Tomemos nota para memória futura que António Costa, putativo futuro candidato a secretário-geral do PS, quando os Seguros ou os Assis se tiverem evaporado durante a travessia do deserto, garantiu que «o PS honrará, assim, o que está no memorando do entendimento, que é compromisso internacional do Estado português». Acrescentando, à cautela, «para além disso - ou seja, aquilo que é a visão radical que o PSD tem, a partir do seu programa - não haverá naturalmente o apoio do PS».
Não convém tomar à letra estas palavras porque, a exemplo do ainda secretário-geral que parecia desconhecer o conteúdo do memorando, como se tornou evidente à volta da questão da taxa social única, também Costa pode não dominar bem a matéria. Como se poderia ter concluído quando, em meados de Março, para salvar a cabeça de Sócrates, ofereceu a de Teixeira dos Santos numa bandeja quando este anunciou medidas de austeridade mais suaves do que as que agora diz que PS honrará. Anúncio que Costa classificou com uma «comunicação do ministro das Finanças … (que) ficará certamente para a história como a mais desastrada e desastrosa que alguma vez foi feita em Portugal, se não mesmo no hemisfério Norte, de todos os pontos de vistas».
Infelizmente, Costa também não explicou qual é a diferença, «radical» pelos vistos, entre o memorando e o programa do PSD.
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