14/06/2011

DIÁRIO DE BORDO: Reestruturar a dívida pública – um esclarecimento idealmente inútil…

… a propósito do último post e de outros publicados nos últimos meses sobre este tema. Se a confusão de desejos com realidades e de previsões com propósitos não fosse tão frequente, este esclarecimento seria inútil. Não defendo a reestruturação da dívida, ou seja não considero que Portugal tenha o direito de forçar os credores a uma qualquer combinação de reescalonamento das maturidades, redução de juros ou haircut. Pelo contrário, considero que a reestruturação da dívida provocará danos na credibilidade do país, danos não recuperáveis em menos de uma década.

Simplesmente prevejo que nos próximos anos o serviço da dívida pública portuguesa se tornará gradualmente insuportável para a economia portuguesa e isso levará os credores a aceitarem como inevitável uma reestruturação como a única via de garantirem com uma probabilidade razoável uma parte dos seus créditos.

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