Continuemos a imaginar que o nativismo governava o Portugal dos Pequeninos. Se fosse um nativismo autêntico e não daqueles a fingir para caçar votos dos ressabiados, começaria por impedir a entrada de novos imigrantes, expulsaria de seguida todos os imigrantes residentes, incluindo os provenientes dos PALOP, que afinal também não são nativos. Para simplificar, ignoremos uma pequena minoria dos que adquiriram a nacionalidade portuguesa, ilegitimamente segundo nativismo legítimo.
Como exemplifiquei ontem neste post a segurança social do Portugal dos Pequeninos é irremediavelmente insustentável a longo prazo. Entretanto, ontem mesmo foram divulgadas as contas da segurança social que mostram as contribuições dos imigrantes em 2023 atingiram 2.677 milhões de euros enquanto as prestações sociais desses emigrantes foram de 483 milhões, ou seja, os imigrantes contribuíram com um saldo positivo de 2.194 milhões.
Concluo, ainda mais uma vez, que se as teses nativistas mais puristas fossem adoptadas à letra a Pátria dos nativistas depurada dos imigrantes ficaria mais próximo da inviabilidade, os nativistas teriam de emigrar e enfrentar a hostilidade dos nativistas dos países para onde emigrassem.
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