28/01/2021

ARTIGO DEFUNTO: Manaus na Amadora

Recordam-se da falta de oxigénio num hospital de Manaus, uma prefeitura do Estado da Amazonas no Brasil, um escândalo mediático à pala da qual jornalistas de causas e opinion dealers se babaram de indignação em telejornais e em páginas de jornais?

A notícia deu dezenas de peças nos mídia portugueses e teve títulos como:

Da amostra destaco a última peça que alude à ajuda do chávismo que governa um país onde falta tudo desde a comida até ao petróleo (maiores reservas mundiais), passando pela água (rio Orinoco, o quarto maior caudal do mundo). 

Uma semana depois, no hospital Amadora-Sintra deu-se «um colapso na rede de oxigénio», imediatamente reduzido pela administração do hospital a um soporífero «conjunto de constrangimentos na rede de fornecimento de oxigénio medicinal», que obrigou à transferência de dezenas de doentes para outros hospitais.

Se esse colapso ou conjunto de constrangimentos tivesse ocorrido durante a vigência da parceria-público privada com o grupo Mello, cuja gestão fez do hospital um case study com indicadores de qualidade e de custos muito melhores do que os dos hospitais de gestão pública, teríamos certamente ondas de indignação contra os "privados", como tivemos ondas de celebração quando foi cancelado o contrato de PPP. Em vez de ondas de indignação com alusões ao Dr. Costa e à Dr.ª Temido, tivemos notícias inócuas e tranquilizadoras, tais como:

2 comentários:

  1. Simplesmente nojento
    .
    Mas não esqueçamos : trata-se de "prostitutas" pagas a 15 milhões...

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  2. Foi por algum motivo — estúpido, claro — que se anunciou que o depósito (tanque) de oxigénio tinha sido substituído... Inté devia estar cheio da gás; foi uma trabalheira.
    Abraço.

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