24/07/2020

De volta ao Covid-19. Colocando a ameaça em perspectiva. (29) - Há infectados que não foram testados? (4)

Este post faz parte da série De volta ao Covid-19. Colocando a ameaça em perspectiva e é uma continuação dos posts "Há infectados que não foram testados?" (1)(2) e (3).

Em retrospectiva: deve-se distinguir-se a taxa ou coeficiente de letalidade, que relaciona o número de óbitos com o número de infectados, e a taxa de mortalidade que relaciona o número de óbitos causados por uma epidemia com a população, num caso e noutro com referência a uma determinada área (mundo, pais, região, cidade, etc.). Acumulam-se dados mostrando ser o número real de infectados muito maior do que os infectados testados.

Muitos desses dados já foram citados em posts anteriores, incluindo alguns deles relativos a Portugal. A adicionar a estes últimos, temos o inquérito serológico a nível nacional feito pelo Instituto Ricardo Jorge agora divulgado que concluiu ser o número de portugueses já infectados seis vezes superior ao de casos diagnosticados.

Tomando os últimos números conhecidos, isso significa que o número de infectados em vez de 49.379 casos confirmados deverá andar pelos 300 mil. Em consequência, a taxa de letalidade que calculada com base no número de óbitos de 1.705 em relação aos 49.379 casos era de 3,5%, será então inferior a 0,6%, cada vez mais próxima da letalidade de gripe comum.

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