[Continuação de (1), (2), (3), (4), (5) e (6)]
Se há factos universais, seguramente um deles é a ineficiência, frequentemente associada a ineficácia, dos serviços prestados pelo Estado. A educação não é excepção. Um pouco por todo o lado a imensa maioria das escolas públicas presta um ensino de qualidade evanescente; à medida que a educação se universaliza e o ensino obrigatório se prolonga, o Estado tem mostrado uma crescente incapacidade para lidar com a massificação do ensino. A legião de adoradores do Estado, que inclui praticamente toda a esquerda e uma grande parte da direita, confunde, deliberadamente ou não, o ensino financiado pelo Estado com o ensino prestado pelo Estado. O que as experiências das charter schools - escolas privadas financiadas com fundos públicos e administradas por pais, professores ou comunidades, ou por uma mistura de todos eles – têm mostrado é que é indispensável fazer a distinção entre a administração da escola e o seu financiamento.
Uma vez mais, um novo estudo de Caroline Hoxby da Stanford University sobre a experiência das charters schools na cidade de Nova Yorque mostra que os resultados destas são claramente superiores às das escolas públicas convencionais. Esta tem sido a conclusão de praticamente todos os estudos congéneres, mas os defensores do ensino público (principalmente a influente corporação dos professores, directamente ou através dos lóbis partidários) sempre argumentavam que esses indesmentíveis melhores resultados se deviam ao nível de vida e educacional dos pais dos alunos das charter schools ser geralmente mais elevado. Infelizmente para esta tese, o estudo de Caroline Hoxby mostra que os alunos de famílias pobres das charter schools obtêm resultados praticamente tão bons quanto os das famílias da classe média alta.
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