30/06/2021
SERVIÇO PÚBLICO: A ajuda ocidental a África vista por um africano
China is not helping Africa. China is trading with Africa, and sometimes investing in Africa.
“Helping” is what Westerners pretend to do. But we know what their game plan actually is. It’s far from helping.
Westerners donate inconsequential amounts to fund things like “democracy”, “human rights”, “women empowerment”, “education”, “health”, “wars” etc. Things which have little impact to development, and are not sustainable (ie they don’t make money) so they’ll help Westerners create the myth of perpetual Africa aid.
The real deal in terms of economic development is industrialization, and not human rights, democracy, women empowerment, etc. Little things like those take care of themselves once there’s industrialization and the money is flowing in.
Western aid is mainly two things:
(If given directly to govt) A bribe to buy influence and certain leeways in Western extraction of Africa wealth.
(If done by NGO’s and charities) just a way for Westerners to milk their fellows in the West to fund their lavish lifestyles.
The West is also very big on war mongering, assassination of African leaders (you are Belgian so you should know what you did to Patrice Lumumba), meddling in African politics, creating wars, etc. The West generally has ill-will toward Africa and thinks of Africa as colonial land to date.»
Excerto de um post do tanzaniano Dar Milli publicado há dias no Quora, denunciando e bem o lirismo ditado pela má consciência, na melhor hipótese, ou o cinismo ditado pela realpolitik, na pior, da "ajuda" ocidental a África. No resto do post, Dar Milli descreve o papel da China em África, sem a clarividência e visão crítica que mostra em relação ao do Ocidente.
29/06/2021
NÓS VISTOS POR ELES: Salazar, o fantasma do fascismo e o fascínio da esquerda
O historiador Tom Gallagher, professor emérito na Universidade de Bradford, publicou vários livros sobre Portugal e recentemente «Salazar — O Ditador Que Se Recusa a Morrer”, a primeira biografia de Salazar por estrangeiro. Numa entrevista ao Expresso exprimiu opiniões ao arrepio do pensamento único vigente, entre as quais destaco o que disse sobre as confusões acerca do fascismo e sobre o fascínio da esquerda pela soluções autoritárias.
«Permita-me sugerir que não há nenhum reviver do interesse no fascismo. Essa doutrina, porém, nunca deixou de ser uma preocupação da esquerda europeia. Embora eleitoralmente em declínio, com exceção de alguns lugares como Portugal e a Escandinávia, a esquerda domina os media, as universidades, e publicidade e o marketing, bem como as burocracias nacionais e locais. Obviamente, já se desenham planos para um vendaval de eventos mediáticos em torno do centenário da ascensão de Mussolini, para sublinhar o perigo do fascismo. Eu diria que provavelmente nunca houve tão poucos fascistas na Europa como atualmente. Alguns poderão dizer que traços essenciais do fascismo, como o desejo de arregimentar pessoas e de permitir ao Estado intrometer-se profundamente nas suas vidas privadas, fazem parte do armamento dos que agora proclamam em voz alta o seu antifascismo. (...)
A ala conservadora da política não tem necessidade de ficar na defensiva por causa do desprezo de Salazar pelas eleições e a sua inclinação para depender da censura e de elites restritas. Pelo contrário, será talvez a esquerda que precisa que recuperar a sua fé na democracia, na liberdade de expressão e na limitação dos poderes da elite, em especial os que controlam a informação. Salazar talvez ficasse espantado por elementos da sua fórmula de governação terem sido abraçados por elites corporativas. Logo desde a revolução de 1974-75, tornou-se claro que os comunistas, alguns dos militares radicais e muitos dos extremistas radicais (muitos dos quais viriam a ocupar posições de grande influência) preferiam uma ordem política onde o poder corporativo essencialmente não era contestado, e o cidadão votante tinha pouco a dizer. Será interessante ver em que medida as intenções autoritárias de muitos que estiveram no núcleo da revolução serão reconhecidas durante as comemorações do cinquentenário, ou apenas varridas para debaixo do tapete.»
Como tentar cumprir o plano de vacinação, apesar de tudo? Resposta: um dia de cada vez (55) - Mais vale um Almirante teso que uma multidão de apparatchiks moles
ECDC |
Ponto de situação dos objectivos para a vacinação:
O número de doses diárias mantém na última semana um coeficiente de variação elevado e uma amplitude enorme (80 mil), reflectindo dificuldades de manter um ritmo sustentado. Nada está garantido, sobretudo nos meses de Julho e Agosto e o governo continua estupidamente sem recorrer aos "privados".
28/06/2021
Much Ado about Nothing. Como causas ultraminoritárias são transmutadas em bandeiras nacionais pelo agitprop esquerdista
Crónica da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa (91) - Em tempo de vírus (LXVIII)
27/06/2021
O problema não está no consumo ter caído. O problema está na produção não ter subido
Fonte |
26/06/2021
SERVIÇO PÚBLICO: "A propensão demagógica para criar direitos e favorecer grupos"
«São nefastas as leis e as políticas destinadas a promover direitos de grupos especiais, a conceder privilégios que causem nova injustiça. Os direitos gerais devem ser promovidos de modo igual para todos. Os direitos são dos cidadãos, dos seres humanos, não de minorias ou de grupos, de velhos, de mulheres, de crianças, de doentes, de LGBTQ, de imigrantes, de negros, de ciganos, de transmontanos ou de ilhéus.
A promoção do imigrante, da mulher, do negro, do judeu, do trabalhador, do desempregado, do analfabeto, do recluso e do doente não deve fomentar a criação de novos grupos, mas sim aquilo a que se chama actualmente a inclusão. A inclusão deve aumentar a integração e não a construção de sociedades fragmentadas, em tabuleiros de xadrez ou em guetos.
É racista a lei que crie sistemas e dispositivos especiais para certos grupos com características ditas raciais particulares. É racista a política que crie e defenda privilégios, garantias e direitos especiais para qualquer grupo nacional. São sectárias e desiguais as leis e as políticas destinados a proteger direitos gerais a grupos especiais.
A última fantasia da União Europeia é a da aprovação de uma moção de apoio às pessoas ditas LBGTIQ+ e de condenação da legislação repressiva húngara. Muitos países assinaram. Portugal não assinou, mas disse que estava de acordo. Parece Bill Clinton, que fumou mas não engoliu. A verdade é que este texto, carregado de boas intenções, é mais um passo no mau caminho: o que gradualmente constrói uma nova ortodoxia, um mundo feito de fragmentos, de federações e de comunidades rivais.
A propensão demagógica para criar direitos e favorecer grupos tem levado a criar um Estado repleto de novos confrontos. Não se passa um dia sem que surjam novos direitos para novos beneficiários, aumentando ou insistindo na separação, em vez de integração. Direitos dos trabalhadores, das crianças, dos velhos, dos imigrantes, dos negros, dos ciganos, dos rurais, dos urbanos, dos residentes no interior, dos analfabetos, dos LBGTIQ, dos desempregados, dos estudantes e dos doentes são direitos sectários, desiguais, racistas e discriminatórios. Todos esses direitos e garantias podem simplesmente ser os direitos de todos, dos residentes, dos cidadãos ou simplesmente dos humanos. Caso contrário, transformam-se em privilégios. Que aliás são, entre nós, favorecidos pela Constituição, que consagra mais direitos parcelares e de grupos especiais do que se pode imaginar.»
Excerto de Livres e iguais, António Barreto
Dúvidas (311) - União Europeia, um clube a caminho da irrelevância do qual estamos condenados a ser sócios?
Fonte |
Por muito que a nomenclatura bruxelense baptize de soft power a crescente impotência da União Europeia, o certo é que no desconcerto das nações nenhuma potência pode existir sem poder económico, isto é com grandes empresas multinacionais competitivas (gráfico 1), com peso relevante no PIB mundial e nos mercados de capitais (gráfico 2) e com empresas inovadoras (gráfico 3). E, claro, também não pode existir sem relevância no hard power militar.
As coisas são como são e ainda não foi descoberta a maneira de serem diferentes. A esta luz percebe-se melhor o Brexit, sendo claro que o Portexit não está alcance do Portugal dos Pequeninos que está condenado inverter a boutade marxista (do Groucho não do Karl) porque só pode aderir a um clube que o aceite como membro.
25/06/2021
CASE STUDY: Câmara de Lisboa, uma aplicação prática da lei de Parkinson (7) - Fact checking ao fact check
- A câmara de Lisboa tem cerca de 10 mil funcionários para cerca de 510 mil residentes, o que é o dobro dos funcionários por mil habitantes de Madrid ou Barcelona e mesmo quase mais um terço do que a câmara do Porto (3.200 funcionários para 215 mil residentes);
- Entre esses 10 mil encontram-se mais de um milhar de licenciados, incluindo em áreas como Marketing, História, Línguas e Literatura, entre outras;
- E encontram-se também mais de uma centena de assessores (ver aqui uma lista de 2017, que entretanto já deve ter engordado).
24/06/2021
ACREDITE SE QUISER: Plano Nacional de Desacorrentamento de animais de companhia
- Os animais de companhia não podem ser deixados sozinhos, sem companhia humana ou de outro
- animal, durante mais de 12 horas
- Os animais não podem ser alojados em varandas, alpendres e espaços afins, sem prejuízo da sua presença ocasional nesses locais por tempo não superior a três horas diárias
- O Governo, em colaboração com as autarquias locais, implementará um Plano Nacional de Desacorrentamento de animais de companhia, o qual incluirá a efetivação de soluções adequadas às condições de alojamento destes e, bem assim, apoios financeiros para o efeito em situações de vulnerabilidade social e económica.
23/06/2021
Vivemos num estado policial? (20) - Sim, vivemos. E por isso os efectivos policiais, cujo número não sabemos ao certo, precisam de ser reforçados e os polícias precisam de ser respeitados
Eurostat |
22/06/2021
SERVIÇO PÚBLICO: A espécie de democracia em que você vive (sem dar por isso?)
Nesse país, um adjunto do ministro da Justiça pode sair do gabinete do Governo para ir directamente para o seu lugar de procurador e investigar, por exemplo, membros do Governo a que pertenceu por suspeitas de prática de crimes económicos. Outro adjunto pode também ser procurador e juiz e até ter sido condenado por pressionar outros procuradores para forçar o arquivamento de um processo judicial que investigava um primeiro-ministro, que veio a ser acusado de “mercadejar” a sua função, por causa de um projecto imobiliário. Um outro procurador, que trabalhou com este adjunto numa instituição internacional, foi nomeado, depois de uns “lapsos” no currículo, para uma outra entidade internacional pelo ministro da Justiça, que confirmou uma decisão de um Conselho Superior, onde já se tinha sentado o seu Secretário de Estado, depois de aquela entidade internacional ter decidido que havia outro candidato ao lugar que reunia melhores condições para ocupar o cargo. Este procurador nomeado era irmão de um antigo presidente de um instituto público que aprovou o tal projecto imobiliário que acabou investigado por suspeitas de corrupção do tal Primeiro-ministro acusado de “mercadejar” a sua função. E era ainda irmão de um outro procurador que era considerado influenciável pelo actual Primeiro-ministro para evitar a prisão de um membro do partido a que pertence este Primeiro-ministro.
Como atrasar irremediavelmente o plano de vacinação? Resposta: um dia de cada vez (54) - O Sr. Almirante é ele e a (infeliz) circunstância
ECDC |
Vejamos o ponto de situação dos objectivos para a vacinação:
21/06/2021
DEIXAR DE DAR GRAXA PARA MUDAR DE VIDA: Portugueses no topo do mundo (41) - Uma potência em Finanças? É quase tão exagerado como a notícia da morte de Mark Twain
A imprensa de hoje celebra euforicamente as quatro presenças de Mestrados em Finanças de universidades portuguesas no ranking do Financial Times: Nova (14.º), Católica (23.º), ISEG (35.º), ISCTE (51º) em 55.
- «The pre-experience ranking measures average salary increase between the first post-masters job on graduation and today — a timespan of about three years»
- «Local salaries are converted to US dollars using purchasing power parity rates supplied by the International Monetary Fund.»
- «There are 17 different categories in the pre-experience ranking, and alumni responses inform seven categories that together constitute 58 per cent of the total weight. The other 10 categories are calculated from the school data and account for the remaining 42 per cent»
- «The current average salary of alumni has the highest weighting: 20 per cent.»
- Factores relacionados com o salário, sobretudo «Salary percentage increase» e «career progress» (não esquecer que os salários são corrigidos pela paridade do poder de compra);
- Factores relacionados com o "género", como «Female faculty %» e «Women on board (%)».
Crónica da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa (90) - Em tempo de vírus (LXVII)
«Já posso ir ao banco?»
A pergunta retórica do Dr. Costa a Frau von der Leyen é provavelmente a melhor síntese dos resultados da governação socialista e diz quase tanto sobre o estatuto de pedinte em que essa governação colocou o Portugal dos Pequeninos - a partir de agora talvez melhor apelidado de Portugal dos Pedintes - como diz sobre o estatuto de benfeitor em que, graças aos «frugais», a UE se colocou.
L’État c’est nous
Como conseguiu o PS colocar 118 apparatchiks nos 145 concursos da CReSAP, uma entidade criada pelo governo de Passos Coelho para avaliar os candidatos a nomeações para cargos públicos? Por exemplo, colocando em regime de substituição esses apparatchiks em 83% dos casos e desses 69% durante mais de um ano.
20/06/2021
CASE STUDY: E se a melhoria nos níveis educacionais favorecer o voto nos partidos de esquerda?
19/06/2021
Em matéria de corrupção, o Portugal dos Pequeninos é como uma espécie de ex-satélite da União Soviética
Se em matéria de gosto pelas liberdades já se tinha visto que o Portugal dos Pequeninos (PdP) poderia ser considerado como uma espécie de ex-satélite da União Soviética, a mesma conclusão temos de retirar da posição do PdP no ranking dos 27 países europeus considerados no estudo CITIZENS’ VIEWS AND EXPERIENCES OF CORRUPTION da Transparência Internacional.
- Aumento da corrupção nos últimos 12 meses
Com 41% de pessoas que consideram ter aumentado a corrupção, o PdP é 6.º país apenas ultrapassado pelo Chipre e quatro ex-satélites
- Corrupção do governo
Com 88% de pessoas que consideram ser este um grande problema, o PdP é o 4.º país, apenas ultrapassado pelo Chipre e dois ex-satélites
- Utilização de relações pessoais para ter acesso aos serviços públicos
Com 48% de pessoas que usaram relações pessoais nos últimos 12 meses, o PdP é o 2.º país apenas ultrapassado pela República Checa
- Controlo do governo por interesses privados
Com 63% de pessoas que consideram existir esse controlo, o PdP é o 8.º país apenas ultrapassado pelo Chipre e a Espanha e cinco ex-satélites
- Receio de retaliação por denunciar a corrupção
Com 58% de pessoas que têm esse receio, o PdP é 7.º país apenas ultrapassado pela Itália e cinco ex-satélites.
Qed.
18/06/2021
Ser de esquerda é... (14)
Outros "Ser de esquerda é..."
CASE STUDY: Os pesos mortos que travam a competitividade do Portugal dos Pequeninos
IMD Country Overview |
- Finanças públicas
- Fiscalidade
- Práticas de gestão
17/06/2021
Bons exemplos (138) - O Supremo Tribunal americano como barreira à imposição do pensamento único
Supreme Court Backs Catholic Agency in Case on Gay Rights and Foster Care
The unanimous ruling was further evidence that claims of religious liberty almost always prevail in the current court.
Decisão unânime, repare-se. O Juiz John Roberts escreveu:
«it is plain that the city's [of Philadelphia] actions have burdened CSS's [Catholic Social Services] exercise by putting it to the choice of curtailing its mission or approving relationships inconsistent with its beliefs».
DIÁRIO DE BORDO: Elegeram-no? Então aguentem outros cinco anos de TV Marcelo (1) - O costume
«Se essa proteção se assegura de forma a implicar uma alteração de comportamentos administrativos, então mudem-se os comportamentos administrativos; se é um problema de lei, porque está desatualizada, então repense-se e altere-se a lei; se é um problema de aplicação concreta da lei, então que não se adotem esses comportamentos» (fonte)
16/06/2021
PUBLIC SERVICE: "There is no moral obligation to obey the law, simply because it is the law"
«Sometimes the most spirited thing you can do with despotic laws like this is to ignore them. I think that if government persists long enough with locking people down, depending on the severity of the lockdown, civil disobedience is likely to be the result. It will be discrete civil disobedience int the classic English way. I don’t think that we are likely to go onto the streets waving banners. I think we will just calmly decide that we are not going to pay any attention to this. There are some things you have to pay attention to: you can’t go to a shop if it’s closed. On the other hand, you can invite friends round for a drink, whatever Mr. Hancock says. People are doing that so some extent already. […]
I feel sad that we have the kind of laws which public-spirited may need to break and I think that is unfortunate. But I have always taken a line on this. Which is probably different from that of most of my former colleagues [at the Supreme Court]. I do not believe that there is a moral obligation to obey the law. There is clearly a legal obligation that is tautologous. An I also think that you cannot complain if you break the law and are punished. But is there a moral obligation to do so as well? In my view there is no moral obligation to obey the law, simply because it is the law. You have to have a high degree of respect. Both for the object that the law is trying to achieve and for the way that I’s being achieved. And also I think for how the law has been made. Some laws invite breach. I think this is one of them. [… ] No, you wouldn’t see me doing that [leading a resistance movement] because I just don’t believe int that kind of political manifestation. What you will see people spontaneously doing is simply quietly ignoring the law. And I think that is in a sense how if one is going to have people ignoring the law, it should happen. I don’t think a great public issue should be made of it. I think that it should simply be understood that nobody respects the law enough to want to comply with it and that is one of the most effective ways of ensuring that the law is changed. [ ... ]
I will conclude that some of the fears that I have always had about the way that mass democracy works have proved to true in concrete detail, and sooner than I have expected. I will have learnt the enormous power of governments to influence opinion by promoting fear in a technical area, which many people could understand by in practice don't. And those are dismaying lesson I would want to learn from them about how we repair thing in the future. And my first proposal is that governments should not treat information as a tool for manipulating public behaviour. They should be calmer than the majority of their citizen, they should be completely objective. My second lesson would be that government dealing with scientific issues should not allow themselves to be influenced by a single caucus of scientists. They should always test what they are being told in a way that, for instance, judges test expert opinion by producing a counter expert, and working out which set of views stacks up best, those would be the two most specific lessons that I would derive from the particular way in chich thing have gone during the epidemic.»
Lord Sumption, Juiz jubilado do Supremo Tribunal britânico entrevistado pela revista digital UnHerd
Lost in translation (353) - "Recato e sensibilidade", disse ele, querendo dizer "vamos mudar de assunto e esquecer o desastre"
O Dr. Pedro Nuno Santos há 10 anos durante o resgate pela troika, tornado necessário pela governação irresponsável do seu partido que deixou o país na bancarrota:
«Estou marimbando-me para os bancos alemães que nos emprestaram dinheiro nas condições em que nos emprestaram. Estou marimbando-me que nos chamem irresponsáveis. Nós temos uma bomba atómica que podemos usar na cara dos alemães e dos franceses. Ou os senhores se põem finos ou nós não pagamos a dívida” e se o fizermos “as pernas dos banqueiros alemães até tremem”». (fonte)
O mesmo Dr. Pedro Nuno Santos, numa outra encarnação, ontem em Faro falando da TAP, uma empresa falida nacionalizada por sua iniciativa, que ele gere pelo telefone:
«A situação é crítica e complexa, é demasiado difícil de gerir e era importante que todos nas suas funções tivessem o recato e a sensibilidade para a situação que muitos estão a viver.» (fonte)
15/06/2021
Como atrasar irremediavelmente o plano de vacinação? Resposta: um dia de cada vez (53) - Alguém está à espera de milagres?
ECDC |
Já foi anunciado o início da vacinação dos escalões abaixo dos 40 anos, contudo, como se vê no diagrama da ECDC, nem todos os +80 estão vacinados e nos conjunto dos dois escalões seguintes de maior risco apenas metade está completamente vacinada.
Em consequência, não estão atingido os dois seguintes objectivos:
14/06/2021
O ruído do silêncio da gente honrada no PS é ensurdecedor (195) - Talvez o silêncio resulte de já não haver gente honrada no PS
- ABC - El Ayuntamiento socialista de Lisboa pasó datos de activistas a Israel, China y Venezuela
- Associated Press - Lisbon mayor criticized after Russian dissident data shared
- Independent - Portugal ‘accidentally’ shares contact details of pro-Navalny activists with Russia
- Politico - Lisbon admits sharing Russian dissidents’ personal data with Moscow , Lisbon has shared dissident info with repressive regimes for years
- Reuters - Lisbon mayor apologises over exposure of pro-Navalny activists to Moscow
- The Washington Post - Lisbon mayor criticized after Russian dissident data shared
- US News - Lisbon authorities hand data of anti-Kremlin activists to Russian Embassy
E o que fazem o Dr. Medina e o seu padrinho Dr. Costa? Ambos lavam as mãos.
O Dr Medina leva a desvergonha ao limite comparando em entrevista à RTP a manif contra o regime putinesco com a manif de estudantes contra o governo de Cavaco Silva em que participou na adolescência e desencava uma manobra de diversão para estúpidos promovendo uma inauguração do Parque Gonçalo Ribeiro Telles que só estará pronto no próximo ano.
O Dr. Costa faz-se de morto durante vários dias e tenta matar o assunto com um «não vejo como possa haver responsabilidade política de algo que não passa do balcão da Câmara de Lisboa», declaração que seria comparável ao professor Marcelo Caetano, questionado sobre as informações sobre cidadãos portugueses arquivadas na Rua António Maria Cardoso, responder «não vejo como possa haver responsabilidade política de algo que não passa dos arquivos da DGS».
Crónica da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa (89) - Em tempo de vírus (LXVI)
O Dr. Costa e os seus amigos revelam uma secreta admiração pelo Czar Putin
13/06/2021
Em matéria de gosto pelas liberdades, o Portugal dos Pequeninos é como uma espécie de ex-satélite da União Soviética
Esclarecendo a dúvida anterior
Expresso |
Wolfgang Shäuble, a Schwarzes Biest fiscal da esquerdalhada, envia um recado ao Dr. Costa pelo FT
«We must therefore return to monetary and fiscal normality. The burden of public debt must be reduced. Otherwise, there is a danger that the Covid-19 pandemic will be followed by a “debt pandemic”, with dire economic consequences for Europe. With their ageing populations, EU countries will struggle to match the US and China in productivity and competitiveness if they allow excessive debt to jeopardise their financial flexibility. Thus, all eurozone members must engage in efforts to return to stricter budgetary discipline.
Experience shows that balanced budgets in countries with high levels of debt are almost unattainable without external pressure. Left to their own devices, members of a confederation of states are likely to succumb to the temptation of incurring debt at the expense of the community.»12/06/2021
Mitos (312) - Os veículos eléctricos não têm impacto ambiental
É claro que os veículos eléctricos têm impacto ambiental, desde logo porque a fabricação de baterias é um processo com elevado impacto e a produção de uma parte importante da electricidade que usam tem igualmente impacto ambiental, em certos casos muito significativo, no caso da Alemanha que fechou as suas centrais nucleares e passou a usar mais intensamente as centrais a carvão.
Contudo, o impacto ambiental menos óbvio é o do fim da vida dos veículos eléctricos. Diferentemente dos veículos com motores de explosão, dos quais se consegue reciclar até 95%, em parte porque são compostos por 70% de metais ferrosos para os quais existem processos maduros de reciclagem, os veículos eléctricos contêm uma muito maior variedade de materiais e muitos componentes eléctricos difíceis de reciclar, como as baterias de íon-lítio que são inflamáveis.
Economist |
11/06/2021
Dúvidas (310) - 37%? Tantos?
Observador |
«Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.»
A doação de vacinas da administração americana vista à luz de teorias da conspiração
WSJ |
- Um comunista - é uma oportunidade para a multinacional Pfizer ganhar fortunas à custa da classe operária americana
- Um esquerdista - aprovo, o velhote foi influenciado pela vice Kamala que combinou tudo com a Ocasio-Cortez
- Um trumpista - é uma kabala do pântano de Washington para disfarçar que o Donald ganhou as eleições
- Um anti-vax - as vacinas vão causar autismo nas crianças e impotência nos adultos.
10/06/2021
O resultado de décadas de facilitismo escolar
Libertemos os animais domésticos do jugo dos seus donos e condenemos o PAN que preconiza a sua castração
09/06/2021
Agarrados à saia da mãe (ou às calças do pai)
Quanto se olha com atenção este e este quadros publicados pelo Eurostat com dados da UE sobre a idade média dos jovens quando abandonam o aconchego do lar materno e a percentagem de jovens adultos que vivem com os pais, é visível uma correlação negativa significativa entre esses dados e o nível de desenvolvimento económico medido pelo PIB per capita PPC.
Vejamos o caso de Portugal: com 30,0 anos, mais 3,5 anos do que a média UE27, é o quinto país na idade média de saída de casa dos pais e com 81,2%, mais 11,4 pp do que a média UE27, é o sexto país na percentagem de jovens com 18-34 anos que permanecem em casa.
Não certamente por acaso, os outros países com valores mais elevados do que Portugal num ou nos dois indicadores são Croácia, Itália, Grécia, Eslováquia, Espanha, Malta, a maioria da Europa do Sul, com PIB per capita PPC abaixo da média UE27 e quase todos com uma cultura de tendência colectivista e o respectivo cortejo de consequências: compadrio, nepotismo, corrupção.
É claro que colocar as coisas assim é simplificar, sobretudo no caso de Itália que, apesar do declínio duas últimas décadas, ainda apresenta um PIB per capita de 96% da média UE27. Mas a Itália são duas Itálias, a do Norte e a do Sul que está próxima do pelotão português.
Talvez possamos concluir que aqueles dois indicadores são apenas proxies do colectivismo que cultiva a dependência do grupo e do Estado, por oposição ao individualismo característico das sociedades liberais que proporcionam ambientes mais favoráveis à iniciativa, ao empreendedorismo e, em consequência, ao desenvolvimento económico e social.
08/06/2021
Como atrasar irremediavelmente o plano de vacinação? Resposta: um dia de cada vez (52) - Não é impossível cumprir os objectivos, mas nada está garantido
- 70% da população vacinada no final de Setembro;
- 100 mil pessoas incluindo "privados";
- maiores de 60 anos vacinados na primeira semana de Junho;
- 70% da população com pelo menos uma dose da vacina no início de Agosto.
ECDC |
07/06/2021
Crónica da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa (88) - Em tempo de vírus (LXV)
O PS oferece aos portugueses o pior dos dois mundos: pobreza e falta de liberdade
Nos últimos 26 anos, dos quais 19 sob governos socialistas, Portugal está a ser ultrapassado, ano após ano, pelos países da Europa de Leste que viveram 40 anos sob a bota soviética e estão a crescer mais depressa. Além de nos oferecer a pobreza relativa, o PS está a oferecer-nos a falta de liberdade, certificada recentemente pelo Democracy Report 2021 do V-Dem Institute que despromoveu a democracia portuguesa de “democracia liberal” para “democracia eleitoral limitada”.
O estado do Estado sucial administrado pelos socialistas