O outro contribuinte do (Im)pertinências tem tratado o assunto da pandemia com seriedade e rigor na série de posts De volta ao Covid-19. Colocando a ameaça em perspectiva. Não vou por isso acrescentar nada, a não ser a dúvida cartesiana enunciada no título do post que resulta da comparação da histeria generalizada com os factos conhecidos e a conclusão chocante para a verdade oficial da cientista Maria Manuel Mota. Como a dúvida me foi suscitada pelo título do texto do médico Tiago Tribolet de Abreu: Covid-19: afinal quão grave é esta doença? vou citar alguns curtos excertos.
Desde logo não se sabe se o número de “casos confirmados” é o número de pessoas com a doença Covid-19 porque «a presente definição de “caso confirmado” possui, em si mesma, uma enorme e grave incongruência, pois permite classificar como “caso confirmado” (pressupõe-se que de Covid-19) alguém sem qualquer manifestação de doença, em plena saúde, apenas com um teste positivo».
Dando de barato a questão da causa mortis que segundo o critério da DGS inclui "por Covid" e "com Covid", «para comparação, em 2019 morreram 111.793 indivíduos em Portugal. Ou seja, estes 1.549 mortos com teste positivo corresponderiam a 1,4% da mortalidade total em Portugal em 2019.
Também para comparação, cumpre referir que, de acordo com a DGS, terão morrido mais de 3.300 pessoas de gripe na época de 2018-2019» e, acrescento, ninguém se inquietou com o dobro das mortes.
Por isso, é razoável supor que ou bem os mídia sabem coisas que nós os humanos não sabemos, por exemplo que o governo aldraba os números da pandemia para não inquietar a populaça, ou bem a Dr. Mota tem razão e o vírus é «relativamente bonzinho».
Aprendi que todas as doenças infecciosas têm critérios objectivos de suspeição, havendo análises para confirmar, ou infirmar.
ResponderEliminarQuem tiver Zona [Herpes Zoster] alberga vírus da Varicela nos raízes dos nervos sensitivos. Desde que apanhou varicela [na sua infância]. Não contagia ninguém.
A doença causada pelo SARS-CoV-2 inicia-se com febre muito alta, tosse, falta de ar e o trivial-de-cozinha de qualquer infecção séria. Como complementos raros tem a perda de paladar (agueusia) e de olfato (anosmia), num quinto ou num quarto dos doentes. Depois vem a complementaridade, os «exames».
A radiografia (ou melhor, TAC) do tórax, onde só quem sabe vê um padrão de pneumonia intersticial. A anosmia e a agueusia foram descobertas francesas. Os sintomas iniciais foram descritos pelos chineses e foram confirmados no Ocidente.
As Pneumonias intersticiais são habituais nas Pneumonias que não são bacterianas. E Pneumonias sem agente isolado são mais de 80% dos casos de todas as Pneumonias.
A análise pela Polimerase Chain Reaction (PCR) detecta qualquer fragmento de um RNA (no caso). Não indica se detectou uma partícula viral inteira ou um fragmento desta. Não indica se a partícula viral está viável ou não. Não indica se a pessoa pode contagiar ou não.
O que é chato, aborrecido e maçador é que a OMS termina em beleza: basta uma análise PCR positiva para se considerar que a pessoa está doente mesmo, ainda que a pessoa esteja sem qualquer sintoma durante dias ou semanas... Como outros, a DGS diz que sim.
Nas normas da OMS vem o que foi descrito por chineses e franceses.
E todos os institutos governamentais abanam a cabeça num 'sim'.
Abraço