11/09/2009

ESTÓRIAS E MORAIS: pôs a boca no trombone depois de a orquestra ter arrumado os instrumentos

Estória

Pelo que se sabe a respeito do Millenium bcp, a administração de Jardim Gonçalves, que incluiu desde sempre Filipe Pinhal, ontem entrevistado pelo Jornal de Negócios, esteve envolvida até ao pescoço em inúmeras trapalhadas. Esquecendo as trapalhadas, se a administração fosse avaliada apenas pela destruição de valor para os accionistas isso chegaria para justificar a sua demissão em bloco lá por alturas do 2º ou 3.º mandato.

Durante estes anos o que fez Filipe Pinhal? Não se sabe bem. O que se ficou a saber pela sua boca foi o que outros terão feito no final desses anos. Cilada da concorrência (BES, olaré!), cabalas, manipulação da opinião pública, assalto ao poder, traições várias dos accionistas, tudo devidamente facilitado pelos homens de mão do governo. Muito provavelmente a maior parte disto poderá ter acontecido, à sombra da promiscuidade entre poderes económicos e políticos, maleita congénita neste cantinho esquecido da Europa, da qual maleita a administração a que pertenceu Filipe Pinhal beneficiou alegre e abundantemente sem um queixume durante um quarto de século.

Moral

Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades.

Nota:
Os links acima são todos para uma pequena parte de quase uma centena de posts que o (Im)pertinências dedicou ao Millenium bcp ao longo de quase 6 anos, para compensar a distracção do ministro anexo em comissão de serviço no BdeP, também ex-secretário-geral do PS e ex-administrador de bancos. Conflito de interesses? Qual conflito de interesses?

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