30/09/2022

DIÁRIO DE BORDO: Suspeito que o melhor aliado do Chega é a esquerdalhada

Um dia destes no programa de humor «Isto É Gozar Com Quem Trabalha» de Ricardo Araújo Pereira vi (a partir do minuto 21:40 deste vídeo) uma dúzia de "sketches" de intervenções no Conselho Nacional do Chega na Batalha para aprovação de uma moção de confiança em que dirigentes e militantes disputaram uma espécie de campeonato de veneração do Dr. Ventura. 

Sendo certo que os "sketches" foram certamente escolhidos pelo seu potencial humorístico, ainda assim, mesmo que durante o encontro não tivesse havido mais intervenções desse calibre, elas excederam tudo aquilo que poderia ter imaginado possível em termos de graxismo bacoco.

Resisto, com dificuldade, a traçar analogias fáceis com outras organizações em que o culto do chefe atingiu proporções semelhantes, mas não resisto a concluir que um partido em que estas cenas são, mais que possíveis, vulgares, é um vazio ideológico e programático que vive pendurado em meia dúzia de slogans e se alimenta de ódios e ressentimentos que explicam o seu relativo sucesso eleitoral, sucesso que muito deve também à esquerdalhada do PS ao PCP e BE, incluindo as tribos do politicamente correcto, que, ao fazerem do Chega o seu saco de pancada, o sustentam na esperança de comprometerem e contaminarem a oposição não socialista, reduzindo-a a esse vazio.

29/09/2022

Mitos (323) - O contrário do dogma do aquecimento global (XXVIII) - Por agora, só se pode concluir as temperaturas extremas são o resultado mais óbvio das hipotéticas mudanças climáticas

Outros posts desta série

Em retrospectiva: que o debate sobre o aquecimento global, principalmente sobre o papel da intervenção humana, é muito mais um debate ideológico do que um debate científico é algo cada vez mais claro. Que nesse debate as posições tendam a extremar-se entre os defensores do aquecimento global como obra humana – normalmente gente de esquerda – e os outros – normalmente gente de direita – existindo muito pouco espaço para dúvida, ou seja para uma abordagem científica, é apenas uma consequência da deslocação da discussão do campo científico, onde predomina a racionalidade, para o campo ideológico e inevitavelmente político, onde predomina a crença.

Nós aqui fazemos o possível para não ficar entalados entre o ruído da histeria climática que levada às suas últimas consequências conclui que o homo sapiens sapiens tem de ser erradicado para salvar o planeta, e o ruído das teorias da conspiração que consideram que o único problema sério com o ambiente é a histeria climática.

O exemplo mais notório e recente de histeria climática foi dado pelo secretário-geral da ONU que disse há duas semanas «I have never seen climate carnage on the scale of the floods here in Pakistan», o que em si mesmo pode ser verdade ou mentira, dependendo do que o Eng. Guterres viu até hoje. 

Henrique Pereira dos Santos denunciou no Corta-fitas a «visão moralista e conspirativa do mundo (e a) pura manipulação» do SG da ONU. Porém, em minha opinião, não o fez da forma mais adequada visto que reproduziu um diagrama do Our World in Data com as mortes causadas por todos os desastres naturais entre 1900 e 1920, incluindo os que não têm relação com as mudanças climáticas, porém numa escala que no que respeita às temperaturas extremas não evidencia a relação com as hipotéticas mudanças climáticas que se têm vindo a verificar nas últimas décadas.  

Quando se analisam separadamente os dados relativos a mortes pelo tipo de desastres naturais com uma possível relação com as mudanças climáticas, como é o caso da seca, das inundações, tempestades e temperaturas extremas, emerge uma outra realidade, como os diagramas seguintes mostram.  

Our World in Data

E a conclusão é que ao contrário dos desastres naturais provenientes de seca, inundações e tempestades em que não parece possível estabelecer uma relação com as mudanças climáticas que, por hipótese, estão a ocorrer mais intensamente nas últimas décadas, no caso das temperaturas extremas, cujo número de mortes tem aumentado exponencialmente, essa relação ressalta muito claramente.

28/09/2022

Before Mr. Erdogan dropping Mr. Putin, Mr. Xi had already made him fall to his knees

"That hug", cartoon by António on Expresso

Last week, in an interview with PSB, Mr. Erdogan, the Turkish Pasha, resoundingly dropped support for Mr. Putin, the Czar of All Russia, but a week earlier Mr. Xi, the Emperor of the Middle Kingdom, had already done so with Chinese circumspection and perhaps that inspired Mr. Erdogan.

In fact, on the 15th, at the meeting with Mr. Putin, Mr. Xi, who was supposed to reiterate his support for the so-called "special military operation" in Ukraine, didn't say a word on the matter and Mr. Putin felt obliged to guarantee that he would respond to Chinese “question and concerns”, thus showing that Mr. Xi had asked him questions hitherto ignored, considered China's position "balanced", that is, revealed that support was not unconditional, and guaranteed that it would contribute to peace, surprisingly declaring that he and Mr. Xi "stand for the formation of a just, democratic and multipolar world order based on international law and the central role of the United Nations", he who all days since 24 February violated the UN charter and even fired a missile when the UN Secretary General was visiting Kiev. Furthermore, without any statement of support from China on the invasion of Ukraine, Mr. Putin declared his unconditional support for China in an eventual invasion of Taiwan.

Worse would have been difficult.

27/09/2022

Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (33b)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa». Outras edições do Semanário de Bordo.


Já é o mafarrico e já se sente o cheiro das brasas

O desemprego começa a dar alguns sinais de que irá voltar com a inevitável recessão a caminho - apesar da redução homóloga em relação ao ano passado, em Agosto o desemprego aumentou 1,9% em ao mês anterior relação.

Segundo as estimativas do Conselho das Finanças Públicas, o crescimento de 2023 não ultrapassará 1,2%, de onde a taxa anual de crescimento entre 2019 e 2023 será pouco superior a 1%.

As taxas de juro continuam a sua trajectória ascendente com a Euribor 12 meses em 2,5% e as emissões da semana passada de BT a 6 meses e 12 meses tiveram yields de 1,291% e 1,916%, respectivamente, contra -0,179% e 0,236% das últimas emissões.

Se a coisa corre mal não é por falta de esforço da imprensa amiga

Com títulos como «PIB aumentou 7,0% para 214,5 milhões em 2021», que poderia ser PIB reduziu-se em 2021 relativamente a 2019, «Abaixo da linha vermelha. Dívida pública nos 118,9% este ano», que poderia ser dívida pública 16 mil milhões acima da de 2019, «Portugal tem excedente de 0,8% do PIB no primeiro semestre», que poderia ser receita fiscal aumentou mais de 20% e a despesa de capital diminuiu 8% (INE), não será por falta de boa-vontade e de fé que o mafarrico virá.

«Empresa Financeiramente Apoiada Continuamente (pelo) Estado Central»

A EFACEC, nacionalizada por um governo do PS que sucedeu a outro governo do PS que havia facilitado a entrada de Isabel dos Santos, depois de inúmeros anúncios pelo Dr. Siza Vieira foi finalmente vendida em Abril ao grupo DST e a operação continua a ser avaliada pela DGComp que desconfia de um auxílio do Estado à DST. Enquanto isso, a EFACEC continua a afundar-se e estava falida no fim do primeiro semestre com as vendas a caírem 40%, um prejuízo de 53 milhões, a dívida acima de 220 milhões e os capitais próprios negativos.

O socialismo acaba quando acaba o dinheiro dos outros, disse Lady Tatcher sem saber que o governo do Dr. Costa nem o dinheiro dos outros consegue investir

A pouco mais de um ano do limite para investir os fundos do Portugal 2020, o governo do Dr. Costa ainda só conseguiu investir 40% da grana disponível para as 20 maiores obras públicas, em resultado de uma combinação de incompetência na gestão dos projectos com as cativações orçamentais que afectam a parte desses projectos dependente do investimento público.

Os quereres do Dr. Costa não são poderes

No caso dos fundos não aplicados do Portugal 2020, Helena Matos pode não ter razão quando se refere aos «quereres do Governo que pouco faz mas muito quer se forem os outros a pagar». Razão que lhe sobra nos outros casos como o querer do governo chegar às 300 mil casas para arrendar, querer que vai em 7 anos de anúncios dos programas de renda acessível concorrentes do Dr. Pedro Nuno, como ministro do pelouro, e do Dr. Medina, como presidente da câmara de Lisboa, programas que foram fiascos acabados.

De volta ao velho normal

Terminados os confinamentos da pandemia o povo voltou às compras com os dinheiritos que não tinha conseguido gastar e os resultados foram os do costume: a taxa de poupança voltou ao nível habitual (5,9%) de menos de metade da taxa média da Zona Euro (13%) e o défice externo das balanças corrente e de capital chegou a 2,8 mil milhões até Julho, contra um superavit e 275 milhões o ano passado.

26/09/2022

Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (33a)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa». Outras edições do Semanário de Bordo.

A insustentável leveza da sustentabilidade da Segurança Social

Como o país (isto é, as pessoas com pelo menos meia dúzia de neurónios a funcionar) se deu conta a semana passada, a Segurança Social passou em poucos dias da sustentabilidade ad eternum para o descalabro anunciado - ver aqui o vídeo da CNN com as sucessivas estórias contadas pelo Dr. Costa sobre este tema desde 2018.

Para justificar que a actualização automática das pensões não terá lugar em 2023, apesar de prevista na lei, porque, segundo o governo, anteciparia em cinco anos o défice da Segurança Social, a trafulhice chegou ao ponto de as projecções da ministra das Pensões apresentadas ao parlamento a semana passada omitirem mais de 1.300 milhões de aumento das receitas resultante da inflação e a redução das despesas com o subsídio de desemprego. Sem esquecer que tais projecções contrariam completamente o relatório de 21 páginas inserto no OE 2022, apresentado pelo ministro das Finanças e aprovado há 3 meses, onde se concluiu que o Fundo de Estabilização da Segurança Social sobreviria até 2060.

O Estado sucial gerido pelo PS & Cª diz querer acabar com os “precários”, mas apenas está a empobrecê-los

Eurostat

Transformar em vitalícios os "precários" tem sido uma bandeira dos governos socialistas desde o Eng. Guterres e objecto de grande desvelo por parte da extinta geringonça. Além do seu número ter vindo a aumentar (sobretudo como consequência da rigidez do mercado de trabalho), também o risco de pobreza e de exclusão social não só aumentou como é o maior de toda a UE, com excepção da Roménia sobrevivente do colapso do socialismo soviético.

«A educação é a nossa paixão» ou de como o socialismo torna escasso o que é abundante

Apesar de entre 2015 e 2019 o número médio de alunos por turma em Portugal se ter reduzido de 21,2 para 20,9 e o número de professores entre 2015 e 2021 ter aumentado de 97.100 para 102.077 (Pordata) continuam as queixas da falta de professores. Talvez a explicação deva procurar-se nos 7.500 professores (mais de 7% do total) com baixa ou em “mobilidade por doença” ou nos 2 mil professores “cedidos” “às mais variadas instituições” (sindicatos na sua maioria). Se o Dr. Costa tivesse uma empresa de construção civil no Sará, em breve faltaria a areia.

Para suprir a “falta” de professores, o ministério vai preencher 80% dos horários com professores sem formação específica.

O governo do Dr. Costa como saco de gatos

O primeiro-ministro manda revogar o despacho do ministro da TAP e dos aeroportos. O ministro das Finanças manda calar o da Economia que havia admitido a descida do IRC, ministro da Economia que já havia sido mandado calar por ter falado na windfall tax sobre os lucros das energéticas.

Take Another Plan

Se fosse um “privado” seria um escândalo, mas tratando-se da TAP é uma coisa normal deixar que fossem expostos os dados pessoais de dúzias de dignitários do regime, incluindo S. Ex.ªs o PR e o primeiro-ministro.

(Continua)

25/09/2022

Mitos (322) - Diferenças salariais entre homens e mulheres (13) - Evitemos a fé nas doutrinas

Outros mitos sobre as diferenças salariais entre homens e mulheres

Em retrospectiva: o pay gap atribuído à discriminação de sexos (que o politicamente correcto chama géneros) é um dos «factos alternativos» mais populares nos meios esquerdistas. Não é que não exista um pay gap, aliás existem vários, mas desde pelo menos a II Guerra nenhum deles se funda a discriminação de sexos ou de raças. De resto, com a mesma falta de fundamento, seria mais fácil apontar a discriminação entre bem-nascidos e mal-nascidos de ambos os sexos ou, se preferirem, de todos os 112 "géneros" identificados pelo Tumblr.

Num livro (Career and Family: Women’s Century-Long Journey Toward Equity) publicado o ano passado, Claudia Goldin, uma especialista nos temas mulher e trabalho, analisa cinco gerações de mulheres distinguindo diferentes atitudes face ao trabalho e reconhece, em relação à geração mais recente nascida após 1958, que a generalização da pílula anticoncepcional ao permitir o planeamento familiar tornou possível privilegiar simultaneamente carreira e família. No entanto, isso não eliminou um gap salarial entre sexos estimado em 20% em média.

Até aqui nada de novo, porque esse gap é indesmentível, reconhecido nos posts anteriores que escrevi a este respeito e em minha opinião é devido, não a qualquer tipo de discriminação como a esquerdalhada defende, mas à "especialização sexual" que durante toda a história e até recentemente atribuía às mulheres funções "inferiores", funções que, gradualmente, se vêm aproximando das funções "masculinas".

Diferentemente, Claudia Goldin argumenta que as diferenças salariais associadas às diferenças de funções resultam de escolhas racionais das famílias para maximizar o rendimento familiar com os homens a optarem por carreiras profissionais (“greedy jobs”) mais bem pagas e por isso mais exigentes e as mulheres por carreiras menos exigentes mais fáceis de compatibilizar com as responsabilidades domésticas e a menor disponibilidade dos maridos para as assumir. 

Como era previsível, independentemente do fundamento desta explicação, a tese de Claudia Goldin é rejeitada pelo áctivismo do género. O que era menos previsível é que esta explicação não agrada igualmente aos liberais que cultivam a liberdade de escolha e a quem repugna admitir que do exercício dessa liberdade resultem unintended consequences. E é isso que a torna fascinante para mim porque, se a explicação de Goldin estiver certa, é um exemplo de como a crença cega numa qualquer doutrina pode levar os crentes para uma realidade alternativa.

24/09/2022

Tsar Vlad's Russia is a gigantic Potemkine village (2)

Sequel to (1).

«As russia’s troops were abandoning their positions and armour in Kharkiv, in Ukraine, Russia’s capital was celebrating the “Day of the City”. Vladimir Putin, the dictator who started the war, boasted of a new attraction—a giant Ferris wheel called the Sun of Moscow at vdnkh, a vast theme park built in the 1930s to exhibit the achievements of the Soviet empire that Mr Putin is now fighting to restore.

“It is unique. There is nothing like that in Europe…It is very important for people to have a chance to relax with their family and friends,” Mr Putin said on September 10th. It was meant to be an advertisement for Mr Putin’s successes. But within minutes, the 140-metre-high wheel got stuck, and the next day it closed altogether. Visitors were offered a refund.

The symbolism was not lost on those who flooded social media with sarcastic or angry comments. “Why? What are all these carousels, attractions and pavilions with clowns? [Our] people are dying for us there [in Ukraine]. Are you sure that at such moments we need events whose goal is to distract, relax and entertain?” Boris Korchevnikov, a pro-war television presenter, wrote on Telegram, a social-media app.

“The army has NO thermal-imaging cameras, NO body armour, NO reconnaissance equipment, NO secure communications, NO first-aid kits. You’re holding a billion-rouble feast. What is wrong with you?” another social-media post read.

It was not just the Sun of Moscow that was malfunctioning. Having failed in his plan to take Kyiv in three days, and having failed to dissuade the West from supporting Ukraine, Mr Putin suffered another reversal. He had planned sham referendums to give a figleaf of legitimacy to the annexation of Russian-occupied territories in Ukraine on September 11th. These have now been postponed indefinitely. Russian forces do not know if they will be around long enough to intimidate voters.

Mr Putin’s power depends on Russians believing that he is strong and ever-victorious. His propagandists do all they can to promote that notion. However, the rout of Russian forces in north-east Ukraine caught them off-guard. At first state television was silent. Then its channels coyly acknowledged Russia’s retreat, described by the army as “an operation to organise the transfer of troops”. The bad news was padded out with patriotic guff. All criticism was deflected away from Mr Putin.»

Russian discontent with the war, and Vladimir Putin, is growing

23/09/2022

Tsar Vlad's Russia is a gigantic Potemkine village (1)

«What has happened to the Kremlin’s invasion of Ukraine is explained in a remarkable memoir published on VKontakte, Russia’s Facebook, by Pavel Filatyev, a Russian professional soldier (not a conscript). Despite joining an ‘elite’ unit – the 56th Guards Air Assault Regiment – Filatyev found there were no beds in his barracks, and often no power or water. A pack of wild dogs roamed through the buildings. He wrote in his diary that there was not enough food: just stale bread and ‘soup’ that was raw potatoes in water. He had to buy his own winter uniform after being given summer clothes and boots in the wrong size. His rifle was rusty and jammed after a few shots.

On paper, his unit had 500 soldiers, but it was really just 300. While, officially, some 200,000 troops invaded Ukraine, he believes the real number was more like 100,000. Filatyev was sent into battle without a flak jacket – no doubt it had been stolen and sold. He was driven to the front in a truck that was carrying mortar bombs but had no brakes. He calls the army a ‘mafia’ and says officers continually lied to the top brass to hide the true state of their units. ‘All this [equipment] is 100 years old, a lot is not working properly, but in their reports everything was probably fine… the Russian army is a madhouse and everything is for show.’

Filatyev’s account comes as no surprise to Yuri Shvets, a former KGB officer. He tells me one story about four Russian tanks arriving in a Ukrainian village. Two ran out of fuel, so the crews hopped on to the other two and they went to look for a gas station. Meanwhile, villagers put Ukrainian flags on the stalled tanks. Having failed to find fuel, the returning soldiers – perhaps forgetting where they had parked – shelled those tanks, destroying them. Then the remaining two tanks ground to a halt. The soldiers tried to leave on foot but were caught by the villagers and handed to the Ukrainian army.

Shvets talks of a Russian ‘collapse’ in Ukraine. ‘It looks like the whole regime, including the Russian armed forces, including the FSB [the main intelligence service], was just one big Potemkin village. Putin made the biggest mistake in starting this damn war because it ruined the village. People are amazed to see that what they believed was Russia was all fake. It was virtual reality. And the reality is different. It is a disaster.’ Shvets believes that defeat in Ukraine, the army trudging home on foot, could be the end of Russia. ‘The army keeps this vast land together… Putin put himself in a corner from which he has no escape. He has killed his country.’. »

Paul Wood, Spectator

Tsar Vlad's speech to his subjects is a paradigm of the Orwellian Newspeak: the abuser becomes the abused; the invader becomes the invaded; war becomes peace


“Today our armed forces are operating across a front line that exceeds 1,000 km, opposing not only neo-Nazi formations but the entire military machine of the collective West.”

“Nuclear blackmail has also been used. We are talking not only about the shelling of the Zaporizhzhia nuclear plant – encouraged by the West – which threatens to cause a nuclear catastrophe but also about statements from senior representatives of NATO countries about the possibility and permissibility of using weapons of mass destruction against Russia: nuclear weapons.

“I would like to remind those who make such statements about Russia that our country also possesses various means of destruction, and in some cases, they are more modern than those of NATO countries. When the territorial integrity of our country is threatened, we, of course, will use all the means at our disposal to protect Russia and our people.

“This is not a bluff. And those who try to blackmail us with nuclear weapons should know that the weathervane can turn and point towards them.”

“In its aggressive anti-Russian policy, the West has crossed every line. We constantly hear threats against our country and our people.”

“The purpose of this West is to weaken, divide and ultimately destroy our country. They are already saying that in 1991 they were able to break up the Soviet Union, and now the time has come for Russia itself that it should disintegrate. And they have been planning it for a long time.”

“The West is not interested in a peaceful solution and making compromises; they just want to break all negotiations.”

21/09/2022

Mr. Erdogan is dropping his friend Mr. Putin. If that means anything, it means that Mr. Erdogan does not believe in the success of the invasion of Ukraine... and therefore considers it unjustified

PSB: Should Russia be permitted to keep some of the territory it's taken from Ukraine since it invaded in February?

Erdogan: If a peace is going to be established in Ukraine, of course, the returning of the land that was invaded will become really important. This is what is expected. This is what is wanted.

PSB: Should Russia be allowed to keep Crimea?

Erdogan: Since 2014, we have been talking to my dear friend Putin about this, and this is what we have requested from him.

We asked him to return Crimea to its rightful owners. These are our descendants at the same time, the people who are living there. If you were to take this step forward, if you could leave us, you would also be relieving the Crimean Tatars and Ukraine as well. That's what we have always been saying.

PSB: Was this invasion justified by the Russians? Was it justified?

Erdogan: Well, no invasion can be justified. An invasion cannot be justified.

Excerpts from the interview of Mr. Erdogan to PBS' Judy Woodruff 

20/09/2022

Call for Feminist Activism and Appeal to Devotees to Strong Regimes Fighting Moral Decay

Guardian

Feminist activists from all over the world, instead of insulting and harassing the heterosexual white man, go indoctrinate the guards of the revolution and the ayatollahs.

Devotees of strong regimes that fight moral decay, instead of insulting liberal spirits, go praise the guards of the revolution and the ayatollahs.

19/09/2022

Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (32)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa». Outras edições do Semanário de Bordo.

Ilusionismo para retardados

Os apoios imediatos anunciados pelo governo equivalem apenas a pouco mais de um terço da perda de poder de compra nos primeiros 8 meses do ano de uma família com 2 filhos.

O governo garantiu que os pensionistas não perderiam poder de compra com os ajustamentos anunciados, que na melhor hipótese só compensam a inflação deste ano, pelo que a partir de 2023 as pensões reais descem na percentagem da inflação que se verificar em 2023, muito provavelmente vários pontos percentuais e perdem para sempre quase metade da actualização prevista na lei para 2023.

Quanto aos funcionários públicos, este ano perdem mais de 6% (inflação superior a 7% com aumentos de 0,9%) e no próximo ano com o aumento anunciado de 2% perderão também vários pontos percentuais. Quanto ao objetivo anunciado pelo Dr. Costa em Junho de aumentar o peso dos salários no PIB para 48%, isso é do domínio da cartomancia.

Já virámos a página da austeridade

Quando em 2015 a então ministra das Finanças referiu a necessidade de cortar 600 milhões nas pensões, o Dr. Costa e o PS em peso babaram-se de indignação postiça. Depois de sete anos a bramar contra a austeridade que o governo socialista do Eng. Sócrates deixou de herança ao governo “neoliberal” de Passos Coelho, o governo do Dr. Costa com as suas medidas aplicou um corte de mil milhões aos pensionistas.

«Em defesa do SNS, sempre» / «O SNS é um tesouro»

Em quatro anos, desde 2018, duplicou o número de pessoas sem médico de família, apesar do aumento do aumento de 22% da despesa e de 20 mil funcionários em relação a 2017.

Expresso

Aguardemos para ver o resultado do novo estatuto do SNS que com as suas fantasias gestionárias aplicadas com uma cultura estatista e de mediocridade arrisca colocar a funcionar mal até o que funcionava mediocremente.

«A educação é a nossa paixão»

Nas escolas como no SNS, a falta de recursos é sempre a desculpa para outras faltas como as de competência, de vergonha, de profissionalismo. Entre 2015 e 2019 o número médio de alunos por turma em Portugal reduziu-se de 21,2 para 20,9, apesar disso aumentaram as queixas da falta de professores.

Enquanto a maioria dos directores das escolas pretendem autonomia para contratar os professores, a Fenprof está contra e prefere a contratação centralizada porque, não podendo controlar a maioria dos directores, prefere controlar apenas o ministro da Educação.

Boa Nova

Mais um novo pacote extraordinário de ajudas às empresas de 1.400 milhões, dos quais 600 milhões sob a forma de crédito a empresas já de si muito endividadas.

Choque da realidade com a Boa Nova

Comprovando o princípio do Dr. Costa de que mais vale fazer uma dúzia de anúncios do que concretizar uma só medida, nos últimos dias identifiquei pelo menos os seguintes flops: a adaptação de mil casas para pessoas com deficiência teve apenas 80 candidatos; o Processo Extraordinário de Viabilização de Empresas teve apenas 22 candidaturas e apenas ajudou sete empresas; a linha de crédito para as micro e pequenas empresas atrasada 8 meses apenas foi utilizada em 3%.

Ineficiente, sempre. Ineficaz quando possível

O governo deve acreditar que para fazer títulos nos jornais é melhor ter seis helicópteros com 35 anos que serão entregues em 2023 e que ficarão a maior parte do tempo no chão, incapacitados de voar ou para fornecer peças de substituição, do que ter um ou dois capazes de estar operacionais.

Se não puderes enfiar na cartola, adia

O Dr. Costa empurrou há poucos dias para o final de 2023 o anúncio de uma decisão definitiva sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa.

Já é o mafarrico e já se sente o cheiro das brasas

O indicador diário de actividade económica do BdP que vem abrandando desde Julho sinaliza uma variação negativa em relação ao ano passado. As taxas Euribor continuam a subir e a de 6 meses, o indexante mais utilizado no crédito à habitação, ultrapassou 1,5%.

18/09/2022

A importância da luta da Ucrânia para as liberdades em todo o mundo

«Sucede que a evolução de uma guerra não determina apenas previsões e análises. Afecta também algo de mais fundamental: as visões do mundo. A derrota da Alemanha e da Itália em 1945 não acabou com os fascistas, nem o descalabro da União Soviética em 1991 acabou com os comunistas, mas depois dessas duas datas passou a haver respectivamente muito menos fascistas e muito menos comunistas. Para muita gente, como memoravelmente notou H. L. Mencken, as manifestações de poder são sempre mais persuasivas do que quaisquer argumentos. Por isso, as guerras foram um ponto final de muitos debates ideológicos: quem ganha, e enquanto ganha, passa a ter razão. (...)

É por isso que na Ucrânia está mais em causa do que a integração europeia ou a política energética alemã. Está em causa tudo isso, sem dúvida, mas estão também em causa as nossas preferências políticas e ideológicas. A ditadura neo-soviética de Vladimir Putin pretende ser uma alternativa existencial ao Ocidente, como foi a velha União Soviética. É quase certo que usaria uma vitória na Ucrânia para demonstrar que o é. E há já quem esteja preparado para nesse caso descobrir virtudes às suas ideias e métodos. Na Europa, comunistas e esquerdas anti-capitalistas mal disfarçam, atrás de uma cínica condenação genérica da guerra, a sua simpatia por um ditador determinado a abalar a ordem internacional em que estão ancoradas as democracias liberais e as economias de mercado. Nos EUA, algum conservadorismo, descrente em relação à possibilidade de fazer valer os seus valores através do debate, parece fascinado por um “regime forte” supostamente decidido a pôr termo à “decadência moral”. Se Putin ganhasse na Ucrânia, uns convencer-se-iam de que as democracias estão vulneráveis, e outros de que as ditaduras são muito mais eficazes. O neo-sovietismo de Putin, alinhado com o comunismo chinês, poderia aspirar a ser moda. Talvez a próxima década de 30 lembrasse os anos 30 do século passado.

Os soldados da Ucrânia estão a decidir, não só por onde vão passar as fronteiras, mas o que muita gente, sempre susceptível às causas bafejadas pelo sucesso, vai pensar amanhã. Esperemos que os factos ajudem as boas opiniões. Como dizia o general MacArthur, nada substitui a vitória.»

As nossas opiniões decidem-se na Ucrânia, Rui Ramos no Observador

17/09/2022

Homens livres nas sociedades livres prezam a liberdade, por isso os inimigos da liberdade odeiam as sociedades livres

«O que distingue as sociedades democráticas das sociedades autoritárias ou totalitárias é (...) o permitirem a denúncia dos casos em que essa base é posta em causa. A vida do dia-a-dia dá-nos inúmeros exemplos das duas coisas. Nos países mais livres, onde, por cultura e tradição, mais se preza a autonomia individual, mais (muito mais) exemplos do que nas democracias onde a liberdade é menor, é claro. Mas, desde que exista alguma liberdade, desde que a nossa capacidade deliberativa, tanto individual como colectiva, esteja estabelecida, tanto a base como a possibilidade de protestar contra a sua violação se encontram asseguradas.

Isto, que vale para o dia-a-dia, vale ainda mais para as situações excepcionais. Porque é que, por exemplo, a invasão da Ucrânia por Putin gerou uma condenação tão unânime por parte dos regimes democráticos – e, inversamente, uma aprovação, tácita ou explícita, pelos regimes autoritários ou totalitários? Porque os primeiros partilham as tais intuições morais justas – e os segundos não. Os primeiros exprimiram sentimentos inequívocos de solidariedade com os ucranianos porque lhes reconheceram o direito à autonomia, individual e colectiva, que para si querem e de que eles próprios têm experiência em grau variável. Os segundos, não possuindo tal experiência nem a desejando, evitaram condenar a invasão, quando não a apoiaram declaradamente. O que se diz dos regimes vale igualmente para os cidadãos produzidos por esses regimes. Alguém que não sabe o que é a liberdade, não a pode desejar – nem para si, nem para os outros.»

Os sentimentos comuns, Paulo Tunha no Observador

16/09/2022

Against all odds. Doing business in Putin's Russia is a deadly risk. If it looks like a duck, swims like a duck, and quacks like a duck, then it probably is a duck


During 2022, multi pie unusual deaths of Russian-connected businessmen occurred, of which most 
were suicides. A number of commentators have suggested that the circumstances of the suicides 
appear to be suspicious and may have been staged.

15/09/2022

Uma criatura que abomina imigrantes por comprometerem a pureza étnica é o quê?

Depende. Se, por exemplo, for japonês ou coreano, ou, vá lá, sueco ou finlandês, é preconceituoso. Se for português, cujos antepassados vão desde os celtas, os iberos, os gregos, os fenícios, os visigodos, os romanos, os árabes, os ciganos, os judeus, etc., é tontinho.

14/09/2022

SERVIÇO PÚBLICO: As sociedades avançadas podem não estar em extinção demográfica como parecem

Coincidindo com a entrada maciça das mulheres no mercado de trabalho e a generalização da pílula anticoncepcional, dois fenómenos interrelacionados e o primeiro claramente associado ao crescimento económico (ver o diagrama seguinte), as taxas de fertilidade começaram a baixar dramaticamente.

Women’s History Month: U.S. women’s labor force participation

Porém, um estudo recente (Doepke et alia, The Economics of Fertility: A New Era, Working paper, NBER, April 2022) parece mostrar que neste século essa relação se alterou.

In rich countries, working women and more babies go hand in hand

Nos países mais desenvolvidos tornou-se mais fácil compatibilizar o emprego e a maternidade pelo que a taxa de fertilidade aumentou. Diferentemente, em países como a Itália ou a Espanha, as mulheres continuaram a trabalhar menos e a ter menos filhos.

Segundo o estudo, isso resulta principalmente de: mercados de trabalho flexíveis, homens mais partilhando os trabalhos domésticos, normas sociais favoráveis e boas políticas de família como creches subsidiadas e licenças parentais.

13/09/2022

COMO VÃO DESCALÇAR A BOTA? (37) - O ilusionismo gasoso do Dr. Costa (II)

Outras botas para descalçar. Esta bota é uma sequência do post O ilusionismo gasoso do Dr. Costa (I), de onde republico o mapa seguinte com os terminais de gás natural liquefeito (LNG) assinalados.
 
Technology Quarterly

«O chanceler alemão, acossado pela trágica dependência do gás russo, aceita, obviamente, tudo o que permita minimizar tal. O espanhol Sánchez vendeu-lhe então o reforço das interligações gasistas entre Espanha e França através da construção do primeiro troço do gasoduto MidCat (Midi-Catalonia Pipeline), que levaria nove meses a executar, permitindo a utilização dos seis terminais espanhóis de gás natural liquefeito (GNL) para abastecer em gás natural (GN) a Alemanha. O nosso primeiro-ministro aproveitou e vendeu-nos na silly season um gasoduto de Sines à Alemanha, fazendo crer que Sines salvaria energeticamente a Alemanha, ao mesmo tempo que tal permitiria exportar o hidrogénio verde produzido em Sines, em substituição da ideia inicial de o exportar para os Países Baixos por via marítima.

Ora, não seria necessário um novo gasoduto, mas apenas reforçar alguns troços, como o MidCat referido, e fazer uma nova interligação Portugal-Espanha entre Celorico da Beira e Vilar Formoso (162 km, €244 milhões), continuada em Espanha até Zamora (86 km, €110 milhões), em complemento das atuais ligações em Rio Maior e em Valença do Minho, lançadas no nosso projeto de introdução do GN em Portugal, as quais são perfeitamente suficientes para o funcionamento do mercado ibérico.

Mas Sines, por razões económicas, estando os terminais espanhóis mais subutilizados do que o nosso, e geográficas, não será competitivo em relação aos terminais espanhóis. Será mais prático e eficiente os metaneiros descarregarem em Bilbau e Barcelona, e, a partir daí, injetar o GN na rede europeia, do que virem a descarregar em Sines. O único porto praticamente à mesma distância da rede francesa de Sines será Huel­va, todos os outros terminais espanhóis estão mais perto. E no fim do ano esses barcos até poderão vir a descarregar já mais perto da Alemanha, em Wilhelmshaven e Brunsbüttel, e em 2023 em Stade e Lubmin.

E os franceses, que nunca concordaram com o MidCat, chamam a atenção que será sempre mais barato fazer terminais de GNL mais perto do Centro da Europa e da Alemanha do que investir nas interligações referidas para levar o GN da Península Ibérica para a Alemanha e que, face às incertezas que ainda existem na produção e transporte do hidrogénio verde, é prematuro redimensionar interligações para fazer esse transporte.

Mas, numa perspetiva de reduzir na energia a quase ilha ibérica, fará sentido o reforço das interligações gasistas e elétricas, estas prioritárias para nós, entre Espanha e França.»

De Sines para a Alemanha?, Luís Mira Amaral no Expresso

12/09/2022

Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (31)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa». Outras edições do Semanário de Bordo.

O pacote do Dr. Costa seria um insulto à inteligência dos eleitores se…

… se eles percebessem que

(1) do aumento este ano de 7 mil milhões da carga fiscal que o Dr. Costa subtrairá a mais aos contribuintes, vai gastar 1,4 mil milhões ou 20% para “ajudar as famílias”;

(2) os 2,4 mil milhões do pacote de resposta à inflação (uma inflação que há três meses, segundo do Dr. Costa, não teria continuidade) são o equivalente ao dinheiro torrado para manter a TAP a voar;

(3) proporcionalmente à população dos respectivos países, esse pacote de 2,4 mil milhões é o equivalente a pouco mais de um quarto do grego, menos de um terço do espanhol e cerca de um terço do alemão;

(4) com a não actualização em 2024 com base nas pensões que resultariam da lei, o meio mês de pensão oferecido pelo governo em Outubro significa um corte permanente equivalente nas pensões futuras de 600 euros ou mais por ano.

«Empresa Financeiramente Apoiada Continuamente (pelo) Estado Central»

A EFACEC, nacionalizada por um governo do PS que sucedeu a outro governo do PS que havia facilitado a entrada de Isabel dos Santos, depois de inúmeros anúncios pelo Dr. Siza Vieira foi finalmente vendida em Abril ao grupo DST que «açambarca 1/4 do PRR para as empresas». Desde então, a operação está a ser avaliada pela DGComp que percebeu tratar-se não de um negócio de venda da EFACEC, mas de um auxílio do Estado à DST. De vez em quando, como agora, o governo anuncia que a coisa será resolvida «nas próximas semanas» .

Take Another Plan

E não é que o governo mudou mesmo de plano? Depois de ter renacionalizado a TAP comprando a participação dos “privados” e enterrado mais de dois mil milhões de euro no elefante branco, o governo diz que afinal querer vender a maioria do capital aos “privados”. E quem são os “privados”? Os spin doctors sopram para a imprensa amiga que poderá ser a Lufthansa ou a Air France/KLM, de modo que se inicia assim mais uma saga de spinning e anúncios que durará mais do que a vida deste governo.

«A educação é a nossa paixão». A falta transforma-se em fartura e vice-versa

Por um lado, faltam professores («havia cerca de 2500 turmas com pelo menos um professor por atribuir»), por outro sobram («mais de 500 professores do quadro sem turmas a uma semana do início das aulas», ou vice-versa.

O que me fez lembrar uma velha estória que já em tempos contei e agora recordo: era uma vez um responsável pelo plano quinquenal soviético que numa visita a Londres nos anos 30 se manifestou surpreendido pelo facto das padarias londrinas não parecerem ter dificuldade em abastecer de pão os londrinos e estes não pareciam ter dificuldades em abastecer-se, e quis conhecer o departamento do planeamento inglês que fazia um trabalho tão bom.

Choque da realidade com a Boa Nova

Após os incêndios de Outubro de 2017 foi anunciado com grande fanfarra a recuperação nos quatro anos seguintes dos 9 mil hectares do Pinhal de Leiria que arderam. Cinco anos depois há «um descampado gigante» e «mato seco que cresce desgovernado» (Público).

Com aliados destes, os países membros da NATO não precisam de inimigos

O governo português foi informado pela embaixada americana que estão «à venda na darkweb centenas de documentos enviados pela NATO a Portugal, classificados como Secretos e Confidenciais».

Nunca se fica a saber se é a maldição da tabuada ou o multiplicador socialista ou simplesmente a trafulhice

Em Setembro de 2021, o Dr. Leão estimou o custo até então das medidas de resposta à pandemia em 30 mil milhões de euros. Em Março deste ano Conselho das Finanças Públicas (CFP) estimou o custo dessas medidas no equivalente a 4% do PIB em dois anos ou seja menos de 8 mil milhões de euros, o que tornou o governo do Dr. Costa o que menos gastou no apoio a economia. No relatório de Maio, o mesmo CFP reavaliou para 5,13 mil milhões o total dessas despesas em 2020 e 2021, ou seja, cerca de um sexto do montante propagandeado pelo Dr. Leão.

De volta ao velho normal

Nos três meses terminados em Julho, as exportações aumentaram 35,3% e as importações 38,5%, relativamente ao período homólogo de 2021. Em consequência, o défice da balança comercial de bens aumentou 504 milhões de euros e não, não se deve exclusivamente ao aumento dos combustíveis porque sem eles o défice agravou-se 87 milhões.

11/09/2022

Why is the Russian military so determined to inflict civilian casualties on neighboring Ukraine?

A conversation between Tom Nichols of the Atlantic magazine and Nick Gvosdev an expert on Russian history at the University of Oxford:

Tom Nichols: Nick, international-relations experts will hash out the “great power” dimensions of this war, but at the ground level of the actual fighting, why is the conflict so brutal? Is it really enough to say that the Russians are reacting to the humiliation of losing almost from the start?

Nick Gvosdev: To some extent. At all levels of Russian society, from the cab driver in the street to the Kremlin insider, there was a strongly held belief that Russian forces would be greeted as liberators, especially in the Russian-speaking areas of Ukraine. Indeed, the initial Russian military plan was based on the assumption that Ukrainian soldiers would refuse to fight and Ukrainian politicians would defect. This turned out not to be the case. Even more striking, it was the two largest Russian-speaking cities in Ukraine—Kharkiv and Odesa–which proved to be focal points of the successful blunting of the Russian invasion.

Nichols: That last point seems to be important.

Gvosdev: Yes. Western Ukraine—at least those areas that were never under Russian imperial rule and were part of the Habsburg realm—stressed their separateness from the Russians and were always the heartland of Ukrainian nationalism. But almost all the atrocities we’ve seen have targeted people precisely in those parts of Ukraine that are part of the Russian-speaking world. There does appear to be a strong undercurrent of giving these “traitors” their due recompense.

Nichols: I don’t think this is fully understood in the West. The Bucha massacre, for example, was aimed at Russian speakers—almost as if they infuriated the Russians more than Ukrainian nationalists did.

Gvosdev: Bucha was a special target, for sure, given its position as a bedroom community for Ukrainian government workers and military officers. But this is all a direct outcome of appropriating a World War II narrative in which the Ukrainian government is routinely described as a Nazi regime and those fighting the Russians are fascists. Meanwhile, Russian social media routinely uses the term “Allied forces”—with all the connotations from the Second World War that description carries—to characterize the Russian military and the militias of the Donetsk and Luhansk republics. So, think about it: If the Ukrainian military and government are the modern-day successors of the Nazis, then of course no quarter should be given to those who fight on the side of the fascists—and especially those who’ve betrayed their kin.

Nichols: What about the Russian military? Is there something in their training and background that makes them harder to control? They certainly haven’t improved since the Soviet days in their effectiveness as a fighting force.

Gvosdev: Russia tried to create a professional all-volunteer army, but it’s still living with Soviet-era “traditions,” including brutalizing its own recruits—the so-called dedovshchina—and a strict hierarchical command structure. Add to this the ongoing problem of corruption within the military and you create an ethos where brutalizing others is preferable to being subject to it yourself. One other point: The Kremlin is anxious to avoid calling for a general mobilization, and so, as the U.S. did during Vietnam, a number of soldiers fighting in the Russian military in Ukraine chose military service rather than prison.

Nichols: I almost didn’t believe that when I saw it.

Gvosdev: Worse, Russians have also been relying on mercenaries and militias, another place where people with criminal records can end up. In many of these cases, atrocities were the result of some of these people being allowed to run amok with no particular supervision or discipline from the top other than general directions to punish “traitors” or eliminate “Nazis.”

Nichols: Ukraine, by contrast, figured out that having a solid and reliable noncommissioned-officer corps works wonders in the field.

Gvosdev: Absolutely. Ukraine’s military reforms over the last several years, along NATO standards, also allowed its military to carry out more decentralized operations.  

Nichols: It seems like the most powerful “force multiplier” in the Russian military is resentment: You’ve betrayed us, you live better than we do, you’ve elected your own government, and so … you’re Nazis and we can do to you what we did in World War II.

Gvosdev: That’s the logical outcome, and how you get from “brothers and sisters” to wholesale carnage. Ukraine, in Russian eyes, has turned its back on its brother Russia, and by seeking to integrate with the Western world, has driven a sword into the heart of the “Russian world.” Russian politicians and pundits hammer those themes every day. This “betrayal” narrative is linked to the overall Russian resentment of Europe and the West. Some of it is connected to living standards, to be sure, but it is also driven by the sense that Europeans—and now Ukrainians as well—look down on Russia as not quite European, definitely not Western, and maybe not even civilized. And that resentment leads to a Russian determination to make others share in Russia’s misery, whether by bombarding Ukraine or by sparking an energy and economic crisis in the rest of Europe.

Nichols: I’m feeling an uncomfortable parallel here with events in the U.S. and some other countries.

Gvosdev: The politics of resentment are always the doorway to legitimizing mindless fury and anger—and ultimately violence—against those you deem to be traitors or evildoers as being a justifiable response to “being looked down on.” Russians don’t have a monopoly on this.

10/09/2022

Dúvidas (342) - O que fazer com o aumento dos preços dos combustíveis?

Na reunião da passada quarta-feira do Conselho (Transportes, Telecomunicações e Energia – TTE), em que participaram os ministros da energia dos Estados membros, discutiram-se várias medidas relacionadas com os combustíveis e uma delas a fixação de preços máximos que na próxima semana a CE irá definir. 

É provável que a CE adopte uma política nesse sentido, seguindo aliás o exemplo de vários países, como a Espanha e a França. Se o fizer será um erro por várias razões de natureza geral (não são conhecidos casos em que a fixação de preços não tenha tido consequências indesejáveis) e por razões específicas dos combustíveis.

No caso dos combustíveis, cujo consumo se pretende reduzir por razões ambientais, a fixação de preços políticos conduz ao aumento do consumo. Exemplos: na Califórnia uma redução de 20% do preço marginal do gás conduziu a um aumento de 8,5% do consumo e o preço máximo do gás adoptado pelo governo espanhol conduziu a um aumento de 42% do consumo de gás para a produção de electricidade. Inversamente, o aumento dos preços refletindo os custos de produção e as condições de mercado leva à redução do consumo - alguns estudos concluíram que um aumento de 10% do preço diminui o consumo de gasolina em 3% e de gás em 4% no inverno.

Nesse caso o que fazer? Não é preciso inventar a roda que já foi inventada. A Economist sugere dois tipos de medidas (How to prevent Europe’s energy crunch spiralling into an economic crisis):

«The first is to allow the market mechanism to curb demand, while supporting the most vulnerable people. Large handouts will be needed, but targeted assistance can limit the bill: according to the IMF, policies that offer rebates and cash transfers to the poorest 40% of people would be cheaper than the policy mix today, which largely includes tax cuts on fuel, or retail-price caps.

The second priority is to increase supply, something that is not solely in Vladimir Putin’s gift. Other sources of natural gas can be cultivated: this is one reason why France’s president, Emmanuel Macron, has just visited Algeria. Within Europe, countries can help ease bottlenecks, such as inadequate cross-border gas interconnections. Today insufficient investment and differences in standards impede the flow from Spain and France to Germany and eastern Europe. The EU needs to ensure that in the event of rationing, there is a continent-wide agreement about which users are cut off first: without this the danger is that countries will hoard supplies. »

Ou seja, deixem o mercado funcionar, subsidiem os mais pobres e invistam no aumento da produção e nas infraestruturas de transporte.

09/09/2022

DIÁRIO DE BORDO: Elegeram-no? Então aguentem outros cinco anos de TV Marcelo (10) - Adereço na campanha d'O Imbrochável

Então aguentem outros cinco anos, uma espécie de sequência indesejada da série Outras preces (não escutadas).


Desta vez S. Ex.ª excedeu-se a si próprio e levado por um desejo de protagonismo, que faz dele mais um dos "famosos", aterrou na campanha eleitoral de Jair, O Imbrochável, presidente de uma República que ele está a converter em República das Bananas, que o colocou ao lado de um dos seus apoiantes, o empresário Hang acusado de integrar o "gabinete paralelo" e de outras trapalhadas (por exemplo, por exemplo, ...). É uma humilhação para S. Ex.ª, o que é lá com ele, e uma vergonha para a república dos bananas de que é presidente, o que deveria ser cá connosco.

DEIXAR DE DAR GRAXA PARA MUDAR DE VIDA: Portugueses no topo do mundo (51) - Ditosa Pátria que tais filhos tem


Já era sabido que os portugueses são os melhores entre os melhores, como nos revelou S. Ex.ª, e também se sabe que as gerações X, Y e Z são as mais educadas de sempre, como nos dizem os mídia há pelo menos duas gerações. 

Ficou agora a saber-se pelo inquérito da Merck à população entre os 18 e os 35 anos de 10 países europeus que os «jovens portugueses são os que, na Europa, fazem mais planos para ter filhos» de onde concluo que está assegurado o futuro de Portugal. 

É claro que os incréus vão dizer que o inquérito também revela que «apenas 21% dos jovens em Portugal têm filhos, menos 12 pontos percentuais que os jovens europeus no seu conjunto», de onde, concluirão os cépticos, os jovens portugueses tendem a ser mentirosos. 

Porém, a minha conclusão nada tem a ver com a demografia, nem com a mentira. Tem a ver com aquele atributo da cultura portuguesa que nos leva a fazer planos durante décadas para construir um novo aeroporto, para reduzir a dívida para 60% do PIB, para atingirmos o nível médio de vida europeu, etc. (um grande etc.) e, claro, para ter filhos. E o que o inquérito da Mercx nos mostra é que os nossos jovens assegurarão a perenidade desse atributo que, afinal, faz portugueses os portugueses.

06/09/2022

Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (30b)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa». Outras edições do Semanário de Bordo.


Passividade bovina da esmagadora maioria do eleitorado. Podia ser de outro modo?

Talvez não. Contas feitas, 70% dos eleitores que votam são dependentes do Estado sucial, a saber: 3,0 milhões pensionistas + 0,7 milhões funcionários públicos + 0,1 milhões empregados de empresas públicas = 3,8 milhões ou 70% dos votantes (contas de Pedro Ramos no jornal SOL).


Estado sucial pendurado na Óropa

E o investimento público só não é ainda mais miserável porque é sustentado em quase 90% pelos fundos comunitários.

mais liberdade

Choque da realidade com a Boa Nova

Segundo o Forum para a Competitividade, «em julho e agosto, a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) foi inferior a um décimo do que deveria ser».

Já é o mafarrico e já se sente o cheiro das brasas

Economist

Desta vez, o governo do PS vai poder contar menos com as ajudas da UE que tudo indica terá ela própria de enfrentar uma recessão a caminho.

Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (30a)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa». Outras edições do Semanário de Bordo.

Uma demissão atrasada e por razões erradas. Um paradigma da governação do Dr. Costa

Depois de ter sabotado o SNS durante quase quatro anos, fechando várias PPPs com desempenhos muito superiores aos dos hospitais de gestão pública, limitando o ministério da Saúde a uma gestão ideológica e incompetente do SNS, incluindo na resposta à pandemia onde a mortalidade por Covid e com Covid bateu recordes e o excesso de mortalidade por outras causas continua elevado, depois do seu mau desempenho, já na altura visível, ter sido celebrado pelo PS no seu congresso de 2019 elevando-a ao estrelato socialista, a Dr.ª Temido demitiu-se/foi demitida pela morte acidental de uma grávida que poderia ter acontecido no SNS melhor gerido do mundo.

Gestão incompetente que não tem justificação na alegada falta de recursos num ministério que gastou 12,4 mil milhões em 2021, um aumento de 22% em relação a 2017, e dispõe de 155,5 mil funcionários, um aumento de mais de 20 mil face aos efectivos que a Dr.ª Temido encontrou, nem tem justificação num país que tem mais médicos por mil habitantes do que a Áustria, a Suécia, a Alemanha e a Dinamarca, por exemplo, e em que o Estado sucial gasta na saúde maiores percentagens do PIB do que vários países da UE e está mais de 2 pontos percentuais acima da média da OCDE.

É claro que o Dr. Costa despachou a Dr.ª Temido não pelo seu mau desempenho, mas para apaziguar a agitação promovida por uma imprensa onde os antigos parceiros da geringonça continuam a ter imensa influência, exactamente o mesmo processo da demissão do seu amigo Dr. Cabrita.

A receita para o PIB subir no presente é ter descido no passado

Com títulos como «INE revê crescimento no segundo trimestre em alta» ou «Economia portuguesa cresce 7,1% no 2.º trimestre», foi muito celebrada a revisão em alta para 7,1% da estimativa rápida, crescimento que resultou apenas da comparação com a queda abissal no 2.º trimestre do ano passado, em resultado da pandemia e que representou uma queda de 0,2%, quando comparado com o trimestre anterior.

Investimento público, a autoestrada mexicana do PS, sempre

Decorridos 7 meses deste ano, apenas 35% do investimento orçamentado foi executado e, comparado com 2021, caiu 33% no SNS, 17,5% na Segurança Social (SS) e 7% na administração local. Uma vez mais, é o esquema da autoestrada mexicana: por exemplo no SNS, orçamenta-se e anuncia-se com grande pompa para 2022 mais do dobro do investimento executado em 2021 e executa-se menos 33% do que ano passado. O expediente das cativações do Dr. Centeno continua também nas despesas correntes e no total, no 1.º semestre mantiveram-se quase 90% das cativações.

No final, poucos se apercebem e, destes, a maioria depende do governo de um ou outro modo e chuta para canto. Este é um dos exemplos de três coisas notórias, mas pouco notadas: (1) como os governos do Dr. Costa ultrapassaram tudo quanto se tinha visto até agora (e já vimos imenso) em aldrabice; (2) o controlo que o PS exerce sobre os mídia e (3) a passividade bovina da esmagadora maioria do eleitorado.

(Continua) 

04/09/2022

Vivemos num estado policial? (22) - O drama dos suicídios e a falta de subsídios

Outros casos de polícia.

Um dia destes podia ler-se no Expresso o lamento de um polícia dirigente de um dos 17 (dezassete) sindicatos de polícias (entre os quais um "Vertical", outro "Independente", outro "Autónomo", outro "Livre" e até um dos "Polícias do Porto"), tendo o 16.º 451 associados e 459 dirigentes e delegados e o 17.º sindicato 27 polícias todos dirigentes sindicais. 

Escreveu o Expresso: 

«Segundo um estudo do Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP), 83% dos polícias que se suicidam usam a arma de serviço. “Uma das razões para continuar a haver uma alta taxa de suicídios nas polícias portuguesas — é uma das maiores da Europa — é o facto de os polícias terem acesso à arma de serviço 24 horas por dia e de, só em casos muito excecionais, esta ser retirada”, diz Miguel Rodrigues, autor do estudo, que apresenta uma solução: “O Ministério da Administração Interna (MAI) deveria criar uma bolsa para que quem não tivesse a arma não ficasse sem os suplementos.”

O mesmo estudo do SIAP — cujos resultados são apresentados a 1 de setembro — diz que a taxa de suicídio nas polícias é de 16,3 por cada cem mil habitantes, contra os 9,7 da população em geral. Ou seja, quase o dobro. “Uma das causas é o acesso fácil às armas. Mas principalmente o impacto negativo de uma profissão em que tem de se lidar diariamente com violência. A PSP não dota os profissionais de meios para combater os efeitos negativos dessa exposição”, argumenta Miguel Rodrigues.
»

Repare-se que os polícias suicidam-se mais porque têm acesso à arma de serviço, mas como «quem fica sem a arma deixa de poder fazer patrulhamentos ou gratificados e de receber suplementos que podem chegar aos €300 por mês» o problema do excesso de suicídios resolve-se com uma bolsa.

Excesso de suicídios? O dirigente compara a taxa de suicídios de um grupo profissional com mais de 90% de homens com a população em geral, ora a taxa de suicídios dos homens em 2019 foi 15,2 por 100 mil, quase o quadruplo das mulheres, sem esquecer que é nas idades dos polícias (entre os 25 e os 60 anos) que a taxa de suicídio é mais elevada. Tudo considerado, é até possível que os polícias se suicidem menos do que a população e isto passa ao lado do jornalismo de causas ao serviço da corporação policial.