridade da estratégia sueca face à portuguesa

Fontes: worldometers e Our World in Data

Do lado de Portugal: autoridades responsáveis instruindo constantemente o povo ignaro com uma DGS (médica com uma carreira sobretudo administrativa sem qualificação científica) que ora diz uma coisa, ora diz outra, máscaras obrigatórias em todo o lado, confinamento, escolas fechadas durante alguns períodos, restauração e hotéis muito condicionados, um serviço público de saúde dedicado quase em exclusivo à pandemia com marginalização dos recursos privados.

Do lado da Suécia: autoridades com uma atitude "laxista" e no equivalente à DGS um cientista (especialista em epidemiologia com reconhecimento internacional e mais de uma centena de trabalhos publicados), máscaras de uso opcional e em certos casos não permitidas, quase sem confinamento, escolas sempre abertas, restauração e hotéis sem condicionamentos, serviços de saúde público e privado em cooperação.

E qual o resultado destas duas estratégias no excesso de mortalidade em relação à média que é o que mais interessa?

Economist

O resultado final que o quadro acima mostra é, contrariamente ao propagado pelo jornalismo de causas e a comentadoria de esquerda, que cultivam o intervencionismo estatal sob qualquer pretexto, a superioridade da estratégia sueca em termos de saúde pública.

06/01/2021

Não se limpa a folha da ministra só com títulos

Primeiro a limpeza foi no título:
Expresso
Depois foi no texto:
Expresso

A fórmula é um verdadeiro achado: as instruções foram da ministra mas a responsabilidade é do apparatchik.

O Dr. Pedro Nuno Santos pode ser um zero (à esquerda) a tratar de comboios, mas é um génio dos anúncios

Uma curta selecção dos muitos pronunciamentos ferroviários do ministro e da sua equipa desde que ficou à frente dos destinos da ferrovia da Pátria em 18-02-2019. A obra é mais fácil de enumerar: compra de 51 carruagens velhas com amianto à Renfe.

23-04-2019 Ferrovia é prioridade de Lisboa e Porto para 2030

27-06-2019 Plano para a CP. Reabilitar comboios velhos, mais contratações e fusão com Emef

28-06-2019 45 milhões para recuperar 70 comboios da CP até 2022

12-12-2019 EMEF vai recuperar oito comboios para a linha de Sintra

24-07-2019 CP revela que quer começar a recuperar comboios no fim do ano em oficina de Matosinhos

24-07-2019 Pedro Nuno Santos diz que separar ferrovia e rodovia "é uma ideia para se trabalhar"

24-10-2019 CP vai recuperar comboios fora de serviço

04-11-2019 Governo quer recuperar “décadas de atraso” na ferrovia

14-11-2019 CP recicla velhas carruagens para fabricar comboio português

17-11-2019 CP quer fabricar comboio em Portugal

27-11-2019 "Precisamos de 200 a 250 comboios novos nos próximos 20 anos"

27-11-2019 CP “vai precisar de 200 a 250” comboios nos próximos 20 anos,

28-11-2019 António Costa valida a “grande CP” de Pedro Nuno Santos

12-12-2019 CP vai injetar oito comboios recuperados na linha de Sintra até ao final de 2020

13-01-2020 Pedro Nuno Santos: compra de novos comboios para a CP “não é de resolução rápida”

06-07-2020 «No último ano fez-se na ferrovia o que não se fazia há décadas»

06-07-2020 CP investe 8 milhões nas carruagens ex-Renfe

11-08-2020 CP prepara investimento de 540 milhões de euros em novos comboios

14-09-2020 Comboios comprados pela CP à Renfe foram retirados de serviço devido ao amianto

15-09-2020 Governo quer duplicar compra de novos comboios para a CP

15-09-2020 Carruagens que a CP comprou à Renfe tinham sido "retiradas de serviço devido ao amianto"

25-09-2020 CP vai lançar concurso de mil milhões de euros para comprar 129 comboios

26-09-2020 O atual volume de renovação dos comboios da CP “não tem precedentes na história da CP e da ferrovia em Portugal”

21-10-2020 CP assinou contrato para compra de 22 novos comboios por 158 ME

04-01-2021 Concurso para novos comboios vai privilegiar construção em Portugal