19/07/2005

BREIQUINGUE NIUZ: crime e castigo em terras do tio Sam

aqui, aqui e aqui contei as agruras da família Greenberg e de outros próceres do capitalismo ianque às mãos da justiça, contrapondo o seu sofrimento à leveza dos incómodos a que tem sido sujeitos os seus homólogos lusitanos.

Para além das trapalhadas do IVA que custaram alguns incómodos ao doutor Cebola, não são conhecidos entre nós outros casos relevantes. A não ser que se considere que as multas (uma pequena fracção das mais-valias que realizaram com a sua batota) pagas por Miguel Sousa Cintra e Carlos Magalhães Pinto por operações de inside trading sejam um castigo - prefiro chamar-lhe custos de operação. (Não falo sobre o caso dos sobreiros e do mensalão que ainda estão, ou ainda não estão, em segredo de justiça.)

Do outro lado do Atlântico, a acrescentar a todos os casos já conhecidos, tivemos a semana passada (por isso é que são BREIQUINGUE NIUZ) a condenação a 25 anos de cadeia de Bernard Ebbers, ex-CEO da WorldCom.

A próxima vez que um dos nossos empreendedores se queixar do clima desfavorável aos negócios e vier com aquela tanga do «se fosse nos EU», lembrem-lhes que os capitalistas americanos são demasiados apreciados pela direita e são demasiado odiados pela esquerda. Diferentemente, os portugueses não são suficientemente apreciados pela direita nem suficientemente odiados pela esquerda, por isso não ganham tanto dinheiro e só são presos durante as revoluções.

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