31/08/2024

Ser de esquerda é... (27) - ... é acreditar em estórias da Carochinha

Diário de Notícias

«Era uma vez uma linda Carochinha que queria muito ser president@...»

Quando a Dr.ª Ana Gomes diz o que disse em entrevista ao DN, só encontro duas explicações possíveis: 

(1) A Dr.ª Ana Gomes acredita: a) que o Eng. António Picareta Falante Guterres é capaz de ter «uma conversa dura» com qualquer pessoa, nomeadamente com o presidente da única verdadeira grande potência à época; b) que esse presidente ficaria preocupado com a retirada de 300 militares portugueses (uns 6% do total) que constituíam a força portuguesa no Kosovo e c), por isso, apoiou a independência de Timor;

(2) A Dr.ª Ana Gomes não acredita nessa treta e está a tentar marcar pontos no campeonato da escolha do candidato socialista a Belém em que manifestamente está mal colocada.    

A tendência da Dr. Ana Gomes para o pensamento mágico inerente à sua condição de esquerdista leva-me a concluir que está a ser sincera (isto não é um elogio) e acredita neste conto da carochinha.

Outros "Ser de esquerda é..."

30/08/2024

ARTIGO DEFUNTO: Para o jornalismo de causas um monopólio estatal é sempre preferível a uma parceria público-privada

Está em negociação, por iniciativa da Cuf Saúde, um projecto de partilha de dados de saúde entre os operadores privados e o SNS. Como deveria ser evidente, é uma iniciativa em que todos ganham e, sobretudo, a quem recorre a qualquer desses prestadores de serviços, a quem os amantes do Estado sucial chamam "utentes".

Sem surpresa, a esquerdalhada acantonada nas redacções ao ler ou ouvir a palavra "privados" teve o habitual reflexo pavloviano e pôs-se em campo para coleccionar contra-indicações. Para citar um só exemplo que vale por todos, o do diário Público, também conhecido pelo Avante! da família Azevedo, a jornalista de serviço foi consultar o Dr. Julian Perelman, economista e professor da Escola Nacional de Saúde Pública, que exprimiu preocupação com «o projecto ficar nas mãos "de três ou quatro grandes grupos" (o que) "impede completamente outros grupos de emergir, porque eles vão ficar om uma vantagem enorme"».

Apesar de não haver razão nenhuma para o «o projecto ficar nas mãos "de três ou quatro grandes grupos", naturalmente desde que os operadores interessados estejam dispostos em investir na infraestrutura tecnológica para garantir a partilha de dados com segurança, é louvável a preocupação do Dr. Perelman com assegurar a igualdade com outros operadores, preocupação que passa ao lado da situação actual em que a quase totalidade dos dados de saúde está monopolizada por um único grande operador estatal controlado por apparatchiks e gerido com competência discutível to say the least.

29/08/2024

The Treason of the Intellectuals (4)

Continued from (1), (2) and (3)

«There is a clear line of continuity from this kind of analysis to the document found at the Schloss Hartheim asylum in 1945, which calculated that by 1951 the economic benefit of killing 70,273 mental patients— assuming an average daily outlay of 3.50 Reichsmarks and a life expectancy of ten years—would be 885,439,800 Reichsmarks. Many historians were little better, churning out tendentious historical justifications for German territorial claims in Eastern Europe that implied massive population displacement, if not genocide.

A critical factor in the decline and fall of the German universities was precisely that so many senior academics were Jews. For some, Hitler’s antisemitism was therefore—not unlike woke intersectionality in our own time—a career opportunity.

For German academics of Jewish heritage, particularly those who had married gentiles and converted to Christianity, it was disorienting. The case of Victor Klemperer, a convert to Christianity married to a gentile, is illustrative. A veteran of World War I, Klemperer was appointed Professor of Romance Languages and Literature at Dresden University of Technology in 1920. “I am nothing but a German or German European,” Klemperer wrote in his diary, one of the most illuminating testaments of the German Jewish nightmare. Throughout the 1930s, he maintained that it was the Nazis who were “un-German.” “I. . . feel shame for Germany,” he wrote after Hitler had come to power. “I have truly always felt German.” Yet the atmosphere at German universities grew steadily more toxic even for the most assimilated of Jews.

In April 1933, under the Law for the Restoration of the Professional Civil Service, all Jewish civil servants, including judges, were removed from office, followed a month later by university lecturers. Klemperer recorded his agonized reaction in his diary:

“March 10, 1933. . . . It is astounding how easily everything collapses. . . wild prohibitions and acts of violence. And with it, on streets and radio, neverending propaganda. On Saturday. . . I heard a part of Hitler’s speech in Königsberg [the East Prussian university at which Immanuel Kant had spent his life]. . . I understood only a few words. But the tone! The unctuous bawling, truly bawling. . . . How long will I retain my professorship? (…)”

Five months later, to add insult to injury, he was barred from the university library reading room “as a non-Aryan.” What followed was a kind of relentless whittling away of his rights as a citizen.

The Nazis’ antisemitism led, of course, to one of the greatest brain drains in history. Over 200 of the country’s 800 Jewish professors departed, of whom twenty were Nobel laureates. Albert Einstein had already left in 1933 in disgust at Nazi attacks on his “Jewish physics.” The exodus quickened after the pogrom known as the Night of Broken Glass in November 1938. The principal beneficiaries of the Jewish brain drain were, of course, the universities of the United States. (…)

Non-Jewish German academia did not just follow Hitler down the path to hell. It led the way. A few examples will suffice. (…)

Anyone who has a naive belief in the power of higher education to instill ethical values has not studied the history of German universities in the Third Reich. A university degree, far from inoculating Germans against Nazism, made them more likely to embrace it. The fall from grace of the German universities was personified by the readiness of Martin Heidegger, the greatest German philosopher of his generation, to jump on the Nazi bandwagon, a swastika pin in his lapel. He was a member of the Nazi Party from 1933 until 1945.

Later, after it was all over, the historian Friedrich Meinecke tried to explain “the German catastrophe” by arguing that excessive technical specialization had caused some educated Germans (not him, needless to say) to lose sight of the humanistic values of Goethe and Schiller. As a result, they had been unable to resist Hitler’s “mass Machiavellianism.” The novelist Thomas Mann—who, unlike Meinecke, chose exile over complicity—was unusual in being able to recognize even at the time that, in “Brother Hitler,” the German educated elite possessed a monstrous younger sibling, whose role was to articulate and authorize their darkest aspirations.»

Extract from The Treason of the Intellectuals, Niall Ferguson. The Free Press

(To be continued)

28/08/2024

Iniciámos um novo curto ciclo de sismorreia

Pesquisa Google

Menos de dois dias após o sismo da madrugada do dia 26 os mídia do Portugal dos Pequeninos publicaram quase 19 mil "notícias" sobre o evento, a maior parte delas misturando ignorância com pensamento mágico. Quanto aos pensamentos mágicos, os mais frequentes são: o Estado deveria resolver o problema (não é novidade, a maioria dos tugas espera que uma entidade especializada em criar problemas, os resolva); vamos fazer edifícios anti-sísmicos (como se, de repente, ao ritmo de 20 ou 30 mil edifícios construídos por ano em Portugal isso tivesse algum peso significativo nos 3,6 milhões que já existem) e, last but not least, o Estado (lá está, sempre ele) deveria criar um fundo sísmico, uma ideia recorrente há décadas de que se fala cada vez que há um abalo e que se esquece poucos dias depois.

Desta vez não foi excepção e o governo do Dr. Montenegro fez o costume e encarregou a ASF (a autoridade reguladora para os seguros e fundos de pensões) de produzir o enésimo relatório preliminar com vista à criação de um fundo sísmico, abrangendo seguradores e Estado, eventualmente usando também o mercado internacional de resseguro, tornando obrigatória a cobertura do risco sísmico por forma a garantir a mutualização do risco em todo o Portugal dos Pequeninos. 

É esta a ideia, que tem um pequeno problema. Pressupõe uma volumosa entrada inicial de capital do Estado (*) que será paga com mais impostos (ou com menos despesa) para uma iniciativa que, não dando votos e estando o susto sísmico esquecido numa semana, qualquer governo chutará para um futuro o mais possível indefinido e longínquo. That's it.
________________

(*) As estimativas mais moderadas - ou irrealistas - apontam para vários milhares de milhões, ou seja uma "ajuda" à TAP, mas desconfio que seria mais prudente contar com um montante da dimensão do custo do aeroporto Luís de Camões. Ainda assim, direis, seria dinheiro bem aplicado para garantir os meios financeiros de um mecanismo para recuperar os danos de sismo comparável ao de 1755 (8,2 pontos na Escala Richter). Pois seria, mas enquanto os dinheiros para a TAP ou para o novo aeroporto satisfazem, certo e sabido, lóbis poderosos, os dinheiros para o fundo sísmico ficariam congelados sem render quaisquer dividendos políticos à espera de algo com um período de recorrência de décadas ou mesmo de séculos (o sismo de 1755 tem um período de recorrência estimado em séculos) que quando ocorrer qualquer político de meia tigela não terá dificuldades em responsabilizar os outros partidos e arranjar dezenas de desculpas para o seu.

27/08/2024

BREIQUINGUE NIUZ: Eleitores capazes de ouvir más notícias elegem políticos capazes de as dar

«I will be honest with you, there is a Budget coming in October and it's going to be painful.

Just as when I responded to the riots, I'll have to turn to the country and make big asks of you as well to accept short term pain for long term good. The difficult trade-off for the genuine solution.

Those with the broadest shoulders should bear the heavier burden, and that’s why we’re cracking down on non-doms.

Who made the mess should have to do their bit to clean it up.»

We have to get away from this idea that the only levers that can be pulled are more taxes, or more spending. Our number one mission is to grow the economy.»

Estas foram algumas das coisas que Keir Starmer, o primeiro-ministro inglês, disse esta manhã no Downing Street Rose Garden aos eleitores.

No Portugal dos Pequeninos não há políticos capazes de dizer coisas como estas a um eleitorado infantilizado porque os eleitores são incapazes de as ouvir e por isso elegem políticos incapazes de as dizer.

Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa (22)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa» e do «Semanário de Bordo da Nau Catrineta». Outras Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa.

«Quem se mete com o Partido Socialista, leva»

Parece que os generais e a tropa socialista estão a ficar nervosos com este copiar descarado que o Dr. Montenegro está a fazer da governação socialista, a distribuir o maná orçamental pela populaça faminta, e debatem-se entre o desespero de estar fora do poder e o medo das eleições e tão depressa se queixam do eleitoralismo do governo AD como ameaçam com eleições que não desejam.

O FEFSS tem muito poucochinho fundo, como diria o Dr. Costa

No estado actual da Segurança Social as receitas não são suficientes para cobrir as despesas e a coisa só tenderá a agravar-se com a tenaz do envelhecimento demográfico que tende a diminuir o número de activos que pagam contribuições e a aumentar o número de pensionistas que recebem e só se vai aguentando com transferências do orçamento geral. É neste quadro que se torna ridícula a celebração com que a imprensa do regime acolhe o facto de Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social ser agora suficiente para pagar dois anos de pensões.

Sem o turismo o Dr. Costa teria ido para a Óropa em 2019…

Fonte

… e provavelmente estaríamos desde então ligados à máquina nos cuidados intensivos da troika.


Até os médicos estrangeiros evitam o SNS. São 4.770 e representam 7,5% do total de médicos e só 1.629, pouco mais de um quarto, estão no SNS e são menos cerca de um terço do que há cinco anos. (fonte)

A engorda do Estado sucial foi a magnum opus socialista (com algumas ajudas do PSD)

mais liberdade

Em oito anos o Dr. Costa acrescentou um total de 95 mil funcionários e 348 entidades só no Administração Central.

O choque da realidade com a Boa Nova do “Mais Habitação” e da bazuca

Cerca de 33 mil habitações do “Mais Habitação” ficaram fora do PRR e dos 26 mil que ficaram dentro 19 mil estão aprovadas e apenas cerca de 2 mil construídas. Espera-se um milagre e que até Março de 2025 estejam construídas 10 mil. (fonte)

26/08/2024

TRIVIALIDADES: As autoridades competem para dizer a coisa mais pateta que lhes ocorreu sobre um sismozinho

Perante um sismo vulgar de Lineu, perdão de Richter, que não causou danos para além de um prato partido numa casa em Sines, um sismo em que as autoridades do Portugal dos Pequeninos não tiveram de fazer nada, num país em cuja capital só as pessoas que menstruam e as pessoas que ejaculam sofrendo de insónias sentiram qualquer coisa que poderia ser o bater de uma porta, as autoridades pronunciaram-se assim (por ordem hierárquica): 

Presidente da República: «muito boa coordenação entre o Governo e a Proteção Civil, muito poucos minutos depois de ter sabido e de ter ocorrido o sismo». 

Primeiro-ministro (de férias): «Agradeço a prontidão da Proteção Civil e autoridades no acompanhamento do sismo ocorrido ao largo de Sines. Realço a serenidade da reação do povo português. Sem alarmismos, continuaremos a trabalhar na prevenção e capacidade de reação para garantir a segurança de todos.»

Primeiro-ministro (em funções): «Foi um teste real às nossas capacidades de resposta».

Presidente da câmara de Lisboa: «Desde há dois anos que lançámos duas sirenes anti-sísmicas no sentido de alertar para tsunamis, uma delas no Terreiro do Paço».

Crónica de um Governo de Passagem (15)

Navegando à bolina
(Continuação de 14)

O governo não tem sexo

O aparelho do Estado sucial está cada vez mais infiltrado pela tribo do woke e, por isso, não admira que a Direcção Geral de Saúde use a respectiva agenda e se tenha referido às mulheres em idade reprodutiva como «pessoas que menstruam». Isso levantou a polémica do costume entre as tribos, o que sendo estúpido é inerente à dinâmica das tribos e, portanto, inevitável. O que seria evitável era a intromissão da ministra da Juventude a defender a “linguagem neutra” utilizada pela DGS, linguagem que tem tudo menos de neutra como se vê, desde logo, pela polémica que levantou. Então, perguntareis, o que deveria ter a ministra feito perante a polémica? Ter ficado calada, seria uma boa escolha, como calada ficaria perante uma polémica entre crentes e não crentes na reencarnação ou entre xitas e sunitas.

O álibi da pesada herança socialista do SNS fica cada vez mais leve

A meta do Plano de Emergência da Saúde sobre os doentes oncológicos à espera de cirurgia era de que todos seriam operados até 31 de Agosto. Agora a meta está a ser ajeitada para operados ou agendados. O governo do Dr. Montenegro está a aprender depressa com o Dr. Costa.

Apesar do número de cirurgias gerais ter aumentado 8,5% em relação a 2032, nos 12 meses terminados em Julho a lista de espera aumentou 270 mil, dos quais mais de um quarto ultrapassavam o tempo máximo fixado.

Os turistas são os bombeiros da economia nacional

O turismo, com um saldo de +1.024 milhões de euros, que já havia salvo a cabeça do Dr. Costa (amanhã volto a este tema), está a salvar a cabeça do Dr. Montenegro, levando a balança comercial do 1.º semestre a um saldo positivo de 908 milhões e as balanças correntes e de capital a um excedente de 4.113 milhões (fonte).

Boa Nova - derramando o maná turístico pelas massas carentes

Segundo as contas do Diário de Notícias, os pacotes, planos e medidas anunciados até agora pelo governo AD já atingiram a bela soma de três mil milhões, ou três semestres de saldos do turismo e viagens.

Job for the boys

Continuando a limpeza dos lugares, o governo vai substituir a administração da Parpública a pretexto de não ter antecipado uma solução para a Inapa. E assim continua e continuará a dança das cadeiras que consiste em nomeações políticas para lugares técnicos e de gestão que deveriam ser ocupados por uma espécie de civil service.

25/08/2024

PUBLIC SERVICE: Welcome to Hell

BTSELEM

«“Welcome to Hell” is a report on the abuse and inhuman treatment of Palestinians held in Israeli custody since 7 October 2023. B’Tselem collected testimonies from 55 Palestinians held during that time and released, almost all with no charges. Their testimonies reveal the outcomes of the rushed transformation of more than a dozen Israeli prison facilities, military and civilian, into a network of camps dedicated to the abuse of inmates as a matter of policy. Facilities in which every inmate is deliberately subjected to harsh, relentless pain and suffering operate as de-facto torture camps.»

24/08/2024

Project 2025, Much Ado About Nothing

Quando Donald Trump foi eleito em 2016 as organizações e os staffs da sua candidatura e os resultantes dos milhares de nomeações que cada novo presidente tem de fazer, foram caóticas e de uma considerável incompetência, respectivamente. Desta vez os seus apoiantes da sua candidatura e os respectivos think tanks começaram a preparar-se com muita antecedência e considerável maior competência.   

O "Mandate for the Leadership - The Conservative Promise", short name "Project 2025", preparado pela Heritage Foundation há mais de um ano, impressiona desde logo pelas suas quase 900 páginas, que não impediram um estrondoso sucesso - segundo uma sondagem da Heritage nos primeiros dias de Agosto, quase dois terços dos eleitores tinham ouvido falar do Project 2025.

O problema é que muitas das ideias do Project 2025 não são populares, como fechar o Medicare e o Medicaid, proibir a pornografia, impor restrições federais ao aborto, revogar protecções ao trabalho infantil e autorizar o presidente a demitir dezenas de milhares de funcionários federais de carreira e substituí-los por nomeados de confiança política.

Percebendo isso, os democratas estão a expor à luz do dia as páginas obscuras e, perante a crescente impopularidade do Project 2025, Donald Trump sacode a água do capote e escreve no seu site Truth Social «Não tenho ideia de quem está por trás disso (...) discordo de algumas das coisas que eles estão dizendo e algumas das coisas que eles estão dizendo são absolutamente ridículas e abismais. Qualquer coisa que eles façam, desejo-lhes sorte, mas não tenho nada a ver com eles.» Tudo isto chamou ainda mais a atenção para o Project 2025 e está a levar Trump a afastar pessoas ligadas ao projecto e a nomear para a equipa de transição pessoas sem essa ligação.

Um problema adicional para uma pessoa doentiamente narcisista e com uma abordagem profundamente transacional da política é ser muito difícil conformar-se com um projecto, seja o 2025 seja outro qualquer, mas é claro que continuará a contar com a fidelidade da maioria dos seus devotos que o apoiam não pelas suas ideias, de resto escassas, contraditórias e em mutação constante, mas por partilharem dos mesmos inimigos e pela adesão emocional ao seu estilo.

23/08/2024

The Treason of the Intellectuals (3)

 Continued from (1) and (2)

«A hundred years ago, in the 1920s, by far the best universities in the world were in Germany. By comparison with Heidelberg and Tübingen, Harvard and Yale were gentlemen’s clubs, where students paid more attention to football than to physics. More than a quarter of all the Nobel prizes awarded in the sciences between 1901 and 1940 were awarded to Germans; only 11 percent went to Americans. Albert Einstein reached the pinnacle of his profession not in 1933, when he moved to Princeton, but from 1914 to 1917, when he was appointed professor at the University of Berlin, director of the Kaiser Wilhelm Institute for Physics, and as a member of the Prussian Academy of Sciences. Even the finest scientists produced by Cambridge felt obliged to do a tour of duty in Germany.

Yet the German professoriat had a fatal weakness. For reasons that may be traced back to the foundation of the Bismarckian Reich or perhaps even further into Prussian history, academically educated Germans were unusually ready to prostrate themselves before a charismatic leader, in the belief that only such a leader could preserve the purity of the German nationalist project.

Today’s progressives engage in racism in the name of diversity. The nationalist academics of interwar Germany were at least overt about their desire for homogeneity and exclusion.. (…)

Even a man who considered himself a liberal, as Max Weber surely did, was susceptible to the allure of charismatic leadership when the fledgling democracy seemed so weak. Three years after Weber’s death in 1920, Germany was plunged into disastrous hyperinflation. For many German academics, Hitler’s appointment as chancellor in January 1933 was a moment of national salvation.

“Right down to the last, deepest fiber in myself, I belong to the Führer and his wonderful movement,” wrote the Nazi lawyer Hans Frank in his diary after a concert he had attended with Hitler on February 10, 1937. “We are in truth God’s tool for the annihilation of the bad forces of the earth. We fight in God’s name against Jews and their Bolshevism. God protect us!” Such thoughts helped him and many other lawyers to come to terms with the systematic illegality that characterized the regime from the very outset.

German academics acted as Hitler’s think tank, putting policy flesh on the bones of his racist ideology. As early as 1920, the jurist Karl Binding and the psychiatrist Alfred Hoche published their Permission for the Destruction of Life Unworthy of Life, which sought to extrapolate from the annual cost of maintaining one “idiot” “the massive capital. . . being subtracted from the national product for entirely unproductive purposes.”»

Extract from The Treason of the Intellectuals, Niall Ferguson. The Free Press

(To be continued)

22/08/2024

ARTIGO DEFUNTO: A patetice e a insensatez do jornalismo doméstico não parecem ter limites

Os mais poderosos de 2024 (Negócios) 

O jornal Negócios (e creio que vários outros) publicam uns ranking idiotas onde ordenam os "famosos" numa ordem, que julgo resulta da votação dos leitores patetas que se dispõem a isso, sobre a importância dos visados, importância neste caso relacionada com o seu suposto poder. Por razões que não descortino, o jornal em causa faz parelhas de famosos e é aqui que reside o ainda maior ridículo da coisa que é o critério para formar as parelhas. Neste caso, o Dr. Castro e Almeida, uma criatura que é o CEO da sucursal do Santander em Portugal, surge emparelhado e à frente da Signora Meloni, Presidente do Governo Italiano.

21/08/2024

A lenda da libertação de Paris há 80 anos

Na segunda-feira completaram-se 80 anos do início da libertação de Paris, dois meses depois do desembarque Aliado na Normandia, concluída com a rendição da última guarnição alemã no dia 25 de agosto de 1944.

Reza a lenda que a libertação de Paris foi conseguida pelo exército francês comandado pelo General de Gaulle. A realidade é um pouco diferente, como nos recorda o jornalista e historiador Patrick Bishop no seu recentemente publicado «Paris ‘44: The Shame and the Glory».

Na verdade, o que estava planeado pelo comandante supremo das Forças Aliadas general Eisenhower era contornar Paris. Porém, o general de Gaulle, preocupado com o seu papel futuro na política francesa, a pretexto de que assim evitaria um levantamento sangrento pela Resistência comunista, convenceu Eisenhower a autorizar a Deuxième Division Blindée a entrar na cidade com o apoio da infantaria americana e com várias divisões aliadas à mão de semear, sem as quais a reduzidíssima tropa francesa não resistiria a um contra-ataque alemão.   

«Paris ! Paris outragé ! Paris brisé ! Paris martyrisé ! mais Paris libéré ! Libéré par lui-même, libéré par son peuple avec le concours des armées de la France, avec l'appui et le concours de la France tout entière, de la France qui se bat, de la seule France, de la vraie France, de la France éternelle.»
E assim nasceu a lenda de «Paris libéré ! Libéré par lui-même, libéré par son peuple», que o pletórico ego do General no seu discurso do dia 25 de Agosto no Hôtel de Ville deve ter imaginado que lui-même se referia a lui-même.

20/08/2024

Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa (21)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa» e do «Semanário de Bordo da Nau Catrineta». Outras Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa.

Ferrovia, a paixão do Dr. Pedro Nuno (e dos seus antecessores)

Entre 1995 e 2018 a rede ferroviária reduziu-se de 18%, a terceira maior redução na UE (lá está, uma vez mais no topo da Óropa); a cidade de Lisboa está no último lugar das cidades europeias em matéria de acessibilidade ferroviária; 76% da rede ferroviária tem via única (um comboio não pode cruzar-se com outro), apenas 71% da rede está electrificada; apenas 2% das estações são especializadas em carga.

A extensão actual de 1.917 km da rede ferroviária é inferior aos 2.344 km da rede existente em 1895. O plano Ferrovia 2020, que deveria estar concluído há quatro anos, em 2024 tem um atraso total de 35 mil dias no conjunto dos troços previstos.

Quando é que o Dr. Pedro Nuno vai cobrar a liquidação da Silopor ao Dr. Montenegro

A Silopor é uma empresa pública de armazenagem de cereais com terminais portuários na Trafaria e no Beato que está em liquidação por imposição da CE há 24 anos (dezassete dos quais sob tutela socialista) e terminará no próximo ano a concessão.

«Em defesa do SNS, sempre» / «O SNS é um tesouro»

«O Governo falhou, foi incompetente na gestão do SNS em plena época de verão» disse, com toda a razão o Dr. Pedro Nuno, actual capo do PS. Comecei por pensar que se estava a referir aos três governos em que participou durante oito anos, mas não, ele referia-se ao governo do Dr. Montenegro que vai a caminho do quinto mês.

E, no entanto, bem faria o Dr. Pedro Nuno se com o mesmo olho crítico olhasse para a gestão do SNS dos governos por onde andou porque, como disse o Sr. Eng. Guterres, um antigo capo socialista e actual SG da ONU, a respeito da chacina que o Hamas perpetrou em Israel, o descalabro do SNS «didn't happen in a vacuum». Por exemplo os encerramentos das urgências, em particular de ginecologia e obstetrícia devem-se à incapacidade de as administrações dos hospitais gerirem, as escalas de férias dos seus médicos o que vem acontecendo há anos.

O choque da realidade com a Boa Nova do “Mais Habitação”

Metade das verbas destinadas à habitação do PRR (a bazuca do Dr. Costa), que atingem 4,2 mil milhões de euros já foram atribuídas e só 132 das habitações com financiamento garantido estão concluídas.

A engorda do Estado sucial foi a magnum opus socialista (com alguma ajudas do PSD)

O Dr. Passos Coelho herdou 730 mil funcionários públicos do Eng. Sócrates e conseguiu despachar 75 mil, perdendo outros tantos votos, reduzindo-os para 655 mil funcionários. O Dr. Costa transformou em 750 mil a herança que recebeu aumentando em 8,4% o salário médio no último ano.

19/08/2024

Crónica de um Governo de Passagem (14)

Navegando à bolina
(Continuação de 13)

Ele planeou o que prometeu. Ainda não sabemos se fará o que planeou

O ministro da Presidência Dr. Leitão Amaro disse há dias, com toda a razão, «ninguém de boa-fé poderia imaginar, supor, prometer, sugerir que a dimensão do problema, do drama, da desorganização nos sistemas de saúde se pudesse resolver em 60 dias, 70 ou 80». Esqueceu-se, porém, que o seu Chefe Dr. Montenegro em Janeiro na convenção da Aliança Democrática comprometeu-se, entre várias outras coisas, «até final de 2025, acabar com listas de espera que excedem o tempo máximo garantido e dar uma resposta de medicina familiar a todos os utentes de Portugal» e desconfio que já esteja atrasado.

Para o governo AD «o SNS é um tesouro», também?

A suspeita fortalece-se quando se sabe que só no sábado passado 11 urgências estiveram encerradas em 9 hospitais.

A costela socialista-promocional do Dr. Montenegro

Num país que tem menos de 100 mil km2, que com 565 médicos por 100 mil habitantes é o segundo país da Europa com mais médicos, que tem mais de 12 mil estudantes de medicina em sete escolas, o Dr. Montenegro diz que irá abrir escolas de medicina em Évora e Vila Real, a 230 km e 100 km, respectivamente, das faculdades de medicina de Faro e Braga.

Iludindo a insustentabilidade de longo prazo da Segurança Social

Possivelmente ditado pelo propósito de subtrair ao PS – o partido por excelência dos reformados – uns milhares de votos, o Dr. Montenegro garantiu no seu púlpito do Pontal que não está a «resolver problemas pequenos», mas a tratar «estratégica e estruturalmente do futuro de Portugal» e para que não houvesse dúvidas no que respeita à Segurança Social anunciou que iria aspergir uns 400 milhões de euros numa espécie de raspadinhas aos 2,4 milhões de reformados que em Outubro irão receber 100 ou 200 euros.

É uma espécie de passe mágico que é uma espécie de subsídio extraordinário à CP

No mesmo púlpito do Pontal, transformado no lugar geométrico da demagogia, o Dr. Montenegro anunciou ainda um passe de 20 euros válido por um mês para todos os indígenas que usarem a CP. Esta nem o Dr. Pedro Nuno se lembrou quando tinha o chapéu de ministro dos comboios.

Em conclusão

Por tudo isto o Dr. Montenegro está a bater o Dr. Costa e o seu sucessor em domínios que até agora eram um quase monopólio do PS. Imagino que o Dr. Pedro Nuno esteja preocupado. Os portugueses, que por este andar continuarão a viver por muitos e maus anos na triste mendicidade dos subsídios da Óropa, deveriam estar ainda mais preocupados do que o Dr. Pedro Nuno e desconfio que não estejam.

18/08/2024

Os "lucros excessivos" da banca

Pelo menos desde o início do último período inflaccionário em 2021 e o ajustamento das taxas que se seguiu, a rentabilidade da banca aumentou significativamente e desde logo se começaram a ouvir os protestos pelos "lucros excessivos" e os apelos ao aumento da taxa de IRC. 

Pelo caminho ficou a memória dos cerca de 14 mil milhões de euros de dinheiro dos contribuintes que vários governos enterraram para salvar bancos descapitalizados e no caso do BNP, do BPP, do Banif e do BES para enterrar bancos sem salvação. 

Em vez de protestar contra os "lucros excessivos" (cerca de 3,2 mil milhões em 2023) deveria perceber-se que o problema não são os lucros excessivos são os prejuízos excessivos e o que importaria saber é a que se devem esses lucros que no caso português são em mais de 40% gerados pelas comissões que praticamente não existiam antes da crise financeira.     
E o restante dos "lucros excessivos" deve-se aos spreads elevados entre os juros activos e passivos. Excessos que num caso como noutro indiciam cartelização formal, como no caso da troca de informações sobre os spreads do crédito à habitação, já considerada uma prática anticoncorrencial pelo TJUE, ou informal, como no caso das comissões. Como anedota, refira-se que esse cartel foi durante muitos anos corporizados pelos "quatro" e mais recentemente pelos "cinco" que são regularmente fotografados numa postura amigável e colaborante.  


A cartelização que ajuda a manter as comissões e os spreads a um nível que sem ela não atingiriam, tem ainda um efeito secundário que é o de desincentivar a banca de conceder crédito às empresas e correr o risco inerente, como mostram os baixos - com excepção do Santander - rácios de transformação (relação entre o crédito concedido e os depósitos) que no período anterior à crise financeira chegaram a mais de 160% e hoje não chegam a metade. Ou seja, a banca portuguesa está gradualmente a transformar-se de financiador da economia em prestador de serviços financeiros caros.

17/08/2024

The Treason of the Intellectuals (2)

Continued from  (1)

«But the reason Claudine Gay’s carefully phrased answers on Tuesday infuriated her critics is not that they were technically incorrect, but that they were so clearly at odds with her record—specifically her record as dean of the Faculty of Arts and Sciences in the years 2018–2022, when Harvard was sliding to the very bottom of the rankings for free speech at colleges.

The killing of George Floyd happened when Gay was dean. Six days after Floyd’s death, she published a statement on the subject that suggests she felt personally threatened by events in distant Minneapolis. Floyd’s death, she wrote, illustrated “the brutality of racist violence in this country” and gave her an “acute sense of vulnerability.” She was “reminded, again, how even our [i.e., black Americans’] most mundane activities, like running. . . can carry inordinate risk. At a moment when all I want to do is gather my teenage son into my arms, I am painfully aware of how little shelter that provides.” In nothing that Gay said last Tuesday did she seem aware that Jewish students might have felt the same way after October 7.

In a memorandum to faculty on August 20, 2020, she wrote: “The calls for racial justice heard on our streets also echo on our campus, as we reckon with our individual and institutional shortcomings and with our Faculty’s shared responsibility to bring truth to bear on the pernicious effects of structural inequality.” Gay continued: “This moment offers a profound opportunity for institutional change that should not and cannot be squandered. . . . I write today to share my personal commitment to this transformational project and the first steps the FAS will take to advance this important agenda in the coming year.”

As the great German sociologist Max Weber rightly argued in his 1917 essay on “Science as a Vocation,” political activism should not be permissible in a lecture hall “because the prophet and the demagogue do not belong on the academic platform.” This was also the argument of the University of Chicago’s 1967 Kalven Report that universities must “maintain an independence from political fashions, passions, and pressures.”

This separation between scholarship and politics has been entirely disregarded at the major American universities in recent years. Instead, our most elite schools have embraced the kind of “institutional change” that Gay has championed. Look where it has led us.

It might be thought extraordinary that the most prestigious universities in the world should have been infected so rapidly with a politics imbued with antisemitism. Yet exactly the same thing has happened before.»

Extract from The Treason of the Intellectuals, Niall Ferguson. The Free Press

(To be continued)

16/08/2024

CASE STUDY: O crescente enviesamento do New York Times

Sendo certo que a neutralidade e a independência absolutas dos mídia não existem, há graus muito diversos de enviesamento à esquerda e à direita que vão mudando ao longo do tempo. O New York Times (NYT) foi durante décadas um jornal de referência e um exemplo de relativa independência, independência que na última dúzia de anos vem ficando cada vez mais comprometida por um alinhamento com o politicamente correcto e o wokeness.


A Economist publicou recentemente os resultados (Is the New York Times bestseller list politically biased?) de um trabalho de compilação de 12 anos de dados entre Junho de 2012 e Junho 2024, onde  identificou 12 editoras que se consideram elas próprias de direita e estimou que em média os títulos dessas editoras têm uma probabilidade menor em sete pontos percentuais de figurar nas listas semanais de best-sellers do NYT, confirmando assim o enviesamento à esquerda. 

Por coincidência, um dos exemplos desse enviesamento é “Troubled” de Rob Henderson. que ando a ler há uns tempos, um libelo autobiográfico contra a hipocrisia das elites americanas, que não surge nas listas apesar de ter mais vendas do que alguns listados pelo NYT.  

15/08/2024

O Portugal dos Pequeninos é cada vez mais o Portugal dos Velhinhos

As imagens falam por si. A partir dos dados do INE a Marktest compilou no seu Sales Index o número de crianças e jovens até aos 24 anos residentes em cada cada município no período 1993-2023. 

Alguns factos que ressaltam desses números: 

  • Nos 30 anos analisados Portugal perdeu quase um milhão de crianças e jovens até aos 24 anos;
  • Só em 22 dos 308 concelhos o número dos jovens é superior ao de 1993;
  • A proporção de jovens no total dos residentes diminuiu em todos os concelhos.

Se a estes factos acrescentarmos mais os seguintes do estudo Onde estão 2 milhões de Portugueses? do Instituto Mais Liberdade, o futuro do torrãozinho natal surge bastante comprometido:

  • 2,1 milhões de portugueses, mais de um quinto da população nascida em Portugal, votaram com os pés, emigraram e residem no estrangeiro; 
  • Um terço dos cidadãos entre os 15 e 39 anos vivem fora do país;
  • Mais de de 70% dos emigrantes com ensino superior tinham um salário inferior a 1.000 euros e depois da emigração mais de metade têm um salário superior a 2.000 euros;
  • 70% dos emigrantes em 2021 tinham entre 15 e 39 anos;
  • 42% dos emigrantes para o Reino Unido tinham um curso superior.
Enquanto isso, os tristes que por cá ficaram inquietam-se com os perigos da imigração, o excesso de turismo, as cunhas do Dr.  Nuno a S. Ex.ª seu Pai, a semana de quatro dias e outros temas relativamente esotéricos.

14/08/2024

The Brits who oppose immigration are not the rioters for whom immigration is as good an excuse as any to riot

«A poll last year by the British Election Study found that among members of social grade A (high-level managers and professionals) 23% wanted much less immigration, compared with 42% of those in grade e, who hold low-level jobs or live on benefits. Yet there is little sign of an elite with distinctively liberal views, if that term means people with elite jobs. All the middle-class groups,  A, B and C1, think similarly (see chart).

Working-class white people are more opposed, but there is a wrinkle. The C2 group, comprising skilled manual workers, is more opposed to immigration than people in group d (semi-skilled and unskilled manual workers). That matches a poll taken after the general election on July 4th by Ipsos, which found that people in the C2 group were the most likely group to have voted for Reform uk. Skilled manual workers might feel more threatened by immigrants because they have more to lose.

If social class shapes attitudes in complex ways, age does so powerfully and reliably. Every age group is more opposed to immigration than younger ones. The differences are huge: people over 65 are more than

The evolution of Britain’s extreme right

 three times more likely to want much less immigration than 18- to 25-year-olds. Age may explain some of the class pattern: social group e is older than the others. Nigel Farage, Reform uk’s leader, boasted before the election that youngsters were flocking to his party. In the end, they were less likely to vote Reform UK than any other age group. 

If the streets and the polls tell slightly different stories, it is not the first time. After Enoch Powell, a Conservative mp, railed against immigration in his “rivers of blood” speech in 1968, many working-class Britons marched to support him, with London dock workers and meat-cutters especially prominent. Then opinion polls appeared, showing a different pattern. One, by nop, found that 67% of people in the A, B and C1 social groups, 71% of people in the C2 group and 63% of people in the d and e groups agreed with his views. Powell had appealed to almost everyone.

Today Britons differ in their attitudes to migration but not in their attitudes to the riots. Polls by YouGov show that only 7% of people support the unrest, and just 4% think the rioters should receive unusually lenient sentences, with scarcely any social differences. Hardly anyone likes a thug,»

[Are Britain’s rioters representative of views on immigration?]

13/08/2024

Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa (20)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa» e do «Semanário de Bordo da Nau Catrineta». Outras Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa.

Estado sucial empreendedor perde mais uma das suas participadas (continuação)

Suspeito de não ter feito nada para se livrar em devido tempo do cadáver da INAPA, o anterior secretário de Estado das Finanças Dr. Nuno Mendes fez saber para os jornais que ele não teria autorizado em 2022 um novo financiamento à INAPA e teria sugerido a sua venda à Parpública. Ao sacudir a água do seu capote o Dr. Nuno Mendes encharcou o capote do seu chefe Dr. Medina a quem deu conhecimento, deixando este morrer o assunto e não dando, como lhe competia, instruções para a venda se concretizar.

A geringonça municipal como antena putinesca

A câmara de Lisboa presidida pelo Dr. Medina foi agora condenada pelo Tribunal Administrativo a pagar uma multa de 1 milhão de euros pela delação de dados pessoais dos organizadores de manifestações a várias embaixadas, nomeadamente à da Rússia de Putin.

O Dr. Centeno continua a sua campanha promocional, mas ajustou as suas metas, ou talvez não

Segundo um teorista das conspirações, que pode muito bem estar certo, a intenção do Dr. Centeno, que nas páginas do semanário de reverência disse ao país «tenho vontade de continuar governador», não seria ter o seu mandato no BdP renovado em 2025, mas ao contrário induzir o governo a não o renovar, permitindo-lhe ensaiar uma estratégia de vitimização para melhorar o seu currículo de candidato a Belém.

«À justiça o que é da justiça»,

As dezenas de crimes de que é acusado o Eng. José Animal Feroz Sócrates, antigo secretário-geral socialista e primeiro-ministro, vão prescrevendo um a um. Foi agora a vez da falsificação do contrato de arrendamento do apartamento de Paris.

«Em defesa do SNS, sempre» / «O SNS é um tesouro»

Depois do primeiro governo do Dr. Costa ter reduzido o horário de trabalho para 35 horas garantindo que não teria impacto orçamental, os governos seguintes foram aumentando os efectivos de 126.212 em 2015 para 151.145 em 2022 e a despesa que registou o crescimento (metade do qual em salários) que o gráfico mostra.

Fonte: Orçamento do Estado para Saúde 2024, Observatório da Despesa em Saúde

Inacreditavelmente, depois de tudo isso, ainda foi preciso torrar mais de 100 milhões de euros no 1.º semestre deste ano para pagar 2,5 milhões de horas de “tarefeiros”.

O Estado sucial governado pelo PS como criador de emprego

Desde o 1.º trimestre de 2015, os efectivos da administração pública, defesa e segurança social aumentaram de 308,7 mil para 343,4 mil e os da educação de 379,1 mil para 439,4 mil. (fonte)

12/08/2024

Crónica de um Governo de Passagem (13)

Navegando à bolina
(Continuação de 12)

Tirou-me as palavras da boca

«Assim como os sucessos nos primeiros anos de Governo de António Costa se devem a Pedro Passos Coelho, os principais problemas enfrentados por Montenegro são a herança de Costa.» (Helena Garrido, no Observador)

Sem dúvida. Ainda assim, será bom não esquecer que com excepção da “pesada herança do fascismo”, cuja invocação pela esquerdalhada nunca prescreverá, todas as outras “pesadas heranças” têm prazos de validade, longos para as da direita e curtos para as da esquerda. Suspeito que a invocação dos desastres dos oito anos de governação socialista pelo governo AD prescreverá ainda antes da invocação da austeridade do governo de Passos Coelho pelos sócios da geringonça.

Para o governo AD «o SNS é um tesouro», também?

É verdade que não é razoável esperar que os resultados de um desastre governativo de oito anos na saúde fique resolvido em três meses, como é verdade que ter uma ou duas urgências de obstetrícia fechadas alguns dias pode não ser objectivamente uma catástrofe num país onde nascem em média 274 bebés por dia, como será verdade que a maioria dos quadros demitidos pela ministra da Saúde não estavam à altura das funções. Contudo, não deixa de ser verdade que das cinco dezenas de medidas do Plano de Emergência e Transformação da Saúde só uma foi adoptada, e não deixa igualmente de ser verdade que a ministra da Saúde é um desastre numa área em que os ministros socialistas, ajudados por dezenas de pandeiretas e jornalistas amigos nas redacções, foram mestres – a gestão de expectativas, da comunicação e da imagem, enfim o agitprop.

Boa Nova

Antes da partida para férias, os ministros anunciaram mais Boas Novas, consistindo em prometer derramar uns trocos em cima dos problemas, tais como nove milhões por ano no transporte ferroviário de mercadorias (esta está à altura do Dr. Pedro Nuno) ou 300 milhões na promoção de emprego (numa economia que, por agora, está em pleno emprego). Ou consistindo em planos miríficos-corporativos de habitação a baixo custo para militares.

Choque da realidade com a Boa Nova

As crianças que fazem 3 anos até ao fim do ano sem vaga no ensino pré-escolar público ou social iriam para o sector privado sem custos para os pais, anunciou o governo que, contudo, não cuidou de se certificar que o sector privado teria o interesse e as condições de acolher essas crianças.

Efeito Lockheed TriStar

Por vezes, mais importante do que um governo faz é o que não faz, como a nega de Passos Coelho ao peditório do DDT para salvar o BES, ou a recusa do governo AD de enterrar dinheiro na INAPA, que a comissão executiva que ainda recentemente tinha tido «um voto de confiança por proposta da Parpública, tal como, aliás, nos anos anteriores», classificou como «destruição maciça de valor facilmente evitável».

O governo AD também quer um ministério da Propaganda?

Comprar as participações de dois grupos privados na Agência Lusa – uma espécie de Tass luso-socialista – deveria ser suficiente para um governo que é acusado pelos socialistas de ser neoliberal afastar essas acusações.

11/08/2024

The Treason of the Intellectuals (1)

«Anyone who has a naive belief in the power of higher education to instill morality has not studied the history of German universities in the Third Reich.

In 1927 the French philosopher Julien Benda published La trahison des clercs - “The Treason of the Intellectuals”—which condemned the descent of European intellectuals into extreme nationalism and racism. By that point, although Benito Mussolini had been in power in Italy for five years, Adolf Hitler was still six years away from power in Germany and 13 years away from victory over France. But already Benda could see the pernicious role that many European academics were playing in politics.

Those who were meant to pursue the life of the mind, he wrote, had ushered in “the age of the intellectual organization of political hatreds.” And those hatreds were already moving from the realm of the ideas into the realm of violence—with results that would be catastrophic for all of Europe.

A century later, American academia has gone in the opposite political direction—leftward instead of rightward—but has ended up in much the same place. The question is whether we—unlike the Germans—can do something about it.

For nearly ten years, rather like Benda, I have marveled at the treason of my fellow intellectuals. I have also witnessed the willingness of trustees, donors, and alumni to tolerate the politicization of American universities by an illiberal coalition of “woke” progressives, adherents of “critical race theory,” and apologists for Islamist extremism.

Throughout that period, friends assured me that I was exaggerating. Who could possibly object to more diversity, equity, and inclusion on campus? In any case, weren’t American universities always left-leaning? Were my concerns perhaps just another sign that I was the kind of conservative who had no real future in the academy?

Such arguments fell apart after October 7, as the response of “radical” students and professors to the Hamas atrocities against Israel revealed the realities of contemporary campus life. That hostility to Israeli policy in Gaza regularly slides into antisemitism is now impossible to deny. (…)

Testifying before the House Committee on Education and the Workforce last week, Harvard President Claudine Gay, MIT President Sally Kornbluth, and University of Pennsylvania President Elizabeth Magill showed that they had been well-briefed by the lawyers their universities retain for such occasions.

They gave technically correct explanations of how First Amendment rules apply on their campuses—if they did apply. Yes, context matters. If all students did was chant “From the river to the sea,” that speech is protected, so long as there was no threat of violence or “discriminatory harassment.”»

Extract from The Treason of the Intellectuals, Niall Ferguson. The Free Press

(To be continued)

10/08/2024

Dúvidas (374) - Será excessivo o turismo em Lisboa?

Nos últimos tempos multiplicaram-se as notícias e os comentários sobre o excesso de turismo em Portugal e em particular em Lisboa. Será assim? Numa pesquisa rápida encontrei alguns números que permitem comparar Lisboa com outras cidades em termos relativos.

Fonte: Greensavers

O quadro acima parece confirmar o excesso de turismo em Lisboa, no entanto, temos de colocar reservas a esta conclusão quando, por exemplo, comparamos Lisboa (545 mil residentes) com cidades como Dubrovnik (42 mil residentes) ou Amsterdam (920 mil residentes). 

Ao quadro seguinte dos números totais de entradas (e não apenas as entradas turísticas) em 20 grandes cidades mundiais acrescentei os indicadores correspondentes aos números de entradas de turistas na cidade de Lisboa e na Área Metropolitana de Lisboa (fonte) que mostram duas realidades muito diferentes. 
 
Créditos

Os números de Lisboa parecem mostrar um enorme excesso comparativamente com as outras cidades, mas fará sentido comparar uma cidade artificialmente contida em limites administrativos com 550 mil residentes com cidades com vários milhões?  Não fará mais sentido comparar com a Área Metropolitana de Lisboa (AML) e os seus 2,87 milhões, ou pelo menos com os seus concelhos mais próximos nos eixos Lisboa-Cascais e Lisboa-Sintra (cerca 1,4 milhões no conjunto), de onde resultaria um excesso de turismo bem menos pronunciado?

09/08/2024

When utopias find a topos they tend to become dystopias. Milei's minority report

«Argentina announced plans last week to use artificial intelligence to "predict future crimes" before they're initiated. The concept, long a subject for science fiction, was announced by the county's Ministry of Security as a new Artificial Intelligence Unit Applied to Security.

The unit will be tasked with the "prevention, detection, investigation and prosecution of crime," in addition to conducting drone surveillance, patrolling social media and using facial recognition to bolster security measures.

Security Minister Patricia Bullrich signed a resolution saying it would "significantly improve the efficiency of the different areas of the ministry and of the federal police and security forces, allowing for faster and more precise responses to threats and emergencies."

According to the announcement, the new unit will "use machine learning algorithms to analyze historical crime data to predict future crimes and help prevent them."»

The ministry cited the United States, China, Israel and other countries as being pioneers in the use of AI in security operations.

Human rights groups are concerned the new measures could infringe on freedom of expression as members of the public may self-censor for fear their social media posts will be subjected to government monitoring. 

The Argentine Center for Studies on Freedom of Expression and Access to Information noted that, in the past, such technologies have been used to profile academics, journalists, politicians and activists. They called for transparency about where the technologies come from and how, specifically, they are used. The group said any lack of accountability would be "worrying."

Argentina's populist libertarian President Javier Milei was elected late last year after campaigning on vows to tackle the country's soaring inflation and poverty rates, while also being tough on crime. »CBS News) 

08/08/2024

A influência das redes sociais nas escolhas eleitorais está a ser grandemente exagerada (pelo menos nos EUA)

Uma das ideias feitas mais comuns acerca da influência das redes sociais é que o imenso lixo que nelas se publica tem um efeito determinante nas ideias políticas dos seus frequentadores e, em consequência, nas suas escolhas políticas e, nomeadamente, no seu voto.

Sendo inegável que as redes sociais influenciam as escolhas, quando revejo um bom número de criaturas de quem conheço os hábitos e as ideias, tenho imensas dúvidas que essa influência seja muito determinante. Na verdade, parece-me mais o contrário: as pessoas tendem a ter ideias e sobretudo convicções e preconceitos muitos enraizados que foram formando ao longo das suas vidas que procuram confirmar e fortalecer nas redes sociais onde facilmente encontram as suas almas gémeas.

Créditos

Repescando um artigo do ano passado (link nos créditos), as minhas dúvidas reforçaram-se. Nessa peça são citados vários factos cuja consideração confirma que a influência das redes sociais nos EUA é muito menos importante do que geralmente considerado, a começar pelo facto que as redes sociais só são a principal fonte de notícias para cerca de um quinto dos americanos e acima dos 50 anos para apenas uma fracção insignificante. Pelo contrário a TV e os jornais online ou em papel são fonte de notícias para cerca de 30%. Uma conclusão recorrente em vários estudos é que as notícias falsas não são principalmente lidas pelos eleitores indecisos mas antes sobretudo por pessoas muito politizadas e hiperpartidárias que, lá está, procuram a confirmação das suas crenças e preconceitos.

07/08/2024

Les portugais sont toujours gais

«Les portugais sont toujours gais / Qu'il fasse beau, qu'il fasse lais, / Au mois de décembre ou de mai, Les portugais sont toujours gais!»
Da ópera bufa «Le jour et la nuit» de Charles Lecocq

Os portugueses podem não ser das criaturas mais felizes do mundo - no índice da felicidade só estão em 55.º lugar - mas há pelo menos uma área em que se apresentam bastante satisfeitos.

\
Satisfaction with amount of leisure time stable in the EU

Na satisfação com os tempos livres os portugueses situam-se num honroso 13.º lugar, claramente acima dos indicadores económicos. Não são os mais satisfeitos com os tempos livres mas são dos menos insatisfeitos ou, talvez melhor, são os mais satisfeitos entre os menos satisfeitos, uma espécie de escandinavos da Europa do Sul.

06/08/2024

Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa (19)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa» e do «Semanário de Bordo da Nau Catrineta». Outras Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa.

«A educação é a nossa paixão». Horário-zero. Contradictio in adjecto

Está explicado o fenómeno paranormal da Direcção-Geral da Administração Escolar (DGAE) ter aumentado 6 mil vagas às 8 mil que as escolas tinham identificado.

A razão é simples: durante os governos do Dr. Costa o número de alunos no ensino não universitário reduziu-se em 75 mil e apesar do enorme esforço de criação de lugares apenas conseguiram aumentar em 10 mil o número de professores. Daí o ministro socialista da Educação socialista, já em tempo de descontos, ter botado mais 6 mil em cima dos pedidos das 14 mil vagas que a DGAE apresentou totalizando 20 mil (fonte), que ele candidamente explicou ter sido para criar “horários-zero” ou seja horários que não são horários e constituem reservas de professores para preencher os milhares de baixas de longo prazo que começa a brotar no início dos anos lectivos. E pronto, está tudo explicado.

O estado da economia não se deve a «uma qualquer mão invisível», disse o ano passado o Dr. Costa


E disse bem. Apenas se enganou ao atribuir o putativo sucesso às políticas do governo, em vez de o atribuir aos turistas que aumentaram para 12,7% o peso do turismo no PIB.

Efeméride. Décimo aniversário do resgate do BES

Na verdade, tudo tinha começado vários anos antes com a sabotagem da OPA da Sonae à PT em 2007, obra da dupla Animal Feroz-DDT, para garantir que o GES, já nessa altura a dar sinais de colapso, continuaria a mungir a vaca leiteira da PT. Sabotada a OPA, a ordenha da PT acelerou a atingiu o seu máximo com a venda da Vivo, uma operadora brasileira excepcionalmente bem sucedida participada pela PT, à espanhola Telefonica e a compra da Oi, uma operadora brasileira excepcionalmente mal sucedida participada pela trupe dos amigos de Lula da Silva (ver esta série de posts).

Finalmente em Agosto de 2014, o inevitável aconteceu. O BES afundou-se e teve de ser resgatado por decisão de Carlos Costa, o governador de então do BdP, respaldado por Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque, todos eles ódios de estimação dos socialistas. Resgate com custos limitados para os contribuintes, ao contrário das intervenções do governo socialista, como a nacionalização do BPN que era para não custar nada e o nada já ultrapassou 6 mil milhões num banco de vão de escada, ou do resgate desastroso do Banif.

Choque da realidade com a Boa Nova da Ferrovia

O Dr. Pedro Nuno é indubitavelmente um génio dos anúncios. Já quanto à gestão está mais próximo da nulidade, como demonstra o seu plano Ferrovia 2020, anunciado em 2016 oito anos depois ainda não chegou a metade.

«Em defesa do SNS, sempre» / «O SNS é um tesouro»

Depois de ter participado durante 8 anos em três governos que aumentaram a despesa do SNS de 9 mil milhões em 2015 para 15 mil milhões este ano, enquanto aumentaram o milhão de "utentes" sem médico de família herdado do governo neoliberal para um milhão e setecentos mil, o Dr. Pedro Nuno, o mesmo que falhou em todos os planos que anunciou, descobriu que o «Plano de emergência da AD está a falhar». 

Choque da realidade com a Boa Nova socialista

Cinco anos depois do Dr. Costa ter entregado ao seu então delfim Dr. Medina o edifício onde se situava o ministério da Educação, na avenida 5 de Outubro em Lisboa, para alojamentos de estudantes, parte de um grandioso Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior, tudo devidamente anunciado e festejado por três ministros da Educação, ainda se espera a aprovação de um projecto na câmara de Lisboa.

O Dr. Centeno continua a sua campanha promocional, mas ajustou as suas metas

Desde que se instalou no BdP, o Dr. Centeno tem prosseguido uma campanha ambiciosa que foi desde ocupar a vacatura do Dr. Costa até ao Palácio de Belém, a primeira directamente com uma entrevista ao Financial Times e a segunda conduzida pelos seus RP que foram sussurrando para jornalistas amigos a sua vontade de se mudar para o Palácio quando terminar o mandato. Gorado a primeira ambição e comprometida a segunda pela longa fila de candidatos, o Dr. Centeno rendeu-se à evidência e ajustou as suas expectativas recorrendo ao sempre prestimoso semanário de reverência que lhe concedeu uma entrevista de duas páginas do seu broadshit broadsheet onde confessa ao país e ao mundo «tenho vontade de continuar governador».

Tutti frutti, oh rootie. Para os amigos tudo, para os inimigos nada, para os outros cumpra-se a lei

O Dr. Medina & Amigos estão a ser objecto de uma investigação na Operação Tutti-Frutti que envolve a cedência gratuita de um terreno e de um donativo de 200 mil euros para a construção de um campo da associação de Amigos do Rugby.

A Hidra de SEF, como a de Lerna, tem sete cabeças e nenhuma delas funciona

A AIMA que, acolitada com mais seis instituições, substituiu a SEF, está submersa em mais de 400 mil processos pendentes de imigrantes. O caos é tão assustador que afasta os candidatos que só preencheram um terço das vagas.