«O engenheiro está num momento particularmente delicado da vida dela. (dela?) E deixe-me que lhe diga que eu não quero, com o que digo aqui, piorar a situação em que se encontra», disse ontem à comissão parlamentar de inquérito à recapitalização da Caixa, sorridente, com o seu cinismo florentino e a arrogância de quem sente a garantia da impunidade (se ele caísse, caíram centenas e eles sabem-no), referindo-se a José Sócrates que não era «visita de casa». Santos Ferreira, o amigo do peito de Guterres que se prestou a ser homem de mão do animal feroz, por ele nomeado em parelha com o agora preso Armando Vara, via o ministro das Finanças Santos Teixeira que substituiu Campos e Cunha que se tinha recusado a nomear a dupla.
Santos Ferreira, membro da grande família socialista desde a fundação, presidente da Caixa, la putain de la République, em cujo mandato foram aprovadas uma dúzia das operações mais ruinosas, incluindo o investimento da CGD em Vale de Lobo e o crédito a Joe Berardo, para comprar acções do BCP no âmbito do assalto a este banco, que acabou com Santos Ferreira a transitar de presidente da Caixa para presidente do BCP com vista a transformar este em mais une putain de la République.
Como disse Paulo Azevedo, a propósito da OPA da Sonae sobre a PT, «de uma forma ou outra, estavam todos feitos».
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