07/03/2023

Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (56b)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa». Outras edições do Semanário de Bordo.

(Continuação de 56a)

Medina e Morão, uma estória antiga mal contada

A contratação pelo Dr. Medina do Sr. Morão, um apparatchik autárquico socialista, para encaminhar fundos para o PS (diz-se), provavelmente por conta e ordem do seu antecessor na presidência da Câmara, está a ser objecto de uma investigação e continua a dar que falar. No entanto, é uma estória antiga que até foi citada aqui no (Im)pertinências há seis anos, a propósito de uma peça do jornalista José António Cerejo no Público, que, por alguma razão que me escapa, ficou esquecida até agora.

E não vão «investigar a fundo» as outras consultas não asseguradas?

Confirmando que as prioridades do governo são a eutanásia e o aborto, o Inspetor-Geral das Atividades em Saúde garantiu que vão «investigar a fundo» a resposta do SNS ao aborto, e nada disse sobre os atrasos de meses ou anos das consultas de especialidade e das cirurgias. A confirmar que os abortos são prioridade, o Hospital de Loures encerrou as urgências pediátricas.

Por falar em Hospital de Loures, que continua a afundar-se desde o fim da gestão privada, ficou agora a saber-se que a Unidade Técnica que recomendou ao governo a não renovação do contrato de PPP com a Luz Saúde, apesar da poupança de 167 milhões em 6 anos e dos bons indicadores de desempenho, fê-lo por, nomeadamente, acredite-se ou não, não estarem reunidos os requisitos de avaliação do desempenho.

A pretexto da "agenda do trabalho digno” o governo toma medida indignas

Num país civilizado o empregador de um empregado doméstico não declarado à Segurança Social seria responsável por suportar os descontos não realizados. No Portugal dos Pequeninos, o governo do Dr. Costa pretende acrescentar à lista crescente mais um crime com prisão até 3 anos.

Sindicalismo corporativo, ou um Estado sucial cada vez mais parecido com o Estado Novo

Lista dos sindicatos os trabalhadores da CP (segundo João Miguel Tavares no Público): 1) Associação Sindical Independente dos Ferroviários da Carreira Comercial. 2) Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária. 3) Sindicato Nacional dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas. 4) Sindicato dos Engenheiros. 5) Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante. 6) Sindicato Independente dos Ferroviários e Afins. 7) Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins. 8) Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia. 9) Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infra-estruturas e Afins. 10) Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários. 11) Sindicato Independente dos Operacionais Ferroviários e Afins. 12) Sindicato dos Maquinistas. 13) Sindicato Nacional de Quadros Técnicos. 14) Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário. 15) Sindicato dos Trabalhadores do Metro e Ferroviários.

«Pagar a dívida é ideia de criança»

A «descida impressionante de quase 12 pontos percentuais» da dívida pública no ano passado, de que o Dr. Medina se vangloriou, torna-se pouco impressionantes quando se constata que em valor aumentou 1,2%, sem a inflação teria ficado em 119% em vez de 114,7% do PIB e que a dívida líquida de depósitos aumentou quase 2%.

E o pouco impressionante transforma-se em desastre quando se compara os 235,7 mil milhões que o Dr. Costa recebeu do governo de Passos Coelho com os 275,8 mil milhões que a dívida total atingiu em Janeiro.
 
Jornal de Negócios

Já é o mafarrico e já se sente o cheiro das brasas

Depois de vários anos abaixo dos 6%, as taxas de desemprego começaram a dar sinais de subida, atingindo em Janeiro 7,1%.

As taxas Euribor continuam a subir em todos os prazos, nomeadamente a 12 meses que num ano subiu 3,4 pontos percentuais.


Inevitavelmente, as yields das novas emissões de OT sobem; em Janeiro a média foi de 3,7%, o que compara com 0,5% em 2020, 0,6% em 2021 e 1,7% em 2022.

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