07/03/2019

Porque não fiquei surpreendido, ainda outra vez? (7)

Alguém acredita que Kim alienará a sua nomenclatura político-militar subtraindo-lhe o armamento nuclear? Perguntei-me várias vezes (1), (2), (3), (4), (5), (6).


Isto não constitui um insucesso para um Trump que não visa a paz no mundo ou qualquer outro desígnio grandioso, nem mesmo alcançar um resultado concreto. O que está em causa é o processo trumpiano, um processo em que os meios são tudo e os fins são pouca coisa. Não é impossível que o resultado final seja positivo, mas será um resultado aleatório.

2 comentários:

  1. Talvez se devesse mencionar a RPC...nem que fosse de raspão...
    Os tipos da minha (provecta) idade lembram-se perfeitamente da Guerra da Coreia , uma das guerras "esquecidas", e do seu "patrocinado" desfecho, para o dizer de alguma forma...

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  2. A Coreia do Norte iniciou o seu programa nuclear em 1965, há 55 anos (não são 55 meses!). Empenhou todos os seu recursos, ao longo deste tempo, na construção de armamento nuclear, fez testes, progressivamente mais elaborados, obrigou o seu povo a passar pelos maiores sacrifícios (fome extrema, p.ex.), enfrentou sanções internacionais e, finalmente, almejou o seu objectivo: é uma potência nuclear.
    Mais ainda, o poderio nuclear é o trunfo que lhe permite acreditar que terminou risco de ser invadida por “motivos humanitários”, ou de ver despoletada uma qualquer “primavera democrática” a soldo dos seus inimigos de sempre.
    Depois disto tudo, vamos fingir que acreditamos que os norte-coreanos podem considerar o “desígnio nacional” do seu último meio século como um equívoco, e que a Coreia do Norte considera seriamente deitar tudo pela borda fora, em nome do desarmamento -- que será sempre unilateral, recorde-se. Isto é um absurdo desde o início, uma não-história. Gostava de saber o que está verdadeiramente por trás deste equívoco.

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