Este post faz parte da série De volta ao Covid-19. Colocando a ameaça em perspectiva e é uma continuação dos posts "Há infectados que não foram testados?" (1), (2), (3) e (4).
Em retrospectiva: deve-se distinguir-se a taxa ou coeficiente de letalidade, que relaciona o número de óbitos com o número de infectados, e a taxa de mortalidade que relaciona o número de óbitos causados por uma epidemia com a população, num caso e noutro com referência a uma determinada área (mundo, pais, região, cidade, etc.). Acumulam-se dados mostrando ser o número real de infectados muito maior do que os infectados testados.
Testes sorológicos em Nova Delhi realizados entre 27 de Junho e 10 de Julho pelo National Center for Disease Control permitiram estimar que 23,5% da população da cidade possui anticorpos contra o Sars-Cov-2, isto é 3,8 milhões de pessoas do total de 16 milhões. Como até à altura em que foi conhecido o teste tinha sido registadas cerca de 3.600 mortes, a taxa de letalidade seria inferior a 0,1%, comparável à da gripe comum.
Segundo a newsletter da Spectator, estes números revelam que o Covid-19 parece estar a ser muito menos mortal nos países em desenvolvimento do que na Europa e na América do Norte, não se confirmando os receios dos menores recursos de saúde conduzirem a um número de mortes muito mais elevado. A explicação pode ser estirpes menos mortais do vírus, populações mais jovens, um menor índice de obesidade ou ainda que uma hipotética exposição no passado a um coronavírus semelhante possa ter determinado alguma imunidade.
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