05/11/2006

DIÁRIO DE BORDO: a maiêutica do aborto (15)

Se do referendo resultar a despenalização do aborto, serão os abortos considerados tendencialmente gratuitos? Segundo a Associação para o Planeamento da Família os abortos clandestinos serão entre 20 a 40 mil por ano. Quem irá pagar o custo dos abortos? Terão os abortos taxas moderadoras?

Será a gravidez indesejada uma doença requerendo cirurgia, como uma úlcera ou um pólipo? Serão os milhares de abortos considerados prioritários face às centenas de milhar de cirurgias em fila de espera? Ou os abortos irão esperar em média vários meses, como a maioria das cirurgias?

A pílula abortiva RU 486 custa 147,7 euros, menos de 1/5 do aborto mais baratinho (fonte: Semanário Económico). Porque não reformular a pergunta do referendo?
Concorda com o acesso tendencialmente gratuito à pílula abortiva, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas de gravidez, receitada por um médico legalmente autorizado?

Exercícios anteriores de maiêutica em (0), (1), (2), (*), (4), (5), (6), (7), (8), (9), (10), (11), (12), (13) e (14)
(*) O n.º 3 abortou.

Sem comentários:

Enviar um comentário