Isto, que vale para o dia-a-dia, vale ainda mais para as situações excepcionais. Porque é que, por exemplo, a invasão da Ucrânia por Putin gerou uma condenação tão unânime por parte dos regimes democráticos – e, inversamente, uma aprovação, tácita ou explícita, pelos regimes autoritários ou totalitários? Porque os primeiros partilham as tais intuições morais justas – e os segundos não. Os primeiros exprimiram sentimentos inequívocos de solidariedade com os ucranianos porque lhes reconheceram o direito à autonomia, individual e colectiva, que para si querem e de que eles próprios têm experiência em grau variável. Os segundos, não possuindo tal experiência nem a desejando, evitaram condenar a invasão, quando não a apoiaram declaradamente. O que se diz dos regimes vale igualmente para os cidadãos produzidos por esses regimes. Alguém que não sabe o que é a liberdade, não a pode desejar – nem para si, nem para os outros.»
Os sentimentos comuns, Paulo Tunha no Observador
Os ingleses, quando declararam guerra á Alemanha, só não a invadiram porque não podiam. Foram eles que começaram ! Claro que, pelas mesmas razões, podiam ter declarado guerra á URSS, o que prova que isto não é uma questão de regimes assim ou assado.
ResponderEliminarO sr Tunha usa vários parágrafos para só dizer que ele gosta da ucrânia.
ResponderEliminarAbraço