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Navegando à bolina |
(Continuação de 14)
O aparelho do Estado sucial está cada vez mais infiltrado pela tribo do woke e, por isso, não admira que a Direcção Geral de Saúde use a respectiva agenda e se tenha referido às mulheres em idade reprodutiva como «pessoas que menstruam». Isso levantou a polémica do costume entre as tribos, o que sendo estúpido é inerente à dinâmica das tribos e, portanto, inevitável. O que seria evitável era a intromissão da ministra da Juventude a defender a “linguagem neutra” utilizada pela DGS, linguagem que tem tudo menos de neutra como se vê, desde logo, pela polémica que levantou. Então, perguntareis, o que deveria ter a ministra feito perante a polémica? Ter ficado calada, seria uma boa escolha, como calada ficaria perante uma polémica entre crentes e não crentes na reencarnação ou entre xitas e sunitas.
O álibi da pesada herança socialista do SNS fica cada vez mais leve
A meta do Plano de Emergência da Saúde sobre os doentes oncológicos à espera de cirurgia era de que todos seriam operados até 31 de Agosto. Agora a meta está a ser ajeitada para operados ou agendados. O governo do Dr. Montenegro está a aprender depressa com o Dr. Costa.
Apesar do número de cirurgias gerais ter aumentado 8,5% em relação a 2032, nos 12 meses terminados em Julho a lista de espera aumentou 270 mil, dos quais mais de um quarto ultrapassavam o tempo máximo fixado.
Os turistas são os bombeiros da economia nacional
O turismo, com um saldo de +1.024 milhões de euros, que já havia salvo a cabeça do Dr. Costa (amanhã volto a este tema), está a salvar a cabeça do Dr. Montenegro, levando a balança comercial do 1.º semestre a um saldo positivo de 908 milhões e as balanças correntes e de capital a um excedente de 4.113 milhões (fonte).
Boa Nova - derramando o maná turístico pelas massas carentes
Segundo as contas do Diário de Notícias, os pacotes, planos e medidas anunciados até agora pelo governo AD já atingiram a bela soma de três mil milhões, ou três semestres de saldos do turismo e viagens.
Job for the boys
Continuando a limpeza dos lugares, o governo vai substituir a administração da Parpública a pretexto de não ter antecipado uma solução para a Inapa. E assim continua e continuará a dança das cadeiras que consiste em nomeações políticas para lugares técnicos e de gestão que deveriam ser ocupados por uma espécie de civil service.
Não compreendo. Se acham que "O aparelho do Estado sucial está cada vez mais infiltrado pela tribo do woke e, por isso, não admira que a Direcção Geral de Saúde use a respectiva agenda e se tenha referido às mulheres em idade reprodutiva como «pessoas que menstruam», o que acham que se deve fazer? Encolher os ombros, aceitar como fatalidade, criticar sem qualquer resultado prático? Não valerá a pena resistir?
ResponderEliminarO caro José Luís Silva deve ser novo por aqui. A Suma Sapiência que vai actualizando este blogue, de seu nome Magnífico Lorde (Im)Pertinente, entende que estas coisas do ‘wokismo’ são uma distracçãozita menor a que apenas os plebeus ignaros dão importância.
EliminarRepare, por exemplo, no emprego do termo “tribos”: é mesmo assim que ele nos vê, como um bando de selvagens desmiolados a disputar uma parcela de território no meio do deserto, onde nada cresce, nem nunca crescerá.
E não pense que é por ingenuidade, caro José Luís Silva, que o Magnífico Lorde (Im)Pertinente é suficientemente culto e inteligente para perceber os avisos de Orwell em relação à “novilíngua” e às consequências da sua imposição. O que se passa é que o Magnífico Lorde (Im)Pertinente está acima dessas questiúnculas mundanárias. Para ele, o que conta é a economia e só a economia, mesmo que a economia proceda da sociedade e dos valores da sociedade no seu todo.
Por conseguinte, o ideal era mesmo que se varresse o assunto para debaixo do tapete, é uma maçada ter de andar a falar destas coisas supérfluas. Ainda por cima, estas conversas pró e anti-‘woke’ fazem crescer os gajos populistas como o Trump e como o Ventura, livra!!!