«As discussões em Portugal começam sempre em pontos de partida sagrados e definidos pelo PS e pela restante corte socialista de Lisboa. O alegado debate continua a partir desta sacralização inicial e é ampliada por dezenas de comentadores que dizem exatamente a mesma coisa mil vezes; é como se fossem pagos para não pensar pela sua própria cabeça, é como se fossem pagos para não agitar águas, para manter uma dormência discursiva na sociedade portuguesa, uma mesmice que enfarta e adormece.
A verdadeira questão não é se o Estado deve entrar na TAP, porque a TAP não pode ser sagrada. Porque é que temos de manter dentro do erário público uma companhia aérea eternamente deficitária numa era em que há dezenas e dezenas e dezenas de outras companhias? A TAP, a meu ver, ou é privada ou não é. Ou se orienta sozinha ou pode falir como qualquer outra empresa, porque já não estou disponível para suportar a TAP enquanto contribuinte. Já chega, de facto, de Novos Bancos.»
Excerto de Você quer pagar a TAP ou o SNS?, Henrique Raposo no Expresso
NOTA: Este post é uma sequência deste e faz parte das dezenas que sobre a TAP publicámos em 17 anos (ver etiqueta TAP).
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