«O Parlamento dinamarquês apelou ao "sim" no referendo sobre o aborto em Portugal», informou a doutora Edite Estrela num jantar-comício em Castelo Branco, segundo o Público. E se o parlamento irlandês ou o parlamento italiano apelassem ao sim? Seria uma inaceitável ingerência?
Para que não houvesse dúvidas sobre o que pensa da democracia participativa, como lhe chama, a inefável senhora terá dito que «se [o referendo] continuar em Portugal a não ter a adesão do povo, a democracia participativa está em causa». Se a doutora Estrela fosse uma adepta do não, poderia dizer que se o aborto continuar a ter a adesão da maioria dos deputados, a democracia representativa está em causa?
Terá a doutora Estrela conseguido ultrapassar o pároco de aldeia na disciplina da engenharia das almas?
Exercícios anteriores de maiêutica em (0), (1), (2), (*), (4), (5), (6), (7), (8), (9), (10), (11), (12), (13), (14), (15), (16) e (17)
(*) O n.º 3 abortou.
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